História You Got it Bad - Love On The Brain

And I can't get enough, must be love on the brain.
— Pro seu azar — gritei — só tem Justin.
Ouvi o som de passos se aproximando e ele bateu na porta.
— Viu ela por aí? — Ryan insistiu.
Coloquei o indicador em cima da boca da Alice e fiz um “shhh” silencioso pra ela.
— Não sou babá dela — retruquei. Ela mordeu meu dedo. — Ela tem feito birra e me ignorado. Ela consegue ser bem chatinha quando quer, o que é quase sempre, só avisando.
Olhei pra ela e sorri. Ela mostrou a língua e mostrou o dedo do meio, mas ficou em silêncio.
— Queria falar com você sobre isso, a propósito.
— Se você não se importar da gente conversar enquanto eu tomo banho…
Ela me deu o olhar de dia do juízo final e antes que eu pudesse ser impedido, liguei o chuveiro, bem em cima dela. Encostei-me na porta.— — Fala, Ryan.
— Convidei a Alice pra sair comigo.
— E? — Perguntei, soando mais irritado do que eu pretendia. E eu realmente estava. — Não sou o pai dela, não tenho que te dar permissão ou minha benção.
— Eu sei, eu sei… Mas sei que tu gosta dela.
Fiquei sério. Ela colocou a mão na boca e me puxou pela camiseta pra baixo do chuveiro. Encostei as mãos na parede ao lado dela enquanto sentia a água descendo. 
— Nem gosto assim dela, pra falar a verdade — fiz biquinho e coloquei uma mecha do cabelo molhado dela atrás da orelha. Ela me deu uma joelhada na coxa e eu quase gemi. — Ela é muito teimosa. E violenta.—Inclinei-me e dei um beijo no canto da boca dela. Ela permaneceu parada, birrenta.
— Sei lá, é que pelo jeito que tu fala dela… Enfim, esquece — ele fez uma pausa. Filho de uma cadela. — Ela é difícil. 
Fechei os olhos e sorri, sentindo a respiração dela bater no meu rosto e soube que ela tava achando graça da situação em que eu mesmo me coloquei.
— É. Ela é bem difícil — parei de falar por um momento. — Mas é fantástica. 
Uns dois minutos depois do Ryan sair do vestiário, eu abri os olhos e encontrei uma Alice sorridente.
— Então… — começou.
— Então.
— Então?
— Então…
Nós dois rimos.
Ela se inclinou pra trás, me impedindo de beijá-la quando tentei.
— Anda tá irritada? 
— Não pensei nisso.
— Então me beija enquanto pensa.
— Depois de tudo? Nem fodendo. Só quando você fizer um exame pra saber se pegou alguma DST quando beijou aquela nojenta. – ela saiu de dentro do banheiro e eu desliguei o chuveiro indo atrás ela parou perto de sua bolsa de costas. Fiquei observando seus movimentos atento e levei um pequeno susto com o barulho agora de seu celular tocando.
— Ryan? — perguntei
— John
‘’Ah..oi?’’ ‘’Sim’’ ‘’Ah obrigada’’ ‘’Tudo bem, amanhã te ajudo’’ ‘’John, vamos com calma’’ ‘’Tudo bem, até mais’’
— Parece que alguém virou a cobiçada e tem muitos convites pra sair
— O que não quer dizer que eu os aceite.
— Fica bancando a difícil?
— Não. Só não gosto de magoar ninguém. — ri dela
— Quer dizer que você arrasa corações?
— Não, não arraso corações — respondeu baixinho. — O meu coração é que foi arrasado
— Alice, por favor! Vamos conversar... — supliquei
E o celular dela tocou novamente, ela atendeu e agora sim eu tinha certeza que era Ryan '' tive que vir pra casa, desculpa não ter avisado’’ ‘’também queria’’ ‘’awn Ryan’’ ‘’tudo bem, a gente marca depois’’ ‘’ate mais’’
— Você vai pelo menos me levar pra casa? — ela disse
— Claro Alice, tudo bem — disse seco ainda de costas peguei minhas coisas e apenas sai andando na frente ‘’awn Ryan’’ porra, depois de tudo isso ela ainda vai sair com ele, com meu melhor amigo. Fui pro estacionamento olhei pra trás e vi ela abaixada pegando umas coisas que provavelmente deixou cair,  meu instinto cavalheiro falou mais alto e voltei pra ajudar
— Não precisa — ela disse assim que me abaixei e comecei ajuda-la apenas ignorei o que ela disse — NÃO PRECISA — ela disse um pouco mais alto puxando as folhas que estavam em minha mão e saindo andando na frente
— Alice espera — droga
— Qual é a sua Bieber? — ela perguntou furiosa se voltando a mim — Qual é o teu problema?
