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História You still have all of my heart - Reencontro - parte 1


Escrita por: queenoffsuburbia

Notas do Autor


Oooi meus amores.. Bom, esse é o penultimo capitulo dessa fic e eu já estou chorando hsajhs Escrevi o final em duas partes, já que o começo foi tanto na visão do Vic quanto na do Kellin. Vou deixar nas notas finais os links das músicas que o Vic vai cantar e eu ressalto que: as músicas não são do PTV, mas vamos usar a imaginação... Espero que gostem, boa leitura <3

Capítulo 22 - Reencontro - parte 1


                4 ANOS DEPOIS – VIC P.O.V

                Muitas coisas aconteceram desde que Kellin sofreu um acidente grave e perdeu a memória.

                A primeira semana foi terrível. Eu não comia, não saía do quarto, não falava com ninguém e só sabia chorar. Mike tentou me animar de todas as formas, mas eu simplesmente estava me sentindo culpado por toda aquela situação.

                Depois de um tempo eu já estava mais acostumado, comia e conversava normalmente com as pessoas, só que a noite era uma tortura sem fim, pois era quando as lembranças vinham e me perturbavam. Passei quase um mês sem dormir direito, o que quase me fez ser demitido do trabalho.

                Os ensaios da banda voltaram a acontecer depois de dois meses, quando eu criei coragem para cantar de novo. Passamos a postar videos ensaiando na internet e uma gravadora nos descobriu depois de um ano e meio do acontecido. Aquilo foi uma vitória em meio a tanta decepção.

                Depois de um ano desde que Kellin foi embora eu estava em um evento de bandas novas com os meninos quando conheci um cara chamado Alex Gaskarth, que também era vocalista de uma banda. No começo eu me recusava a sequer olhar para outro homem porque sabia que meu coração ainda pertencia a Kellin, mas Alex estava sendo muito fofo e atencioso comigo, o que me fez dar uma chance e sair com ele. Saimos algumas vezes, ficamos, e agora estamos “juntos”, mas eu não sinto por ele nem metade do que eu senti por Kellin. Eu estou com o Alex mais para mídia e para não me sentir sozinho do que por sentimentos.

                Fechamos um contrato com uma gravadora e agora temos músicas bombando na internet e até alguns clipes.

                Depois de dois anos eu fui fraco e entrei nas redes sociais de Kellin para saber o que estava acontecendo em sua vida. Ver o que eu vi foi como um choque. Ele tinha tido uma filha. Uma garotinha linda que era muito parecida com ele, chamada Copeland. Ele estava namorando com uma mulher com cara de mais velha chamada Katelynne. Seu casamento já estava marcado. Ver aquilo me trouxe uma depressão profunda da qual eu achei que não fosse sair. Ele estava com uma mulher! UMA MULHER! Por meses as cenas de nossos momentos mais intimos voltavam nos meus sonhos e me faziam sentir a falta dele como nunca, mesmo que Alex estivesse dormindo do meu lado.

                Kellin estava feliz com sua nova familia. E eu também deveria estar, com a minha banda fazendo o sucesso que eu tanto queria.

                Quando a Pierce The Veil se tornou algo completamente sério, eu e os garotos abandonamos a faculdade e os empregos para viver em turnê pelo mundo. Nosso sonho estava se realizando.

                Depois de algum tempo, com tantas coisas da banda pra fazer, eu já quase não me lembrava de Kellin. O que era bom, já que ele estava casado, com uma filha e nem sequer se lembrando de mim. Eu estava finalmente seguindo em frente.

                (...)

                Eu estava me arrumando para um show que seria em uma casa de show lotada quando Alex veio até meu camarim e entrou.

                - Oi. – ele disse caminhando até mim.

                - Oi. – respondi enquanto tentava, com dificuldades, deixar meu cabelo arrumado dentro do boné.

                - Deixa eu te ajudar. – ele colocou uma mecha rebelde pra dentro do boné e passou a mão no comprimento que estava fora, domando os fios embaraçados. – Está preparado?

