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História You Should Know - Capitulo 1- Courage.


Escrita por: whoisthed

Notas do Autor


> Algumas personalidades serão alteradas no decorrer da fic.
> Muitas personagens originais irão aparecer durante a fic.
> A história do Tom será um pouco alterada para eu poder fazer o que tenho em mente.

Capítulo 1 - Capitulo 1- Courage.


Fanfic / Fanfiction You Should Know - Capitulo 1- Courage.

                                                                            Capitulo 1-Courage.

Amelie Harris POV.

E finalmente a última caixa já estava desfeita. Quase 1 semana de mudança arrumando tudo pela casa e meu quarto foi basicamente o último, pois minha querida mãe queria que o resto da casa ficasse pronta logo para rever as amigas e alguns parentes. E como ninguém entraria no meu quarto e a cama já estava pronta, eu não precisava arrumar com tanta pressa assim, palavras da sábia Jennifer Harris.

-Amelie. -Gritou minha mãe, da cozinha provavelmente, já que o cheiro de torta estava impregnado por toda a casa. -AMELIE HARRIS.

-JÁ ESTOU INDO.

Depois de quase cair da escada, cheguei na cozinha ofegante. Mamãe estava tirando a torta do forno e estava toda arrumada. Havia pratos e copos em cima da mesa e mais algumas coisas para café da manhã. Alguém acordou de bom humor e dessa vez não fui eu. Mamãe só fazia café da manhã quando ou iria brigar comigo ou quando estava de bom humor. Ela diz que alisar antes de bater ameniza a dor, mas isso é pura mentira.

Eu e minha mãe não temos uma relação muito normal e saudável, mas nos amamos muito e querendo ou não ela me apoia. Temos nossas enormes diferenças, mas conseguimos driblar isso e viver com um pouco de harmonia. Brigamos muito e com isso eu sempre me retiro de casa, pois tentar discutir com ela é perda de tempo.

Talvez voltar para esse lado da cidade tenha sido um pouco caótico para ela, mas é meu futuro. Passar na bolsa de fotografia aqui foi algo inesperado, tanto por mim quanto por ela. No começo a confusão foi maior do que deveria, mas papai se comprometeu em ajudar com as despesas, já que era óbvio que ele não poderia vir comigo. Vovó Anna deixou bem claro o quanto me apoiava e se disponibilizou para me dar assistência sempre que mamãe tivesse que viajar por conta do trabalho.

Voltar para Kingston depois de quase quatro anos foi um pouco mais tenso para mim. Saí da cidade com quase 15 anos, pois na época meu pai tinha sido transferida para outra cidade e eles ainda estavam juntos. Muita coisa mudou e ao mesmo tempo nada mudou nessa cidade. Mas óbvio que eu ainda queria sair para explorar a cidade e verificar as mudanças com meus próprios olhos.

-Amelie, você ouviu alguma coisa que eu falei? -Mamãe perguntou, me tirando dos meus pensamentos e eu neguei com a cabeça. -Sua vó virá para ficar com você hoje. Precisarei passar a noite no trabalho para organizar e atualizar as coisas já que passamos quase uma semana de mudança.

-Mas ela vem tomar café conosco?

-Sim, já deve estar chegando.

Continuamos em silêncio por alguns minutos até que vovó Anna chegou, animando a casa. Comemos na calma e logo mamãe saiu correndo para o trabalho. Tirei a mesa e lavei os pratos, enquanto vovó preparava outra torta de maçã e colocava no forno.

-Por que você está fazendo mais torta se ainda tem da que a mamãe fez?

-Porque essa você vai levar para Thomas e sua família.

Assim que ela falou o nome Thomas, uma onda de nostalgia e agonia passou por todo meu corpo me fazendo arrepiar. Segurei firme na pia e fechei os olhos respirando fundo. Uma semana que eu estou adiando esse encontro e minha avó solta essa.

Thomas era meu vizinho antes de me mudar. Ele e Harrison, nosso outro amigos, se tornaram meus melhores amigos, porém com Tom foi tudo diferente. A nossa intimidade era maior, nossa amizade era mais forte e nossa relação era mais intensa, por mais que só fossemos crianças. Mas com a minha mudança tudo acabou. Tentamos manter contato por um tempo, mas isso só me machucava mais. Eu não aguentava saber tudo da vida dele e querer acompanhar mais de perto. As ligações começaram a diminuir e com elas as visitas também. Depois de alguns meses mal trocávamos mensagens. Com Harrison, eu ainda consegui manter mais contato, porém passávamos mais tempo falando em como Tom estava do que qualquer outra coisa. Depois de um tempo decidi me manter distante e comecei a pensar que talvez um dia voltasse, e aqui estou.

-Você está evitando-o. -Vovó falou, chamando minha atenção e me virei para olhá-la. -Você ao menos avisou que estava de volta?

-Eu não falo com ele faz muito tempo. Seria estranho falar qualquer coisa agora.

-Não seria. -ela falou, me puxando para sentar na mesa. Vovó segurou minhas mãos entre as suas e olhou em meus olhos. -Você vai subir, tomar um banho e colocar uma roupa linda. Depois vai pegar a torta e irá na casa dele dar um abraço enorme nele. Você vai voltar a morar aqui, Amelie, e ele voltará a fazer parte da sua vida, como deve ser.

Suspirei e pisquei os olhos. Eu realmente tinha que falar com ele. Qualquer dia vamos nos bater pela cidade e ele vai me odiar por não ter avisado ou ao menos ter ido visitar ele. E por mais que eu não queira admitir, eu sinto muita falta dele. Assim como sinto de Harrison.

-Eu vou pedir para Haz me encontrar na sorveteria. Não quero ir lá sozinha.

-Eu só quero que você vá até ele. Agora suba e vá se arrumar.

Dei um beijo em vovó e subi correndo para pegar meu celular. Depois de olhar o nome "Harrison O." e suspirar três vezes, finalmente tomei a coragem de mandar a mensagem.

'Ei, isso vai soar um pouco estranho, mas eu estou de volta na cidade e quero saber se você pode me encontrar na sorveteria de sempre. MAS SÓ VOCÊ. É importante, por favor.'

Passei alguns segundos olhando a mensagem até que decidi tomar banho. Minutos depois eu já estava pronta e nervosa. Tomei coragem para pegar o celular e logo vi a resposta de Haz.

'Amelie? É sério isso?'

'Claro que sim.'

'Uou, isso realmente é estranho. Mas é bom. Claro que encontro. De que horas?'

'Estou pronta. Eu te espero lá, não demora.'

'Em 10 minutos chego.'

'Obrigada, Haz.'

'Me agradeça com um abraço. Estou com saudades.'

Ignorei a resposta dele e corri até a cozinha. Vovó me desejou boa sorte e me entregou um pote com a torta. Caminhei calmamente até a sorveteria, que não era longe da nova casa. Na verdade é bem mais perto do que a antiga.

Passei alguns minutos esperando Harrison, mas assim que o vi, corri até ele pulando em seus braços. Passamos alguns segundos aproveitando o abraço e enchi seu rosto de beijinhos, fazendo-o rir.

-Eu ainda não estou acreditando que é você bem na minha frente.-Haz falou, me segurando pelos ombros e sorrindo. -Vamos sentar temos muito o que conversar, mocinha.

Revirei os olhos, mas continuei com um sorriso no rosto, e sentamos na mesa. Pedimos sorvetes e começamos a conversar. Enrolei um pouco para falar o motivo de eu não ter mantido contato porque eu não tinha uma razão fixa para isso, mas ele viu que eu não queria falar sobre então mudamos de assunto. Ele me contou várias novidades sobre ele e falou que deixaria Tom para me contar as dele, mas quando tocamos naquele bendito nome, eu novamente me arrepiei toda e senti meu corpo tremer.

-Você está com medo. -ele falou, e eu olhei confusa, mas já sabendo do que se tratava. -Ele sabe que você está aqui?

-Eu estou com medo de ir até ele. Muita coisa mudou, Haz. E a nossa relação foi o que mais sofreu alterações. Eu tenho medo dele não ficar animado ou dele estar com raiva. Eu tenho medo da reação dele.

-Ele só ficará com raiva se você adiar mais ainda. Eu sei que você trouxe essa torta na intenção de ir até lá. -ele falou, segurando minha mão e apontando para torta com a cabeça. -Se você precisar de mim lá, eu estarei, mas você tem que ir. Ele sente tanto sua falta como você sente dele. Vocês não são os mesmo separados, Amelie.

Ficamos alguns minutos em silêncio porque eu não sabia o que responder, então fiquei fingindo interesse no meu sorvete até ele acabar. Harrison como sempre respeitou o meu momento e aproveitou o vento batendo em nossos rostos. Depois de pagarmos a conta decidi que já estava na hora de tomar coragem e ir até a maldita casa ver o maldito Thomas.

-Pronta?

-Acho que sim.

Caminhamos por poucos minutos, até que paramos em frente a casa que eu tanto estava com medo de chegar perto. Harrison olhou para mim esperando uma confirmação antes de bater na porta em nossa frente. Apenas respirei fundo e assenti. 


Notas Finais


> Espero que tenha gostado.


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