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História You Own Me - Você me enlouquece


Escrita por: tat_maslays

Notas do Autor


Que todos os fãs de Orphan Black se sintam abraçados nesse momento...

Capítulo 12 - Você me enlouquece


POV Tatiana

 

Olhei Evelyne se afastando, mas meus pensamentos ainda tentavam digerir tudo o que havia se passado.

O que Kathryn estaria fazendo ali?

Me perguntei assim que vi Eve virando a direita no primeiro corredor.

Tentei disfarçar a decepção que era visível em meu semblante.

Eve se fora e Kathryn mantinha os olhos fixos em mim como se tentasse entender o que ocorrera.

Eu tampouco entendia o que se passava. Apenas queria saber o que de tão importante ela tinha a me dizer que praticamente acabara com o meu dia.

Não queria que Evelyne sumisse de novo.

- Kristin pediu para ir ao estúdio, estranhou sua demora. Disse que Sophie precisa aplicar os dreadlocks em seu cabelo também.

Percebi a maneira curiosa como Kathryn ainda me encarava, por sua expressão e pelos olhares que me lançava aguardei que me indagasse pelo que acabara de ocorrer.

- Tinha esquecido por completo...

Informei buscando meu aparelho celular para verificar as horas.

Não estava me meu bolso como eu achei que tivesse por isso dei meia volta na intenção de localizá-lo.

Eu adentrei com pressa ao ambiente e percebi que Kathryn havia feito o mesmo.

Ela estava logo atrás de mim e observava cada detalhe do pequeno ambiente.

- Você e Evelyne?

Ela me questionou. Seu semblante ao todo momento exibindo seriedade.

Fiquei feliz em finalmente localizar o aparelho em um canto do balcão próximo as fotografias.

- Pergunte logo, o que quer perguntar Kat .

Informei encarando-a. Tentei por duas vezes desbloquear o aparelho, mas de alguma forma meu nervosismo não permitia que eu digitasse os numerais completamente. Não queria ser grossa com Kathryn, e tentei soar o mais amigável possível, dentro da situação em que me encontrava.

Kristin Wayne era minha maquiadora, e havíamos marcado pela manhã a maquiagem de Cosima para a cena que Helen já havia programado, o penteado seria feito na sequencia e pelas minhas contas o horário que havíamos marcado havia se extrapolado. Precisamente havia passado uma hora atrás.

Tentar resolver as coisas com Evelyne demorara mais do que eu esperava. Provavelmente aquele era o motivo de Kathryn estar ali, constatei ao verificar nove chamadas perdidas em meu celular. Não havia escutado o aparelho tocar e verifiquei que o motivo se dava exclusivamente por o aparelho estar no silencioso.

Daquelas, oitos chamadas eram de Kristin e uma de Helen.

Meu coração disparou ao ver o nome de Helen Shavers na tela.  Sabia que aquela confusão de emoções nada tinham a ver com Helen, apenas com a loira que não saía de meus pensamentos.

Eu não tinha mais para onde fugir. Antes que Kathryn pudesse fazer qualquer outro questionamento busquei nas chamadas o número de Helen e fiquei feliz quando ela atendeu de primeira.

- Onde você está?

- Estou a caminho da maquiagem, creio que em três horas a caracterização estará pronta.

- Ok. Vou dispensar Evelyne até o seu retorno então.

- Ela está aí?

Perguntei tentando não demonstrar minha satisfação em saber aquela informação.

- Sim, acabou de chegar. Não demore.

- Farei o possível.

Finalizei desligando o aparelho e encarando Kathryn.

Saber que Evelyne não havia fugido novamente serviu de alento a minha alma.

Nem tudo estava perdido, poderíamos terminar o que havíamos começado.

Peguei minha bolsa com alguns objetos que precisaria e me encaminhei a saída. Kathryn estava em meu encalço.

- No começo você pelo menos disfarçava.

Desabafou Kathryn me acompanhando pelos corredores até o salão onde me aprontaria.

- Ao que você se refere?

