1. Spirit Fanfics >
  2. Your smile >
  3. III

História Your smile - III


Escrita por: Jupcake

Notas do Autor


Espero que não me matem ;-;
Aviso rápido lá nas notas finais
>W<

Capítulo 3 - III


Fanfic / Fanfiction Your smile - III

Narrado por: Amane Misa
     Fiquei o resto da tarde conversando com Nathaniel. Ficamos relembrando nossa infância. Foi um ótimo dia. Volto sorrindo para casa.
        - Mãe! Cheguei! - cantarolo. Não obtenho resposta - Mãe?! - berro.
        - Já falei pra você que eu que mando aqui! - alguém berra lá da cozinha.
     Minha mãe, com um olho roxo e cortada na boca, chorava, encolhida em um canto. Emtrei na cozinha e vi meu pai com uma faca na mão.
         - Mãe! - olho para ela, lágrimas escorrem pelo meu rosto.
         - Chegou a vadiazinha. Que amor, ela quer proteger a mamãe. - meu pai fala, soltando a faca suja de sangue.
         - O que você fez com ela? Seu... - parto pra cima dele.
    Ele percebe minha intenção e sorri, me acertando com um lindo tapa no rosto. Sinto como se tivvessem acendido um isqueiro dentro de minha pele. Uma lágrima escorre pelo rosto de minha mãe, seus olhos se encontraram com o meu quando caí no chão. O brilho de seus olhos apaga e sua cabeça inclina para o lado. Morta.
        - Menos uma vadia. - ele ri e me levanta pelos cabelos. - Vamos nos divertir um pouquinho. - ele vai me empurrando para o porão.
     O lugar era mal iluminado e fedorento. Ouvi rangidos de ratos. Meu pai me empurrou escada a baixo.
           - Aquele tapa não foi nada perto do que irei fazer agora. - ele ri. Sua risada ecoa pelo porão, fazendo-me arrepiar.
      Ele me joga em um canto. Me da outro tapa na cara e um chute na barriga, me fazendo vomitar todo o sorvete de morango que dividi com Nathaniel.
      Nath... Espero que esteja bem. Não suportaria saber que ele sofre do mesmo jeito que eu.
      Ouço um chicote estalar no ar.
            - Pai! Não, por favor! - ele dá a primeora chicotada, acertando meu tornozelo. Grito muito alto e recebo outra, no pé, por ter feito isso. - O que... eu te fiz? - pergunto, ofegante, me segurando para não berrar. Fui tocar meu tornozelo e recebo uma chicotada na mão.
           - Não sou seu pai. - ele responde me dando mais uma chicotada, agora na coxa.
       Ao todo foram 10 chicotadas. Aguentei consciente até a quinta. Sei que foram dez, pois escutava ele contar. Acordei toda molhada e com a roupa rasgada. Um pequeno rato correu para algum canto. O silêncio era quase total, tirando os roedores e grilos barulhentos. Passei a mão pelo meu rosto. Suor se misturava com sangue. Não consegui me mexer muito, mas cosegui achar uma parte limpa de minha camiseta. Arranquei com os dentes, sentia dores dos meus seios para baixo.
        Me encostei na parede atrás de mim, ela estava úmida. Olhei minha mão machucada e quase vomitei ao ver. Estava horrível, o machucado estava quase sendo engolido pela minha pela inchada. Encostei o tecido no corte, mas afastei rapidamente, pois a dor era enorme.
              - Misa. Você precisa limpar isso. - Falei para mim mesma e coloquei o pedaço de camiseta no machucado.
         Depois de um tempo, o machucado já estava mais limpo. Haviam ainda 9 para limpar. Arraquei a parte de cima de meu ombro. Arrumei toda essa força, pois estava com raiva, meu próprio PAI me torturou com um chicote! Pensei em gritar por socorro, mas ninguém poderia ajudar, muito menos minha mãe. Uma lágrima escorreu, trazendo outra e mais outra. Comecei a limpar os machucados das pernas. Cada vez ardia mais, eu tinha que parar e respirar fundo. Meu macacão já não estava mais preso, o que facilitou a retirada de minha camiseta. Virei-a do avesso e rasguei uma tira longa, enrolei a mesma em minha mão machucada. Fui limpando o que sobrou de machucados. Acredito que meu instinto foi ficar de barriga para cima, pois não há nada em minhas costas. Pego o lampião que está a minha esquerda. Tento me levantar, mas a dor me faz voltar a sentar. Fui me arrastando até a pequena mesa, me apoiei na mesma e levantei, carregando o lampião na minha frente. Vejo o chicote jogado aos meus pés e meu corpo arrepia. Minha barriga ronca de fome.
