1. Spirit Fanfics >
  2. Your arms, my lost >
  3. O livro

História Your arms, my lost - O livro


Escrita por: avengertimelady

Notas do Autor


NOITEEE <3

Chegamos a um momento um tanto crucial desta fic! Algo virá a tona, mas só lendo para saber o que é!

nos vemos nas notas finais <3

Capítulo 22 - O livro


Fanfic / Fanfiction Your arms, my lost - O livro

Sirius:

 

            Sentei pesadamente na ponta da cama, completamente frustrado. Eu havia treinado por dias, na frente do espelho, imaginei mil cenários e houveram tantas oportunidades, a dança logo após o casamento, qualquer momento da festa, ou depois...Mas não fui adiando.

-Argh- Resmunguei deitando na cama, nessa hora ouvi batidas na porta- Entra.

-Bom dia Mari!- Ingrid exclamou abrindo a porta, mas parou na hora- Sirius? Esse não é o quarto da Mari?

-É sim- Respondi voltando a me sentar, ela olhou ao redor vendo lençóis caídos e as rosas e então arregalou os olhos

- Vocês dormiram juntos?!

-Faz tempo, Ingrid- Respondi, nessa hora Aluado apareceu com algumas malas.

-Nossa, até parece que rolou um pedido de casamento aqui- Ele brincou

-E ia- Mostrei a caixinha para eles, Ingrid escancarou a boca e olhava como se eu segurasse um explosivin. Aluado olhava para mim de um jeito esquisito.

-Sirius!- Ela exclamou

-Cara, como assim pedir a Mari em casamento?

-Só descobrimos sobre vocês ontem e você já quer pedir minha amiga em casamento?!

-E dai? Vocês não entendem... Quando eu fui buscar as alianças com Pontas eu estava olhando quando eu vi um par e a única coisa que vinha na minha cabeça era eu colocando esse anel no dedo dela.

-Vocês estão juntos há um mês!

-E tem um tempo para poder pedir alguém em casamento?- Eu estava começando a me irritar, mas Aluado deu um suspiro.

-Almofadinhas, o que Ingrid quer dizer é que... Não é cedo demais?

-Pra vocês pode parecer, mas não para mim. Eu gosto dela desde o sétimo ano, claro que na época parecia algo bobo , mas não consegui esquecê-la, eu fechava os olhos e a via sorrindo pra mim do outro lado da Sala Comunal. Deixei adormecido esse sentimento por todos esse tempo, então nos aproximamos e sinceramente acho que nunca me senti tão feliz assim. Ela é minha amiga, minha parceira, nunca havia me aberto com ninguém do jeito que fiz, e ela também... Cada coisa nova que eu descobria sobre ela me fazia me apaixonar ainda mais. É cedo? Pode ser, mas sei o que quero e eu quero me casar com ela.- Desabafei e meus amigos me olharam longamente.

-Você sabe que um relacionamento não é fácil- Ingrid começou- Ainda mais entre duas pessoas tão diferentes.

-Duas pessoas explosivas numa briga...

-Nunca brigamos- Deixei claro e eles se olharam- O que?! É assim que tem que ser, não é? Sem brigas.

-Não Sirius. Não é assim que funciona. Não dá pra brigar sempre, mas às vezes acaba acontecendo

-Vocês nunca se desentenderam? – Aluado quis saber e parei para pensar.

-Teve uma vez que ela ficou morrendo de ciúmes da Marlene

-E como vocês resolveram?- Ingrid quis saber a abri um sorriso.

-Nos resolvemos aqui- Dei um tapinha na cama- Umas três vezes.

-Ew, ew não quero imaginar. Você corrompeu minha melhor amiga- Ingrid ralhou- Mas o que estamos querendo dizer é que um relacionamento, um casamento é de enorme responsabilidade... Estou feliz por vocês de verdade, mas pense como foi rápido. Você nunca esteve num relacionamento e a Mari, bom...

-O que tem ela?

