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História Your arms, my lost - A entrevista


Escrita por: avengertimelady

Notas do Autor


BOA NOITEEEEE <3 <3

preparados para mais um capítulo? Esse ficou um tanto compridinho, mas teremos tretas no Profeta, tretas no ministério, tretas de ex e fofurinhas Marius (adotei o nome do ship -q )

boa leitura!

Capítulo 11 - A entrevista


 

            Mari:

Haviam passado exatamente 24 horas desde que eu tivera minha primeira vez e ainda sim não conseguia assimilar o fato, não  parava de sorrir como uma tonta, por mais que eu tentasse me controlar. Fechei os olhos apenas que voltar para aquele momento: Queria de novo aqueles beijos ardentes nos meus lábios, no meu pescoço, trilhando meu corpo, queria suas mãos acariciando meu rosto, descendo, ou apertando minha cintura a tal ponto que eu parecia ainda sentir seus dedos, eu queria ser dele novamente, precisava de Sirius comigo.

Eu não me arrependia nenhum pouco, muito pelo contrário nunca me senti tão amada, tão desejada quanto ontem... E eu queria mais, bem mais.

            Mas infelizmente Sirius estava numa missão e um tanto espinhosa. Há alguns meses notícias da morte de trouxas em circunstâncias suspeitas começaram a movimentar o departamento de aurores, e estava aumentando cada vez mais, a ponto deles se deslocarem para diversas partes do país a procura de uma pista e quando eles acharam algo concreto partiram numa missão. Meu pai coordenaria daqui de Londres, mas mandara alguns aurores, inclusive Sirius... Eu sabia o quão importante era, porém eu já estava morrendo de vontade de vê-lo, meu coração e meu corpo pareciam gritar por ele, por isso teria que me manter muito ocupada essa semana para que meus pensamentos não se concentrassem na tarde de ontem. Por isso chamei Ingrid para me ajudar na organização dos convidados do casamento de Lily.

Sai do sofá quando ouvi baterem na porta, recebi minha amiga com um enorme sorriso.

-Obrigada por me ajudar- Falei

-Não tem problema, mas porque não deu certo ontem?

-Hum, bem... Tive um imprevisto – Estava ocupada na cama de Sirius Black- E Sirius tinha uma missão para ir.

-Ah verdade, Lily comentou que eles iriam junto com Alastor Moody.

-Sim, espero que dê tudo certo nessa missão- Desejei sincera- Vamos lá arrumar os convites!

-Vamos, mas antes disso você deveria abrir a janela para Ziggy- Ingrid apontou e virei para olhar minha coruja batendo o bico no vidro

-Desculpa amorzinho, não te vi aí- Falei correndo em sua direção, abri a janela e ela pousou na mesa, peguei a carta de seu bico, não havia o nome do remente, mas assim abri sabia quem mandara:

 

Não faz nem 24 horas que nos despedimos, mas já quero você nos meus braços e na minha cama. Mal posso esperar para volta e te beijar, te deixar completamente sem fôlego.

Do seu

Sirius

ps: sinto falta de você gemendo meu nome, esse é o som mais excitante que já ouvi

Escancarei a boca com o conteúdo da carta... E se alguém pegasse?! E se ele mandasse por engano para outra pessoa?! Minha nossa, como ele conseguia ser tão direto? Mas... Não podia negar que essas palavras me causaram arrepios.

-Mari? Tudo bem aí?- Grid perguntou e sai do meu transe

-Oh sim, sim só preciso responder a carta- Falei pegando uma pena e um pergaminho.

 

Então volte logo que estarei te esperando, na minha cama, na sua... Não importa o lugar.

Preciso de você o quanto antes.

Tá... Eu ainda não sabia ser tão direta quanto ele, mas para os meus padrões havia sido ousada o suficiente, enquanto eu amarrava o pergaminho minha coruja parecia me encarar como se me julgasse.

-Não me olhe assim Ziggy- Repreendi- Se você entregar rapidinho compro muita comida gostosa pra você- Ela deu um pio e  saiu voando. Coloquei o bilhete no bolso da minha calça.

-Que cara é essa?- Ingrid indagou

-Qual?

-Da última vez que você fez essa cara tínhamos doze anos e você escondeu meia torta no seu quarto pra comer sozinha- Minha amiga de infância explicou e então cerrou os olhos- Cadê a torta, Mariana?!

-Não tem torta! Só... coisas do trabalho – Respondi me indagando porque diabos eu não contei a Ingrid o que estava acontecendo- Meu conto está fazendo sucesso e isso me dá medo.

-Medo do que?

-E se começar a ficar ruim? As pessoas não lerem? E estão lendo só porque é algo mais...

-Picante que as outras histórias?- Ela completou

-Sim.

-Mari, você não precisa se preocupar... As pessoas estão lendo porque você escreve bem, continue escrevendo do seu jeito que nada de ruim está acontecendo.- Beijei a bochecha da minha amiga

-Obrigada.

-Por um momento pensei que essa sua cara era por causa de Edward.

-Não, não! Nem brinca...- Desabei no chão, ela fez o mesmo jogando os convites na nossa frente. – Quando o revi aquilo mexeu loucamente comigo, mas foram mais pelas memórias do que pelo sentimento, agora eu sei que ele faz parte do meu passado, não quero mais nada.- Tranquilizei mas ela continuava a me analisar.

-Quem é o cara?

-QUE?!

-Você não tá escondendo uma torta, é um cara- Ingrid disse- Oh! Você estava com ele ontem não era? Por isso dispensou Black para te ajudar com os convites!

-Er... Ok, tem um cara mas por enquanto não vamos entrar em detalhes- Pedi.

-Ok, leve ele pro casamento da Lily- Grid pediu- Ele é legal?

-Incrível, nem acredito que ele existe- Falei sinceramente- E é uma loucura de tão lindo. - Rimos da minha declaração, eu amava essa nossa cumplicidade.

-Não sei porque mas já gosto dele, está te fazendo muito bem.

-Está?

-Você está mais solta, rindo mais... Parece mais com a Mari que cresci junto. É jornalista??

