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História You Own Me - Você é uma covarde


Escrita por: tat_maslays

Capítulo 9 - Você é uma covarde


POV Evelyne

 

Nunca concordei com a recomendação, que para mim definitivamente era uma proibição, de que em eventos de coletiva em geral, eu não podia sentar ao lado de Tatiana.

De acordo com John tudo se devia ao fato de nosso casal, chamar muito a atenção dos fãs e mudar muito o foco das conversas, fazendo tudo se focar somente Cosima e Delphine.

Não acreditava que aquele seria o real motivo, mas já havia me acostumado.

Definitivamente não era de meu agrado, mas em dias como aquele, estar ao lado de Tat nunca era a melhor opção.

Tatiana sempre era o centro das atenções e isso para mim era inquestionável por que ela merecia.

Tat era a estrela do seriado e uma atriz competente, era impossível não admirá-la e eu ficava feliz por vê-la colher os frutos de seu trabalho, assim como eu também estava colhendo os frutos do meu.

Em pensar que ela também era o centro de minhas atenções, e por mais que eu tentasse disfarçar, sempre me pegava olhando-a com afeto, para não dizer que era de forma apaixonada.

Amava vê-la sorrir, e tudo voltava ao senso comum de que seria impossível não se encantar por ela.

 

O que ela estava fazendo com Kathryn?

Aquele pensamento não se esvaia de minha mente, e meu bom humor me abandonou apesar de eu forçadamente estampar um sorriso no rosto.

Queria ter notado minutos antes naquela noite que tinha algo entre elas, para ter tido a oportunidade de questioná-la.

Havíamos acabado de nos encontrar e eu já queria brigar.

Eu brigaria mesmo, porque Kathryn definitivamente não era uma escolha aceitável.

Aquela mistura de sentimentos que Tatiana despertava em mim, um dia iria me enlouquecer.

Não mais que a lógica existente em ela dar uma chance a Kathryn e não a mim.

Aquilo doeu em meu ego.

 

Vi quando ela saiu com Kathryn, e me dirigi ao coquetel de recepção.

Tentando tirar aquela cena desagradável da minha mente.

Seria coisa da minha cabeça?

Meus ciúmes falando mais alto?

Aquela resposta de nada valeria, já que minha noite já estava arruinada.

Fiquei feliz ao ver um rosto amigo em meio ao grande número de pessoas ali presentes.

Josh.

Aquilo significava que não estaria sozinha naquela noite.

Josh Vokey era uma das pessoas as quais teria saudade quando o seriado acabasse, ele e Ari Millen.

Os dois eram atores que eu havia conhecido devido ao seriado e que haviam se tornado meus amigos. Duas pessoas maravilhosas com as quais sabia que poderia contar em qualquer situação.

 

Eu e Josh havíamos começado as gravações no mesmo dia e ele se mostrara extremamente atencioso me passando um segurança que nem eu sabia que precisava. Era estranho que ele pudesse entender minhas inseguranças, mas lá estava ele, estendendo sua mão amiga sempre que eu precisava. Quando não a mão, uma taça de vinho.

Josh me encarava como se entendesse o que se passava comigo e Tat.

Não pude deixar de elogiá-lo pelo visual impecável e fiquei envergonhada ao receber um elogio do mesmo cunho, por parte dele.

Josh era uma das pessoas que sabia de meus sentimentos por Tat, e eu me sentia segura em conversar com ele.

Nos abraçamos e após colocarmos as últimas conversas em dia, fiquei feliz quando me oferecer uma taça de vinho espumante, sem eu nem ao menos pedir.

Beber talvez me ajudasse a encarar o que tinha pela frente, ou talvez tudo fosse.

Tive ímpetos de perguntar se ele sabia o que havia acontecido com Tom, mas preferi não tocar naquele assunto.

Minutos depois o evento em si começou e o que mais me chateou no momento em que nos apresentamos para tomar nosso devido lugar ao palco, foi olhar e ver Kathryn sorridente ao lado de Tat.

Eu havia evitado encarar Tatiana e até mesmo encontra-la naquela noite, mas em questão de minutos, tudo estava à tona, de novo.

O espumante que Josh havia me dado, estava ajudando.

O ódio inicial me abandonou ao notar a maneira como Tat me olhava.

Seu olhar era terno e seu sorriso me brindava como se não estivesse acreditando que eu estivesse ali, pois eu estava e faria questão de que ela não se esquecesse disso tão cedo.

