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História Young FriendShips - Desfecho


Escrita por: BiaSylvestre

Notas do Autor


Mais um capitulo pesado para finalizar mais uma parte da história!
Esse é o penúltimo capitulo, sem contar com o prólogo.

Capítulo 19 - Desfecho


Já era 2018 e ninguém havia retornado de suas férias além de Lottie. Hendra e Lew voltariam esse final de semana, Will estava na estrada e ninguém havia ouvido uma palavra de Harry ainda (bom, talvez Lew tenha ouvido).

Então, ela aproveitou aquele dia para contemplar a solidão, antes que seus amigos voltassem, e as aulas recomeçassem.

Ela estava ali, no balanço do parque perto de sua casa, chutando a neve e olhando para as ruas vazias e o céu limpído. O sol estava alto e grande sobre sua cabeça, mas não aquecia nem um fio de cabelo.

Charlotte não estava gostando de estar lá. Algo estava errado, e ela se sentia assim em todos os momentos que ela saía de casa sozinha.

Alguém a estava observando. Ela tinha certeza disso. Mas não havia ninguém, sempre que ela olhava em volta.

A sensação não ia embora, entretanto.

"Eu devo estar começando a ficar paranóica", ela pensa, afinal, sentia isso todos os momentos. Todos.

Ela decide voltar para casa.


Will // Cheguei em casa ;)

Lo // Tudo certo na estrada?

Will // Sim, tava bem calma. Precisamos nos ver, para vc me contar sobre suas férias!

Lo // E vc sobre a sua.

Will // :D

Lo // Quer vir aqui em casa hj, lá pelas 20?

Will // Claro!


Lottie desliga seu celular quando sua mãe passa atrás dela.

- Mãe, tudo bem o Will vir aqui hoje?

- Claro. - Ela sorri. - Eu vou sair com sua tia hoje, nós vamos voltar lá pelas 22. Eu ia te convidar, mas agora você já tem outros planos...

- Desculpa, eu não sabia. - Lottie pega seu celular novamente, dessa vez mexendo no Instagram.

- Não tem pelo o que se desculpar.


Eram 19:30 quando sua mãe saiu de casa, Charlotte já estava arrumada, de um jeito bonito e relaxado que só ela sabe como, e estava sentada no sofá, mexendo no seu notebook, o único barulho na casa eram as teclas do computador.

Eram 19:50 quando a campainha tocou. Ela sorri para si mesma e poe o computador de lado, quando ouve batidas fortes e impacientes na porta.

- Calma, Will! - Ela diz, então, quando as batidas não param. Ela franze a testa e olha pelo olho mágico, estranhando as atitudes do menino.

Então ela entendeu o que estava acontecendo.

Não era Will. Era seu pai.

Ela se afasta da porta, trancando a respiração, em choque, esperando que Lanth não tenha ouvido ela falar mais cedo.

Ele tinha ouvido.

- Lottie... - Ele cantarola.

Ela só se afasta um pouco mais da porta, com a mão da boca. Quem sabe, se ela ficar quieta, ele vai embora.

Então um apito alto vem de seu bolso: uma mensagem.

Ela pega o celular e muta, tremendo, e desbloqueia.

- CHARLOTTE! - O homem grita e começa a chutar a porta.

Lottie começa a chorar silenciosamente e corre para o quarto de sua tia na ponta dos pés, se escondendo dentro do closet, ocultando-se nos meios das roupas.


Will // Estou chegando! ;)

Lo // Rápido, por favor!!


Ela manda, chorando, então liga para a polícia, quando atendem, ela nem espera ouvir a voz de ninguém.

- Por favor, me ajudem! - Ela chora, cochichando.

- Problema e localização?

- É-é, m-meu pai, ele... Ele... - Ela soluça e solta um grito extremamente abafado quando ouve um estrondo vindo da sala, e então os barulhos de bater na porta param. - R-rua Hendslide Rover, 302, apar-apartamento 102.

Ela desliga o telefone quando começa a ouvir passos. Estavam longe, mas é o suficiente para a fazer se encolher ainda mais no canto.


Algo estava errado, Will, conseguia sentir isso. Lottie mandou sua mensagem e não respondeu mais, ficando off imediatamente.

O que primeiramente parecia uma mensagem de "Rápido pois quero te ver logo", agora Will começava a sentir que algo não estava certo, e a idéia de Lo estar sozinha nesse exato momento, ignorando suas mensagens, começou a apertar no peito de William, que acelerou o carro.


O homem cantarolava o nome de Lottie, passando cômodo por cômodo. Ela chorava silenciosamente, mas o engoliu quando Lanth pisou no quarto de sua tia e começou a olhar em volta. Ela pega um salto fino que estava perto dela e o segura firmemente, enquanto observava seu pai se abaixando para olhar em baixo da cama.

"Por favor, não olhe no Closet" ela pensava, mas era óbvio que ele iria olhar.

Quando ele abre a porta, ela tenta prender a respiração e fecha os olhos, virada para a parede, tentando se camuflar entre as roupas.

Quando uma mão a puxa seu braço para cima, junto com uma risada horrível, e a joga contra a cama, fazendo-a bater com as costas na madeira.

- Minha própria filha se escondendo de mim. - Ele ri, se abaixando. Lottie estava com as mãos nas costas, fingindo que estava com dor, quando na verdade, a adrenalina era tanta que ela nem havia percebido que tinha um leve corte sangrando na base de sua coluna. - Mas eu te encontrei agora. - Ele poe a mão no rosto dela.

Lanth a pega pelo braço de novo e a puxa para cima, quando no mesmo momento, seu outro braço aparece, segurando o salto, e ela bate com ele direto na garganta do homem, fazendo-o cair para o lado e tossir de dor.