-Não, não... Do ministério.

-Um homem do ministério, gostei... Promete levar ele no casamento da Lily?

-Prometo- Falei pegando um convite- Agora vamos cuidar disso.

            Começamos a organização, Lily queria que separássemos os convidados que iriam ficar em que mesas, decidimos misturar um pouco, parentes dela sentiriam com os de James.

-Não acho que dê problema, a família é sossegada- Ingrid comentou mas parou de falar quando olhava para um convite- Ai que foi?

-Ela convidou Snape- Falei mostrando o envelope

-Sim, James comentou com Remus sobre isso.

-Minha nossa ia ser uma tragédia-

-E se eu te disser que o James falou que tudo bem chamar Snape?

-Tá de brincadeira?

-Não, ela falou que detesta Snape, mas ele foi amigo de Lily, ajudou ela quando descobriu que era uma bruxa, e disse que estava cansado dessa richa idiota, agora se Snape também está disposto a mudar...

-Não está- Respondi mostrando o convite com um x no “não”- Ele não irá

-Imaginei isso... Ele sempre gostou de Lily, e ele só piorou depois que ela começou a namorar James.

-Eu tinha dó dele, achava que ele era uma vítima, afinal James e os meninos eram uns babacas com ele, mas desde aquele dia no Lago Negro... Não, ele têm vergonha da Lily, ele não ficou ruim por causa de James, ele já era.

-Concordo com você, mas ainda sim Lily vai ficar triste

-Isso sem falar de Petúnia- Lembrei e nos olhamos... A irmã de Lily estava intragável a cada dia que passava, por vezes Lily vinha dormir aqui porque Petúnia a importunava falando como esse casamento seria um fracasso e que ela não iria, aquilo partia o coração da nossa amiga.

-Petúnia tem que ir, ou Lily vai ficar arrasada- Ingrid apenas falou sombriamente. Terminamos de arrumar tudo quase na hora do jantar, eu até a convidei para ficar aqui, mas ela tinha um encontro com Remo, e obviamente não atrapalharia, por mais que ela dissesse que eu poderia ir com ela.

-Não ficarei de vela- Apenas falei quando estava na porta – Além do mais vou adiantar trabalho, amanhã é segunda.

-Claro, qualquer coisa manda uma carta- Nos abraçamos- Ah, posso dar uma conselho?

-Sempre.

-Use um cachecol até o final da semana, senão as pessoas vão perguntar o que não esses roxos no seu pescoço- Nessa hora arregalei os olhos morrendo de vergonha- Não faça essa cara, está tão óbvio

-E-eu caí

-Nos lábios de quem? Oh Mari, até parece que nasci ontem- E rindo aparatou. Fechei a porta e corri para o banheiro. Droga as marcas... Ontem eu as tinha escondido com o cachecol de Sirius, mas hoje estava completamente alheia a isso, não fazia quanto tempo elas ficavam na pele, mas agora olhando no espelho elas continuavam tão visíveis quanto dia anterior. Tirei minha camiseta de manga comprida para observar mais de perto: No meu pescoço haviam duas marcas roxas, uma embaixo da outra, mas isso nem se comparava com meu torso, eles estavam espalhados, mas bem visíveis, a maioria delas feita na segunda vez, tão mais quente e luxuriosa, a prudência foi substituída pelo desejo, se no começo ele me tocava com leveza e devagar deus dedos percorreram meu corpo com urgência, calor, as juras de carinho também mudaram para incentivos despudorados e impublicáveis.  Percebi que eu havia pequenos pontos roxos na minha cintura causados pelo modo que ele me apertava, cada vez mais forte a medida que atingíamos o clímax. Tá... preciso me controlar ou essa seria uma longa semana,

Terça:

Eu sabia que não tinha feito nada de errado, mas assim que cheguei no trabalho e meu chefe havia me chamado para a sua sala comecei a pensar todo tipo de coisa, que eu seria demitida, que os leitores haviam me abandonado, que queriam saber porque eu não tirava meu cachecol nem aqui. Minhas pernas tremiam, as mãos estavam suadas quando adentrei na sala.

-Ah senhorita MacLaine, minha querida que bom que chegou.

-Aconteceu alguma coisa?

-Bom, sim... Com o final da sua história e o sucesso que ela fez o semanário das bruxas quer fazer uma entrevista com você

-Entrevista?- Indaguei incrédula

-Sim, não é esplêndido?

-Eu não esperava por isso- Falei me sentando ou desabaria ali, meu chefe sorriu.

-Estou muito orgulhoso da Senhorita, se quer saber eu leio antes de entregar o capítulo para a impressa... Diga-me, nessa missão a Amelia vai participar finalmente Edward vai descobrir quem ela é?

-Não posso contar ou vai estragar- Ri, aliviada.

-Tudo bem eu espero... A entrevista vai ocorrer hoje, se não se importar.- Neguei com a cabeça- ótimo, o outro assunto é que a Floreiro e Borrões se interessou muito pela sua escrita, e quer fazer um livro com todos seus contos reunidos

-OI??- Falei alto demais- Não, não... Eu ainda não acordei, é verdade?!

-Sim, parabéns, a senhorita terá um livro- Nessa hora eu estava me esforçando para não chorar...Um livro?

-Merlin- Apenas falei- Quando?

-Mês que vem, 23 de Março

-É... um dia depois do casamento dos meus amigos

-Será de noite...O que me diz?

-Absolutamente sim!- Exclamei- Isso é real?

-Lógico que sim, é o que acontece com jornalistas de verdade- Meu chefe falou- Existe outro assunto que gostaria de conversar com a senhorita.

-Claro!

-Há uma vaga no jornal de São Paulo, queríamos um correspondente e além de competente sei que fala português fluentemente.

-Oh, fazer reportagens? No Brasil...- Meu coração começou a acelerar, finalmente era minha chance  que tanto batalhei.

Mas então por quê eu não estava feliz?

-O que me diz?

-Eu... Posso pensar?- Perguntei

-Achei que esse era seu sonho

-Mas é ! Nossa... Ainda mais Brasil, só que preciso pensar.

