História Your Dreams - Capítulo 04

Mattew Connor

Paro em um calmo posto de gasolina, preciso comer alguma coisa, deixo o carro ligado mesmo, vou até a conveniência e compro salgados e refrigerante, pago ao velho senhor do caixa que me agradece com um sorriso que eu creio que ja se tornou automático , tateio meus bolsos em busca das minhas chaves, quando olho para cima percebo uma aglomeração de pessoas no local onde estacionei meu carro, mais cade meu carro? Corro para fora da loja com o nervosismo já me atingindo.
                                                        
"Cade o carro que estava aqui?"pergunto a um senhor que parece assustado com a minha aproximação.
                                                             
"Ah moço, uns rapazes levou, isso é comum aqui nessa região, eles esperam o dono entrar na loja e levam o carro"

Eu não acredito que isso está acontecendo, pergunto ao senhor aonde posso encontrar uma delegacia e para a minha tristeza a mais próxima e duas horas daqui, para a minha sorte minha carteira contém algumas notas de dinheiro, vou para a beira da estrada atrás de alguma carona. Os salgados e os refrigerante ja foram há muito tempo, meus pés doem e estou começando a me irritar, sinto um carro parando em meu lado e dou graças a Deus por isso.

"Vai para onde gracinha?" Levanto uma sobrancelha, e encaro o homem com um sorriso em minha direção, realmente hoje não é meu dia de sorte.

"Eu preciso ir até a delegacia, roubaram meu carro" encosto na janela do carro, não acredito que estou fazendo isso!

"Entra ai" ele abre a porta e sento no banco do passageiro, tento manter minhas pernas em uma direção afastada de suas mãos, no caminho descobri que seu nome é Miguel, que ele é solteiro e adora homens loiros. Tento ser educado na maior parte do tempo, assim que chegamos na delegacia o número do seu telefone vem parar no bolso da minha camiseta, agradeço pela carona e sigo em direção a recepção da delegacia, faço  um B.O e me liberam, fico irritado por não terem mais informações.

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Minha cabeça está para explodir, preciso urgentemente tomar um banho e dormir, infelizmente minha mochila estava no carro e estou sem roupas para vestir, paro em um pequeno motel no beira da estrada, o pouco do dinheiro que restou, da para passar uma noite aqui. O recepcionista me da as chaves do humilde quarto, enquanto me encaminho para o mesmo, os acontecimentos de hoje vem em minha cabeça e sinto uma grande necessidade de rir, meu pai adoraria me ver assim. Entro no quarto e para a minha alegria, tem uma roupa em cima da cama, acho que o motel disponibiliza para os casais que vem aqui, deixo a carteira em cima da mesa e tiro minha roupa no caminho do quarto para o banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água esquentar un pouco. Assim que entro na mesma, sinto meus músculos relaxarem, como é bom. Tento colocar meus pensamentos em ordem, amanhã acordarei cedo, pegarei um táxi e vou até o encontro de George, um agradável senhor que está vendendo um restaurante que me interessa muito. Percebo que meus dedos estão ficando engilhados pela água, desligo o chuveiro e me cubro somente com uma toalha no meu quadril, ligo o ar condicionado e como alguns quitutes que estão disponíveis na geladeira. O sono começa a cair sobre me, ligo a Tv e coloco em um canal qualquer, deito-me na cama e rapidamente caio no sono.

Acordo com um barulho, quando me dou conta  são gemidos do quarto ao lado, reviro os olhos e levanto, olho pela janela e percebo que o dia já está quase amanhecendo, está na hora de ir, vou ao banheiro e escovo os dentes com uma escova que estava disponivel ali, visto a mesma calça de ontem e  pego a blusa que estava em cima da cama, que pela minha sorte deu em mim. Pego minha carteira e acerto-me com o recepcionista, que por gentilmente me diz aonde posso pegar um táxi até Atlanta.  Meu humor melhorou um pouco, deve ser a ansiedade de começar a por em prática meu grande sonho, logo um táxi está livre e aceita me levar até o meu destino, no caminho até lá percebo que isso realmente é uma loucura, perdi meu carro e um futuro garantido. Mas não poderia deixar meu sonho de lado afinal a vida é somente uma, quantas vezes na empresa vi gente infeliz, e eu não me sujeitaria a isso, nunca! Quando eu soube pelo um anúncio de um jornal que Paradise estava a venda, logo a chama que a muito tempo estava guardada em meu peito se ascendeu como uma grande fogueira, liguei imediatamente para George e para a minha alegria ninguém ainda deu uma proposta, mas eu farei de tudo para ser o novo dono. O motorista me avisa que estamos chegando, fico feliz pela informação e sinto que hoje nada pode da errado.

O clima da cidade está bastante frio, pago e agradeço ao motorista que me deixa na esquina do quarteirão do restaurante, desço do carro sentindo uma crescente ansiedade surgir em meu peito. Quando estou prestes a entrar no restaurante, um pequeno corpo esbarra em mim.

"Olha por onde anda o idiota" sua voz sai baixa e seu rosto cora em seguida.

" Eu que sou idiota? Você pareceu um vendaval saindo do restaurante e eu que sou o idiota?" Solto uma risada irônica e ela se afasta para olhar em meus olhos, Deus ela é linda!

"Voce devia olhar por onde anda,simples assim" percebo que ela olha para a sua blusa que está toda suja de café.

"Se for pela blusa eu posso pagar outra, talvez até melhor" começo a me irritar pelo tom da sua voz, ora eu não fiz de propósito.

"Não preciso do seu dinheiro e não aceitaria, não lhe conheço" seu olhar segue para alguma coisa atrás de me, ela se desvia e quando percebo já estou segurando seu braço.

"Eu faço questão de comprar outra blusa para você" seu olhar queima em meu rosto, sem responder nada ela se solta de meu toque e corre em direção a um ônibus, fico ali parado tentando entender o que aconteceu, assim que o ônibus passa por mim, ela faz uma cara feia em minha direção, mas não entendo o porque. Percebo que estou encarando a rua vazia e que já está na hora de entrar. Assim que entro no aconchegante restaurante, George me recebe com um caloroso sorriso.

" Seja bem vindo meu jovem" apertamos as mãos e sentamos em uma das cadeiras, conversamos sobre toda a burocracia do restaurante e a ansiedade começa a voltar novamente. Antes de fechar negócio, o simpático homem me informa que uma jovem que trabalha aqui há muitos anos terá que continuar aqui, essa é a sua única exigência e com isso fechamos negocio,  agora Paradise será minha!

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