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História You still have all of my heart - Ensaio da banda


Escrita por: queenoffsuburbia

Notas do Autor


Oii pra quem está lendo... Então, eu achei que o beijo era nesse capítulo, mas eu tive que dividir em dois porque senão ficaria muito grande. Vai ter que ficar pro próximo, e eu prometo que posto amanhã. De qualquer forma esse capítulo tá bem legal. espero que gostem. Boa leitura <3

Capítulo 8 - Ensaio da banda


                   Quando cheguei em casa tratei de ir até a garagem ver como estava a situação.

                O lugar era grande, mas dividido em duas partes: a lavanderia e o lugar onde tinhamos nossas coisas (não só coisas da banda). Depois que fizemos nossos pais comprarem instrumentos para nós eles nunca mais colocaram o carro dentro da garagem, já que não tinha espaço. Há três anos, quando ganhamos nossos instrumentos e aprendemos a tocar achavamos que poderiamos ter uma banda. Mas não rolou, então os esquecemos por lá. Agora estavamos mais velhos e tinhamos tudo para dar certo como banda.

                Havia um cesto de roupas sujas minhas e do Mike em cima da máquina de lavar. A abri e joguei as roupas lá. Apertei os botões de lavagem de roupas escuras e deixei que ela fizesse seu trabalho.

                A bateria de Mike estava coberta por um pano preto e minha guitarra estava pendurada na parede. A coitada estava cheia de pó. Haviam mais algumas coisas por lá. Duas caixas amplificadoras, três microfones (um estava quebrado), e um suporte para o microfone. Também tinha revistas de mulheres peladas, um frigobar vazio e alguns pufes e banquinhos.

                Subi de volta para a cozinha e Mike estava cozinhando, claro.

                - Se a gente se mudar não vamos ter espaço para colocar nossas coisas. – observei. Não tinhamos pensado naquilo.

                - Damos um jeito. Jaime também tem uma garagem. – ele parecia tranquilo quanto a isso. Deixei o assunto pra lá.

                Depois do almoço decidi subir para o meu quarto e escolher algumas músicas para podermos tocar como cover até que eu tivesse coragem para mostrar a eles minhas letras.

                Eu tinha um caderno “escondido” que costumava escrever algumas músicas, a maioria incompleta, e todas com letras futeis. Nada com um verdadeiro significado. Achei que não seriam boas o suficiente para serem tocadas por nossa banda.

                Estava tão distraído com as músicas e meus próprios pensamentos que não vi as horas passarem e quando me dei conta, Jaime e Tony estavam batendo na porta. Era quatro da tarde quando olhei em meu celular. Cogitei mandar uma mensagem a Kellin dizendo que ele poderia ir dentro de duas horas, mas eu não sabia quanto tempo ia demorar minha “reunião” com os meninos.

                Desci com uma pasta na mão contendo músicas que ficariam boas como um cover e encontrei os três marmanjos jogados no sofá da sala.

                - O que estão fazendo aqui? – perguntei atraindo a atenção deles.

                - Te esperando. – Jaime disse. Ao lado dele estava seu baixo dentro de uma bolsa apropriada. Ele mandava muito bem, tinha aprendido quando criança e vivia sonhando em tocar em uma banda famosa. Bom, meio caminho andado.

                - O que é isso aí? – Tony perguntou apontando com o queixo para a pasta que eu segurava.

                - Músicas. Temos que nos aquecer não é mesmo? – perguntei brincalhão. – quem trouxe a cerveja?

                - Está aqui! – Tony pegou o fardo de cervejas que estava no chão ao lado dos seus pés. Agora sim poderiamos começar.

                Mike estava mais quieto do que o normal. Fiz uma nota mental para me lembrar de perguntar a ele o que o incomodava.

                Descemos e nos acomodamos. Mike descobriu a bateria e a limpou. Depois tocou como se nunca tivesse parado. Fiz a mesma coisa com minha guitarra, mas estava precisando de prática. Eu estava mesmo era ansioso para cantar.

                Quando finalmente terminamos de arrumar as coisas peguei o microfone e o conectei no amplificador. Era a hora. Todos estavam em silencio esperando e eu estava com medo de magicamente ter perdido a afinação.

                Eu não sabia o que cantar, então me lembrei de quando ouvi Kellin no banheiro. Ele estava cantando November Rain. Um arrepio percorreu minha nuca e eu me agitei por lembrar que em pouco tempo ele estaria ali. Respirei fundo.

                - When I look into your eyes I can see a love restrained – comecei. -  But darlin' when I hold you Don't you know I feel the same?

                Nada mal para quem tinha ficado tanto tempo sem cantar. Continuei.

- Because nothing last forever, and we both know hearts can change – fiz uma pausa e engoli em seco – and it’s hard to hold a candle in the cold November rain – meu corpo se arrepiou quando cantei a parte que Kellin tinha cantado na primeira vez que ouvi sua voz.