-Tudo bem senhorita, vê avise o quanto antes

-Pode deixar- Me levantei um tanto atrapalhada e fui um tanto cambaleante para minha mesa. Era para eu ter aceitado na hora, meu sonho era viajar por ai  fazendo reportagens. Praticamente desmontei na minha cadeira querendo entender o que estava acontecendo comigo quando vi Ziggy chegar e abri um sorriso enorme, deveriam ser notícias de Sirius.

-Ahhh que rápida! Vou até você colocar alguns ratos na sua gaiola- Saudei minha coruja, tirei um pedaço de pergaminho de sua perna e abri ansiosamente, o recado era curto:

 

Só de pensar na recepção que terei ao voltar, minha varinha até empunhou.

E não estou falando da de madeira.

 

De todas as cartas... Meu rosto ficou em chamas ao ler suas palavras, eu conseguia até imaginar ele falando isso baixinho, só para me deixar constrangida. Peguei minha pena e um pedaço de pergaminho.

Pode deixar que eu cuidarei disso com muito carinho

Mariana, nem se sua vida dependesse disso você conseguia soar tão ousada quanto Sirius, apesar de estar adorando o fato que ele me desejava a tal ponto, amarrei minha resposta na perninha de Ziggy, ela parecia adivinhar o conteúdo da carta pois seus enormes olhos pareciam dizer “Não acredito que estou entregando essas cartas cheio de analogias e conteúdos sexuais”

-Não me olhe assim, não tem nada de mais- Resmunguei quando ela saiu de minha mesa, ok eu nunca havia recebido cartas com esse conteúdo, mas elas haviam me dado uma ideia... Dei um sorrisinho pensando em como poderia surpreendê-lo quando chegasse.

-Fantasiando, MacLaine?- Dei um pulinho quando ouvi a irritante voz de Rita Skeeter, na hora escondi o bilhete de Sirius nas vestes, não queria nem pensar se ela descobrisse.

-Estava pensando no meu almoço, Skeeter, o que você quer?

-Minha nossa é assim que você fala com a entrevistadora, sua mãe não lhe deu educação?- Ela rebateu

-Você vai me entrevistar? –Indaguei incrédula

-Pois é, eu e meu estagiário, Hudson –Ela apresentou um rapaz que deveria ter minha idade, ele era baixo, loiro e parecia tímido.

-Olá- Sorri- Bom vamos lá, só pegar uma cadeira vamos começar.

-Mal posso esperar- Skeeter disse baixinho sentando-se na minha frente, vi que ela tirou uma pena de repetição rápida, eu usava a minha quando tinha que cobrir algo, então fiquei desconfiada, na hora a mulher notou- Oh não se preocupe, só não quero perder nada que você tem a falar.

-Uhum, sei- resmunguei.

-Vamos começar... Então, Mariana MacLaine vinte anos começou apenas como uma estagiária e hoje tem um dos contos mais comentados do Profeta Diário, como se sente sabendo que muitos bruxos acompanham a história da Auror Amelia com avidez?

-Er- Comecei vendo a pena voar pelo pergaminho, isso ia dar merda- Nunca imaginei que ia fazer tanto sucesso, acho que as pessoas gostam desse tema, amor proibido, instiga.

-Você já teve um amor proibido?- Arregalei os olhos, devia saber que ela levaria pro pessoal.

-Não que eu saiba- Dei uma risadinha- Nunca fui de namorar

-E ainda sim consegue escrever cenas que segundos seus leitores são mais quentes que uma tarde de Agosto

-Eles falam isso? Não sabia... Bom, às vezes não precisa viver algo para escrevê-lo, basta ter um bom repertório

-Sempre foi assim?

-Acredito que sim.

-Muitos leitores querem saber como você era nos tempos de Hogwarts.

-Oh, eu era uma boa aluna, ia melhor em matérias como Adivinhação e Feitiços... Eu adorava o professor de Poções apesar de não ser muito boa, o que eu amava era o quadribol, fui a apanhadora desde o terceiro ano e não querendo me gabar... Eu era boa.

-É verdade que as Harpias fizeram uma proposta para você?

-Como você sabe disso? Bom, sim... Após a vitória da Grifinória no campeonato quando eu estava no sétimo ano a capitã das Harpias foi até Hogwarts a pedido da professora Minerva, e bom... Elas disseram que se eu quisesse faria um teste pro time principal.

-Mas a senhorita negou

-Sim, quadribol é meu hobby, minha paixão mesmo era escrever, queria ser jornalista e bom...Cá estou.- Dei de ombros

-No trabalho parece que tudo está às mil maravilhas, mas e no coração?

-Ai Merlin – Suspirei- Duvido que os leitores estejam interessados na minha vida pessoal, mas no momento estou aproveitando a companhia de alguém que gosto muito

-Não vai nem dar o nome?

-Não, o que temos é especial portanto prefiro deixar apenas entre nós- Falei, até parece que contaria a ela que eu estava saindo com Sirius sendo que nem meus pais ou meus amigos sabiam

-Pois bem, você foi descrita por alguns de seus ex colegas como “muito distante” e até mesmo “mais fria que uma pedra de gelo”

-Hum, é mesmo? Bom você claramente falou com os colegas errados- Me irritei com essas definições.

-Será que eles te chamaram assim por causa do traumático fim de namoro com um garoto trouxa?- Skeeter disparou e na hora meu sangue ferveu- A mãe dele fez um escândalo e tanto ao saber que você era uma bruxa, te chamando de “Aberração da natureza” “vadiazinha do mal” e “enviada do diabo”

-Como... você sabe disso?- Sibilei

-Tenho minhas fontes

-Então diga a essas fontes que elas podem ir pegar o hipogrifo e ir pro quinto dos infernos, que ninguém tem o direito de  vasculhar minha vida pessoal para uma entrevista- Me levantei- Essa entrevista acabou e se eu ver que você distorceu uma palavra minha eu vou rachar a minha vassoura na sua cabeça Skeeter- Sai da minha mesa ás pressas, o estômago revirando, um nó na garganta se formava eu precisava sair de lá o quanto antes, como ela se atrevia a vasculhar minha vida pessoal?? As palavras da mãe de Edward berravam na minha mente, me sentia tão suja com as acusações dela... Não, não, controle-se Mariana não vá ter um ataque justo aqui.