             - Não deve ter nada para comer aqui, aquiete-se! - sussurro para minha barriga.
      Encontro um relógio em cima da mesa. São três horas da manhã. Tento achar algo para fazer de bengala, para me ajudar a caminhar. Encontro um taco de golfe antigo. Me firmo nele e vejo que esta seguro. Troco o lampião para a mão machucada, segurando na pontas dos dedos.
       Vasculho o lugar a procura de um pano, para servir de camiseta. Encontro um todo mofado, mas serve. Enrolo em volta de meu tronco e prendo no sutiã vermelho que estou usando, puxo as alças do macacão e as prendo no lugar. Me apoio no taco e vou caminhando até a escada, ela parece tão grande quando você está toda dolorida. Vou subindo degrau por degrau, isso deve ter demorado alguns minutos. Parei diante da porta. Encosto meus dedos na maçaneta, não sei se meus dedos estão frios ou a superfície metálica está mais. Giro. Óbvio que a porta está trancada. Será que consigo destrancar um uma presilha de cabelo (tic-tac)?
        Tiro a presilha que segurava cabelinhos rebeldes que estavam crescendo. Coloquei na fechadura e tentei. Nada aconteceu. Girei para um lado,  para o outro, mas nada acontece. Tento mexer para a esquerda, mas dessa vez com a presilha mais levantada. Deu certo!
        A porta se abre e eu coloco o taco em posição de defesa. Saio caminhando devagar. Paro de respirar para poder ouvir alguém, mas nada ouço, além do barulho lá de baixo. Penso em subir e pegar uma camiseta, mas ele pode me ver a qualquer momento.
      Vou até a porta da frente, soltando o lampião com cuidado no chão. Vejo o casaco de minha mãe pendurado na maçaneta. Pego ele e abro a porta, saindo correndo o mais rápido que consigo.
      Depois de "correr" duas quadras, vejo que não tem ninguém atrás de mim. Penso em algum lugar para ir, um vento muito gelado vem e me faz tremer. Coloco o casaco de minha mãe, ainda há o cheiro dela, sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto. O primeiro lugar que me veio a cabeça foi meu primo, ele mora perto daqui. Vou caminhando rapidamente até lá.
                              ☆
Narrado por: primo Misa.
      Escuto algo batendo na janela de meu quarto. Ligo o abajur e tento espiar pela cortina. Quando percebo quem é, abro-a imediatamente.
           - Misa? - arqueio as sobrancelhas - O que faz aqui? - faço um gesto para ela entrar. Vejo que está descalça e toda suja.
          - Oi Lys... Desculpe te incomodar, mas eu preciso de alguém... - ela me olha chorando e me abraça.
          - Quer me contar o que aconteceu? - perguntei fazendo carinho em sua cabeça. Ela funga alto.
          - Preciso de roupas quentes. -ela diz, enxugando o rosto e se afastando de meu peito. Vejo que um tecido está enrolado em sua mão esquerda.
        Pego um moletom antigo e uma calça moletom e entrego para ela, guiando-a delicadamente até o banheiro. Vou até a cozinha e preparo um chá de camomila, tentando fazer o mínimo barulho possível para não acordar ninguém da casa. Volto para meu quarto e vejo ela sentada no puf azul que estava no canto. Fecho a porta atrás de mim e sento na cama virado para ela.