                - Acho que sim, mas nunca tocamos para um público tão grande. – eu respondi. Minhas mãos suavam e meu coração estava acelerado.

                Alex segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou devagar. Não fiquei mais calmo, mas fiquei 1% mais feliz. Alex me fazia bem e isso eu não podia negar. Eu não podia me fechar e impedi-lo de tentar me fazer feliz. Ele tinha uma facilidade incrivel para arrancar um sorriso meu.

                (...)

                Eu e os meninos estávamos esperando na lateral do palco para entrar. Olhei para minha guitarra e fechei os olhos respirando fundo. Era meu ritual de preparação para todo show. Mike estava agitado e pulando enquanto balançava suas baquetas. Tony e Jaime conversavam normalmente como se nada estivesse a ponto de acontecer.

                Quando entramos, me assustei com a quantidade de pessoas que gritavam o nome da banda loucamente. Tinha mais que o dobro do que de todas as outras vezes. Meu coração se encheu de alegria e então comecei o show normalmente.

                Tudo fluía com naturalidade e eu estava amando a sensação. Eu me sentia livre, como se nada mais fosse ruim.

                No fim do show ainda restavam duas músicas a serem cantadas. “If I’m James Dean, You’re Audrey Hepburn”, que era a música que eu havia escrito pra Kellin quando estávamos juntos e “All of my heart”, que eu também havia escrito pra Kellin, depois que ele se foi.

                “Por que você vai cantar musicas que fez para uma pessoa que se foi a muito tempo?” Você deve estar se perguntando. Acontece que eu sentia que Kellin merecia aquilo por tudo que tinha me proporcionado enquanto estivemos juntos. Os meninos haviam concordado e eu já não me sentia mal por lembrar dele. Tudo não passava de uma boa lembrança de um passado distante.

                - Stay, for tonight... – comecei enquanto dedilhava o violão. Essa era a hora que os meninos descansavam e apenas me observavam. A música saia de mim como se fosse uma parte do meu corpo, era natural.

                Enquanto eu cantava, corri os olhos pelas pessoas na platéia. Tinha algumas chorando, outras cantando comigo, algumas estavam apenas me observando. Mas tinha uma pessoa, um par de olhos azuis no meio da multidão que me chamou a atenção. Eram familiares e me olhavam vidrados enquanto eu terminava a música.

                Meu coração acelerou e eu não sabia o que fazer. Antes de começar a ultima música do show, olhei para meu irmão que estava sentado atrás da bateria para ver se ele também tinha visto a mesma coisa que eu, mas ele só sorriu pra mim. Droga!

                Voltei a atenção para a plateia mas me recusei a procurar aqueles olhos de novo. Respirei fundo de olhos fechados focando nas vozes que gritavam meu nome a minha frente.

                - There’s so many things that I could say... – comecei. Eu tinha escrito essa música nos primeiros meses desde que Kellin tinha ido embora. Falava sobre como estavamos destinados a ser quem eramos e que apesar de tudo, de qualquer coisa, ele ainda tinha todo meu coração.

                A música fluiu sem dificuldades e inevitavelmente meus olhos procuraram por aquelas imensidões azuis. Quando os encontrei e tive a certeza de que era ele, me concentrei apenas nele e continuei cantando. Eu cantava pra ele, mesmo sabendo que ele não entendesse que a letra era pra ele.

                - …You still have all of my heart. – finalizei a música com lágrimas nos olhos, me levantei do banquinho que estava sentado e me despedi rapidamente da platéia.

                Fui pro camarim a passos largos torcendo para não encontrar Alex nem ninguém pelo caminho. Ao entrar e trancar a porta parei em frente o espelho e encarei meu reflexo.

                - Você está delirando, deve estar com saudade. Kellin tem uma família agora, nem se lembra de você. Por que estaria em um show da sua banda? – perguntei a mim mesmo. Olhei para o relógio na parede e notei que em poucos minutos o céu ficaria escuro. Ouvi uma batida na porta. – quem é?