-Sirius, cadê você?- Indaguei sentindo as lágrimas caírem, ele era sempre meu herói vindo me socorrer, queria tanto que ele aparecesse, me puxasse para um abraço e sussurrasse palavras doces no meu ouvido.

            Saí de lá pela entrada trouxa do ministérios, sentido –me sem ar, vulnerável, encostei na parede de um prédio, engolindo o choro, a última coisa que eu queria era que vissem uma jovem chorando no meio de Londres, quando abri os olhos vi um lencinho estendido na minha frente e por uma fração de segundos pensei que pudesse ser Sirius, vindo ao meu resgate, mas levei um susto ao ver que na verdade era Edward... Ai Merlin.

-Obrigada- Falei mas neguei o lenço-Estou ótima.

-Não parece, você está com o nariz vermelho.

-Alergia

-Você não tem alergia, Mari

-Como você sabe? Isso pode ter mudado nesses três anos, não acha? – Disparei maldosamente, mas isso não o abalou.

-Bom, mais uma coisa nova que sei sobre você

-Posso saber o que você está fazendo aqui?

-O prédio que você está encostada é uma filial do escritório que trabalho na América, sim também sei que é ao lado do Ministério da Magia

-Shhh! Esse não é o tipo de coisa que fica gritando por ai- Ralhei

-Desculpe, já que estamos aqui, podemos almoçar?

-Não

-Mari por favor, estou fazendo o que posso para nos aproximarmos novamente, um almoço é só o que peço. Sei que você gosta de comer, isso não mudou. - Cerrei os olhos para ele; melhor que voltar para o trabalho.

-Um almoço- Alertei.

            Edward nos levara para um restaurante refinado perto de seu trabalho, não pude deixar de comparar com nossos tempos de namoro que pegávamos comida da dispensa de nossas casas e comíamos no meu jardim, não conseguia deixar de pensar como havíamos mudado. Ele pediu pratos trouxas que eu não conhecia, apenas fiquei na água... A lembrança da última vez, ou melhor os buracos de memória da minha bebedeira ainda estavam frescos.

-Então... Você vai me contar porque estava daquele jeito na rua?- Ele indagou, seus olhos verdes-me encaravam.

-Problemas no trabalho- Apenas falei

-Você se tornou jornalista?

-Sim e você advogado, como sempre quis- Disparei

-Mari, me dói ver que você tem raiva de mim, eu já falei que o que fiz foi errado eu devia ter me imposto com a minha mãe, mas no fundo eu me sentia inseguro...

-Inseguro?

-Você voltaria para Hogwarts, ficar com pessoas que eram como você, logo me esqueceria. Nunca me importei com você ser bruxa, mas admito que ser trouxa me trazia dúvidas...E se você tivesse vergonha de mim.

-Impossível- Falei vendo sua sinceridade- Eu nunca sentiria isso, pelo contrário, eu amava ser sua namorada, te ensinar sobre o mundo bruxo, enquanto você me mostrava sobre o seu. Ser bruxa ou trouxa, essas coisas são pífias perto do amor que sentíamos um pelo outro.

-Eu adoro quando você fala essas coisas- Ele tentou alcançar minha mão, mas retraí.

-Mas se você acreditasse mesmo nisso estaríamos juntos até agora- Nessas hora o garçom chegou com nossos pratos, comemos em silêncio até que no final ele comentou.

-Não namorei sério com ninguém depois que fui embora... Se eu me interessava por alguma garota ela tinha algo parecido com você.

-Também não sai com ninguém, eu me fechei demais, por um tempo achei que você voltaria, o que não aconteceu...

-Agora eu estou aqui.

-Eu sei, mas olha como a gente mudou, você uma hora vai voltar pra América

-E eu quero que você vá comigo

-Mas aí que está o problema Edward... Eu não quero- Era estranho verbalizar isso, mas foi bom.- Eu gosto do meu trabalho, eu tenho meus amigos, minha família e...- A imagem de um certo alguém veio à mente- Tenho Sirius.

-Aquele cara que estava na sala, sabia.

-Quando você apareceu não tínhamos nada além de amizade... Porém ele fez com que a Mari de antigamente, a de verdade voltasse aos poucos. Não vou mentir para você ou dar falsas esperanças, seria injusto, no momento a única pessoa com quem quero ficar é Sirius. – Nos encaramos, vi mágoa no seu olhar mas isso não me faria voltar atrás.

-Ele não parece ser o tipo de cara que faz seu tipo- Comentou após um tempo e dei uma risada.

-Absolutamente não. Mas é uma das coisas que mais gosto nele, de todas as pessoas que podiam me tirar dessa letargia de gostar de você foi justo Sirius Black, o terror de Hogwarts, arrasa corações de meninas que me fez voltar a saber o que é gostar novamente. – Me levantei da mesa- Acho que isso é um ponto final pra nós.

-Eu acho que não- Edward discordou- Estarei aqui por algum tempo, ainda quero provar que devemos ficar juntos.

-Eu sinto muito que você pense assim, Edward- Falei sinceramente colocando alguns galeões na mesa- Pelo almoço, se quiser troco por dinheiro trouxa depois- Sai sem olhar para trás, estava surpresa comigo mesma, não chorei na sua frente, não voltei atrás nem nada, finalmente havia seguido em frente, fiz isso por mim principalmente.

Mas...

            Algo que Edward dissera me intrigara... Por que Sirius? Éramos tão diferentes, isso sem falar que ele poderia ter qualquer mulher, e de fato ele tinha, estava tão envolvida por seu charme que me esqueci que ele ia para o Nirvana, muitas vezes deitava-se com outras pessoas, mulheres mais experimentes que eu, mais sensuais.

Então a pergunta que não queria calar: Será que eu era mais um número para ele?

 

Sexta feira de manhã:

 

Sirius

-De todas as missões- Pontas começou quando desembarcamos do trem – Essa foi a pior.

