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História Your smile - V


Escrita por: Jupcake

Notas do Autor


Oi gente
Boa leitura :3

Capítulo 5 - V


Fanfic / Fanfiction Your smile - V

Narrado por: Amane Misa
         Por incrível que pareça, os anjos atenderam minhas preces. Meus tios e Lysandre não me perguntaram nada, nadinha! Eu pude ir até o grande quarto do Lys, deitar no colchão que estava no chão e ficar com meus pensamentos, sozinha, sem incômodo ou barulho. Só fui incomodada na hora do jantar. Tia Lindsay fez questão que eu comesse tudo que estava na mesa, mesmo que eu não gostasse ou não quisesse comer aquilo.
          O mais complicado de não ser incomodada foi ficar relembrando seus lábios quentes, seu sorriso, meu Deus! Prefiro mil vezes lembrar de Nathaniel do que de minha mãe..
                                       ☆
           Acordei com o despertador apitando, a luz entrava pela minha janela. Abri meus olhos rapidamente, tentando me acostumar com a luz, mas só me deu dor de cabeça.
          Minha tia havia ajeitado todas as minhas roupas no armário branco que tinha no quarto. Caminhei até lá, pegando uma saia preta e uma camiseta de uma banda qualquer, junto com meu All Star de cano alto, fui para o banheiro tomar banho. Depois de estar devidamente arrumada, arrumei meus materiais e me dirigi para a escola. Pensando em tudo que eu tinha que fazer, pois se ficasse pensando nos seus cabelos castanhos com mechas loiras, seu lábios carnudos que cantavam para mim, seus olhos verdes, lembraria de minha mãe.
          A diretora, na semana passada, havia me comunicado que eu seria monitora do Castiel, pois ele estava com péssimas notas em biologia e eu ajudaria-o. Hoje seria meu primeiro dia, espero que ele colabore. Mas qualquer coisa vindo daquele idiota não será fácil.
           Já havia alunos distribuídos pelo pátio, todos conversavam, alheios a vida de fora de seus mundinhos. Entrei no grande prédio, abrindo a primeira porta da esquerda. O Grêmio Estudantil estava do mesmo jeito que vi da última vez. Cheirava a pinheiros, pois, provavelmente, a faxineira havia limpado a escola. Larguei minha pasta em cima da mesa, e olhei alguns papéis que se encontravam em cima da mesma mesa.
                 - Vamos começar logo com isso. - Castiel entrou, já irritado, quase me matando do coração.
            Sentamo-nos nas cadeiras, peguei meu livro e abri na página 205, enquanto Castiel folheava seu caderno.
                  - Ajudaria colocar post-its no início de cada matéria. - apontei para seu caderno.
                  - Não ligo. - respondeu, sendo, como sempre, ele mesmo.
                  - Então... Existem animais ovíparos, vivíparos e ovovivíparos em uma mesma espécie. - olho para ele, vendo sua expressão de total desentendimento - Ai não... - respirei fundo e comecei a explicar.
           Não pense que foi fácil, tive que explicar coisas do sétimo ano! Depois de explicar pela terceira vez o que era ectotérmico, me irritei.
                - Não é tão difícil assim, meu Deus! - elevei o tom de voz - São animais que tem a temperatura variando com a do exterior, é tão difícil entender isso?
                - Ah, cala a boca! Quem você pensa que é para gritar comigo? - ele fechou o caderno com força - Sua mãe não está aqui para te mandar acalmar a bunda então eu mesmo mando.
              - O que você disse? - um nó se formou na minha garganta.
              - