História You Should Know - Capítulo 4- Harrison, the cat?

Capítulo 4- Harrison, the cat?

AMELIE HARRIS POV. 

-Ei, eu não falei que não ia. Eu vou com você, mas não precisa chamar o Harrison. -ele falou, emburrado e eu ri, apertando suas bochechas.

-Então amanhã combinamos a hora. Você vai jantar aqui?

-Se não tiver problema.

-Claro que não, mas eu vou só ligar para mamãe e avisar.

Tom voltou a assistir o filme enquanto eu pegava meu celular para ligar para mamãe. Minutos depois que eu já havia desligado, vovó Anna entrou no quarto para se despedir de nós. Ela aproveitou para nos envergonhar falando o quão feliz estava por eu e Tom estarmos juntos novamente. Quando ela saiu, Tom e eu voltamos a assistir o filme, mas eu parei de prestar atenção, pois percebi que ele estava incomodado.

Eu já havia percebido que ele estava ignorando seu celular, mas não que ele estava agoniado. Provavelmente Elle estava mandando várias mensagens questionando seu sumiço ou estava brigando porque ele está aqui comigo, mas se ele não quer me falar não cabe a mim me meter.

-Tom, você tá bem?- perguntei, minutos depois, porque eu já estava agoniada com toda a agonia dele.

-Por que?

-Você parece nervoso, agoniado e está evitando o celular. O que aconteceu, Tommy? -falei, olhando em seus olhos e ele suspirou.

-Elle está um pouco brava porque eu não fui lá, mas eu vou ligar para ela agora. -ele falou, sorrindo de lado e levantou-se da cama.

Tom se trancou no meu banheiro e eu resolvi deixar ele a sós. Cada um com sua privacidade. Tentei manter minha atenção no filme, mas eu não conseguia parar de pensar nos dois. Se eles estavam bem ou se eles brigaram muito por minha causa. Elle não parecia muito confortável sobre a minha relação com Tom, e eu a entendia perfeitamente.

Talvez Tom tenha ficado muito animado com a minha volta e estávamos muito grudados ontem, é normal sentir ciúmes. Eu só espero não me tornar um empecilho para a relação deles e nem que ela tente proibir ele de continuar sendo meu amigo. Por mais que Harrison fosse um amigo e uma pessoa maravilhosa, Tom era meu melhor amigo e isso nunca iria mudar.

-Prontinho. Tudo resolvido. -ele falou, voltando a se deitar ao meu lado.

-Tudo certo entre vocês? -perguntei, lhe olhando atenta.

-Sim, mais tarde eu vou passar lá e nós vamos conversar melhor. Ela quer falar alguma coisa comigo, mas por enquanto eu quero dar atenção a você.

-Então, pela hora mamãe já deve estar chegando. Vamos descer e arrumar a mesa para esperá-la. -falei, olhando para ele que acenou com a cabeça concordando.

Tom deu um beijo na minha testa e descemos para arrumar a mesa. Minutos depois mamãe chegou com o jantar e se juntou a nós. Ela ficou bem feliz ao ver Tom e dessa vez interagiu bem até demais. Ela estava feliz, e isso era bom.

Eu e Tom lavamos os pratos enquanto mamãe subia para tomar banho e dormir. Dessa vez não fizemos zona nem nada. Logo depois disso ele se despediu de mim com um abraço e saiu da minha casa, provavelmente caminhou até Elle. Decidi não mandar mensagem nenhuma pedindo para ele avisar quando já estivesse em casa, então coloquei um desenho qualquer e fiquei conversando com Harrison.

“Como foi o dia? Soube que Tom estava aí.  Aliás, ele ainda está?”

“Foi ótimo. Desculpa por não te chamar. Ele já foi, acho que foi na casa de Elle.”

“Ame, vocês estavam precisando de um momento a SÓS. Ainda mais depois de ontem. Amanhã eu passo aí.”

“Amanhã vamos adotar um gato para mim, então você pode vir depois.”

“Ou ele pode falar com a Elle e vamos todos ao cinema. Pelo menos dessa vez eu não seguro vela sozinho, isso é chato.”

“kkkkkkkkk, você é um idiota, Haz. Eu topo essa ideia, quero aproveitar para ir ao McDonalds.”