— VOCÊ! Droga! O meu problema é você Alice
— o que?
— ‘’awn Ryan’’ — disse imitando a voz dela
— Eu não acredito! Para de ser idiota garoto — ela disse rindo não aguentei e ri junto
— Vamo logo —  Haviam poucas pessoas circulando pelo campus,abri a porta pra Alice e entrei logo em seguida.
— Posso ligar o rádio?— ela perguntou
— Desde quando você me pede permissão, você nunca fez isso— ri
— Agora as coisas são diferentes, não é como se eu estivesse confortável o suficiente para fazer isso como sua namorada. — Era a primeira vez depois do término que ficávamos tão perto e trocando tantas palavras assim.
— Alice.....— a olhei de canto e antes mesmo de eu terminar a fala um som alto ecoou em meus ouvidos e pela batida Love On The Brain começou a tocar. Essa costumava a ser nossa música.
— And you got me let go, what you want from me?— ela cantarolou — I tried to buy your pretty heart, but the price too high, baby you got me like oh... you love when I fall apart, so you can put me together and throw me against the wall..
Parei o carro em frente sua casa e olhei para ela que estava de cabeça baixa, com minhas mãos levantei seu queixo devagar e a fiz olhar em meus olhos, por um momento na esperança que ela enxergasse o quando eu a amava e como eu queria que tudo voltasse a como era antes.
— Don't you stop loving me, don't quit loving me...— cantei parte da música mais como um desabafo sorri de canto e ela retribuiu — Tá entregue.
— Valeu — a puxei dando um beijo em sua bochecha e ela sorriu. Esperei ela entrar em casa e fui pra minha que era a uma quadra dali
Assim que cheguei em meu apartamento, estava tudo escuro ''Chuck não está, ótimo'' pensei. Mas um pensamento falho já que os gemidos vindo do corredor indicavam que lá estava ele com mais uma garota. Balancei a cabeça e fui até a cozinha, atrás de um copo d'água.
Meus pensamentos nela no que acabara de acontecer me levaram ao pior dia da minha vida, o dia em que eu queria esquecer pra sempre. O dia em que eu perdi minha garota.

— Eu te perdi, não foi? — perguntei com lágrimas já formando nos olhos.
            — Eu nunca fui sua.. eu cansei.
             Aquilo foi como uma facada
             — De quê? –— saiu mais como um sussurro
             — De te esperar, eu tenho algo chamado coração, não posso viver só pra você
             — Não tente esconder. Você ainda me ama!
             — Amo sim e assumo. E sabe o que é mais difícil? Eu abri mão de tudo..
              — A gente ainda pode ser feliz.
              — Não, eu não quero. Fiquei muito tempo com esse vazio, posso superar mais .
              — Para de ser orgulhosa Alice...você quer ficar comigo.
             ;—Não é orgulho, e eu já aprendi a conviver com o que eu sinto.. não quero ter que sofrer a mesma coisa depois.
             — Eu não vou te abandonar.
             — Você já foi embora da minha vida, eu tive que continuar, sem você. Quer que eu faça o quê? Continue confiando?
             — Eu nunca quis te machucar.
             — Não mesmo, mas machucou.
             — Tudo bem, eu fiz você sofrer. Eu sei, eu tenho consciência disso. Mas passou, eu quero continuar com você.
            — Para de ser egoísta..eu te amei todo esse tempo de repente você me trai, você mente pra mim, você me deixa quando eu mais precisei.. eu preciso pensar, eu te amo, mas dói! Será que é tão difícil entender?
             — Isso não, mais você é difícil sim. eu tô aqui! Eu te amo Alice!
             — Justin...
             — Alice você não pode ficar vivendo do passado, você precisa me ouvir, nós precisamos de outra chance.
             — Isso não é viver do passado, isso é te conhecer, saber quem você é
             —Mas esse não é quem eu sou! Eu te amo Alice por favor.. eu estou disposto a fazer de tudo por você.
             — Eu preciso de mais.. mais que isso.