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História You still have all of my heart - Nome da banda


Escrita por: queenoffsuburbia

Capítulo 3 - Nome da banda


O ônibus parou no ponto que ficava a mais ou menos dez metros da entrada a faculdade. Demorei para descer, deixei que as pessoas do fundo saíssem primeiro e só depois levantei.

                Eu e Mike fomos os ultimos a descer. Eu ainda estava com uma sensação estranha. Olhei em volta procurando por algo que eu não sabia exatamente o que era, mas não achei nada.

                - Vic. – ele me chamou enquanto andavamos até a entrada. Olhei pra meu irmão.

                - Sim? – será que ele estava falando comigo e eu nem sequer estava prestando atenção?

                - Você sabe que por ter tido a ideia da banda e estar comandando tudo isso te torna o “dono” né? – ele fez aspas com o dedo. Eu não havia parado para pensar naquilo.

                - Eu sei, mas o que isso tem a ver? – perguntei confuso. Aquilo era relevante naquele momento?

                - Estou querendo dizer que isso atrai mais responsabilidade. Você vai ser o nosso representante quando estourarmos. – ele disse sorrindo e confiante. Sorri de volta já fantasiando sobre nosso primeiro show.

                - Vai ser incrivel. E eu não preciso fazer tudo sozinho, você é meu braço direito, sempre vai me ajudar. – o empurrei de leve com meu ombro. Ele sorriu ainda mais.

                No periodo da manhã nossa faculdade não era lotada de gente. Dava pra andar pelos corredores sem tropeçar em ninguém e assistir as aulas sem se sentir em um cubiculo com 300 pessoas juntas.

                Encontramos Tony no mesmo lugar de sempre. Ele estava sentado em uma mesa perto da cantina com um notbook. Ele não nos viu chegar, estava muito concentrado em alguma coisa na tela.

                - Bom dia. – Mike disse se sentando na cadeira ao lado e jogando a mochila nos pés.

                - Finalmente as princesas chegaram. – ele cumprimentou meu irmão com um toquinho que eles haviam inventado e depois ele fez comigo o nosso próprio toquinho.

                Olhei em volta novamente antes de sentar.

                - Ok, teriamos que decidir o nome da banda hoje, mas Jaime não veio, então teremos que deixar pra amanhã. – eu disse apoiando os cotovelos na mesa.

                - Sim, temos que esperar ele, mas nada nos impede de comentarmos nossas opções. – Mike disse puxando do bolso um pedaço de papel. – vocês trouxeram os de vocês?

                - Claro. – Tony pegou o papel dele de debaixo do notbook e levantou na altura do rosto.

                - Eu já sei o que quero. – respondi dando de ombros. Eu tinha um nome em mente e resolvi não escrever.

                - Então tá, eu pensei em Feeling on the Skin e Pure Blood. E vocês? – Mike olhou para mim e Tony.

                - Eu tenho três nomes. Favorite of sluts... – ele começou, mas eu e Mike rimos da sugestão. Era um nome que com certeza não seria escolhido. Tudo bem que concordamos que o nome não precisaria de um significado, mas também não queriamos ser odiados pelas mulheres. – Calem a boca, me deixem continuar. Open Chest ou Eternalized.

                - Esses dois ultimos são bons. Eu Gostei. – Mike disse. Assenti concordando com ele. Os dois olharam pra mim.

                - Pierce The Veil. – respondi com um sorriso orgulhoso no rosto e uma sensação boa no peito.

                - Pierce The Veil. – Tony repetiu. – Cara, você é genial. Da onde tirou esse nome?

                - Eu não sei, veio na mente assim que tive a ideia da banda.

                Mike abriu a boca para falar algo mas foi interrompido por um Jaime encapotado de blusas de frio e uma cara PÉSSIMA.

                - Meu deus cara! – Tony disse assustado. Ninguém esperava por essa.

                - Por que você está aqui? Devia estar descansando. – eu disse pegando a mochila de sua mão fraca para que ele se sentasse ao meu lado.

                - Bom dia morto-vivo. – Mike brincou colocando uma mão em seu ombro.

                - Esqueci que tenho um trabalho para apresentar hoje. Vale metade da minha nota. – sua voz saía rouca e áspera.

                - É verdade, o meu é semana que vem. – lembrei a mim mesmo. – estavamos escolhendo o nome da banda, qual sua sugestão?

                - Eu tinha pensado em Sewer rats. – ele respondeu com um sorriso amarelo.

                Discutimos mais um pouco e todos os nomes foram repetidos para nosso pobre amigo quase morto que havia acabado de chegar.

                - Agora talvez seja complicado, qual nome vocês mais gostaram? – Tony perguntou.

                - Pierce The Veil. – respondeu Mike sem rodeios. Ele sorriu pra mim.

                - Pierce The veil. – Jaime disse no meio de uma tosse seca.

                - Pierce The Veil. – Tony disse balançando a cabeça em negação e sorrindo como um bobo. – Por que eu não pensei nesse nome antes?

                - E agora, com vocês ao vivo, Pierce The Veil. – eu disse brincando e fazendo voz de apresentador.

                Todos rimos e começamos a nos empolgar imaginando como seria se nos tornassemos famosos.

                Quando deu a hora da aula, cada um foi para sua sala e eu acompanhei Jaime em seu ritmo até nossa sala.

                A aula passou normalmente. Como sempre, prestei atenção nas explicações e fiz várias anotações que me ajudariam a estudar mais tarde. Jaime fez sua apresentação e, apesar de estar muito doente, ele arrasou. Eu sabia que ele tinha se esforçado muito para aquilo.

                Na hora do intervalo ele foi embora. Eu encontrei o resto dos meninos na nossa mesa de sempre na cantina.

                - Quero muito ir pra casa. – Tony disse colocando a mochila em cima da mesa e puxando a carteira. – ou tomar uma cerveja. Vou comprar alguma coisa pra comer.

                - Eu vou com você. – eu disse, também pegando minha carteira da mochila e me levantando para acompanhar Tony. – quer alguma coisa? – perguntei para Mike.

                - Quero uma garrafa de água. – ele disse com a cara enfiada em um livro sobre um psicólogo muito famoso.

                Andei ao lado de Tony até a fila da cantina com meu celular na mão. Estava checando o facebook quando uma conversa a minha frente chamou minha atenção. Olhei para saber quem era e me surpreendi.

                - Eu tô bem. – o garoto do ônibus falava no telefone. – Sim, eu já tive algumas aulas. – uma pausa. – Até agora estou gostando. Tenho que desligar, depois eu falo com você de novo. Te amo. – ele se despediu de seja lá quem era e pediu um suco para a garota da cantina.

                Não consegui controlar meu olhar e deixei que ele corresse dos pés até a cabeça do cara novo. Ele usava tênis vans preto surrado, uma calça preta com a barra um pouco dobrada (que tinha rasgos no joelho, pelo que eu tinha visto mais cedo) e uma camiseta preta que tinha uma estampa que eu não tinha conseguido prestar atenção quando ele entrou no ônibus. Seu cabelo era um pouco menor que o meu, mas era mais liso. E era tão preto quanto a noite.

                O garoto se virou bem quando eu – sem querer – encarava sua bunda. Ele segurava um copo de suco na mão e quando viu meu olhar subindo até seu rosto, sorriu. Fiquei com muita vergonha, era óbvio que ele sabia para onde eu estava olhando. Por sorte, Tony não percebeu e se adiantou em pedir o que queria. O garoto desviou de mim mas não tirou o sorriso disfarçado do rosto. Não consegui não sorrir diante daquilo. Ele foi embora e eu não ousei olhar para trás.



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