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História You still have all of my heart - Festa estranha


Escrita por: queenoffsuburbia

Notas do Autor


Boa leitura <3

Capítulo 12 - Festa estranha


              Era três horas da tarde quando acordei de um sono pesado. Meu corpo suado molhava o lençol embaixo de mim. Peguei meu celular no criado mudo do lado da cama para ver as mensagens. Havia algumas no grupo e uma mensagem de Kellin.

                “Garotas, vocês vão na festa da Danielle?” – Jaime

                “Eu tô querendo” – Tony

                “Sim, vou chegar do trabalho em meia hora. Vic tem o endereço” – Mike

                “Ele deve estar dormindo. Nunca demora pra responder” – Tony.

                Depois daquilo eles trocaram de assunto. Resolvi dar o ar da graça.

                “Pessoal vocês querem que eu mande o endereço por aqui?” – Vic

                Entrei na conversa com Kellin e li sua mensagem.

                “O que você vai fazer hj?” – Kellin

                “Temos uma festa na casa da Danielle, quer ir comigo?” – Vic. Eu o convidei pois sabia que a casa estaria cheia e ela não notaria uma pessoa a mais.

                “Claro. Me manda o endereço mais tarde” – Kellin

                Bloqueei a tela e caminhei até minha mochila em cima da mesa, que ficava no canto do quarto, para pegar o papel com o endereço. Coloquei os dois no bolso e desci.

                Quando desci o ultimo degrau, Mike entrou pela porta sorrindo.

                - Oi. – eu disse.

                -Oi. – ele continuava sorrindo.

                - O que aconteceu? – dei risada da cara de bobo que ele fazia. Mike fechou a porta e nós fomos para a cozinha.

                - Alysha me deu carona até aqui hoje. – ele suspirou. – preciso de um carro. – ele pegou um pacote de bolachas no armário.

                - Ela parece ser muito legal. – admiti roubando uma bolacha de sua mão. – quando vai trazer ela aqui pra conhecer a gente?

                - Eu não sei. Quero muito que você a conheça, mas nossos pais eu não quero. – ele respondeu com a boca cheia.

                Mike terminou de comer e subiu para descansar um pouco antes da festa.

                Era uma sexta-feira e o dia na faculdade foi normal como qualquer outro, não tive tempo de ficar com Kellin, mas ele se sentou na nossa mesa e trocamos olhares. Nada mais que isso. Infelizmente.

                Mais algumas horas se passaram e eu mandei o endereço no grupo e para Kellin antes de entrar no banho. Sequei o cabelo e passei um perfume que eu só usava para sair.

                Escolhi uma roupa normal, calça jeans preta apertada, uma camiseta cinza básica e minha jaqueta jeans no estilo “college”. Eu estava calçando o vans preto no pé quando Mike apareceu na porta do meu quarto fechando uma camisa estampada. Ele também estava com uma calça preta, um pouco menos apertada que a minha.

                - Você chamou o Kellin? – ele perguntou abotoando o ultimo botão perto da gola.

                - Chamei. – respondi amarrando o tênis.

                - Quer que eu dê cobertura pra vocês dois ficarem sozinhos um pouco? – ele perguntou se encostando no batente da porta.

                - Quero. – sorri para meu irmão. Era estranho falar sobre o garoto que eu gostava pra ele, mas ele me entendia e não me julgava. Isso era tudo que podia querer.

                Saimos de casa as oito da noite e tivemos que pegar o ônibus, já que não tinhamos carro. A condução que pegamos era diferente da que nos levava para a faculdade, então não paramos no ponto onde Kellin provavelmente estava. Quando chegamos na rua de Danielle foi fácil saber qual era sua casa, além de ser a maior da rua era a que estava toda acesa e com uma música muito alta vindo de dentro. Quando chegamos no jardim vimos Tony e Jaime conversando.

                     - E ai. – nos cumprimentamos. Olhei em volta. Aparentemente Kellin ainda não havia chegado. Entramos.

                Assim que a porta foi aberta um bafo quente com um misto de cheiro de bebida e fumaça invadiu nossos narizes. Eu realmente não queria estar ali.

                As pessoas dançavam com os corpos colados e quase não havia espaço para andar. A música tinha uma batida ensurdecedora, mas parecia que ninguém ligava.

                - Isso aqui ta demais! – Tony exclamou batendo na mão de Jaime, que concordava. Olhei para Mike, ele também parecia estar curtindo. Acontece que eu era o mais caseiro do grupo.

                Logo nosso grupo se dispersou e eu me vi sozinho no meio daquele monte de pessoas. Senti alguém cutucar meu ombro e me virei procurando pelos olhos azuis de Kellin, mas era Danielle que me chamava. Ela segurava um copo vermelho na mão e tinha um sorriso muito malicioso nos lábios.

                - Você veio! – ela exclamou tentando falar mais alto que a música.

                - Pois é! – fiz o mesmo para respondê-la.

                - Quer beber alguma coisa? – ela perguntou ainda gritando, só que agora com o rosto mais perto da minha orelha, para que eu a escutasse. Antes que eu respondesse ela foi se afastando. – Eu já volto.

                Procurei por um lugar para sentar quando vi a porta se abrindo e Kellin entrando por ela. Ele olhava em volta.

                - Hey! – gritei levantando os braços. Quando ele me viu, andou em minha direção com um sorriso, esbarrando nas pessoas.

                Ele ficou a menos de dez centimetros de mim e me deu um selinho rápido. Fiquei desconcertado e com medo de alguém ter visto, mas as pessoas estavam distraidas demais para ver. Antes que eu pudesse falar algo pra Kellin, Danielle chegou saltitante com outro copo na mão. Seu sorriso murchou quase completamente quando viu Kellin perto de mim.