-Nem me fale... Dolohov me paga pelo soco- Falei – Pra quem odeia trouxas, dar um soco em alguém é um tanto irônico.

-Hey, você tá legal com...- Pousei a mão sob o ombro do meu amigo

-Estou, juro. Só preciso de um banho, uma cama-  Falei mas na verdade eu queria era outra coisa, ou melhor... Alguém. – Vou pra casa.

-Nos vemos no ministério- Pontas se despediu de mim, me encaminhei para um canto da estação e aparatei, ao abrir os olhos estava de frente para o prédio de Mari. Eu estava exausto, com tantas coisas na cabeça, mas meu corpo e coração me puxavam para ela, eram seis da manhã e provavelmente ela estaria dormindo, mas não liguei, eu precisava de sua companhia. O porteiro, já me conhecia apenas acenou para mim enquanto eu entrava no elevador e apertava o botão do seu andar. Sentia sua falta todos os dias que estive fora, de seus olhares para mim, sua risada e principalmente a intimidade recém adquirida. Saí do elevador e vi a porta de seu apartamento levemente aberta, música tocava, me aproximei sorrateiramente.

            Ela já via acordado, e muito bem disposta pelo jeito, e a primeira coisa que notei era que ela ainda usava pijama, não era o de pomo de ouro era muito melhor: Shorts, tão curtos que poderiam ser confundidos com uma calcinha, dando uma bela visão daquelas longas pernas, a blusa  era curta mostrando sua barriga, folgada e o tecido era rosa, mas quase transparente a ponto de notar que ela não usava sutiã. Senti uma espécie de fisgada no baixo ventre com aquela visão, como se não bastasse ela cantarolava e dançava enquanto preparava seus materiais de trabalho, seus movimentos eram tão sexy quanto na noite que ela bebeu, a diferença era que sobrea Mari era infinitamente mais fatal, com o sorriso de lado, os olhos fechados enquanto se movia de modo lascivo, minha nossa, essa garota seria minha morte ainda. Resolvi prestar atenção na letra da música, era a cereja do bolo:

 

I wanna see your peacock, cock, cock

Your peacock, cock

Your peacock, cock, cock

Your peacock, cock

Oh my god no exaggeration

Boy all this time was worth the waiting

I just shed a tear

I am so unprepared

You got the finest architecture

End of the rainbow looking treasure

Such a sight to see

And this all for me

-Se você quer ver nem precisa pedir, Mari- Falei interrompendo seu “show” na hora ela se virou, vi seu constrangimento por um segundo, então ela veio correndo na minha direção, larguei minha mochila e abri os braços, e então ela pulou no meu colo, a segurei firmemente e nossos lábios se chocaram, vorazes após um longo tempo separados. O beijo era faminto, nossas línguas se enroscavam, suas mãos bagunçavam meus cabelos. Andei até o sofá, onde sentei com ela ainda no meu colo, meus lábios desceram até seu pescoço, eu mordia e beijava, causando arrepios no seu corpo.

-Não deixe marcas, tive que usar cachecol pelo resto da semana- Mari protestou com a voz baixa.

-Ah, mas que graça tem? –Provoquei- É o preço por termos ficado tanto tempo longe.- Voltei a beijar seus lábios enquanto uma de minhas mãos que estava em sua cintura foi subindo por sua barriga, fazendo carinhos, até chegar no seu seio esquerdo, para minha felicidade ela nãos estava mesmo usando sutiã, sua reação foi imediata, ela gemeu em aprovação no meio do beijo e isso apenas atiçou ainda mais meus desejos, acariciei levemente.

-Ah, Sirius- Ela suspirou com os lábios colados nos meus, não parei com as carícias, vê-la perder o controle daquele jeito era tão excitante.

-Senti tanta falta de te tocar-Suspirei -Devemos ir pro quarto?

-Não- Ela respondeu- Eu quero aqui, agora.

-Seu pedido é uma ordem- Falei enquanto Mari desabotoava minha camiseta freneticamente, minhas mãos passeavam por seu corpo quente. Quando finalmente arrancou a peça de roupa senti seus lábios no meu ombro, descendo no peito, as unhas me arranhavam levemente, aquilo era não bom que esqueci dos hematomas.

-Sirius, o que foi isso?- Seu tom de voz mudou, de desejo para um tom inquisitivo.

-Um imprevisto- Falei como se não fosse nada.- Aonde paramos? Acho que você estava tirando a minha roupa...

-Merlin, o seu rosto!- Então ela notou o roxo no meu olho direito e o hematoma no canto da boca.

-Você devia ver o outro cara- Zombei mas seu olhar sério fez com que eu me calasse- Mari é sério, não é nada

-Uma ova, olha esse corte no peito, quem fez esse curativo mal feito?

-Pontas

-James também não serve pra fazer uma porcaria de curativo, já volto- Ela falou saindo do meu colo.

-Mas... íamos fazer sexo no sofá do seu apartamento- Reclamei – várias vezes.

-Temos o resto do dia pra fazer isso, e o fim de semana também- Mari falou voltando com uma maleta- Mas agora você precisa cuidar desses machucados.- Ela sentou do meu lado no sofá e abriu a maleta, ela pegou um frasco e molhou no algodão, primeiro era colocou no canto no meu olho, me retraí um pouco- Desculpa, vou mais devagar.

            Mari cuidava de mim com afinco, limpando meus ferimentos com delicadeza, quando chegou no peito ela deu um leve beijo nos hematomas

-Minha mãe falava que um beijo sara- Seu sorriso era meigo.

-Vou querer vários- Pedi, pensando como eu estava sendo brega e que não me importava nenhum pouco com isso.

-Pronto, acho que vai melhorar logo- Mari falando passando a mão por minhas tatuagens- Não vai me contar como isso aconteceu?

-Preciso mesmo?- Resmunguei, então ela ficou pertinho de mim

-Sim, estou pedindo com carinho- Seus lábios estavam perto da minha orelha enquanto sua mão acariciava minha coxa lentamente, não segurei o arrepio.

