Alice.
Eram 10hr da manhã e sol não estava pra brincadeira, e eu torrava com Vanessa que estava louca para ficar com marquinhas. Como eramos as únicas acordadas, resolvemos malhar e logo em seguida dar um mergulho.
— Eu disse que era uma péssima ideia chegar e ir pra balada, o jet lag é horrível, eles não vão acordar tão cedo.
— A gente podia acordar todo mundo, sei lá, ligar o alarme da casa, ou bater panela.
— Não seria mesmo má ideia. — ri — Como estão as coisas com Ryan?
— Achei uma caixinha da tifanny's na mala dele — falou rápido — Eu sei que é errado, mas juro que foi sem querer. — disse se sentando.
— Ai meu deus Van, isso é incrível.
— Eu estou nervosa, acho que ele vai fazer um pedido oficial, ou pior me pedir em casamento.
— Espera, você não quer nada sério?
— Você sabe que eu sou péssima com isso, sempre fugi de anéis. Não quero assumir uma coisa que logo pode acabar.
— Quem te garante que vai acabar? Vocês se amam, você deveria tentar, não é certo ficar longe de quem você ama, o amor não é feito pra isso, tudo sempre entra em um perfeito equilíbrio quando sua mente e seu coração amam um mesmo alguém.
— E a romântica Alice Waldorf está de volta huh? O que Justin Drew Bieber não faz com uma pessoa — riu.
— Por um acaso estão falando de mim?
Virei um pouco o rosto vendo o meu deus loiro apenas de bermuda, deixando seu peitoral tatuado a mostra e seus cabelos bagunçados, ainda com cara de sono, mas incrivelmente sexy.
— Falando do quanto a Lis está chata apaixonada. — riu — Mais alguém acordou?
— Chris e Chuck estavam na piscina e Ryan malhava.
— Uou parece que tenho algo melhor para minha visão apreciar, com licença casal. — ri acompanhando com os olhos minha amiga se distanciar de nós.
— Não vai se sentar?
— Ah não, tenho uma bela visão daqui. — ri enquanto me virava ficando de barriga pra cima — Qual é Alice? — riu deitando em cima de mim.
— Você é pesado.
— Você é linda.
Eu estava no céu com Justin, e eu sentia muita falta dessa sensação. A sensação de estar completa de novo, uma felicidade sem limites algum.
— Sabe alguma coisa sobre um suposto pedido de namoro do Ry?
— O que? Como você...? Você não disse nada pra Vanessa né?
— Não — menti — Eu só queria que acontecesse logo.
— Ryan comprou um anel, mas tá com medo de pedir, a rejeição dói Alice. — riu. — Vem, vamo dar um mergulho comigo.
Por mais que a praia fosse privada para às casas que tinham ali, havia muita gente tomando sol, ou com seus filhos. De cavalinho fui com Justin para o mar, onde me agarrei nele trocando alguns beijos ou fazendo piadinhas.
— Vou buscar uma água de coco lá na casa, quer ? — balancei a cabeça em um sim e o observei agora de costas saindo do mar em direção à escadaria da nossa casa.
Suspirei e continuei ali, observando às pessoas ao meu redor até fixar meus olhos em uma criancinha que estava dentro demais de água e parecia se afogar. E logo depois um homem correr em sua direção pedindo por ajuda. O mar estava agitado, então corri para tentar ajudar, pegando o garotinho pelo braço e o abraçando em meu colo. Braços mais fortes envolveram minha cintura e me ajudaram a sair dali, me pegou no colo me levando para areia ainda com o garotinho nos braços.
— Meus deus, Peter! — a voz grave desconhecida chegava mais perto — Filho? Meu deus moça muito obrigada.
Soltei a criança e olhei para o braço de quem acariciava meu rosto dando de cara com o meu namorado com a feição preocupada. Eu ainda tentava processar o que havia acontecido, quando a tosse do garotinho me despertou, rapidamente o olhei nos braços do homem que provavelmente era seu pai.
— Ele está bem. — disse Justin. — O senhor deveria tomar mais cuidado huh?
— Sim, eu fui buscar algo para ele beber, não achei que fosse entrar na água assim. — me sentei e sua mão foi esticada à mim — Muito obrigada....... — o olhei e um choque percorreu todo meu corpo. Era ele. E aquele maldito dia voltou à minha mente como uma bomba.
As pessoas pararam tudo que faziam e correram até o local, meu irmão estava desmaiado, e uma poça de sangue estava abaixo dele. O motorista do carro parado em pé vendo a cena estático
— VOCÊ MATOU MEU FILHO, DESGRAÇADO.— minha mãe berrava estapeando o cara que não tinha forças pra revidar.
— Eu... me desculpe, ALGUÉM CHAMA A AMBULÂNCIA.
— ME DESCULPE? MEU FILHO ESTÁ MORTO!
— Alice. Alice Waldorf. — o homem agora parecia assustado, e devagar recolheu sua mão.
— Alice. E-eu.....
— Peter, huh? — disse acariciando o cabelo do garotinho em seus braços — Belo nome.
— Achei que deveria. — o arrependimento era nítido em seu olhar, como aposto que minha tristeza também era. — Foi em homenagem a ele.
— Homenagem a criança que você matou. — agora Justin me apertava com mais forças provavelmente entendendo tudo agora.
— O-obrigada por salvar meu filho.
— TOM!!!!!! PETER!!!!!!
Uma bela mulher dos cabelos castanhos vinha correndo em nossa direção.
— Peter você está bem? — disse tomando a criança do homem.
— Sim ele está, Alice o tirou da água a tempo.
— Obrigada moça, meu filho é a coisa mais importante do mundo pra mim não sei o que faria se eu o perdesse.
O homem abaixou a cabeça e eu não pude controlar às lágrimas que começaram a cair. Me levantei e corri para às escadarias subindo para a casa, e indo direto para meu quarto, eu precisava de uma ducha fria, e precisava chorar também.
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