                - Oi – ela disse a ele.  E então me entregou o copo.

                - Obrigada! – gritei. Ela sorriu de novo.

                - Oi. – Kellin respondeu, sua voz saía mais alta e aguda que a música com muita facilidade.

                - Vic, depois quero te mostrar uma coisa. – Danielle disse no meu ouvido ignorando completamente a existencia de Kellin.

                Na mesma hora os meninos apareceram e claro, entenderam a situação da forma errada.

                - Kellin! – Jaime exclamou. – Está de vela?

                - Não! – eu gritei rápido. Danielle sorriu maliciosamente e de propósito para que os meninos pensassem besteira e saiu.

            - Cara ela tá muito na sua! – Tony me deu um empurrãozinho. Cada um já estava com um copo na mão, logo estariam bebados.

                - Vou pegar uma bebida! – gritei.

                - Você está com uma na mão! – Jaime disse rindo e apontando pro copo em minha mão. Droga. Entreguei o copo a Kellin.

                - Não é meu! – eu respondi e olhei para meu irmão pedindo ajuda.

                - Vamos dançar! – ele disse. Nem precisou dizer duas vezes, todos o seguiram para a sala, da onde a música vinha ainda mais alta.

                Fiquei com Kellin na cozinha bebendo. Eu estava sentado no balcão e ele estava apoiado pelos cotovelos ao meu lado. Nós estavamos conversando sobre coisas aleatórias quando uma garota baixinha e com cabelo bem curtinho se aproximou timida. O som na cozinha não era tão alto, então ninguém precisava gritar para ser ouvido.

                - Vic? – ela disse ajeitando os olhos sobre o nariz.

                - Sim? – respondi. Kellin a olhou e depois olhou pra mim.

                - Danielle está te chamando. – ela disse bebendo o ultimo gole de sua bebida e jogando o copo na pia.

                Virei os olhos e bufei. Ela não iria desistir. Olhei para Kellin para ver o que ele achava. Seus olhos não me diziam nada.

                - Onde ela está? – perguntei saindo de cima do balcão.

                - Primeiro andar, segunda porta a esquerda. – ela disse se virando e indo para a sala.

                - Eu já volto. Vou acabar com isso logo. – eu disse a Kellin. Ele não respondeu. Virei as costas mas senti ele me puxando de volta pela mão.

                Ele deixou outro selinho em meus lábios. Sorri. Não havia mais ninguém na cozinha além de nós dois e um casal que se beijava loucamente em um canto a um bom tempo.

                Subi as escadas desviando de pessoas que estavam sentadas nos degraus e algumas que estavam em pé dançando. Caminhei até onde a garota tinha dito para eu ir. Assim que abri a porta Danielle estava em pé em frente a janela olhando para fora.

                - Queria falar comigo? – perguntei. Não fechei a porta completamente, deixei uma fresta aberta.

                - Oi Vic. – ela se virou e sorriu pra mim. Sua voz saía atrapalhada e seus olhos estavam com a maquiagem borrada. Ela estava claramente bêbada.

                Fiquei parado perto da porta com os braços cruzados enquanto ela caminhava até mim com dificuldade em se equilibrar em cima do salto enorme. Ela colocou as mãos nos meus ombros. Seu bafo era de bebida.

                - Eu tenho que te dizer algumas coisas. – ela começou. Não me mexi, fiquei com medo de ela cair e se esborrachar toda. – Vic, eu quero muito que você saiba.

                Ela fechou os olhos e abaixou a cabeça. Parecia se concentrar para não vomitar. Segurei seus pulsos com cuidado e a coloquei sentada na cama. Ela agarrou meus braços e não me deixou me afastar.

                - Gosto tanto de você. – ela abriu os olhos devagar.

                - Nós não nos conhecemos. – eu disse tentando fazer ela me soltar. Não adiantou, ela me puxou para si com uma força que eu não imaginava que ela poderia ter.

                Cai de joelhos entre suas pernas. Ela segurou meu pescoço e me beijou. Foi um beijo nojento e repugnante com um gosto muito horrivel de bebida e cigarro. Sua lingua entrava em minha boca sem pedir permissão, me causando um desconforto muito grande. Tentei me livrar dela e assim que me vi livre de suas mãos e boca, levantei. Ela tirou a blusa e ficou só de sutiã.

                - Vem. – ela tentou pegar minha mão de novo e eu me esquivei. Ela perdeu o equilibrio pra frente e caiu de cara no chão.

                Eu não sabia o que fazer. Danielle estava imóvel no chão. Ela gemeu alguma coisa com a boca em contato com o carpete. Virei os olhos.

                A virei e passei meu braço esquerdo por debaixo de suas pernas, o outro braço coloquei embaixo de seu pescoço e a levantei. Ela era meio pesada para meu tamanho. Deitei-a na cama e coloquei sua blusa em cima de seus seios para, pelo menos, preservar o resto de sua dignidade. Ela pegou no sono imediatamente.

                Fechei a porta e desci as escadas. A música ainda estava muito alta, mas já era tarde da madrugada, então a quantidade de pessoas havia diminuido. Procurei por Kellin na cozinha, na sala e no banheiro do térreo. Não o encontrei.

                Meu coração acelerou de medo e eu imaginei se ele tinha visto Danielle só de sutiã e teria entendido errado.

                Avistei meus amigos e meu irmão no corredor entre a sala e a cozinha. Eles riam alto e estavam com copos nas mãos.

                - Mike. – puxei meu irmão pelo cotovelo. – cadê o Kellin? – perguntei baixo para que ninguém mais ouvisse.

                - Está na varanda do andar de cima. Te esperando. - Ele sorriu e piscou pra mim.


Notas Finais


Comentem e favoritem, é muito importante. Até o próximo.


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