-Ela se fechou por três anos de qualquer interação amorosa- Ingrid falou- Isso pode assustá-la.

            Aquela conversa parecia uma espécie de balde de água fria para mim, eu estava tão certo, a ideia de um casamento antes era quase uma piada para mim, mas agora... Eu queria viver meus dias com Mari.

-Dá pra ver o quanto você gosta da minha amiga- Ingrid voltou a dizer como se tivesse notado meu desânimo- Mas aproveite esse começo de namoro de vocês, se conheçam mais, o gênio dela não é fácil.

-Nem  o seu.- Aluado acrescentou

-Mas a gente se entende, é tão fácil- Argumentei- Vocês, por exemplo! Parece ser tão fácil

-Não é- Remo falou- Você lembra como foi difícil eu aceitar o fato que Ingrid não ligava que eu fosse um lobisomem

-E como Remo consegue ser incrivelmente teimoso nisso- Ela acrescentou- A gente ainda briga por isso, mas no final não importa porque a gente se ama.

-Muito-Aluado confirmou e então a beijou.

-Entendi, esperar- Resmunguei.

-Você é impulsivo cara, só aproveite esse namoro então quando chegar a hora vocês casam.

-Tudo bem, é o que farei- Menti- Valeu pelos conselhos gentes.

-Que graça, Almofadinhas tá crescendo- Zombou Aluado apertando minha bochecha.

-Idiota. Vou arrumar minhas malas

-Nos vamos na Floreiros mais tarde?

-Claro, até lá- Me despedi dos meus amigos, quando eles saíram do quarto abri a caixinha, o anel com uma pedra brilhava.

 Meu pedido não passaria de hoje.

 

Mari:

 

O dia passara incrivelmente rápido, assim que cheguei no Profeta Diário tive que acompanhar os livros até a Floreios e lá fiquei por um bom tempo, eu poderia opinar sobre a decoração, disposição dos livros e recebi instruções do que aconteceria essa noite, a ansiedade tomava conta de mim, só esperava que eu não tivesse nenhum ataque até lá. Quando me liberaram já no fim da tarde fui para meu apartamento tomar um bom banho e me arrumar.

-Ziggy! Que saudade- Fiz carinho na minha coruja, ela deu uma bicadinha carinhosa no meu dedo.- Mamãe vai tomar um banho e daqui a pouco vai ter que sair.

A água morna em contato com a minha pele fazia um bem danado, fechei os olhos aproveitando aquela sensação, claro que se eu estivesse acompanhada me sentiria bem melhor, mas havia combinado com Sirius de nos vermos apenas na hora do lançamento, e por mais que eu ansiasse por sua presença um tempinho comigo mesma era bom.

Saí do banho e ao olhar meu guarda roupa e optei por um vestido roxo de mangas longas de veludo, eu havia comprado ele com meu primeiro salário, e tinha o sonho de usar em algum evento importante, esse dia finalmente havia chegado.  Já no rosto preferi não usar muita maquiagem, apenas um batom vermelho. Optei pelos meus cabelos soltos e me olhei no espelho: me sentia tão feliz, tão completa que tinha medo que algo desse errado.

-Nada vai dar errado- Me assegurei. Saí do quarto e peguei minha bolsa. Acariciei  a cabeça da minha coruja  e aparatei, ao abrir os olhos eu estava na calçada da casa dos meus pais, eles haviam pedido para que eu passasse lá, porém estava tudo escuro lá dentro, bati na porta umas três vezes mas nada.

-Mari?- Virei para trás e vi Edward se aproximando, ele carregava um buquê de lindas flores, eu não sabia quais eram, mas eram pequenas e rosas.

-Oh Edward-  O encarei surpresa.

-Seus pais saíram há pouco tempo, eles me falaram sobre seu livro então...- Ele estendeu as flores para mim- Parabéns.

-Muito obrigada, são lindas

-Flor de cerejeira. São orientais e uma vez eu fui no Japão bem na época que elas floresciam, por algum motivos elas me lembraram você. Lindas, de hipnotizar.

