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História You still have all of my heart - A descoberta


Escrita por: queenoffsuburbia

Notas do Autor


Eu sei que estou postando muito rápido, mas é que tô cheia de capitulos aqui e não consigo segurar haha! espero que gostem, boa leitura <3

Capítulo 5 - A descoberta


Tive dificuldades para dormir naquela noite. As duras palavras do meu pai não saiam da minha cabeça. Será que ele falava sério? Teria coragem de rejeitar um filho por sua sexualidade? Aquilo me causava um medo sem explicação e um arrepio pelo corpo que eu não conseguia entender. Quando finalmente dormi, sonhei toda a noite com um ridiculo e maravilhoso céu azul infinito.

                De manhã, quando meu celular despertou, incrivelmente não tive vontade de dormir mais. Levantei sem rodeios e fui para o banho. Lavei o cabelo, sequei e estava na frente do guarda-roupas escolhendo uma camiseta quando meu irmão entrou em meu quarto e fechou a porta.

                - Bom dia. – eu disse.

                - Bom dia. – sua voz estava rouca. Olhei para ele e me surpreendi por ele ainda não estar arrumado. Geralmente ele sempre fica pronto antes de mim. – não vou hoje.

                - Por que? – perguntei curioso. Ele nunca faltava.

                - Não consegui dormir. Mamãe e papai discutiram até tarde. – ele disse com a expressão vazia. – eles vão se separar.

                - Como você sabe? – perguntei arregalando os olhos, surpreso. Peguei uma camiseta azul e vesti.

                - Eles disseram ontem. – o quarto de Mike era do lado do dos meus pais, ou seja, ele ouvia tudo que eles faziam. O que ultimamente era só brigar, nada mais que isso. – mamãe disse que está cansada de ele ser tão controlador e ignorante, ela disse que quer e merece alguém que a ame de verdade.

                - O que vamos fazer? – perguntei sentando ao seu lado na cama. Ele estava com o rosto inchado e os olhos vermelhos.

                - Eles vão nos pressionar até o ultimo para escolhermos um lado. E no final vão nos separar. – ele disse dando de ombros.

                - Um de nós teria que ir morar com o papai. – eu conclui. Meu pai não era a melhor companhia nem de longe. E, naquele momento, eu queria distancia dele.

                - Se isso acontecer mesmo, vamos nos mudar. – ele disse se levantando e ficando na minha frente para olhar para mim. Tinha uma pontada de esperança em sua voz. – eu tenho dinheiro suficiente para comprar um apartamento.

                - Tudo bem, mas temos que pensar muito sobre isso. – tudo bem que já estava na hora de nós sairmos de debaixo das asas de nossos pais, mas eu não queria que fosse em um momento tão ruim.

                Mike voltou para o seu quarto e eu desci para tomar café. Minha mãe estava sentada na mesa da cozinha encarando uma caneca de café. Ela estava com os olhos inchados, provavelmente tinha chorado.

                - Oi filho. Cadê seu irmão? – ela sorriu, mas como eu sabia sobre o que ela estava passando, soube que era um sorriso falso.

                - Ele não vai hoje. – sentei na cadeira ao seu lado e me servi de um pedaço de bolo. – Você está bem?

                - Claro que sim, estou ótima. – ela respondeu depressa, como se tentasse convencer a si mesma. – e você? Como vai a faculdade? Faz tempo que não conversamos. – ela reconheceu. Meus pais não eram presentes na minha vida, nem na do meu irmão. Fiquei feliz por ela estar perguntando, mesmo que fosse só para mudar de assunto.

                - Está tudo bem, estou me saindo muito bem. Tenho apresentação de trabalho semana que vem. – contei a ela. – mãe, quero te contar uma coisa. – eu disse temendo sua reação caso eu falasse direto.

                - O que você fez agora, Victor? – ela não parecia brava, mas já estava esperando que eu contasse a ela que explodi uma escola ou matei alguém.

                - Sabe os instrumentos que estão na garagem? – comecei observando suas expressões. Ela estava neutra. – eu e Mike vamos montar uma banda. Com Jaime e Tony.

                - Lá vem você com suas histórias para me dar dor de cabeça. – ela passou a mão no rosto e no cabelo.

                - Por você tudo bem? – perguntei com medo de ela proibir.

                - Sim, monte sua banda, faça o que quiser. – ela parecia exausta. Tanto fisicamente quanto emocionalmente.

                - Eu te amo mãe. – levantei e beijei o topo de sua cabeça.

                (...)

                Quando o ônibus passou, estava lotado. Por sorte havia dois lugares na frente, um pouco atrás da catraca. Me sentei na janela e observei o dia, estava quente, mas com algumas nuvens no céu.

                No ponto seguinte, olhei para o lado de fora e Kellin estava lá. Ele não me viu, mas assim que o motorista abriu a porta, foi o primeiro a entrar. Só havia um lugar vago, o resto das pessoas tiveram que ficar em pé.

                Assim que ele rodou a catraca e viu que teria que se sentar ao meu lado, sorriu.

                - Oi. – ele disse timido, colocando a mochila entre os pés.

                - Oi. – respondi sorrindo.

                - Está sozinho hoje? – ele estava tentando puxar assunto, por mais que fosse óbvio que eu estava sozinho. Achei legal da parte dele.

                - Meu irmão não estava no clima. – respondi olhando para ele. Ele usava uma camiseta azul escura e a calça com rasgos nos joelhos.

                - Você parece tenso. – ele observou. Eu realmente andava com alguns assuntos incômodos na cabeça.

                - Estou cansado. – respondi tentando evitar o assunto. – e ai, que curso está fazendo? – perguntei mudando o rumo da conversa para sua própria vida.

                - Direito. – ele disse, mas não tão empolgado. 

                - E quer ser o que? – eu realmente estava curioso a respeito dele.

                - Pra ser sincero eu quero mesmo é fazer musica – seus olhos brilharam. – claro, faculdade é importante para um emprego digno, mas eu gostaria de ganhar a vida com música.

                Só podia ser brincadeira. Não consegui contar uma risada.

                - É sério? – perguntei com um sorriso.

                - É sim. – ele parecia confuso, mas tinha um sorriso timido nos lábios.

                - Cara eu também quero viver de música, mas estou fazendo a faculdade para poder ter um emprego decente. Eu, meu irmão e meus amigos temos uma banda. – me senti orgulhoso por falar que já tínhamos a banda. E estava muito surpreso por ele estar na mesma situação que eu. Eu já estava curioso sobre ele, agora queria muito saber toda sua vida.

                - Uau, isso é incrivel! – ele também estava surpreso e sorrindo. Éramos dois bobos sorridentes. – como é o nome da banda de vocês?

                - Pierce The Veil – respondi com uma felicidade no peito.

                Começamos a conversar freneticamente sobre música e em algum momento seu joelho encostou no meu e minha pele pareceu formigar. O toque dele fez meu corpo todo se arrepiar.

                Foi nesse momento que eu soube. Foi ali, naquele ônibus, que eu descobri. 


Notas Finais


Se alguém estiver lendo e estiver gostando: por favor, comentem pra eu saber.
Desculpem qualquer erro.


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