          - Fiz um chá para você. - entrego a xícara e ela sussurra um agradecimento - Se não quiser me contar o que aconteceu eu entenderei, você não está nada bem.
           - Eu não sei como contar... - ela bebe o chá - Meu pai me torturou. - ela olha para minha cara impressionada e ri tristemente - Pois é. Matou minha mãe e me chicoteou. - ela desamarra o pano da mão, revelando um corte feio.
      Ela me conta tudo que aconteceu e eu choro junto com ela. Dez chicotadas? Precisava disso? Pego soro fisiológico, gaze e esparadrapo. Limpo os machucados dela e coloco curativos. Ela deita na minha cama.
              - O que eu fiz para merecer isso, Lysandre? - ela pergunta. Deito na cama junto com ela e a abraço, tentando dizer que está segura agora. Ela adormece em pouco tempo.
              - Nunca mais deixarei ele encostar em você... Eu prometo. - sussurro baixinho para não acordar ela e nos cubro com a coberta.
                                       ☆
Narrado por: Amane Misa
      O Lysandre não poderia ser mais fofo comigo, fiquei muito feliz só por ter alguém do meu lado. Acordei primeiro que ele e fiquei vendo o vitoriano dormir como um anjo. Seu cabelo estava desarrumado, o corpo um pouco torto, a boca entreaberta, as mãos juntas pousadas delicadamente perto de seu rosto. Suspirei alto, fazendo-o acordar assustado.
           - Está tudo bem? - perguntou, tentando acostumar os olhos à luz do sol. Assenti e sorri sem mostrar os dentes - Você toma café preto ou quer alguma outra coisa? - levantou-se e se dirigindo ao banheiro.
            - Café está bom. Cadê sua mãe?
            - Ela me avisou que... da sua mãe. - eu tinha esquecido por um breve momento - o velório será depois de amanhã. - respondeu, fechando a porta do banheiro.
       Respirei fundo, tentando não chorar. Me levantei e olhei no grande espelho que havia atrás da porta. Levantei as calças e olhei as feridas, ainda estavam feias. Abri a porta do quarto e desci até a cozinha, pois estava com sede. Fiquei procurando o armário dos copos até ouvir um barulho, viro para trás e vejo ela.
          - Soube o que aconteceu com sua mãe... sinto muito. - a platinada comentou e se aproximou mais um pouco - Queria pedir desculpas por ter me afastado de você e levado todo mundo para meu lado, eu achava que você era mais uma cadelinha da Ambre.
          - Eu... desculpe... Não estou com cabeça para isso. - peguei um copo do armário e me dirigi à pia. Enchi meu copo e tomei - Mas eu te desculpo, sim. Já tinha desculpado muito tempo antes.
      Ela me abraçou e ficamos assim até ouvir uma tossida. Lysandre sorria, escorado no batente da porta. Ele vestia suas roupas vitorianas de sempre, mas, em vez de verdes, eram azuis.
          - Você vai querer ir na aula, Amane? - perguntou ele, indo preprarar café.
          - Hum... - pensei um pouco. Por que não ir? Preciso me distrair, mas eu teria que usar a saia do uniforme e daria para ver todos os machucados - Melhor não... - ele concordou e Rosalya se retirou quando Leigh a chamou.
          - Vou ficar aqui com você. - comecei a protestar, dizendo que não precisava, mas ele interrompeu - Não adianta, eu vou ficar aqui cuidando de seus machucados. Você faria o mesmo.
          - Obrigada... - o abracei por trás e ele se virou, retribuindo o abraço. Beijou o topo de minha cabeça e foi até seu quarto.
      Lysandre voltou com uma maletinha. Lá tinha itens para limpar e cuidar de meus cortes.
           Então, eu sinto alguém segurar minha mão, essa pessoa tremia. Abro os olhos calmamente e vejo...
            - Mãe... - ela levantou a cabeça rapidamente. - O que... Aconteceu? - questionei. Minha cabeça latejava com a força das luzes do, pelo que percebi, hospital. Minha mãe chamou um médico.