“Sempre pensando na comida, essa é a minha Ame.”

“Ah para, faz tempo que eu não vou lá.”

“Tipo um dia?”

“2 semanas.”

“Nossa Amelie, quanto tempo.”

“Ah Harrison, vai procurar o que fazer. Boa noite.”

“Boa Noite, Melie. Até amanhã.”

“Até, idiota.”

Coloquei o celular para carregar e fiquei vendo desenho até pegar no sono.

TOM HOLLAND POV.

Caminhei até a casa de Elle, que era um pouco mais longe da de Amelie e logo fui recebido por um pulo e um beijo. Cumprimentei os pais de Elle e subimos para o seu quarto. Ela estava animada, mas eu sabia que tinha algo de errado, desde que ela falou comigo no telefone. Eu a conhecia melhor que qualquer pessoa.

-Amor, o que há de errado? -perguntei, sentando na sua cama e ela se colocou em minha frente, tocando meu cabelo.

-É besteira, Tom. Esquece.- ela falou, sorrindo de lado e se abaixou um pouco para me beijar.

-Você sabe que pode me falar qualquer coisa, então…-falei, separando nossos lábios e segurando seu rosto.

-Eu só quero saber qual é a da Amelie. Vocês passaram a tarde juntos e vocẽ mal falou comigo. O que tem entre vocês, Thomas? -ela falou, cruzando os braços e eu respirei fundo.

-Eu e ela somos só amigos, Elle. Passamos anos separados e agora ela acabou de voltar. Tínhamos muita coisa para conversar, muita coisa para colocar em dia.

-Sim, mas você não precisa me colocar de lado, Thomas.

-Elle, a gente estava vendo filme e eu não vi o celular, apenas isso.

-Não mente pra mim.

-Eu não estou mentindo, Elle.

Sim, eu estava. Mas não era porque eu não queria lhe responder, era só porque eu queria dar mais atenção a Amelie. Tínhamos muito o que conversar, mas eu sempre respondia Elle. Só não falava tanto como o normal. Ela estava exagerando um pouco. Eu não faço isso quando ela sai com os outros amigos. Eu confio nela, mas pelo visto ela não confia em mim.

-Se você diz… -ela falou, um pouco debochada e deitou na cama. -Você vai dormir aqui?

-Não. Eu estou cansado e não vou te dar atenção, então eu prefiro ir para casa. Amanhã de noite podemos ir ao cinema, o que você acha? -perguntei, me levantando e caminhando para perto dela.

-Se a Amelie não for, eu topo. -ela falou, emburrada e eu revirei os olhos.

-Só eu e você. -falei, lhe dando um beijo e ela sorriu. -Até amanhã.

-Até. Eu te amo, Tom.

-Eu também. -falei, fechando a porta.

Me despedi dos pais dela e voltei para casa andando o mais rápido que podia. Mamãe ia me matar. Por mais que ela não controlasse minha vida, não gostava quando eu chegava muito tarde. Ela ficava preocupada. E talvez eu tenha ultrapassado da hora.

-Cheguei. -falei, avisando assim que entrei em casa, mas só Harry estava acordado. -Eles estão com raiva?

-Não. Mamãe falou com a Ame e ela explicou tudo, então acho que tá tudo bem. -Harry falou, dando de ombros e voltou a subir as escadas. -Aliás, se você quiser tem janta na geladeira.

-Não precisa, já comi na casa da Amelie.

Peguei uma garrafa com água e fui para o meu quarto. Tomei um banho e coloquei o meu pijama. Fui conferir o celular ao deitar na cama e não vi mensagem nenhuma de Amelie, apenas uma de Harrison, mas decidi mandar uma mensagem para a menina antes.

“Já estou em casa e vivo. Assim que for para ir amanhã me avisa. Boa noite, Ame. Dorme bem.”

Depois disso fui conferir a mensagem de Harrison.

“Falei com Amelie agora pouco, combinamos de ir no cinema. Chama a Elle e vamos também. Boa noite, cara.”

Fudeu e muito.

AMELIE HARRIS POV.

