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História You still have all of my heart - Separação


Escrita por: queenoffsuburbia

Notas do Autor


Oooi pra quem está lendo... Bom, antes do capítulo eu quero dizer que quando essa história acabar eu já tenho mais duas fanfics pensadas pra escrever (explico melhor lá embaixo)! enfim, boa leitura <3

Capítulo 21 - Separação


Quando cheguei ao hospital passei pela recepção, mas a moça já sabia quem eu era, me dando logo o adesivo de acompanhante e liberando minha entrada. Colei o adesivo na camiseta no lado esquerdo do peito.

Chegando perto do Kellin ouvi vozes, parei para ouvir, mas sem ver quem estava conversando.

- Assim que terminarmos de arrumar as coisas por aqui. – Mary disse.

- Vai ser melhor assim. – O pai de Kellin disse em seguida. Houve uma pausa. – Em casa pelo menos vamos cuidar de você. – ele continuou.

Eles iam levar Kellin embora. Não, eu não podia deixar.

- Como? – entrei perguntando sem bater. Kellin estava sentado na cama com seus dois olhos azuis bem abertos. Eu não estivera lá quando ele acordou. Meu coração se apertou. Ele me olhava confuso. – Kellin... – suspirei aliviado em vê-lo acordado. Eu caminhava em direção a cama dele quando o pai dele me impediu discretamente me segurando pelo braço.

- Quem é você? – ele perguntou confuso. Meus olhos se encheram de lágrimas e minha visão ficou embaçada. Levei a mão a boca para abafar o som do meu choro. – O que eu disse de errado?

- Ele é um amigo seu da faculdade. Ele te ajudou quando sofreu o acidente. – Mary explicou enquanto me segurava pelos ombros e me levava para fora do quarto.

- O que foi isso? – perguntei engolindo o choro.

- Vou levar ele pra casa. – ela me disse com o olhar triste.

- Ele “está” em casa. – eu respondi fazendo aspas com os dedos. – Por que disse a ele que eu sou um amigo?

- Ele não se lembra de você, Vic. – sua voz carregava dor. – Vai ser mais fácil levá-lo se ele achar que não tem nada aqui que o impeça de ficar.

- Fácil pra quem? Só pra ele, não é? Porque eu não sei mais como viver sem ele. – eu disse sinceramente enquanto mais uma lágrima rolava. Meu coração martelava meu peito. Aquilo não podia ser real.

- Desculpe. Preciso pensar no bem do meu filho em primeiro lugar. Eu sei que vai ser dificil, e acredite: eu não queria que fosse assim. – ela me abraçou. Eu sabia que ela não estava fazendo aquilo por mal, por isso eu não estava bravo, mas mesmo assim estava muito triste. A abracei de volta.

- Posso falar com ele? – perguntei.

- Claro, só não diga a ele... – ela disse sem completar o fim da frase. Entendi o que ela estava insinuando.

Sequei o rosto e entrei atrás dela no quarto.

- Amor, vamos comigo na cantina do hospital comer alguma coisa. – ela puxou o marido pela mão e me lançou uma piscadinha. Logo eu estava sozinho com Kellin. Um Kellin que não me conhecia mais.

- Quando vou poder sair daqui? – ele perguntou. Seu rosto ainda estava muito machucado, mas os pontos estavam mais sequinhos e limpos.

- Eu não sei. – respondi. Eu podia ouvir o barulho do meu coração se quebrando em milhões de pedaços. – fico feliz que tenha acordado.

- Ninguém me conta direito como aconteceu o acidente. – ele deu de ombros. – Pode me contar? – pediu com a voz baixa. Me sentei na poltrona (a qual eu tinha passado a noite) e olhei pra ele, que me observava atentamente.

- Você estava atravessando a rua com pressa e sem olhar, um caminhão te atropelou. – eu respondi sentindo um arrepio ruim pelo corpo. O barulho que eu ouvira no momento da batida voltou aos meus ouvidos e eu fechei os olhos me concentrando pra não chorar de novo.

- Por que eu não olhei para os lados? O que eu estava fazendo? – ele pareceu perguntar mais pra si mesmo do que pra mim.

“Você vinha em minha direção. Você queria falar comigo, mas eu não quis falar com você. A culpa é toda minha.”