-Uau- Segurei elas com delicadeza, o aroma era tão bom

-Escuta Mari, eu decidi ficar aqui na Inglaterra- Edward começou- Então queria lhe pedir algo.

-O que?

-Sua amizade- Ele disse me encarando com seus olhos verdes- Ouvi seus pais comentarem outro dia como você estava feliz com seu namorado, não tenho o direito de te atrapalhar, mas gostaria que pelo menos voltássemos a sermos amigos,  sei que dizem que ex namorados não costumam a serem amigos mas podemos tentar o que acha?

-Me parece uma boa ideia- Falei sinceramente.- Um abraço?

-Claro – Nos abraçamos fortemente, esse era o ponto final que eu queria para nós, uma amizade , como nos velhos tempos. Ficamos Lá um bom tempo até que nos separamos- Bom, não posso atrapalhar a estrela da noite, não é? Vai lá

-E se... Você vier também? Acho que seria interessante.

-Tem certeza?

-Somos amigos, não somos?

-Somos mas...

-Então vem, vou aparatar.

-Você conseguiu passar no teste?

-É o que você verá agora- Sorri e Edward deu uma risada.

-Olha lá, Mari- Ele segurou meu braço. Para minha sorte o Beco Diagonal não era tão longe assim da casa dos meus pais, então ao abrir os olhos estávamos já num dos lugares mais agitados para bruxos. Na hora os olhos de Edward brilharam vendo a ruela cheia de corujas, vassouras e caldeirões .

-Eu estava com saudades daqui. Olha eu lembro do banco! Tem dragões lá mesmo?!

-Nunca vi, mas dizem que nas família mais ricas sim. Vamos?

Até que foi divertido andar com Edward pelo beco, sem aquela tensão de ex namorados, ele parecia uma criança, apontando para tudo enquanto eu apenas ria de sua expressão. Quando chegamos na floreiros vi que ela estava cheia.

-Oh Merlin- Suspirei e senti um apertão de leve no braço.

-Hey, vai ficar tudo bem. Vai lá e brilhe- Edward falou- Vou entrar depois.

-Ok, nos vemos mais tarde- Meu coração batia tão forte, minhas pernas estavam fraquejando, mas ainda sim entrei na livraria, na hora um abraço me sufocou.

-Finalmente!- Era Ingrid, ela parecia radiante

-Oh Grid, você já chegou?

-Sim, eu Remo, a tia e o tio.

-E Sirius?

-Não o vi ainda, achei que ele viria com você- Ela explicou e seus olhos castanhos pararam nas flores- Ele que te deu?

-Não. Edward, ele veio- Respondi e seu olhar foi de reprovação- O que? Ele disse que queria que fôssemos amigos.

-E você está bem com isso?

-Claro, é bom que nós dois tenhamos nos entendido- Falei mas ela não parecia convencida- O que?

-Sirius sabe disso?

-Oxe, como assim?

-Ele não é ciumento?

-Não sei, acredito que não. Nem precisa ser- Desconversei, não fazia a mínima se meu namorado era ciumento.

-Oh, Senhorita MacLaine! –Senhor Collins veio na minha direção, venha está na hora de abrir as caixas e autografar

-Mas... Meu namorado...- Eu ia falando mas eu fui puxada para a mesa no fundo da loja.

-Senhoras e senhores- Meu chefe começou- Muito obrigada por virem, sei que estão ansiosos por esse momento, então sem mais delongas essa jovem autora e incrível jornalista, Mariana MacLaine- Meu rosto estava em chamas, mas mesmo assim enfrentei a plateia.