            - Sim? - minha mãe sussurra algo e ele olha para mim, andando até um armário que estava ao meu lado - Como se sente? - ele perguntou me encarando.
             - Pode me explicar o que está acontecendo? - passei a mão pela minha testa, secando o suor.
             - Você desmaiou ao chegar em casa e bateu a cabeça. -ele colocou uma lanterna na minha cara - É normal ficar confusa. Teve algum sonho estranho ou algo assim?
          Sim! Meu pai matou minha mãe e eu quase morri levando chicotadas, mas acho que está tudo bem. Apenas discordei com a cabeça.
              - Querida, tem gente querendo te ver... Posso deixar entrar? - minha mãe perguntou, ela estava encostada no batente da porta, vestida com o mesmo casaco do meu sonho, mas de cor diferente. Assenti e tentei arrumar meu cabelo.
        Entra Rosalya, Viollete, Alexy, Nath e um moreno de olhos verdes. Eles se amontoaram em minha volta.
             - Rosa! Alexy! - fiquei feliz que meus amigos vieram me visitar - Nath... - sorri, um pouco corada. Nathaniel havia se lembrado de mim! Meu coração pulava de felicidade.
            - Oi, Amane. - o menino moreno me cumprimenta.
            - Oi... Quem é você? - todos me olham assustados.
            - Ele... O novato. - Alexy disse, é impressão minha ou ele está mentindo? Me apresentei para o menino moreno e ele me olhou tristemente.
       Rosa sentou na cama e me abraçou. Como ela estava alta e... avantajada. Ela não poderia ter crescido tanto por poucas horas, a menos que... eu tenha ficado em coma.
             - Quanto tempo eu fiquei assim? - apontei para meu estado.
             - Duas horas, acho. Posso te fazer algumas perguntas? - Rosa perguntou e eu concordei - Quantos anos você tem?
             - Quatorze. - estranhei a pergunta, ao responder todos me encararam - O que foi?
             - Qual a última coisa que se lembra? - Alexy perguntou.
             - Estava combinando com Rosa a festa surpresa de Leigh. - Alexy exclamou um "Meu Deus" baixinho e foi para o outro lado do quarto, Kentin foi acudi-lo.
             - Em que ano estamos? - Nathaniel pergunta. Que pergunta idiota.
             - Em 2014, tenho 14 anos. Alguém me explica o que está acontecendo? Está tudo confuso na minha mente.
              - Nath... Chama alguém, por favor. - Rosa pede/manda, sinto uma tristeza em sua voz.
          O médico chega logo depois, parece que Nathaniel falou algo para ele, pois parecem preocupado. Talvez seja porque ele é um médico e pode ter alguém morrendo nesse momento também, Misa! O médico faz a mesmas perguntas que me fizeram. O profissional saiu levando meus amigos e pude ouvir sua conversa com meus pais.
               - Senhora Misa, Amane perdeu a memória. - minha mãe se surpreende - Ela ainda acha que estamos em 2014, que ela tem quatorze anos de idade. - ele fecha a porta e não ouço mais nada.
           Eu... perdi minha memória? Por isso que todos ficaram pasmos? E o meu sonho era verdadeiro ou meio verdadeiro?


Notas Finais


E aí? Gostaram? Comentem

1.Gente, desculpa se tudo na história for corrido, mas a vida é assim mesmo
2.Pode ser que eu demore pra postar, pois eu escrevia de madrugada, mas não posso madrugar todo dia, então, pode ser que não fique tão bom
3. Vai ser curta a fic, não reclame
4. Algumas fanfics que eu amo e que vou divulgar pq quero
A) Uma Nova Vida em Sweet Amoris 《♡♡♡♡♡》 @Bryhanny
B) Amor Sem Fronteiras 《♡♡♡♡》 @Babizinhah
C) A Seleção Sem Fim 《♡♡♡♡♡》 @xPrimrose
D) Entre GATOS e GAMES 《♡♡♡♡》 @DALUmoonie
Deem uma olhada :)

Bye ☆


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...