Justin estava desesperado. Não conseguia se mover, não conseguia falar, não estava consciente do que acontecia a sua volta. O choro engasgado na garganta não tinha como sair. Ele se via sem saída. Olhava tudo ao seu redor e ficava cada vez mais desesperado. Ninguém o notava. Viu entre os carros da polícia sua garota chorando descontroladamente correndo em direção a ambulância. Gritou pelo seu nome mas não obteve resposta, assim como todos os presentes ali, sua garota não o notara. Correu em direção a mesma e colocou a mão em seu ombro, mas não aconteceu nada.
-Brooke, sou eu, meu amor, fala comigo- o garoto falava com sua garota mas a mesma não o respondia, a mesma nem sequer o notava.
Com lágrimas escorrendo por sua face, Brooke não aguentou, caiu de joelhos no chão em frente a ambulância. Olhou para a face do garoto deitado na maca. Seu rosto estava completamente machucado. Roxos por todo o seu corpo. Estava totalmente destruído.
Brooke se sentia culpada, o seu amor estava ali naquela maca por causa dela. Ela quem começou a discussão por um motivo totalmente fútil.
Enquanto olhava para os médicos tentando reanimar o seu garoto, sabia que talvez não poderia mais ouvir sua voz rouca lhe dizendo que a amava ou lhe dando os beijos que ela tanto gostava. Sabia que todos os planos que construíram juntos não se realizariam. Sabia que o bebê que carregava em seu ventre cresceria sem um pai. Mas ela ainda tinha esperança que seu amor sairia daquela. Ele é forte, sempre foi. Mas não dessa vez. Quando a médica anunciou o que a garota tanto temia, ela ficou sem chão. Não ouvia mais nada, só conseguia encarar o corpo do namorado já morto.
- Por favor, Jay B, não me deixe, eu preciso de você. Nós precisamos de você.- gritou soluçando esperando que ele pudesse a ouvir. E ele pode.
- Meu amor, eu estou aqui- disse sorrindo para a garota mas a única resposta que obteve foi o silêncio. Olhou para a garota que tinha sua mão abafando os seus soluços e a outra sobre seu ventre e então olhou pra onde ela tanto olhava. Ele não sentiu suas pernas. Caiu sobre o asfalto frio ao lado de sua garota. Com lágrimas a rolar sem sua permissão. - Não, não pode ser. - ele gritava entre soluços enquanto olhava desesperado para o seu corpo estirado sobre a maca.
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