-Droga Mari, isso é golpe baixo- Falei derrotado, ela sorriu vitoriosa então se aconchegou nos meus braços, adorei sentir o calor do seu corpo perto de mim. –Bom, tivemos que ir até Alemanha, cinco mortes lá e acabamos descobrindo que estão reunindo bruxos que acreditam na nossa supremacia- Expliquei rolando os olhos.

-Mas Si, eles matam- Mari disse e honestamente sorri com meu apelido, vindo dela parecia tão doce, fiz um carinho na sua bochecha.

-Eu sei, isso me deixou mal também... Até descobrimos o responsável por isso, Rodolphus Lestrange

-Oh, ele era mais velho que a gente.

-De fato, ele estava com seu bando e bom... Podemos dizer que eles não ficaram felizes em nos ver

-Daí que surgiram os machucados

-O corte foi de um feitiço, mas sim... Houve duelos, e não conseguimos pegar Lestrange

-Oh sinto muito.

-É, foi uma merda, mas estamos fazendo de tudo para impedí-lo de cometer crimes- Suspirei- Odeio que minha família pode estar envolvida nisso, eles concordam com essa supremacia.

-Eu lembro quando você foi morar com James, eles não aceitavam que você não fosse como eles.

-Sim, fui uma desonra de filho.- Tentei não mostrar como isso me incomodava, mas não passou despercebido. Mari se ajeitou no meu colo, me encarando seriamente.

-Você não é uma desonra, você é bom, sempre foi sempre será e isso é o que te faz tão especial- Arregalei meus olhos, meu coração batia forte com suas palavras.

Eu estava completamente apaixonado.

Mari me abraçou fortemente, fazendo leves carinhos em mim, finalmente percebi como eu estava exausto, como essa missão me cansara física e mentalmente.

-Quer dormir um pouco a minha cama? Parece que você teve noites insones – Ela sugeriu legitimamente preocupada.

-Nah, estou ótimo, só vou pra sua cama se você vier comigo.

-Eu preciso trabalhar

-Serei rápido.

-Que romântico Sirius- Mari falou rindo, aos poucos o clima de antes voltava, nos beijamos lentamente, mas a medida que aprofundávamos aquele beijo, mais eu voltava a sentir aquelas ondas de desejo, interrompi o beijo para tirar sua blusa e então joguei em algum canto da sala, encarei seu corpo com fome, ela era tão linda para mim. Mari deitou no sofá, me puxando com ela, antes porém fui deslizando seu shorts por suas pernas lentamente.

-Eu menti sobre ser rápido- Falei – Quero demorar o máximo que puder.

Mari não falou nada, apenas deu uma risadinha, me chamando com o dedo, fui ao seu encontro na hora, busquei por seus lábios, minhas mãos passavam por toda parte do seu corpo, já suas mãos desafivelavam minha calça lentamente, parecia uma tortura.

-Merda Mari, isso está acabando comigo.

-A pressa é inimiga da perfeição, Sirius- Ela disse com a voz rouca, as mãos ainda na minha calça, porém nessa hora ouvimos batidas na janela, Mari virou o pescoço na direção do barulho, me dando a oportunidade de deixar marcas na sua pele.

-Si... Ah... Acho que é para você- Ela disse entre gemidos.

-Foda-se, não vou levantar nem que me ameacem- Cortei voltando a me concentrar no seu corpo.

-E se for do ministério?- Mari replicou ofegante.

-Argh, ok mas não se mexa- Falei saindo de cima dela, abri a janela e peguei a carta, para meu terror a carta era do Senhor MacLaine.

Sirius,

Sei que você e James acabaram de voltar de uma missão, porém acabamos de pegar um dos responsáveis, então precisamos de todos os aurores aqui, venha o mais rápido que possível.

-Sirius? Você está com uma cara assustada.

-Carta do seu pai- Falei- Vai ter um julgamento no ministério, ele quer que eu vá.

-Oh, vamos então- Ela rapidamente colocou sua blusa que estava no chão, mas não o shorts

-Espera como assim vamos? Você não está pensando em ir não é?

-Por que não, é um furo, aposto que nem Skeeter tá sabendo disso

-Você realmente quer aparecer no ministério comigo? Com esse monte de chupão de pescoço?

-Eu apareço alguns minutos depois- Mari argumentou rolando os olhos- Vou me trocar.

Fui com ela até seu quarto, enquanto voltava a afivelar a calça e colocar minha camiseta, desabei em sua cama, ainda com os cobertores, esperando ela se trocar. Seu quarto tinha o perfume dela concentrado, e sorri um pouco afinal ansiei a semana toda por sua companhia, rolei para o lado esquerdo para ver a foto do porta retratos: Mari, Lily e Ingrid abraçadas com seus uniformes de Hogwarts, elas não deviam ter mais que 14 anos, Ingrid fazia uma cara de quem queria rir, Lily estava vermelha e gargalhava enquanto Mari fazia uma careta adorável, seus cabelos curtos e suas bochechas.

-Oh pronto, ainda estou com seu cachecol, mas duvido que alguém vá notar- Ela disse voltando agora trocada, com uma calça preta, jaqueta e sua capa.

-Quando foi essa foto?

-Oh, primeiro de Setembro no quarto ano, eu pedi para fazermos uma careta e saiu isso.

-adorei a foto, você estava uma graça- Elogiei

-Obrigada, pronto, vamos...Você vai pela rede de Flu depois eu vou

-Acha que é uma boa ideia?

-Oras sim, qual a pior coisa que pode acontecer?

-Não estou preparado para encarar seu pai.

-Merlin Sirius, só não pensar que agora pouco você estava apalpando a filha dele.

-Não ajudou.

-Desculpe- Mari riu-  venha, você está decente?

-Infelizmente – Respondi, fomos para frente da larreira, beijei seus lábios suavemente

-Vejo você daqui a pouco- Ela se despediu, peguei um pouco de pó de flu e joguei no chão enquanto falava meu destino, pouco segundos depois eu já me encontrava no ministério, movimentado demais para uma sexta feira de manhã, todos que estavam lá pareciam agitados demais então rumei para as salas onde ocorriam os julgamentos, estreitei os olhos, vendo se pegava algum detalhe dessa movimentação, mas nada. Finalmente quando cheguei na porta do tribunal vi Pontas ainda com suas malas conversando com o Senhor MacLaine, respirei fundo antes de me aproximar.