Perguntei a morena ao meu lado como se não soubesse ao que ela e referia.

Nosso caminho não era longo e esperava terminar aquela conversa antes que chegasse ao meu destino.

- A maneira como você olha para ela, pelo menos no começo você disfarçava – sentia que a voz dela aos poucos estava ficando distante.

Por um momento acreditei que ela não prolongaria aquela conversa. Eu estava andando com certa rapidez e percebi que Kathryn estava um pouco longe.

Fiz um esforço sobre humano para tentar aquela conversa sem perder minha paciência. Aguardei Kathryn novamente se aproximar.

Ao analisar minha expressão de desdém, Kathryn se sentiu encorajada a fazer a pergunta que eu sabia desde o começo que era a que mais a intrigava.

- Vocês estão tendo um caso?

O olhar de Kathryn era sério. A pergunta trazia em si uma definição que não me agradava.

- Não!

Respondi prontamente , esperando que as palavras se posicionassem em meu cérebro.

Caso.

Aquela palavra definitivamente não me agradava.

Evelyne não merecia ser tratada por mim como se fosse um caso. Em minha mente naquele momento, sequer pensava na possibilidade de aquilo que estava acontecendo entre nós fosse passageiro.

Eu a queria para sempre em minha vida. A maneira como ela me tocara. A maneira como ela me beijara. A maneira que ela se entregara expondo seus sentimentos. Definitivamente ela merecia o melhor que eu pudesse lhe oferecer.

Minha primeira reação foi tentar negar, mas eu conhecia Kathryn ela definitivamente não me deixaria em paz enquanto eu não falasse a verdade.

– Teríamos um caso se fôssemos comprometidas e não somos.

Finalizei contente por finalmente tirar aquele peso de minhas costas.

Eu já estava mais do que atrasada

O tempo quando eu estava ao lado de Evelyne passava por demasiado rápido e quando eu estava longe dela passava muito devagar e aquilo era algo com o que não me acostumaria tão fácil.

Nunca entendi as diferenças que haviam entre Kathryn e Evelyne.

Depois daquelas palavras que havíamos trocado, para mim ficara mais que óbvio o motivo de Eve, mas da parte de Kathryn eu definitivamente não entendia.

Tínhamos muita convivência a considerava como minha irmã.

Queria acreditar que aquele ciúme que ela tinha de Evelyne era devido a nossa amizade.

Provavelmente seria pois, quando eu tinha um relacionamento com Tom, até me surpreendia como a  maneira como os dois se davam bem.

Ainda custava a acreditar que Kathryn não soubesse que estávamos separados.

Eles tinham uma facilidade de lidar um com o outro que até me deixaria enciumada se eu fosse perdidamente apaixonada por meu namorado, infelizmente não tinha aquele problema de ciúmes para com Tom. Embora fosse um desejo dele.

Lembrava claramente no dia da Paley Fest, onde Tom usara o trabalho como desculpa para não me acompanhar na viagem, mas de alguma forma ele encarregara Kathryn de lhe vigiar. Como se de fato eu precisasse de um guarda-costas, ou de alguém que vigiasse meus passos.

Me recordo de que naquele dia Eve insinuara que eu estava tendo algo com Kathryn, e tentei me por no lugar dela. Evelyne por vezes tinha algumas ideias tão absurdas que era melhor nem aprofundá-las.

Naquela noite apenas esclareci que tinha um namorado. Afirmei a ela, mas eu precisava dizer, porque  minha mente estava inebriada com a presença dela e eu não podia me deixar levar por aquela atração louca que Eve me fazia sentir.

Dizer que eu tinha um namorado, por vezes me trazia de volta a realidade onde eu me colocara.

Eu sabia que aquilo um dia aquele sentimento louco que Evelyne me fazia sentir me levaria ao ápice da minha loucura e lá estava eu, me afundando lentamente no mar de sentimentos que tinha por ela.