-Oi gente, então nem acredito que isso está acontecendo, na verdade eu nunca me vi escrevendo histórias...- Nessa hora vi meu lindo namorado entrar na livraria com um girassol na mão, sorrimos um para o outro no meio daquele tanto de gente- Até que veio inspiração, às vezes ela pode ser um lugar, ou uma pessoa ou um conjunto de fatores, mas acabou que todas essas histórias tem um pedacinho de mim ou das pessoas que convivem comigo. Espero que vocês leiam, se emocionem, riam e vejam como foi escrito com carinho- Terminei e todos me aplaudiram, agradeci e então sentei na cadeira para começar a assinar os livros: Ele era de capa dura, verde com o título em dourados “Contos de uma jornalista”. Eu tinha um livro escrito por mim em mãos, minha nossa. Olhei para cima para ver quem eu assinaria primeiro o livro e vi minha mãe sorrindo abertamente com meu pai do lado.

-Que orgulho da nossa corujinha- Minha mãe disse

-Oh, claro que vocês tinham que ser os primeiros- Peguei o livro e assinei para os dois- Obrigada por tudo.

-Você é uma filha preciosa Mari- Meu pai falou e então entregou outro livro- Assine pro seu irmão, ele quer ler.

-Claro!- Deixei um recadinho para meu irmão mais novo- Até mais gente.

-Beijos querida.

            E assim seguiu minha noite, vi conhecidos, alguns admiradores que eu nem sabia que tinha, e já estava com a mão esquerda dolorida quando um rapaz apareceu na minha frente.

-Sou um grande fã- Sirius falou sorrindo.

-Oh espere, seu livro é outro- Falei me abaixando e então mostrei- Tem uma história aqui que é só pra você ler.

-Opa, é erótica?- Ele perguntou.

-Claro que não- Rolei os olhos e então comecei a escrever sua dedicatória:

Obrigada por ser meu melhor amigo, namorado e inspiração.

Da sua,

Mari

 

-Aqui está- Então beijei a primeira página

-Posso receber um beijo assim?

-Até dois- Me levantei para beijar seus lábios.

            Já passava das nove da noite quando finalmente eu finalmente havia assinado o último livro. Me despedi dos funcionários do Profeta, amanhã eu teria que cobrir uma matéria na Escócia mas para minha felicidade seria com o departamento de Ingrid, então eu estava animada. Fui para fora da livraria e vi que meus pais estavam lá, com Ingrid, Remo, Sirius e Edward. Esses dois últimos pareciam estar numa conversa acalorada.

-Tá tudo bem aqui?- Indaguei, Sirius na hora colocou o braço nos meus ombros.

-Tudo amor, só estava curioso em saber porque seu ex namorado está aqui.

-Edward foi gentil em me parabenizar pelo livro, achei que seria legal ele vir.- Expliquei

-Ahhh então você chamou ele, que legal!- Sim, Sirius era ciumento.

-Não se preocupe Sirius, já estou indo- Edward falou

-Oh, quer que eu?

-Não se preocupe querida, eu e seu pai aparatamos com Edward- Minha mãe como sempre salvando a situação- Boa noite queridos, quero fazer um almoço no fim de semana pra comemorar.

-Já estamos dentro senhora MacLaine- Remo falou querendo amenizar a situação, meus pais se despediram de mim então aparataram com Edward.

-Bom, vamos indo não é, Remo?- Ingrid disse

-Sim, estou morrendo de cansaço. Boa noite casal, juízo

-Sem atrasos amanhã, MacLaine- Ingrid alertou e então eles aparataram. Virei-me para Sirius que estava com um bico enorme.

-Vamos para o meu apartamento?

-Você quer que eu vá?

-Lógico- Entrelacei meus braços em seu pescoço, beijei seus lábios- E nossa comemoração particular?- Ele deu um suspiro derrotado.

-Você acaba com meu alto controle- Sirius disse e então aparatou comigo na sala do meu apartamento. Ele estava iluminado e soltei um gritinho quando o vi lotado de flores, de vários tipos : Girassóis eram que predominavam, mas haviam rosas, flores do campo entre outras.

-Ai Sirius você não tem jeito- Falei abraçando-o fortemente.

