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História You Save My Life ( Xiuchen ) - 2-But you only need the light when it's burning low


Escrita por: Carolpyon

Notas do Autor


Obrigada pelos 18 favoritos! Espero que apreciem o capítulo!
Boa leitura :3:3

Capítulo 2 - 2-But you only need the light when it's burning low


Fanfic / Fanfiction You Save My Life ( Xiuchen ) - 2-But you only need the light when it's burning low

"But you only need the light when it's burning low

Only miss the sun when it starts to snow

Only know you love her when you let her go

Only know you've been high when you're feeling low

Only hate the road when you're missin' home

Only know you love her when you let her go"

Let Her Go - Passenger 

 

Esperei minha omma por mais 15 minutos após as 4 horas cheias de pensamentos envolvendo aquele pequeno garoto que acabara de conhecer. Suspirei e baguncei meus cabelos, vendo minha omma caminhando calmamente com sua bolsa em minha direção, já com um bom casaco para não passar frio e um par de luvas em seus finos dedos.

- Vamos meu pequeno? – Pediu-me, sorri e levantei, colocando a mochila nas minhas costas e descendo até a recepção do hospital o qual nos despedimos de Kyungsoo.

Após a despedida caminhamos até o mercado, logo ali perto, onde não tardamos de comprar o que mais precisávamos em nossa casa. Minha mãe não tinha carteira de motorista, e bem, ela realmente não se importava muito em ter um carro, algo que eu aceitaria de bom grado. Depois de mais ou menos 1 hora, chegamos em casa com as compras, eram tantas sacolas que eu realmente não sabia o que guardar primeiro.

Omma decidiu que eu guardava as coisas na geladeira e ela na despensa, assim os riscos de ficar bagunçada eram 1000 vezes menores. Exatamente, eu sou um desastre em pessoa, ou seja mais um lindo defeito para mim. Mas tudo bem, depois de um tempo acaba virando parte de você. Depois de tudo guardado fomos cozinhar, melhor minha omma foi, eu ajudei ela a cortar os legumes e organizar a mesa para o jantar. Depois de tudo pronto sentamos para comer, apenas nos dois como de costume.

-Omma – Chamo

- Sim?

- Posso fazer uma pergunta? – Peço

- Já está fazendo – rio

- Ok, outra então! O que Xiumin tem? – Pedir direto

- Xiumin? – Ela me perguntou – Filho não existe nenhum Xiumin na parte de oncologia do hospital- Olhei interrogativo para ela.

- Mas ele disse que esse era seu nome. – Falei ainda olhando ela.

- Lembra do número do quarto? – Pediu e concordei.

- 29 – falei

- Oh deus! – ela riu fofamente – Ele lhe enganou, seu nome verdadeiro é Minseok, Kim Minseok – Minha omma me contava ainda rindo um pouco.

- Por que ele mentiria para mim? – Perguntei fazendo um careta.

- Minseok é um pouco arteiro, sempre gosta de aprontar algumas confusões, ainda mais por estar debilitado devido ao câncer. – Contou-me – A primeira vez que ele chegou no hospital fora inesquecível! Ele fingiu durante duas semanas que não falava coreano, apenas chinês.

- Chinês? – Perguntei meio perdido.

- Sim, Minseok veio da China a mais ou menos 1 ano, como os hospitais de lá são sempre lotados, pediram transferência para cá. Ele é bem calado na verdade, quase nunca se abriu com ninguém, então para ele ter falado com você, ele deve ter gostado de você. – Concluiu sua linha de raciocínio

- Por que ele está internado? – Perguntei tirando minha omma dos seus pensamentos

- Ele mora no hospital pois sua família acha melhor, eles tem muito dinheiro e são extremamente rigorosos e sérios. Ele tem Leucemia, então acaba por ficar lá mesmo, ele disse uma vez que não gosta de ir para casa devido a falta de amor familiar.

- Deve ser horrível ficar sempre sozinho. – Falo baixo para mim – Ele vai ficar bem? – Peço vendo minha mãe suspirar, já sabia a resposta daquele suspiro.

- Não podemos dizer filho, você já sabe. O câncer é uma doença em que um minuto o paciente esta bem, no outro esta quase a beira da morte. Sendo assim, não posso dizer nada tanto a ele ficar bem, mas talvez ele ainda tenha chances. – Ela contou, com calma, mas tendo carregado em sua voz uma tremenda vontade de trocar de assunto urgente.