Não foi o que ela esperava (na sua cabeça, isso seria o suficiente para cortar seu pescoço ou algo do tipo), mas foi o suficiente para ela se levantar e correr para fora de casa, passando pela porta aberta e passando pela porta de entrada, correndo descalça pela neve em direção a rua, quando braços a seguram por trás e a erguem no ar, com ela se debatendo.

Então um canivete surge do lado de seu pescoço quando ele a abaixa e ela ouve:

- Você vai vir comigo, sem gritar ou tentar fugir. Ou...

Lanth passa o canivete no braço dela, abrindo um corte.

Sem pensar duas vezes, ela dá uma cotovelada na barriga dele, o canivete entrando mais fundo do que deveria, mas ela saí correndo para o meio da rua, gritando por socorro. Onde estava a polícia? Será que ela tinha dado o endereço errado?

Um carro vem em sua direção e freia bruscamente. Ela corre para o banco de passageiro e finalmente reconhece a pessoa e o carro: Will.

- Vamos! - Ela grita, colocando a mão em cima do corte dela, que não parava de sangrar.

- O quê...? - Ele começa, quando um homem corre também para o meio da rua, indo até o carro deles.

- Dá a ré, Will! - Ela grita, chorando.

E ele faz exatamente o contrário. Talvez fosse por que ele se confundiu, ou talvez fosse por que ele fez de propósito mesmo. O fato é que ele acelerou e passou o carro por cima do homem ao som de um grito assustado de sua namorada e de seu próprio coração batendo.

- Will... - Ela murmura, assustada e se jogando no banco, respirando fundo.

- E-eu... - Seu queixo cai, percebendo o que fez.

- Você me salvou. - É tudo o que ela diz antes de desmaiar, quase que no mesmo instante que as sirenes são ouvidas.


- E ele... morreu? - Lew pergunta, de olhos arregalados, ouvindo a história.

- Não, só quebrou inúmeros ossos. - Harry diz, se ajeitando ao lado de seu namorado, que estava em seus braços.

- Como que Hendra não me contou isso?! - Ele exclama, indignado. - Nós chegamos ontem e isso aconteceu sexta! Ela com certeza sabia!

Harry ri. - Eu vou saber.

- E como que eles estão?

- Will tá bem, mas um pouco traumatizado. Ele quer que eu dirija sempre. E a Lottie... Ela parecia a mesma de sempre, se não contar com o braço enfaixado.

- Ela sempre parece bem, né? - Lew reflete. - Quando aconteceu aquilo com ela e a Hendra, ela agia como se nada tivesse acontecido.

- Ela deve ter passado por isso antes, afinal, ele é o pai dela.

- Sim... Bom, enfim, como foi com sua família? - Lew pergunta, mudando de assunto e recebendo um sorriso com covinhas em retorno.

- Maravilhoso. Eu nunca vou conseguir agradecer você e Will pelo o que fizeram por mim. - Uma lágrima surge no canto do seu olho, que ele limpa instantaneamente.

- É para isso que amigos servem. Desde pagar passagens até... Salvar o outro de um pai maníaco. - Lew ri com a frase.

- Poético. - Harry ri também, beijando Lewis. - Eu te amo, ok?

- Eu também, seu fofo. - Lew ri, apertando as bochechas do outro.

- Vão pra um quarto. - Liam sai do quarto, e se joga na poltrona.

- Harry estava me contando de sua aventura. - Lew diz, ainda sorrindo.

- É, poe aventura nisso. Faz dias que a Lottie não dorme.

- Ela-ela tá aqui? - Ele pergunta, olhando para ambos, confuso.

- Sim. Ela tá dormindo aqui desde que voltou do hospital. - Harry comenta.

- E ela vai voltar para as aulas amanhã?

- Acho que sim. - Will diz.

- Vou. - A loira aparece, ainda de pijama e vai até Will, se sentando em seu colo.

- Lo! Como você tá? - Lewis arqueia as sombrancelhas.

- Bem. - Ela dá de ombros. - Lanth foi preso, então tá tudo certo. Já passou. Mas eu vou ficar com uma cicatriz bem feia no braço. - Ela se aconchega no namorado.

- Não que eu ligue. - Will diz, se erguendo para a beijar, e ela se abaixa, rindo do esforço desnecessário dele.

- Mas eu ainda acho que vou tatuar algo em cima. - Ela ri. - Enfim... Eu e Hendra tivemos uma ideia.

- Então vocês duas tem se falado. - Lew diz, olhando pro Harry, como que para provar seu ponto. O garoto apenas ri, balançando a cabeça.

- Sim... - Ela franze a testa. - Enfim, estávamos pensando em, quando as aulas acabarem, nós todos irmos... Acampar!

- Acampar? - Will e Lew falam, ao mesmo tempo.

- É. Vai ser legal. Ela sempre quis fazer isso, e como ela provavelmente vai passar em Yale e nunca mais voltar pra essa cidade, seria legal, sabe... Pra gente se despedir dela. E vocês vão me ver bem menos quando a faculdade começar também.

- Eu topo. - Harry diz.

- Eu também. - Will dá de ombros. - Faz tempo que eu não acampo também.

- Bom, já que vocês estão tão afim de dormir no chão, sendo atacados por mosquitos... Okay! - Lew é o último a concordar, tirando um sorriso da garota.

- Legal! - Ela se levanta. - Vou avisar ela!

Quando ela sai da sala, Lew suspira.

- Vocês vão ficar me devendo essa, eu odeio acampar!

- Ah, para de ser chato, amor. - Harry ri da cara do garoto.

- Vai ser legal!



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