História You know, You love me - Capítulo 3

Estou prestes a receber Alex pela primeira vez em minha casa e eu estava com borboleta no estomago só de pensar na possibilidade de que eu poderia me aproximar dele.

-Filha, você fica responsável pelo portão, vai recebendo os convidados e aí eu te aviso quando a sua mãe estiver vindo para você se esconder – diz meu pai.

-Mas como você vai saber que ela está vindo? – perguntei.

-Uma amiga dela vai me avisar, agora fica lá no portão - diz ele me virando para ir ao portão.

Só de pensar na possibilidade de que a Emily possa acabar vindo com o Alex acaba me deixando triste. Mas o que eu posso fazer? Ela tirou a sorte grande de tê-lo como namorado.  

A campainha já começa a ser tocada e os primeiros convidados chegam.

-Oi Mari, tudo bem? – minha tia Carmem me cumprimenta.

-Estou bem tia, pode entrar e fique à vontade – respondi educadamente.

-Ok, minha linda – disse ela entrando.

Minha tia não veio sozinha, veio com os meus primos Felipe e Gustavo, ambos mais velhos que eu.

O tempo vai passando, os convidados vêm chegando e claro que a festa já começou. O Alex estava demorando para chegar, já estava achando que ele e a mãe dele não viriam mais.

Depois de eu cumprimentar mais alguns convidados, finalmente, a mãe do Alex chegou.

-Oi Marina, tudo bem? Esta bonita hein- diz a mãe de Alex.

-Ah obrigada Dona Lucy – agradeci tímida.

- Não precisa me chamar de “dona” apenas Lucy está bom – diz gentilmente.

-Oi Marina, tudo bem? - Alex aparece logo atrás de sua mãe.

Senhor, ele tá lindo demais.

-Essa aqui é a minha namorada Emily, vocês se viram hoje mais cedo – murchei na hora, nem tinha visto ela.

-Oi Alex e oi Emily, prazer – disse cumprimentando os dois.

-Oi, prazer- diz Emily.

Apesar da Karol e a Emily serem amigas eu nunca conheci efetivamente a Emily.

-Podem entrar, fiquem à vontade – disse com pouca animação.

É nesses momentos que eu queria a Karol aqui comigo, mas não, ela tinha que viajar.

Meus primos já fizeram amizades com o Alex e isso não me surpreende, pois o Alex, além de lindo, é bem extrovertido. Já eu, estou no canto tomando o meu refrigerante sem saber se me junto a roda de conversa dos meus primos com o Alex.

- Oh Mari – chamou minha prima Cecília – Vem aqui! – diz ela fazendo um gesto para eu me juntar a eles.

Eu fui, o pior que podia acontecer era eu acabar sozinha num canto de novo.

- Esse aqui é o Alex e essa aqui é namorada do Alex, Emily – diz minha prima os apresentando para mim.

-A gente já se conhece – digo.

-Oh – reage minha prima surpresa sabendo que eu só tenho a Karol de amiga, quero dizer, até conheço outras pessoas, mas a Karol é a minha amiga mais próxima.

-Sim, a gente a estuda no mesmo colégio – diz Alex.

-Sim, – concorda Emily – Ela é a melhor amiga da karol.

-Sim – respondi meio tímida.

-Meu Deus, todo mundo conhece a Karol – diz minha prima.

-A Karol é demais, ela sempre alegra o rolê – diz Emily.

Espera um pouco. Que rolês? Ah espera, provavelmente aqueles que eu sempre recuso por motivos de preguiça de sair de casa. Pra mim, nada supera Netflix com brigadeiro ou pipoca, ou os dois.

-Sim, verdade, sem contar que ela tem a melhor playlist para as festas – diz Alex.

-Ah isso é verdade – diz meu primo Felipe.

Gostei que ninguém falou o quanto eu sou legal. Mas também vou querer o que? Uma pessoa mais quieta que eu impossível.

-Gente! – Chamou meu pai – A Andréa já está na rua, hora de se esconder – avisa meu pai e todos começam a se levantar.

Eu me levanto também para me esconder que nem todo mundo, mas alguém esbarrou em mim e acabei indo um pouco para lado e nisso eu acabei esbarrando no Alex e ele percebeu meu pequeno desequilíbrio.

-Você está bem? – perguntou ele me segurando.

Eu fiquei encarando ele que nem uma idiota até que eu voltei para a realidade.

-Sim! - disse me recompondo – Estou sim, obrigada.

-Que bom – disse ele sorrindo.

Senhor que vergonha, primeiro eu esbarro nele, depois eu o encaro como uma tapada. Só sei que agora eu estou com muita mais vergonha de olhar para ele agora.

Minha mãe finalmente chegou, e foi para a parte de fora, que era aonde estava acontecendo a festa. Quando chegou, todos gritaram “SURPRESA!” e então ela veio me abraçar e abraçar meu pai.

-Obrigado Amor – disse minha mãe indo beijar meu pai, nem olhei – Obrigada filha – disse vindo me abraçar de novo.

-De nada mãe- disse retribuindo o abraço.

Minha mãe foi cumprimentar os outros convidados enquanto eu fui para a cozinha pegar o bolo e acender as velas, quando cheguei lá fora, começou os parabéns; celebramos; minha mãe apagou as velas; comemos o bolo e curtimos um pouco da música que estava tocando.

Já eram 2 da madrugada, até que eu estava curtindo bastante. Teve uma hora que eu percebi que o Alex e a Emily sumiram, e eu, como sou curiosa, fui procura-los como quem não quer nada e acabei encontrando-os aos amassos na minha garagem. Senti inveja da Emily, mas o que eu posso fazer? Continuar me iludindo, óbvio! Porque a gente é o que? Trouxa.