                Parei e respirei fundo, minha voz estava ótima. Estava mais madura, mais grossa, mais firme. Muito melhor do que da ultima vez que eu tinha cantado. Os meninos bateram palma e Tony abriu a primeira cerveja.

                Depois que cada um se aqueceu com seu instrumento, pegamos uma música fácil para tocar. Foi ótimo. Me senti feliz e livre de certa forma. Eu já estava amando aquilo e sabia que era aquilo que eu realmente gostava de fazer.

                Não vimos o tempo passar, quando olhei no celular já era 18:47. Tomei coragem para dizer que havia convidado Kellin.

                - Pessoal – eu levantei a cerveja para que eles olhassem pra mim. Tony estava sentado no chão enquanto lia algumas músicas, Jaime estava afinando o baixo e Mike estava sentado no pufe, já olhando pra mim. – tem um cara novo na faculdade que ainda não conhece ninguém. Eu conversei com ele e achei que seria legal o chamar pra comer uma pizza com a gente. Todos de acordo?

                Eles se olharam. Minhas pernas tremeram. “pronto, eles vão falar que não”, pensei.

                Tony levantou a cerveja.

                - Pode chamar! – e virou em um gole, já pegando outra. Sorri. Todos assentiram. Peguei meu celular e abri, pela trigesima vez, a conversa de Kellin (agora sim para mandar alguma coisa, não só para ver sua foto).

                “Oi, é o Vic. Você quer vir aqui?” – Vic.

                Bloqueei a tela e tentei disfarçar que estava ansioso. Ele respondeu em menos de dois minutos.

                “Claro, vai ser bom sair um pouco. Onde você mora?” – Kellin

                Sorri como um idiota. Mandei minha localização e ele disse que assim que terminasse de tomar banho iria. Desde então fiquei inquieto demais para me sentar ou prestar atenção no assunto.

                - Vamos pedir logo. – Jaime disse depois de algum tempo.

                Mike olhou pra mim e fez sinal com a cabeça para que eu o acompanhasse para a cozinha.

                - Podem escolher, eu já volto. – ele disse se levantando e saindo. Esperei alguns segundos para os meninos não perceberem. Mas eles estavam distraidos demais com os sabores das pizzas para notarem.

                Mike estava me esperando na porta da cozinha.

                - O que aconteceu? – perguntei preocupado. Ele parecia calmo, não aparentava estar nervoso nem com medo.

                - Daqui a pouco nossos pais chegam. O que vamos fazer se eles fizerem escândalo com nossos amigos aqui? – ok. Ele estava preocupado.

                - Será que eles vão ter coragem? Mesmo depois de tudo que dissemos? – perguntei. Se mesmo depois de tudo eles ainda fizessem algo assim, seria muita injustiça.

                - Vamos fazer assim: não contamos para eles o que está acontecendo. Se o pai e a mãe começarem a brigar ou a encher o nosso saco, saimos com eles daqui e vamos para algum outro lugar. – ele sugeriu. Era a única opção.

                - Fechado. – eu disse. – É... eu já volto.

                Mike voltou pra garagem e eu subi para o meu quarto. Me olhei no espelho grande que tinha atrás da minha porta. Eu até que não estava nada mal. Só meu cabelo que já estava bagunçado. Saí do quarto e caminhei até o banheiro para escová-lo.

                Voltei para a garagem e os meninos estavam sentados no chão com Jaime no meio segurando o celular.

                - O que estão vendo? – perguntei curioso, me sentando ao lado de Mike e tentando enxergar o celular.

                - Esse cara é hilário. Ele vai se jogar na frente de um carro. – Jaime respondeu já rindo. Ele com certeza já tinha visto aquele video um milhão de vezes. Ele adorava fazer aquilo, ver coisas engraçadas na internet e mostrar pra nós. E nós, amávamos ele por aquilo.

                Quando o tal cara finalmente se jogou na frente do carro e se esborrachou todos rimos alto. Era realmente engraçado, mas minha risada foi cortada pelo barulho da campainha. Na hora meu coração acelerou e eu me levantei rápido.

                - Já volto. – disse saindo da garagem em direção a cozinha.      

                - Se for a pizza, me chama pra ajudar a pagar. – Tony gritou.

                Quando abri a porta havia um Kellin parado com uma sacola de mercado em uma das mãos. A calça dele era jeans e preta, mas não tinha os rasgos no joelho. Ele calçava um vans preto e uma camiseta branca com uma estampa. Seu cabelo estava caído em cima do olho direito e ele me encarava com um sorriso no rosto. Dei espaço para que ele entrasse.

                - Oi. – eu disse.

                - Oi Vic. – quando ele passou por mim seu perfume me invadiu quase me derrubando no chão de tão bom. 


Notas Finais


Espero que estejam gostando... já estou ansiosa pra postar o próximo capitulo :3


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