-Desculpe a demora, vim o mais rápido que pude- Falei

-Obrigado por ter vindo Sirius, eu não chamaria se não fosse importante, houve uma prisão e foi determinado pelo ministro o julgamento imediato.

-Mas julgamento imediato quer dizer que se trata de uma prisão de alto risco.- Comentei

-Sim, por ismo mesmo que todo o departamento está cuidando disso, Alastor Moody está lá dentro

-O senhor sabe quem é?- Perguntei e antes que ele me respondesse seus olhos se focaram em algo por trás do meu ombro.

-Está acontecendo algo aqui?- Me virei para dar de cara com Mari, ela olhava como se não soubesse do que te tratava.

-Mari, o que você está fazendo aqui?- O pai dela perguntou

-Eu vim mais cedo para terminar um artigo, então vi uma movimentação e resolvi investigar, pelo jeito meus instintos estavam certos- Sua fala era tão convincente que eu mesmo estava quase caindo.

-Vai ocorrer um julgamento logo mais- Senhor MacLaine explicou

-Ohhh posso ver?- Mari tirou da bolsa uma pena- Juro que não aumentarei nada

-Ok, pode mas seja discreta Maricotinha- Ele falou e pela primeira vez ela ficou desconcertada

-Ai pai... Oh meninos vocês voltaram- Minha vontade era de rir com sua encenação- Foi tudo bem?

-Na medida do possível- Pontas falou- Nem deu tempo de ver a Lily.

-Calma rapaz apaixonado, vocês podem se ver depois do expediente- Mari falou enquanto entrávamos, a sala era redonda, com muitos lugares em volta do centro, sentamos logo na frente, Mari sentou entre mim e Pontas.

-Não está um tanto quente para cachecol, MacLaine?- Provoquei e ela me olhou calmamente

-Sou friotenta, Black- Ela apenas disse, nessa hora vimos o Ministro Fudge aparecer, ele sentou na bancada na nossa frente.

-Na noite anterior, Alastor Moody capturou um dos responsáveis pela série de mortes de trouxas pela Europa, que a acusada entre. –Nessa hora senti um arrepio percorrer a espinha, na verdade essa sensação de frio pareceu impreginar por completo em mim, até mesmo em meus pensamento, lembranças que nem e lembrava mais vieram um força enorme, quase todas elas rementes à minha família, me encolhi ao lembrar do tapa que minha mãe deu, quando eu tinha apenas 12 anos por ir para Grifinória, instivamente segurei a mão do meu lado, e Mari apertou com força, ela estava com os lábios pálidos, uma lágrima escorria pelo rosto. Vi que o motivo dessas reações eram Dementadores, haviam pelo menos dez, e quando eles se afastaram senti algo apertar meu estômago, a pessoa que eles haviam prendido era Bellatrix, minha prima estava algemada, mas seu olhar era arrogante, ela olhava a todos por cima. Eu não acreditava nisso... Matar? Bellatrix era capaz de matar pessoas? Senti um carinho nas costas da mão, e de certo modo era reconfortante  saber que Mari estava ali, ela não escrevia, mas seu caderno e a pena levitava do seu outro lado.

-Bellatrix Lestrange- Ah, então ela havia se casado mesmo- Você sabe o por quê de sua prisão?

Minha prima deu uma risadinha

-Porque eu fiz algo que todos pensam em fazer, mas não tem coragem- Ela respondeu causando um burburinho na sala.

-Então a senhorita admite ter participado da morte de trouxas.

-Apenas fiz o que é certo... Até quando vamos viver escondidos enquanto essa... Escória por aí achando que são melhores, superiores. Matei e mataria novamente!

Nessa hora a sala virou um caos, pessoas se levantaram, revoltadas, diziam disparates para Bellatrix que apenas ria. Encarei Mari sem reação e ela apenas moveu os lábios sem pronunciar nenhum som, mas entendi suas palavras “Estou Aqui”. Demorou, mas o ministro acalmou a todos, ele sentenciou minha prima a Azkaban, mas antes que os Dementadores voltassem ela focou os olhos em mim e riu histericamente.

-Regulus também está nessa priminho, enquanto você está aí lambendo chão de trouxas e traidores do sangue- Não conseguia tirar os olhos dela enquanto os guardas de Azkaban a levavam, meu irmão estava envolvido nisso, meu irmão mais novo, trinquei os dentes, meu estômago doía.

-Si- Mari me chamou suavemente, voltei a encará-la e vi seu olhar preocupado- Eu sinto muito.

Não falei nada, o que diabos eu falaria? Agora todos saíam da sala, mas eu continuava sentado.

-Almofadinhas- Pontas ficou do meu lado.

-Estou bem, só preciso me recuperar da surpresa.

-Pode ir pra casa Sirius- Senhor MacLaine disse compreensivo- Vai descansar.

-Não, se eu for vou ficar pensando nisso, preciso manter a cabeça ocupada- Falei me levantando.

-Você devia ouvir meu pai, Sirius- Mari falou.

-Não vou conseguir ficar em casa, prefiro trabalhar. Não vou surtar gente sério- Forcei um sorrisinho- Só vou tomar um ar- Sai da sala às pressas, não sei exatamente para onde apenas sai de lá zonzo, quando me dei por conta estava bem no centro do ministério com perto da fonte que representava união, com bruxas e criaturas mágicas unidas...

E eu vinha de uma família de assassinos de trouxas.

Eu ainda olhava para a fonte quando senti um abraço por trás, meu corpo reagiu na hora, o coração começou a bater mais forte.

-Vão nos ver, Mari- Alertei mas a verdade era que não queria que ela me soltasse, como resposta ela apertou o abraço.

-Dane-se você precisa do meu abraço- Sorri com sua resposta, mas me virei de frente pra ela, seus olhos estavam enormes.