Acordei mais cedo que o normal e desci, depois de fazer toda a minha higiene matinal, para ajudar vovó a fazer o almoço. Dessa vez seria só nós duas, mas quando eu falei que Tom viria mais tarde, ela tratou de fazer outra torta de maçã. De ínicio eu fiquei com raiva, pois ela parecia se importar mais com o que o Tom gostava de comer a o que eu gostava de comer, mas resolvi deixar para lá porque era bobeira minha, mas ela percebeu e isso foi motivo para piadinhas.

Vovó Anna é a pessoa mais alegre que eu conheço. Sempre cheia de energia para qualquer coisa. Sempre deu seu máximo para ser presente na vida de todos e sempre procurou ajudar. Vovó é, com certeza, um anjo.

Ajudei ela com os afazeres da casa e fui me arrumar ao receber uma mensagem de Tom avisando que já estava vindo. Coloquei uma calça e uma blusa preta qualquer e fui lhe esperar na sala.

Eu estava altamente ansiosa e animada para ir na casa de adoção.
Sempre tive essa vontade de ter um gato e agora finalmente mamãe deixou. E eu estava um pouco chocada por Tom aceitar, mas achei legal da parte dele.

A campainha tocou chamando minha atenção e eu corri para abrir a porta. Tom estava com seu sorriso de sempre. Ele me deu um abraço, um beijo na testa e eu lhe dei espaço para entrar na casa. Vovó apareceu e logo o levou para cozinha pra comer a torta de maçã.

-Muito obrigada, vovó Anna, estava um delícia. -ele falou, sorrindo e ela sorriu agradecida.

-Sempre que quiser é só pedir.

Dessa vez não ficamos para lavar a louça porque vovó percebeu a minha agitação e nos mandou ir logo. Tom estava com o carro de Dom e eu fiquei com um pouco de medo de entrar num carro com ele, mas se Nikki deixou é porque está tudo bem.

O caminho foi bem animado, pois cantávamos algumas músicas aleatórias que tocavam na rádio. Ele estava tão animado quanto eu. E a distância não era grande, então não demoramos para chegar.

A recepcionista foi super atenciosa e logo nos levou para a ala de gatos. Respirei fundo antes de entrar e mentalizei que eu só poderia levar um.

-Você pode abrir a portinha e pegar qualquer um para olhar, quando terminar só levar para o menino que está ali ao canto que ele vai separar os papéis e arrumar o gato. -ela falou, apontando para os locais a que se referia e logo depois agradeceu se retirando da sala.

-Pronta?- Tom perguntou, sorrindo para mim e eu assenti nervosa.

Caminhamos pelas várias fileiras com caixinhas transparentes querendo pegar todos os gatos, mas eu me mantinha focada em apenas pegar os que mais me chamavam atenção. E foi o que aconteceu quando eu vi um gatinho distante de todos ocupado com seu brinquedinho.

Eu abri a portinha devagar e todos os gatinhos começaram a miar para mim. Estiquei os braços e peguei o último, mas o outros continuaram miando fazendo com que eu sentisse um aperto no peito. Eu odiava ir em abrigo de animais porque eu me sentia mal em não poder levar todos.

Thomas fechou a portinha para mim e começou a fazer carinho no gatinho. Ele miou de leve para mim e piscou os olhinhos para mim. É definitivamente esse que eu vou levar para casa.

-Eu quero esse. -falei, olhando para Tom que sorriu e assentiu.

-Então vamos lá.

Caminhamos até uma bancada que era onde estava um menino moreno dos olhos verdes. Ele sorriu abertamente para mim e eu senti minhas bochechas corarem.

-Então, ela vai querer esse gato, você pode separar as coisas? -Tom falou, emburrado e o menino assentiu envergonhado.

Ele pegou o gatinho das minhas mãos com delicadeza e o colocou na casinha. O menino começou a separar uns papéis, fez umas perguntas típicas e até perguntou se eu já queria uma coleira personalizada, mas eu preferi uma normal, pois ainda não havia decidido o nome.

-Pronto, você assina aqui e já pode levar seu gatinho.- o menino falou, sorrindo e eu assinei o papel. -Já pode pegá-lo.

Tom pegou por mim, o menino me deu um papel de confirmação da adoção, o da vacina e me entregou a coleira azul, que eu só ia colocar em casa. Sorri agradecida e ele apertou a mão de Tom, que lhe olhava estranho. Na verdade esse menino é estranho.

