História Young Teacher - Aulinhas particulares com Sr Gostosão

POV James

Por ser meu primeiro dia como professor, fiz uma pequena brincadeira para que pudesse conhecer todos os alunos, e por aquela escola ser famosa pelos ótimos resultados no futebol americano, arrumei o seguinte esquema: jogava uma bola a algum aluno, ele se apresentava e me devolvia a bola.

Ainda segurando a bola, me apresentei:

- Olá turma. Meu nome é James Carter, tenho 22 anos e sou seu novo professor de física. Antes que me perguntem, não, o velho Sr. Dias não faleceu. Eu estudei e me formei aqui, e por isso fui chamado para dar aula.

Os alunos pareciam entediados. Alguns dormiam, outros conversavam. Mas ela prestava atenção em cada palavra que eu dizia. Passei a bola ao primeiro aluno.

- Peter Johnson. 18 anos. Quarterback no time principal da escola

Ele me devolveu a bola. E assim foi ocorrendo. Juliet, Howard, Harry, um garoto com nome engraçado que todos riram quando tentou pegar a bola mas a deixou cair, ele era tão bom em esportes quanto eu, então finalmente ela:

- Laurel Mendez. 17 anos. Chefe das Cheerios

Não escutei bem o que ela disse após isso, pois seu olhar me fez sentir algo que eu nunca havia sentido antes, algo que me fez sentir quente por dentro. Só voltei a mim mesmo quando ela jogou a bola em minha direção.

Sua amiga, uma menina loira, que ainda não havia se apresentado, a cutucava. Elas riam. A amiga se chamava Sara. A diretora Rachel havia me alertado algo sobre ela, mas não dei muita atenção.

Não queria criar uma imagem de qualquer aluno sem antes conhece-lo. Após as apresentações, dei um pouco de matéria, nada de mais. Liberei a turma um pouco mais cedo.

Todos saíram, menos Laurel e Sara. Laurel veio em direção a mim, falou meia dúzia de palavras que não entendi, pois estava hipnotizado com seu andar. Voltei a realidade quando ela me chamou novamente:

- Professor? O senhor escutou o que falei? - sua voz era doce

- Pode repetir por favor, estava distraído - respondi sem graça

- Iiiiiiiiih - soltou Sara, acompanhando de um pequeno riso

- Cala boca Sara - disse Laurel, com um riso disfarçado - professor, falei que como tenho dificuldade em física, eu sempre ficava após o horário com o Sr. Dias, então queria saber se teria problema pro Sr. ficar após o horário nos dias da nossa aula, pra tirar dúvidas.

Por um momento fiquei sem graça, mas ao mesmo tempo tive um bom pressentimento, apesar de nunca ter acreditado em pressentimentos.

- Claro que sim. O tempo que você precisar pra entender a matéria. A sua amiga também?

- NÃO. Já não me basta ter aula de física, ficar depois do horário por causa dessa matéria não rola.

- Então combinado Sr. Carter.

- Combinado - soltei um discreto sorriso. Elas já estavam na porta, quando exclamei:

- Laurel, correto? - ela virou-se para mim - pode me chamar só de James - ela sorriu e assentiu.

POV Laurel

Já do lado de fora da sala, Sarah começou a cutucar minha barriga.

-uuuuuuuuhhhh parece q vc tem um novo admirador.

Caminhávamos em direção ao refeitório.

-Como é?

-Ah pelo amor. Você não é tão estúpida. Ele estava te comendo com os olhos.

Olho para ela com a testa franzida.

-Quem? O professor? Quem dera.

Dou uma gargalhada e ela me acompanha.

-Ele ficou perdido olhando seus peitos.

-QUE? NÃO!

Começamos a rir e quando chegamos ao refeitório nos sentamos a nossa mesa. Como qualquer líder de torcida o intervalo era o momento de fofocar por que todas nós nos recusávamos a comer qualquer uma dessas porcarias servidas na cantina. O assunto do dia era Madison, a menina do segundo ano que foi expulsa do time pois teve duas notas baixas ano passado.

-Ela reprovou?

Perguntei cochichando e uma menina de pele negra, uma das melhores meninas da equipe me respondeu.

-Não, mas a nova treinadora é um monstro ela não aceita notas baixas.

Uma eletricidade correu pela minha espinha quando pensei nela tomando minha posição de capitã e dando a outra menina. Isso não era impossível dadas as minhas notas em física.

Sempre fui muito esforçada então nunca tive uma nota abaixo da média. Mas todas sempre passavam raspando. Uma das meninas diz que a treinadora só a tirou por que ela tinha dois F no ano passado, ela quase reprovou.

Ser uma cheerio é tudo para mim e pra Sarah. Não sei o que seria de nós sem isso.

Ao tocar o sinal fomos para a aula de química, Sarah era minha dupla como sempre, e como sempre passamos a aula toda rindo do menino nerd super dedicado em impressionar a Srª Cook. Depois tivemos alguns tempos de linguística, Sarah dormiu a aula inteira e eu me peguei pensando no professor de física. Estaria mesmo ele a fim de mim? Não pode ser, sou só uma "criança" pra ele. Será que ele era casado? Ou tinha uma namorada? Passei horas pensando nisso e quando me dei conta tinha rabiscado o nome dele na borda do meu caderno. Olhei de um lado para o outro procurando algum sinal de alguém vira, nada. Rabisquei com caneta em cima do nome até que fosse ilegível.

 Soltei um ar que não havia percebido que estava prendendo até certo momento.

Quando o sinal tocou Sarah acordou assustada, seu cabelo loiro meio despenteado e eu rindo.

Saímos da sala juntas.

-Pronta pras aulinhas particulares com o senhor gostosão?

-Parece nome de pornô.

Eu disse rindo e ela me acompanhou. Estávamos sempre rindo, de tudo e de todos. Quando cheguei até a sala nos despedimos e ela foi embora, respirei fundo e entrei na sala. Ele estava de cabeça baixa, escrevendo algo em uns papéis, parecia tão inteligente e lindo. Pigarrei e ele levantou os olhos em minha direção, sorriu assim que me viu.

-Sente-se.

Apontou para a cadeira perto de sua mesa e assim o fiz.

-Bom, você se lembra da matéria que dei hoje? - Assenti - O que você não entendeu?

-Tudo.

Ele parou como se minha resposta o tivesse surpreendido.

-Ok, então preciso começar do começo.

Ele saiu de sua mesa e se sentou ao meu lado, bem perto de mim. Falava com uma suavidade e naturalidade, sempre fazendo movimentos com as mãos e desenhos, tudo era tão difícil. Ele não desistiu um segundo se quer.

Quando chegamos ao fim eu estava do mesmo jeito do que no início. Andamos juntos até o estacionamento.

-Sinto muito não ter ajudado hoje, tenho certeza que o Sr Dias era melhor.

-Não fica assim. Pelo menos você tem minha atenção.

Sorrio e só depois percebo o que isso pode ter significado. Ele da um sorriso de lado e me oferece uma carona, eu recuso.

-Laurel, está tarde. Não posso deixar você ir sozinha, por favor aceite minha carona.

Fico meio receosa, mas no final aceito. Entro em seu carro, nada demais. Um carro comum. Vamos o caminho inteiro sem conversar, apenas dou as coordenadas e presto muita atenção no caminho com medo de ele ser uma espécie de estuprador.

Quando chegamos em minha casa agradeço e lhe dou um rápido beijo na bochecha, em seguida desço do carro. Comprimento meus pais que estão na sala, subo as escadas e me jogo na cama do meu quarto pensando mais uma vez naquele homem.