-Eu vou ficar bem, prometo. Agora vai trabalhar que você conseguiu um furo

-Não sei se deveria publicar.

-Pode, é o seu trabalho- Beijei sua testa- Janta comigo no Caldeirão Furado?

-Ok, nos vemos mais tarde- Ela disse- Qualquer coisa manda uma carta.

-Sim senhora- Sorri e dessa vez era verdadeiro, o abraço de Mari me fizera sentir melhor.

-Toma, sempre carrego na minha bolsa- Ela entregou um sapo de chocolate, então ela se encaminhou para o profeta diário, a capa roxa esvoaçante, só fiz meu caminho para o departamento quando a vi sumir na multidão.

            O resto do dia passou como um borrão, trabalhei o máximo que pude, evitei pensar nas cenas de mais cedo e até que funcionou, eu ansiava para que meu expediente terminasse para poder buscar Mari. Na hora do almoço Pontas conversou comigo, mas não quis falar como me sentia para ele, nem eu sabia o que fazer diante de uma prima assassina e um irmão que ia pelo mesmo caminho. Quando deu seis horas me despedi de todos e rumei para o profeta diário, porém antes de chegar lá vi uma barraca vendendo ingressos para os jogos da Liga Europeia de Quadribol, me aproximei e fui atendido por um cara com o Uniforme dos Tornados.

-Quem vai jogar contra os Tornados?- Indaguei animado.

-Vai acontecer esse Domingo, é contra as Harpias de Holyhead- Ele respondeu e dei uma gargalhada com a coincidência.

-Dois ingressos então por favor, arquibancada superior- Pedi, será que isso seria um encontro? Eu levaria Mari como uma amiga? Uma namorada? Não fazia a mínima ideia, só queria ver sua reação com os ingressos. Aproveitei para comprar um cachecol do meu time também. Fui mais rápido em direção ao trabalho de Mari e vi que ela já estava saindo de lá, assim que ela me viu abriu um lindo sorriso, andamos na direção um do outro cada vez mais rápido, até que ela se jogou nos meus braços, a segurei o mais forte possível.

-Eu adoro te abraçar- Ela falou com a voz abafada

-E eu adoro quando você me abraça- Falei, completamente entregue a ela, nos separamos um pouco- Vamos? Tenho novidades.

-Oh, eu também.

            Parecia que todos haviam tido a mesma ideia de jantar no Caldeirão Furado, mas para nossa sorte conseguimos um lugarzinho no canto do pub, sentamos um do lado do outro, meu braço envolto de seus ombros. Enquanto nossa sopa não vinha, conversávamos sobre os acontecimentos da semana.

-Oh, sua mala ainda está no meu apartamento- Mari lembrou e abri um sorriso.

-Sim, eu poderia passar lá... E te fazer companhia.

-Parece bom...

-A noite toda.

-Vou pensar no seu caso- Mari disse mas sabia que ela não negaria que eu passasse a noite lá, na verdade não queria ficar sozinho hoje.

-Ah, você vai ter algo pra fazer Domingo?

-Nada que eu saiba, por que?

-Gostaria de ir comigo no jogo de quadribol, Tornados versus Harpias?- Informei, e na hora ela deu pulinhos mesmo sentada na cadeira, tamanha a animação.

-Ahh nós vamos ver as Harpias acabar com seu timezinho!

 -Hey!- Protestei mas rindo, meu humor havia melhorado visivelmente – Mais respeito

-OH será tão legal, obrigada Si!- Mari beijou meu rosto.

-Então te busco Domingo de manhã, vamos de moto.

-Mal posso esperar... Uau, essa semana está cheia de emoções- Ela anunciou quando Tom, o dono do pub trouxe nossos pratos.

-O que aconteceu?

-Meu chefe falou que... A Floreiros quer publicar um livro com meus contos!- Mari anunciou e escondeu o rosto com as mãos, eu a abracei

-Não acredito! É sério??

-Seríssimo, só que a na noite após o casamento de Lily e James

-Eu quero ser o primeiro a comprar, você assinaria ele?

-Assino, afinal você é minha maior inspiração- Ela revelou- Você também virou minha vida de cabeça para baixo, mas de um jeito bom.

-Você também faz isso comigo- Nos beijamos delicadamente.- O que mais aconteceu?

-Hum, certo... Eu encontrei Edward também, ele me chamou para almoçar, e fui.

-Ah- Apenas disse querendo esconder o ciúmes.- Esse cara não desiste.

-Falou que só sairia daqui quando me reconquistasse- Mari explicou terminando seu prato.

-E você?

-Falei que nossa história tinha acabado, não quero sair daqui, ficar longe dos meus amigos da minha família e muito menos ficar longe de você.

-De mim?- Me surpreendi.

-Lógico, sei que o que temos é recente mas... Quero continuar assim gosto como as coisas conosco são fáceis- Aquilo fez com que eu baixasse toda minha guarda.

-Chupa essa Edward- Falei e Mari riu

-Céus, é só isso que você tem a dizer?- Ela indagou deixando o dinheiro em cima da mesa enquanto nos encaminhávamos para fora do pub, estava um vento gelado.

-Não, escapou desculpe... Mas fico feliz que você tenha dito isso a ele. Aconteceu mais alguma coisa?- Mari demorou para responder, mas por fim suspirou.

-Não, não...Apenas isso.

-Certo, altas emoções. Mas se quer saber... Não posso negar que estou me sentindo um pouco- Admiti dando de ombros.

-Eu jamais enganaria você ou Edward. Quando gosto de uma pessoa é apenas dela, e calhou de ser você.

-Eu também gosto de você, e muito- A abracei por trás enquanto dava leves beijos no seu pescoço. –Mari?

-Sim?- Sua voz era baixa

-Faça amor comigo- Pedi e como resposta ela se virou para me beijar longamente.

            Aquele era o sim que eu precisava.


Notas Finais


ENTÃO? O que acharam? Já está tão na cara que eles estão apaixonados <3
porém... Mari não contou sobre a proposta de trabalhar no Brasil, será que vai dar ruim??

Próximo capitulo teremos quadribol, yay!


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