-Amelie. -ouvi o menino chamar quando já estávamos na porta e eu me virei. -Desculpa perguntar, mas ele é seu namorado?

- Não. -respondi, envergonhada e o menino sorriu abertamente.

-Então você pode me dar seu número? 

Gaguejei um pouco, pois eu realmente estava surpresa, mas lhe passei meu número. O menino até sorriu agradecido e disse que me ligaria, mas eu não acreditei muito. Desconversei e me retirei com Tom do abrigo.

-Ainda não acredito que você passou seu número para ele. -Tom falou, ainda emburrado e eu revirei os olhos.

-Ele nem vai me ligar.

-Claro que vai.

-Tanto faz.

Ele percebeu que eu não queria falar sobre e decidiu mudar de assunto. Chegamos à minha casa e vovó já tinha ido para casa já que mamãe chegaria cedo hoje. Eu e Tom fomos para o meu quarto e eu logo mandei uma mensagem para Harrison vir.

Eu e Tom ficamos brincando um pouco com o gatinho no meu quarto, até mesmo para deixa-lo mais confortável com a nova casa. Tirei uma foto dos dois e postei no Instagram, mas claro que só porque Tom autorizou, não quero causar nenhuma discórdia.

Alguns minutos se passaram e eu decidi que já estava na hora de começar a me arrumar, já que Haz havia mandado uma mensagem avisando que já estava vindo e estava pronto para ir ao cinema.

-Você ainda vai ao cinema? -perguntei, já que eu não sabia se ele ia mesmo, enquanto procurava uma roupa no armário.

-Vou sim, mas eu vou levar a Elle.

-Tudo bem. -respondi, dando de ombros e peguei uma calça e uma blusa qualquer. Não estava com vontade de me arrumar. -Harrison já está vindo pronto, então se você quiser ir para casa se arrumar não tem problema.

-Eu vou mesmo, já que eu ainda tenho que passar para pegar Elle. -ele respondeu, se levantando da cama e caminhou até mim. -Se quiser que eu passe para te buscar também é só avisar.

-Não precisa. Eu vou com o Haz. -falei, e ele assentiu me abraçando. -Até mais tarde.

-Até, Ame.

Thomas deu um beijo na minha testa e depois saiu do quarto fechando a porta. Caminhei até o banheiro e tentei não demorar. E consegui, já que 20 minutos depois eu já estava pronta esperando Haz chegar, que não demorou muito.

-Temos que esperar minha mãe, não quero deixar o gato sozinho. -falei, e Harrison assentiu revirando os olhos enquanto brincava com o gato.

-Você já decidiu o nome?

-Ainda não, depois decido.

-Eu acho que deveria ser Harrison, porque ele é um gato que nem eu.

Eu fiz uma careta enorme fazendo Harrison gargalhar alto. Eu decidi ficar calada e isso fez ele rir mais ainda, mas eu só ignorei. Passamos alguns minutos conversando e brincando com o gato até que minha mãe chegou.

Minutos depois já estávamos no shopping procurando Tom pelo cinema. Eu estava com bastante medo de ter que encarar Ellie, pois não sabia o que estava se passando na cabeça dela em relação a mim, mas infelizmente não pude evitar.

Demoramos um pouco para encontra-los e quando achamos tive a certeza de que não queria isso, pois Elle não fez nem questão de me cumprimentar. De início eu deixei para lá porque achei que ninguém havia percebido, mas Harrison percebeu e fez questão de deixar isso claro.

-Você não lembra da Amelie? -Harrison perguntou, um pouco debochado e eu apertei seu braço chamando sua atenção.

Elle ficou um pouco envergonhada e desconversou vindo me abraçar. Mais um abraço desajeitado para lista. Mais um abraço que eu preferia não ter dado. Eu queria muito gostar dela, mas algo em mim me dizia que ela não pensava o mesmo, já que ela deixou bem claro desde o início que me “odeia”. Talvez tenha sido culpa minha ou talvez ela só esteja com ciúmes. Ambas são compreensíveis.