- Tudo bem, mas se eu puder fazer alguma coisa para ajudar, eu o farei certo? – Olhei para ela que sorriu.

- Otimo, vá faze-lo comer então! – Minha omma falou e eu ri

- Serio isso?

- Sim, ele odeia comer – Ela suspirou. – Sempre diz que esta muito gordo.

- Ok, deixa a tarefa para mim – Pisquei e a mesma riu.

- Dae – Ela me chamou – Você gosta dele? - Senti minhas bochechas esquentarem, como normalmente já fazem, e olhei para minha omma um tanto surpreso.

- Omma! Gosto dele da mesma forma que meus amigos, não pense outras coisas! – Falo fazendo a mesma rir, ela já sabia da minha pequena preferência. Exato preferência. Eu sou homossexual, minha mãe sempre aceitou isso bem, no inicio para ela foi estranho, mas logo se acostumou, o que me deixava relativamente mais tranquilo.

- Certo, certo!- ela sorriu segurando minha mão – Mas filho, não se apegue muito a ele, não sabemos o que pode acontecer amanhã, e muito menos daqui um segundo ok? – Suspirei e concordei, não adiantaria criar birra com minha omma, ela era indomável.

- Quantos anos ele tem? – pedi

- Dois a mais que você – Ela falou e eu arregalei os olhos – não parece né? – riu

- Ele já tem 19 anos? – Pedi e ela concordou – gente, achava que ele era mais novo que eu. – Fiz bico

- Não fica assim – riu beijando minha mão – Só me prometa que não vai se machucar

- Não posso prometer algo que não sei se posso cumprir – Respondi vendo a mesma me olhar preocupada – se eu o conheci é por um bom motivo, e eu vou mostrar a ele esse bom motivo. – Contei mexendo em meu prato de comida, onde somente restavam alguns legumes

- Eu acredito que ele realmente quer que você proteja Seok mais do que qualquer coisa – minha omma falou, sorrindo pequeno – Faça ele se sentir bem, pois ele nunca vai saber o que vai acontecer com ele. – Ouvi seu suspiro e senti meu coração doer, já havia se tornado algo comum ver minha omma falando dos seus pacientes, mas aquele, era diferente, parecia que ele era parte de mim, uma parte que eu sentia falta.

- Omma – Chamei ela – Qual era a cor do seu cabelo? – Pedi vendo ela sorrir.

- Eram castanhos escuros, pretos. Ele tinha os cabelos baixos, tinha uma franja fofa. Na verdade eles eram pintados, mas depois de descobrir a Leucemia, ele não veio a pintar eles de novo

- oh – falei e assim ficamos, terminamos nosso jantar e limpamos, subimos para nossos quarto e nos demos boa noite, depois de tomarmos banho. Pode ser meio estranho, mas dormi pensando em Minseok. Lembre-me a todo instante o modo como ele abraçava-se fortemente, como se seu único refúgio fosse ele próprio. Fora com esses pensamentos que deixei-me ser levado pelo sono, apreciando algumas horas de sono.

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Acordei no dia seguinte alguns minutos antes de meu despertados. Isso nunca aconteceu. Suspirei devido a minha ansiedade, levantei e fiz meu caminho até o banheiro onde fiz minha higiene pessoas. Após isso caminhei sorrateiramente até o quarto da minha omma, vendo a mesma deitada descansando. Sorri e desci as escadas com calma, fazendo nossos cafés da manhã. Nunca fui muito bom em cozinhar, mas posso dizer que dou para o gasto. Fiz o tradicional café da manhã coreano com arroz e uma sopa leve. Depois de terminar o mesmo vi minha omma entrando na cozinha coçando seus olhos.

- Já acordado? – Perguntou-me sorrindo  

- Alguns minutos – retribui o sorriso sentando-me na sua frente – Bom apetite- Falamos começando a comer nosso café da manhã.

- Ira me visitar hoje? – Ela pede sorrindo de lado

- Omma! – Rio e a mesma da de ombro – quero conversar com ele, então pretendo ir de qualquer forma. – Sorri e a mesma acompanhou-me

- Certo, agora vá se arrumar, caso contrario vai se atrasar para a aula – Concordei levantando e indo até meu quarto, colocando meu uniforme escolar e pegando minha mochila.