-Não sei se chega aos pés que essas flores que seu ex te deu mas né...-Ele resmungou.

-Ciúmes?

-Ele foi seu primeiro namorado, você não ficou com ninguém por três anos por causa dele.

-Mas quem foi que mudou isso?- Perguntei e ele não respondeu. O empurrei para  sofá e sentei em seu colo, eu o encarava com intensidade- Hein? Quem foi que mudou isso?- Mordisquei seu  pescoço- Quem foi que me fez descobrir o que era amor- Passei as mãos por dentro da sua camisa- Desejo- Passei a língua no seu lábio inferior e senti seu corpo tremer, estava quase funcionando. – Quem é que me faz esquecer de tudo nesse mundo  quando estamos juntos?- Rebolei em seu colo, Sirius jogou a cabeça para trás e resmungou algo que não entendi, quando ele voltou a me encarar senti meu corpo se arrepiar: Era um olhar tão feroz e sexy. Sua mãos entrelaçou nos meus cabelos enquanto a outra desceu para minha bunda, me apertando contra seu corpo.

-Eu – Ele respondeu com a voz rouca- E espero que não só aquele seu ex como todos saibam disso, em cada beijo, carinho e marcas que eu deixar  pelo seu corpo.

-Tá esperando o que?- Provoquei e ele riu.

-Logo, antes quero ler o final do seu conto e preciso fazer algo- Ele disse e começou a ficar ansioso. Cerrei os olhos.

-Ok, vamos para o quarto então- Sai do seu colo desconfiada, Sirius jamais negaria um bom amasso, para ler um livro então...Mas fomos para o outro cômodo.

-Vou colocar um pijama e tirar a maquiagem- Falei pegando algumas roupas e me encaminhei para o banheiro, eu colocaria meu pijama curto, sabia que ele não resistiria. Tirei minha maquiagem e ajeitei meu cabelo, quando voltei Sirius já estava devidamente trocado, o que para ele era apenas estar de cueca na minha cama, ele lia meu livro, mas estava com a testa franzida.

-Então? O que acha?- Indaguei enquanto ia na sua direção, ele me encarou...Magoado?

-Eles não ficam juntos- Foi o que ele apenas disse.

-Não, claro que não.

-Achei que essa história era parecida conosco, que você tinha se inspirado em nós.

-Você está magoado, Sirius?

-Só queria entender se você é como a Amelia- Ele disse- Você passaria por cima dos seus sentimentos pela carreira.

-Merlin Sirius, não. Nós não somos como eles- O encarei.

-Você foi na Nirvana porque queria uma história para ajudar na sua carreira, e conseguiu Mari, e agora?

-Agora? Eu... Podia ser assim antes, mas hoje você é tão importante pra mim, eu te amo- Falei, não acreditava nessa insegurança de Sirius. Ele não me encarava então peguei seu rosto com as minhas mãos- Escuta: as melhores histórias de amor não são escritas. Eu que isso que temos fique aqui, ela é tão linda tão intensa que não dá para colocar no papel. Você não precisa ter dúvidas.

-Eu sei que você gosta de mim...

-Não. Eu te amo, muito- Corrigi- E não somos como Amelia e Edward. Somos Mari e Sirius. Somos reais.

Meu namorado me olhou longamente e suspirou.

-Vamos dormir- Ele disse colocando o livro no criado mudo.

-Si...

-Está tudo bem, Mari. Só estou cansado- Me deitei ao seu lado e apaguei as velas do quarto. Abracei suas costas e dei um beijinho.

-Boa noite, eu te amo- Falei.

-Eu também te amo- Ele disse baixinho.

 

            Na manhã seguinte:

 

Há tempos que eu não tinha uma noite com tantos sonhos, alguns deles era perturbadores outros muito confusos, mas todos eles acabavam com Sirius terminando nosso namoro. Acabei acordando assustada,  o procurei pelo apartamento mas não o vi, na cozinha havia um café da manhã posto com um pergaminho em cima da mesa.