Tivemos um pouco de enrolação para decidir o filme, mas no final acabamos pegando um de terror qualquer, fazendo Elle se queixar e Tom deixar claro que iria protege-la. Já que ainda tínhamos tempo antes do filme decidimos ir passear um pouco antes de ir até a praça de alimentação para lanchar.

No caminho Harrison percebeu que eu estava desconfortável com os olhares de Elle para mim e com todas as ceninhas que ela estava fazendo com Tom. A menina parava ele do nada no meio do shopping para beijá-lo e fazia questão de me olhar. No começo eu não liguei muito até porque é normal já que eles são namorados, mas com a frequência do ato isso começou a me incomodar porque parecia provocação.

Eu estava louca para chegar à praça, mas a loira queria rodar alegando que tínhamos muito tempo. Claro que Tom concordou. Mas graças a Deus eu tinha Harrison comigo. Ele entrelaçou nossos dedos e começou a puxar assunto apenas comigo, ignorando Elle e Tom completamente.

-Obrigada.- Sussurrei, baixinho sorrindo agradecida e ele sorriu junto.

-Você não merece toda essa provocação. Ela é um saco e Tom ainda não percebeu isso, mas eu não sou ninguém para lhe dizer, ele quem tem que perceber. -Harrison falou, dando de ombros e eu concordei com a cabeça.

-Você não gosta dela, não é?

-Eu não tenho que gostar, ele que tem. Mas se for para falar, eu realmente não gosto. Não fui com a cara dela desde o início, que ela era gentil com todos, mas agora, depois de toda aquela cena na casa do Tom, eu vejo quem ela realmente é, mas com eu disse não cabe a mim dizer a ele. A não ser que se torne mais preocupante.

Tivemos que encerrar o assunto, pois Tom se aproximou de nós para nos chamar. Finalmente estávamos indo para a praça de alimentação. Quando chegamos cada um foi em seu restaurante e eu, como uma fiel cliente, fui ao McDonalds. Harrison decidiu me acompanhar.

Voltamos para a mesa e Elle voltou a agarrar Tom, ainda me encarando, mas eu decidi ignorara, fazendo ela bufar um pouco. Porém Tom não percebeu nada, então deixei realmente para lá. Ficar no meio dos dois é a última coisa que eu quero.

-Eu vou até o banheiro e já volto. -falei, me levantando após terminar de comer.

TOM HOLLAND POV.

Ver Amelie e Harrison nesse grude estava me deixando um pouco incomodado, mas eu não era ninguém para me meter, até porque eu tenho uma namorada. Mas o que mais me incomodava era o fato de eu estar sentido por isso. Ela era só minha amiga e eu estava com ciúmes. Talvez seja coisa de amigo, porém realmente estava me irritando.

E para completar Elle ficava me agarrando o tempo todo. No começo estava tudo bem, até porque eu estava com saudades dela, mas com o tempo começou a ficar chato. Ela parecia estar querendo provar algo e isso me irritou completamente. Não fazia sentido, pois eu estava com ela e não com qualquer outra pessoa, mas eu resolvi deixar quieto para não brigarmos mais.

-Eu vou ao banheiro também. -Elle falou, me dando um selinho e eu assenti voltando minha atenção para Haz.

-O que está te incomodando? -ele perguntou, assim que Elle estava distante o suficiente para não ouvir nossa conversa.

-Nada.

-Não tenta mentir para mim Tom, eu te conheço. -ele falou, revirando os olhos e eu suspirei. -Você está com ciúmes.

-Do que você tá falando?

-Você tá com ciúmes da Amelie. -arregalei os olhos e Harrison riu. -Eu não vou tirar ela de você, Tom. Somos só amigos e não vamos te abandonar, mas hoje ela estava basicamente sozinha já que toda sua atenção se voltou para Elle.

-Eu me sinto mal por não ter dado atenção para vocês, mas você viu como a Elle está hoje. Ela está com ciúmes, mas eu já lhe falei que não precisava.

-Ela é sua namorada, é normal sentir ciúmes.

AMELIE HARRIS POV.

-Finalmente estamos sozinhas. -Escutei a voz de Elle e logo virei o rosto para encará-la. -Precisamos conversar umas coisinhas.

Ela trancou a porta e eu senti todo meu corpo tremer.