Não demorei muito para chegar ao me destino e agradecendo aos céus por Kristin já estar me esperando, o que fez com Kathryn sumisse, sem ao menos me dizer tchau.

 

Aguardei que Kristin terminasse a maquiagem e fiquei feliz com a agilidade que ela demonstrou, não sabia se era pelo fato de já estarmos atrasadas, mas o trabalho que ela demoraria quarenta minutos, acabou por fazer na metade do tempo.

Depois de finalizar o trabalho com Kristin aguardei por Sophie, minha cabelereira aparecer.

Nesse meio tempo me dei ao luxo de verificar meu aparelho celular, naquele ultimo resquício de esperança de que a mulher que invadia meus pensamentos tivesse ao menos a consideração de me mandar uma mensagem.

Não e surpreendi ao verificar que ela nada havia mandado.

Olhei no histórico e vi que Tom havia me mandado uma mensagem. Não me dei ao trabalho de sequer abrir.

Fechei meus olhos com força na tentativa de recompor meus ânimos.

- Temos um longo trabalho pela frente –

Escutei Sophie praticamente gritando da porta por onde entrara. Em todos aqueles anos deveria ter me acostumado com o jeito dela de agir, mas em vezes como aquela, que minha mente estava flutuando, sempre me assustava.

- Como sempre –

Respondi fazendo-me ser ouvida.

Com meus olhos focados no espelho a minha frente, peguei as folhas do script que havia deixado no balcão no momento em que Kristin começara  a fazer a maquiagem.

Sophie me olhava pelo reflexo do espelho a nossa frente. Era visível que ela queria me dizer algo, e me sentia a vontade, tanto com ela quanto com Kristin de conversar nos momentos em que estávamos ali, tão próximas, aquele momento exigia paciência e o mínimo que podíamos ter uma para com a outra era um diálogo. Independente do foco do diálogo em si.

- Em pensar que logo logo tudo irá acabar.

Sophie meio que sussurrava aquelas palavras, como se esperasse que eu respondesse alguma coisa.

Sorri e balancei a cabeça em afirmação, chateada o bastante para evitar nossa troca de palavras.

Nada estava ajudando naquela tarde. Mal sabia ela  o peso que aquelas palavras tinham sobre mim.

Tentei disfarçar o quanto aquelas palavras me incomodaram tentando focar minha atenção nas falas que tinha que  decorar.

“Você foi paga para mentir para mim”

Essa era a frase que Cosima diria para Delphine em certo momento.

Em pensar na maneira tão doce como Delphine sempre agia em relação a personagem dela, Cosima, fez um nó lhe subir na garganta.

Seria aquele o momento em que provavelmente Evelyne lhe olharia com aqueles olhos castanhos marejados.

Não seria Evelyne e sim Delphine, tentei me ater aquela distinção.

Como nada colaborava naquele momento resolvi deixar aquele script de lado jogando sobre o balcão.

Sophie me olho pelo reflexo assustada, interrompendo por um momento o que fazia.

Já havia decorado as falas, apenas as estava revisando para me ater as suas expressões daqueles momentos.

Após a permissão de Sophie em me levantar, busquei rapidamente minha bolsa procurando em meio a um caos de objetos um fone de ouvido.

Organizei a playlist que havia separado com o nome “Cosima” e deixei que a primeira música tocasse.

Já que não conseguiria descansar minha mente, pelo menos naquele momento me concentraria em fazer algo que era a única coisa que seria exigida dali para frente. Convencer ao público de que Cosima Niehaus estava perdidamente apaixonada por Delphine.

 


Notas Finais


Primeiramente peço desculpas por postar tão tarde...sei que hoje é um dia um tanto quando delicado e por isso resolvi divulgar esse capitulo, para que de alguma forma nos sintamos mais próximos. Agradeço de coração a cada um que está acompanhando a fic, e saiba que é a motivação de vocês que me fazem continuar e estar aqui...Amo cada um de vocês e espero que me digam o que estão achando da história... beijosss e boa noite!
** o capitulo estava com alguns erros que ajustei por agora...


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