Fiquei feliz ao notar que podia continuar olhando-a do local onde eu estava, a duas cadeiras de distância dela, uma das quais era ocupada por Kathryn.

A encarei e fiquei realizada ao ver que Tatiana não desviava o olhar.

Tentei não reparar na inquietação de Kathryn, e na cara de poucos amigos que ela exibia, mas não me contive e fiquei feliz por que algo em meu interior dizia que eu havia contribuído para deixa-la naquele estado.

Como ela podia ser tão antipática e não fazer nenhum esforço para demostrar o contrário.

Se antes daquele dia eu já não gostava dela, dali para frente a guerra estava declarada.

Deixei-me levar e agradeci por Josh e Alli estarem do meu lado, me apoiando, mesmo demostrando não saberem o que passava.

Josh conseguia disfarçar mais facilmente, já Alli fazia eu constantemente ter ataque de risos.

Tudo se encaminhou na mais perfeita normalidade, se não fosse levar em consideração a tensão que havia entre mim e Kathryn e se não se fosse considerar as trocas de olhares apaixonados que haviam ocorrido entre mim e Tatiana.

Quando evento se encerrou, não estava preparada para conversar com Tat e me surpreendi quando ela me tirou da companhia de Josh para me levar a um local mais reservado.

Ela não estava com Kathryn e aquilo fez com que um sorriso de satisfação estampasse meu rosto.

- O que você pensa que está fazendo agindo dessa forma?

O tom de voz que ela usava estava longe de ser o normal.

Estava chamando minha atenção como se eu fosse uma criança levada.

Não a encarei e procurei manter distância do corpo dela e de qualquer contato físico.

- Onde está Kathryn?

Fiz questão de perguntar, a indignação escancarada em meu rosto, a  bebida falando mais alto.

- Eu não sei!

Respondeu ela em um tom mais elevado do que de costume.

Como se minha pergunta fosse um insulto.

Seus olhos se firmaram em mim, e a aproximação dela foi natural.

- Você bebeu?

Me questionou tentando sentir em meu hálito alguma alteração.

- Un peu.

Disse em resposta.

Queria ter pensando em algo mais complexo para dizer, mas meus sentidos estavam alterados, não permitindo que meus pensamentos se aprofundassem naquela complexidade.

Pude sentir a fragrância dela próxima e aquilo me despertou aqueles ciúmes que senti quando a vi com Kathryn.

Meu ego inflamando.

- Pensei que você tivesse bom gosto. Kathryn? Isso é sério?

Indaguei finalmente encarando-a naquele momento.

- Você está com ciúmes de Kathryn? Eu tenho um namorado caso não se lembre.

Respondeu Tat sem saber como aquelas palavras me afetavam

Ela ainda tinha Tom

Aquilo me abalou.

Me abalou muito mais que pensar que talvez ela estivesse tendo algo com Kathryn.

- Nunca me esqueço, e quando esqueço... você faz questão de me lembrar.

Novamente a bebida falava mais alto e agradeci pelo álcool me dar coragem de pronunciar aquilo.

-Eve. As coisas não precisam ser assim.

Tentou Tat amenizar ao ver o impacto de suas palavras sobre mim.

Sua proximidade me afetando e seus lábios próximos demais para que eu pudesse esquecer a força que tinham sobre mim.

-Você é uma covarde!

Sussurrei com a pouca coragem que ainda me restava para lidar com tudo aquilo.

Eu teria que lidar com a proximidade dela. Lidar  com os efeitos do álcool em meu organismo. Lidar com a atração que ela tinha sobre mim, e definitivamente lidar com o fato de que ela tinha um namorado porque era uma covarde.

- Preciso ir.

Ouvi Tat pronunciando e se afastando automaticamente.

O calor de seu corpo se esvaindo.

Era isso o que ela sempre fazia. Ela sempre fugia

Me confundia e me perturbava a mente e depois fugia.

 

O tempo jogava contra nós.

Como queria ter aproveitado cada momento ao lado daquela mulher.

Como queria que aquele momento que estávamos tendo ali naquele camarim tivesse ocorrido desde o momento em que se vira apaixonada por ela.

O tempo delas estava acabando.

- Mas aqui estamos nós...

Declarou Tatiana quebrando o silêncio e o rumo que seus pensamentos haviam tomado.

- Estamos!

Afirmei com aquela mistura de sentimentos me atormentando.

- Desde o começo queria ter admitido, mas foi mais difícil do que imaginei.

Explicou ela.

- Teria me poupado de muita coisa.

Informei tentando esconder as lágrimas que ameaçavam invadir meu rosto.



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