- Omma pode me emprestar um pouco de dinheiro? – Peço e a mesma me olha

- Depende para o que – falou olhando-me

- Quero comprar uma coisa para Minseok – sorri vendo ela negar e me entregar uma quantidade de dinheiro.

- O que vai comprar?

- Será que ele gosta de bonés, para sei lá, esconder sua careca. Ele parece não gostar dela. – Minha mãe riu

- Compre uma toca para ele, tenho certeza que o mesmo vai adorar.

- Certo! – sorri e beijei sua testa caminhando para a escola calmamente como sempre fazia.

Ao chegar na mesma reparei que ainda não se passavam das 8:10, e a aula somente começava as 8:30. Suspirei e caminhei até minha sala onde estava praticamente vazia, se não fosse por Chanyeol e Baek se pegando.

- Por deus já não passaram a noite inteira aos beijos? – Perguntei fazendo uma cara enojada, o que fez ambos rirem e sentarem na minha frente – O que fazem na minha sala?

- Ela e da escola não sua – Chanyeol respondeu me fazendo mandar-lhe o dedo do meio

- Só digam de uma vez!

- Ok, queríamos saber se não quer ir numa festa sexta feira. – Eu suspirei depois da pergunta.

- Sei lá, depende de quem é a festa? – pedi

- Yifan – Falaram em unisson.

- Não obrigado – Falei

- Por que????? – Pediram fazendo bico

- Não to muito a fim de beber e parar na cama de alguém – Revirei os olhos e ambos riram – Agora, vão para aula! – Falo vendo ambos rirem e irem para a sala ao lado. Supirei e deitei minha cabeça em minha classe, batucando os dedos de leve em minha mesa a procura de algum entretenimento para aquele momento. Mal percebi que as pessoas da sala começaram a aparecer gradativamente a casa minuto que passava, e logo estávamos tendo um período extremamente chato de historia coreana.

Depois de se passarem horários e mais horários, aulas e mais aulas suspirei ao ver o relógio marcar os exatos 16 e 30. Levantei-me e guardei meu material, assim como o restante da classe que não perdia tempo. Depois disso caminhei até o portão de entrada onde haviam varias pessoas conversando e caminhando juntas para as suas casas. E lá estavam eles me esperando. Os meninos conversavam alto como de costume o que me fez rir internamente, caminhei até os mesmos vendo Kai discutindo com Baek sobre como era mais difícil comer 1 kg de frango do que um 1kg de boi.

- Quanto tempo eles vão continuar com isso? – Perguntei vendo Sehun suspirar

- Sei lá – Falou – Vai para o hospital? – Perguntou ao ver que tinha uma sacola junto a mim. Durante o intervalo do almoço havia pedido permissão para os professores para ir comprar um presente para um amigo com câncer. Eles relutaram pois achavam que era mentira, e ligaram para minha mãe que confirmou a história.

- Sim vou visitar uma paciente que conheci ontem. Ela tem sete anos e está em estado terminal – Suspirei

- Oh, quando sairmos das semanas de provas podemos ir conhece-la? – kai perguntou com um sorriso desviando sua atenção para mim e Sehun.

- Ela adoraria conhecer vocês todos – sorri e os 4 garotos fizeram o mesmo. Logo viemos a nos despedir novamente, cada um seguindo para sua casa, ou seu rumo. Caminhei para o hospital com calma, a qual sempre caminhei para o mesmo. Ao chegar fiz o mesmo processo de sempre, conversar com Kyungsoo, cumprimentar as enfermeiras e doutores e procurar minha omma. Vi a mesma assim que adentrei o corredor, parecia cansada e suspirava.

- Omma? – Perguntei sentando ao seu lado – O que aconteceu?

- Angel passou mal hoje. Quase a perdemos – Falou em um sussurro o que me fez suspirar fundo e segurar sua mão.

- Ela já está bem? – Peço calmo

- Está descansando – falou me olhando – quer ver lá? – concordei e a mesma me levou até o quarto da menor, a porta continuava a mesma do dia anterior e eu rezava internamente para que a mesma estivesse ali, sorrindo e brincando como um anjo que ela aparentava ser. Abri a porta com minhas mãos tremendo um pouco e me deparei com a pequena garotinha abraçando um urso e enrolada em uma cobertinha felpuda da pucca. Sorri e caminhei até a mesma que sorria.

- Tio Jong Dae – Falou baixinho com um sorriso lindo.

