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História You still have all of my heart - Nos conhecendo


Escrita por: queenoffsuburbia

Notas do Autor


Oooi pra quem está lendo! Esse capitulo ficou beeeem paradinho, mas é bem importante. Espero que gostem. Boa leitura <3

Capítulo 10 - Nos conhecendo


                - Vic. – uma voz distante me chamou. Senti algo sacudindo meus ombros. – Vic!

                Estava dificil de abrir os olhos, mas tive que fazer.

                - O que? – perguntei com um olho aberto e o outro fechando encarando meu irmão, que estava tentando me acordar.

                - Você está atrasado. Saimos em dez minutos. – ele disse se endireitando e indo em direção a porta. Eu nunca conseguiria me arrumar em dez minutos.

                - Vou entrar na segunda aula. – eu respondi me virando de costas e jogando a coberta por cima da cabeça de novo.

                - Você vai se atrasar. – ele avisou. – coloca o celular pra despertar.

                Gemi de preguiça. Coloquei meu celular para despertar dali trinta minutos e dormi de novo.

                No meu sonho tinha um par de olhos azuis profundos e um sorriso lindo, mas quando as imagens estavam ficando claras meu celular berrou embaixo do meu travesseiro.

                Fiz a minha rotina normal: tomei banho, arrumei o cabelo, escolhi uma roupa, tomei café e saí para a faculdade. O ônibus estava praticamente vazio, já que eu estava indo uma hora depois que a maioria das pessoas.

                Quando cheguei na faculdade tive que ir direto para a sala de aula. O professor me lançou um olhar de reprovação e eu logo entendi que ele não tinha gostado daquele atraso.

                Eu estava prestando atenção na aula e anotando tudo que considerava importante quando meu celular vibrou no bolso da minha bermuda. Pensei em não olhar e continuar prestando atenção na matéria, mas algo me disse que eu tinha que ver. Ainda bem que eu vi. Aquela mensagem era o inicio do que seria um ótimo dia,

                “Me encontra no banheiro na hora do intervalo” – Kellin

                Sorri como um idiota e tentei disfarçar para responder sem o professor ver.

                “Tudo bem. Te vejo lá” – Vic. Respondi e guardei o celular.

                Depois daquilo não consegui me concentrar na aula de novo. Fiquei rabiscando trechos de músicas que eu gostava e ridiculamente todas falavam de olhos bonitos, corações apaixonados e pessoas amadas. As horas se arrastaram e eu não via a hora do intervalo chegar.

                (...)

                Abri a porta do banheiro do primeiro andar com medo de encontrar mais pessoas ali, mas, aparentemente, as pessoas gostavam muito do banheiro do térreo. Estava vazio. Me perguntei se Kellin realmente queria me encontrar. O pensamento se foi quando ele entrou pela porta sorrindo.

                - Oi. – ele chegou perto de mim, mas parecia estar com medo de chegar perto demais.

                - Oi. – respondi indo para frente devagar e sutilmente, para que ele não percebesse ou não ficasse na defensiva.

                 A questão era que nenhum dos dois sabia o que fazer. Eu não sabia como ele reagiria caso eu tentasse algum contato mais intimo e ele não sabia como eu reagiria caso ele tentasse.

                Sorri para ele de forma doce para que ele soubesse que eu queria ele mais perto.

                - Quero falar com você sobre ontem. – ele disse ainda parado no mesmo lugar. Meu coração começou a martelar meu peito e um medo tomou conta do meu ser. “será que ele vai dizer que se arrepende ou que fez aquilo por impulso?”, eu pensei.

                Ele andou até uma parte do banheiro que não tinha nada – nem privadas, nem pia, só um pequeno espaço – e se sentou no chão. Fiz o mesmo, sentando a sua frente para poder olhá-lo nos olhos. Aqueles lindos olhos azuis.

                - Vic eu preciso saber o que você sente. – ele disse enfim.

                - Eu... eu não sei. – eu gaguejei. Realmente não sabia o que falar.