 

            Me desculpa por ontem, era sua noite e agi como um babaca, mas é que até agora não acredito que uma garota tão maravilhosa como você é minha namorada.

            Prometo me redimir mais tarde: Eu, você uma banheira e velas, o que acha?

Tive que ir mais cedo pro ministério, mas te busco depois do trabalho.

Te amo tanto

Do seu

Sirius

 

Sorri aliviada, por um momento pensei que teríamos uma séria briga, mas éramos tão incríveis que conseguíamos resolver logo.

-Também te amo meu cachorro- Sorri. Nessa hora ouvi batidas insistentes na porta. –Minha nossa desse jeito vai acordar Londres toda- Ao abrir a porta vi que era Ingrid toda esbaforida.- Que foi Ingrid, ainda não tá na hora.

-O que raios é isso, Mariana?!- Ela sacudia uma revista, eu a olhei sem entender nada- Essa sua entrevista no semanário das bruxas?!

-Oh já saiu? Que coisa- Falei pegando a revista, mas assim que li o título meu estômago revirou:

 

A dama e o Vagabundo:

 

            Toda semana leitores de várias comunidades bruxas esperam pela sua edição do Profeta Diário para lerem o próximo capítulo da tórrida história de amor entre a auror Amelia e o Bruxo das trevas Edward. E foi com esse sucesso que a jovem jornalista Mariana MacLaine chegou ao topo de sua popularidade.

            À primeira vista, essa jovem de vinte anos parece apenas uma doce e inocente jornalista em começo de carreira, mas a medida que essa entrevista decorria podíamos ver a ambiciosa e sedenta pelo sucesso que MacLaine é.  

MacLaine admitiu que nunca se via como escritora de contos, que seu objetivo eram as reportagens fora do país, então para atingir isso resolveu escrever um conto que desse repercussão, colegas de trabalho contam que ela não mede esforços para chegar aonde quer.

E isso incluiu uma pesquisa profunda no tema de seu último e mais popular conto. Fontes viram Mariana MacLaine entrar num estabelecimento conhecido como Nirvana, local em que quem entra está a procura de prazer, e foi ali que ela encontrou sua inspiração: O jovem auror Sirius Black.

Ao questionada sobre Black, Mariana deu uma risada de desdém.

“Eu não chamaria de namoro, e sim uma pesquisa de campo”

            Segundo colegas próximos Black e MacLaine não se davam bem nos tempos de Hogwarts, mesmo sendo da mesma casa e do mesmo ano, ao que parece eles mal se falavam.

Mas o que mudou então?

Apesar da foto com esse caloroso beijo, tudo não passa de uma oportunidade para MacLaine viver algo parecido com que sua personagem vive, ou será que ela se vê como Edward o bruxo que seduz a auror?

Falando em Edward, o nome do protagonista não foi escolhido por acaso, esse é o nome do ex namorado e até então único amor desta jovem escritora.

Após um traumático término com o jovem trouxa MacLaine se fechou de tudo e de todos, adquirindo a personalidade fria e ambiciosa que é atualmente conhecida. Porém quem sabe esses dois terão uma segunda chance, já que no dia do lançamento de seu livro, os dois foram flagrados em um momento de carinho, e até foram juntos para a floreiros e borrões.

            Quanto ao jovem auror Sirius Black? Talvez sua história tenha acabado, assim como no conto desta jovem, mas nada ingênua jornalista.

 

Olhava enojada para as páginas da revista, aquilo era uma avalanche de mentiras, parecia que eu era uma... Oportunista sem coração.

-Ingrid eu...

-Sei que não é verdade- Ela apenas disse, mas estava com uma expressão de preocupação. – Mas você precisa falar com alguém antes que leia isso.

-Minha nossa- Meu estômago despencou- Sirius. 


Notas Finais


Sim Rita Skeeter voltou e foi pra zoa o barraco de vez.
Será que ela vai conseguir?

beijos, e muito obrigada por lerem! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...