- Oi minha pequena anjinha – Sorri vendo a mesma e senti uma dor aguda me atingir deixando algumas lagrimas descerem pela minha face 

- Titio Dae, não chora – falou colocando suas mãozinhas em meu rosto – eu sei que papai do céu está me levando aos poucos, mas por favor não chora – falou me fazendo sorrir e não conseguir nem ao menos responder a pequena, somente deixando as lagrimas descerem pelo meu rosto.

Depois de alguns minutos com a pequena acariciando meu rosto e limpando minhas lagrimas suspirei. Ela sorriu para mim e falou.

- Tio Dae, você é muito bonito para chorar – sorri com isso e beijei sua testa

- Obrigado anjinha – falei vendo a mesma me apontar seu pequeno urso.

- Mickey não gosta de pessoas chorando. – Contou

- Mickey?

- Este é o Mickey – falou me mostrando seu ursinho marrom felpudo – Ele gosta de fazer as pessoas sorrir e de poder ver elas felizes – contou – assim – pegou e esfregou o ursinho na minha bochecha me fazendo rir baixo da sua tamanha inocência.

- Gosto muito do Mickey – falei calmo vendo a mesma sorrir. – Está se sentindo bem? – Pedi

- Sim, eu passei mal antes mas agora está tudo bem! – ri com a resposta da menor – titio Dae eu sonhei com você essa noite. – contou-me

- Sonhou? O que tinha no sonho? – Pedi vendo a mesma pensar um pouco.

- Você estava com um menino baixo e fofinho. Tinha cabelos castanhos bem escuros, quase pretos e olhos parecendo gatinhos – ela riu e observei ela contando o sonho – Vocês estavam felizes, em um parque bem grande fazendo um piquenique, mas do nada começou a ficar tudo escuro e eu só ouvia gritos e choros, então eu acordei – Confessou me fazendo ter longos calafrios na minha espinha. – Titio você está bem?

- Só um pouco assustado – sorri vendo a mesma concordar e segurar minha mão me trazendo uma paz extremamente boa e confortável.

- Minha omma sempre dizia que quando eu estivesse com medo era para mi apertar Mickey – falou me entregando o ursinho – tenta – incentivou-me. Logo vim a fazer tal gesto sorrindo para a mesma como se o medo que eu acabara de absorver com suas palavras se desintegra-se aos poucos

- Ele tem super poderes – falei e a mesma riu

- Ele realmente tem!- sorri – Ele pertencia a um anjinho – falou e não pude evitar de sorrir.

- É ele realmente é – respondi

- Dae – chamou-me – Não abandone o pequeno garotinho com olhos de gato – ela falou me fazendo dobrar a atenção em suas palavras – ele vai precisar de você daqui para frente.

- Ei – chamei ela que olhava para o ursinho já em suas mãos – eu prometo de mindinho que vou cuidar dele – ela sorriu e fizemos nosso juramento como se fosse a coisa mais sagrada, e para mim... realmente era a coisa mais sagrada. – Como você sabe dessas coisas minha pequena?

- Ele – apontou para o anjinho de porcelana ao seu lado – me falou que vocês dois vão passar por muitas coisas, e que tudo dependera das escolhas de vocês. – contou me fazendo suspirar tentando me acalmar.

- certo, esse anjinho tem razão, eu prometo cuidar do garoto de olhos de gato. – sorri e a mesma riu fofamente – você sabia que ele mora aqui pertinho de você? – falei e a mesma me olhou surpresa. – Ele tá dodói e precisa morar aqui para se curar.

- O anjinho me falou que ele estava fraquinho – Ela contou me fazendo sorrir pequeno. – Falou que vocês deveriam acreditar um no amor do outro, e somente assim ele poderia ficar curado de verdade. – Vi a mesma contar-me tudo como se fosse a mais pura verdade. Eu apenas acreditei afinal não podia ser um mentira.

- Tenho certeza que Minseok vai tentar ao máximo se recuperar, e eu vou ao máximo tentar ajuda-lo – falei e a mesma sorriu

- Diga para ele vir me visitar com você!

- Eu virei e trarei ele comigo – a mesma riu e beijou minha bochecha logo bocejando. – cansada?

- Sim, mas tio Dae, não conte para Minseok ok? O anjinho pediu – falou sorrindo e fechando os olhos sorri e logo vi a mesma cair em seu mundo de sonhos. Assim levantei-me e caminhei até a porta a fechando e suspirando fundo, caminhando até o quarto 29.



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