                - Alex... – ele respondeu do outro lado. Me senti mal por estar afetado por uma lembrança que não deveria existir mais, mas existia.

                Destranquei a porta e ele entrou.

                - Vou te ajudar a levar suas coisas para o ônibus. – ele disse deixando um beijinho na minha bochecha. Caminhou até o sofá onde estava uma das duas mochilas que eu tinha levado e colocou no ombro.

                Tratei de terminar de arrumar minhas coisas logo e ocupar minha mente com outra coisa. Peguei a outra mochila e saí do camarim.

                Caminhei pelos corredores reservados para os artistas (que dava saída nos fundos da casa de shows) e assim que abri a porta vi que os meninos já estavam colocando as coisas no ônibus.

                - Vic, nós vamos sair pra beber, você vai?- Tony perguntou. Todos me olharam, Alex sorriu.

                - Desculpa, mas preciso caminhar um pouco sozinho. – respondi entrando no ônibus para colocar minha mochila em cima da minha cama.

                Saí sem olhar pra trás. Eu estava em Orlando, daria pra fazer um bom passeio sozinho e assim conseguiria pensar. O tempo estava agradável, com uma brisa quente batendo em meus cabelos.

                Eu caminhava por uma calçada larga e com passos calmos e devagar enquanto pensava: será que Kellin teria ido ao meu show? E se sim, por que?

                Não fazia sentido. Ele tinha uma familia, não podia simplesmente largar tudo pra me procurar, até porque ele não se lembrava de mim. Ele não se lembrava da nossa história e nem sequer sabia meu nome. A mãe dele não contaria a ele, e se contasse, duvido que ele acreditaria.

                Eu estava perdido em pensamentos enquanto caminhava com a cabeça baixa. Até que uma voz meio distante me chamou a atenção.

                - Mas papai, por que não podemos tomar sorvete de novo? – uma voz fininha e fofa me fez levantar a cabeça. Uma garotinha linda de cabelos longos vinha vindo enquanto saltitava feliz. Ela tinha olhos grandes. Olhos familiares.

                - Já tomamos sorvete, Copeland. – A resposta foi como um choque. Eu conhecia aquela voz. Conhecia aquele nome. Desviei os olhos para o homem que andava ao seu lado e parei bruscamente de andar.

                Ele vestia uma calça preta com rasgos nos joelhos e uma camiseta preta, com uma xadrez vermelha por cima. Seu cabelo estava longo e com uma mecha cobrindo um olho. Aqueles lindos olhos azuis. Quando ele estava a menos de dois metros de distancia de mim, finalmente me viu. Nossos olhares se encontraram como na primeira vez e eu achei que ele fosse desviar de mim e passar reto. Mas não.

                Ele também parou de andar e seus olhos não se desviavam dos meus nem para piscar. Ele abriu e fechou a boca, mas nada disse. A garotinha olhou de seu pai para mim sem entender e então deu uma risadinha divertida.

                Eu estava cara a cara com o grande amor da minha vida depois de quatro anos sem vê-lo. Quatro anos! Todas as lembranças voltaram a minha mente como um filme e minhas costas se arrepiaram. Minhas mãos suavam e meu coração martelava meu peito com tanta força que eu estava com medo de que ele pudesse rasgar minha pele e se rastejar de volta para aquele que nunca deixara de ser seu dono.

                - Vic... – ele disse.

                Uma lágrima escorreu pelo meu olho e eu senti que finalmente minha vida tinha sentido de novo.


Notas Finais


Eu espero que vocês tenham gostado, de verdade. Não esqueçam de comentar o que acharam.
All my heart: https://www.vagalume.com.br/sleeping-with-sirens/all-my-heart-traducao.html
If I'm James Dean...: https://www.vagalume.com.br/sleeping-with-sirens/if-im-james-dean-youre-audrey-hepburn-traducao.html
Espero vocês no próximo <3


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