                - Você não é gay? – um flash de preocupação passou pelos seus olhos. Ele ficou tenso.

                - Sim! – respondi quase num grito. Ele tinha que saber que eu sentia a mesma coisa. Seu olhar se acalmou e ele relaxou os ombros – é que é tudo muito novo pra mim. – admiti olhando para meu tênis, estava com vergonha. Ele era a primeira pessoa que eu contara sobre minha sexualidade. Dizer que eu era gay em voz alta parecia fazer tudo mais real.

                - Você não sabia? – ele perguntou com a voz baixa. Entendi que ele não estava me pressionando.

                - Não. Eu soube no momento em que seu joelho encostou no meu no ônibus e eu senti algo a mais dentro de mim. – respondi sendo sincero. Não fazia sentido esconder aquilo dele.

                - Você é tão lindo. – ele disse passando a mão na minha bochecha. Minha pele formigava em cada centimetro que ele tocava. Sorri ao seu toque.

                - O que está acontecendo afinal? – perguntei olhando em seus olhos.

                - No primeiro momento que entrei naquele ônibus e olhei para você eu sabia que você entraria na minha vida. Eu tive que arriscar, não sabia se você era gay. – ele riu baixinho enquanto suas bochechas coravam. – A minha sorte foi que você também olhou pra mim.

                Ele me deixara sem palavras de novo.

                - A gente não se conhece. – eu disse o óbvio. E, apesar de estar com os sentimentos bagunçados, era por alguém que eu nem sabia o sobrenome. Ele sorriu em compaixão.

                - Kellin Quinn Bostwick. – ele disse. Soltei um riso baixo. Era o nome mais lindo que eu já tinha visto.

                - Victor Vincent Fuentes. – eu respondi. Agora sabiamos nossos nomes inteiros. Já era uma evolução. Ele riu.

                - É o nome mais lindo que já vi. – ele disse. Será que ele podia ler minha mente ou nós tinhamos uma conexão?

                A conversa no banheiro se estendeu até depois do intervalo e, por ninguém usar o banheiro do primeiro andar, nenhum inspetor nos viu lá.

                Descobri muitas coisas sobre ele e ele sobre mim. Não tive medo de me abrir.

                - Eu sempre soube. – ele deu de ombros. Sua cabeça estava deitada na curva entre meu pescoço e meu ombro. Ela se encaixava perfeitamente ali. Eu me sentia tão feliz. – quando eu era criança nunca senti vontade de jogar bola, nem de videogames. Eu também nunca quis brincar de boneca nem nada disso. – eu ri e ele acabou rindo também. Eu o imaginava brincando com as bonecas das garotas da rua. – eu nunca fui afeminado. Vai dizer que você sabia que eu era gay quando me viu a primeira vez? – ele perguntou. Eu queria olhar em seus olhos, mas sua cabeça apoiada em mim era uma sensação maravilhosa.

                - Claro que eu sabia – eu disse brincando. Ele se levantou e me olhou de frente. – quando você entrou naquele ônibus rebolando e jogando os cabelos para os lados eu soube que você era gay. – eu comecei a rir e a jogar meu cabelo para os lados. Ele meu deu um tapinha no ombro e deitou com a cabeça ali de novo. – brincadeira. Fiquei até com medo de estar gostando de um cara hétero. – admiti envergonhado. Até aquele momento eu não tinha dito que estava realmente gostando dele.

                - Você nunca desconfiou? – ele quis saber. Sua mão pousou em minha coxa e um arrepio subiu pela mesma.

                - Nunca. Eu nunca me interessei muito por sair e pegar mulheres, como meus amigos, mas nunca tinha... olhado para um cara com outros olhos. – na verdade eu nunca tinha me interessado por ninguém, mas eu não disse isso a ele.

                O tempo passou e ele me contou toda sua vida e eu contei a minha pra ele. Quando o ultimo sinal bateu tivemos que sair para ir embora. 


Notas Finais


Desculpem por qualquer erro. Até o próximo :3


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