Apoiei os cotovelos nos joelhos e abaixei a cabeça enquanto as lágrimas corriam e batiam no chão aos meus pés. A culpa era minha. Se eu tivesse falado com ele nada disso teria acontecido. Se eu não tivesse virado as costas ele não teria corrido pela rua, eu teria visto o caminhão. Se eu não tivesse sido tão exagerado não teriamos brigado daquele jeito. Agora o grande amor da minha vida não sabia quem eu era e eu teria que viver com aquele peso pro resto da vida.

- O que foi? – ele perguntou. Balancei a cabeça em negativa ainda sem coragem para olhá-lo.

Me levantei e andei até a cama. Sua perna estava engessada. Ele me olhava com os olhos arregalados, sem entender o motivo das minhas lágrimas.

- Kellin, seus pais vão te levar embora então eu quero que saiba de algumas coisas. – comecei, suspirando e criando coragem para continuar. – Eu sei que você não se lembra, mas enquanto esteve aqui você foi uma pessoa incrivel. Você fez amigos, foi gentil, arrancou sorrisos... Saiba que eu sempre vou me lembrar de você. Obrigada por ter feito parte da minha vida. – passei a mão em seu ombro e sai do quarto.

Minha visão estava embaçada e eu não conseguia ver nada. Mary não tinha dito nem meu nome a ele. Ele não lembraria nem sequer do meu nome. Me encostei na parede do corredor e escorreguei até cair sentado no chão. Abracei meus joelhos e chorei intensamente até alguém colocar a mão em meu ombro. Era Mike.

- A culpa é minha! – eu disse com lágrimas nos olhos e o nariz escorrendo. – Se eu não tivesse sido tão idiota isso não teria acontecido.

- A culpa não é sua. – ele se sentou ao meu lado. -  Você estava bravo, qualquer um no seu lugar teria feito o que você fez. A culpa foi do motorista, que estava mexendo no celular enquanto dirigia.

- O que aconteceu com ele? – perguntei curioso. Até aquele momento ninguém tinha falado no cara.

- Está pagando as despesas médicas, mas vai ser multado. – respondeu não dando muita importância. – Olha, eu sei que agora você vai ter que continuar sem ele e que vai ser muito dificil – ele deu ênfase na palavra muito – mas eu tô aqui, e não quero que você se isole. Pode contar comigo ta?

- Obrigada. – o abracei.

Fomos pra casa no carro de Alysha. Não tinha mais nada que eu pudesse fazer ali.

Quando entrei no apartamento fui direto para meu quarto. Onde me tranquei e não sai por uma semana.

Estava acabado. Kellin e eu não eramos mais ‘nós’. Ele achava que eu era um amigo da faculdade. Ele não sabia meu nome. Ele iria embora com os pais e continuaria sua vida longe de mim, sem mim. Não que pra ele fosse fazer a diferença. Dali uns meses eu duvidaria que ele fosse se lembrar do meu rosto.

Já eu tinha certeza que me lembraria dele para o resto da vida. Afinal tinha sido por causa dele que eu me descobrira gay. Ele tinha sido a primeira e única pessoa que eu amei. Eu me lembraria da primeira vez que o vi, da primeira vez que conversamos, do primeiro beijo e da primeira vez. Aliás me lembraria de todos os beijos e todas as vezes que fizemos amor. Me lembraria daqueles olhos azuis que sempre me olharam com tanto carinho e daquela voz fina e perfeita que sempre pronunciava meu nome com amor. Me lembraria dos sacrificios que fiz por ele. Mas também me lembraria da nossa briga. E que merda, foi nossa única briga. Precisei de uma briga pra estragar tudo. Uma briga!!! Eu nunca me perdoaria por não ter dado o braço a torcer.

Estava acabado. O que me restava naquele momento era continuar vivendo. Eu sabia que a dor não iria embora, mas me restava torcer pra que diminuisse com o tempo.


Notas Finais


Então meus amores, eu já estou com mais dois projetos de fanfic Kellic pra escrever, eu só vou terminar essa e aí já começo a próxima, só preciso pensar em como vai ser o desenrolar da história e já planejar o final, pra não ficar muito "sem nexo". Espero que vocês acompanhem. Quem quiser me mandar convite de amizade ou me chamar pra conversar, pode ficar a vontade. Não se esqueçam de comentar o que acharam desse cap. Até o próximo <3


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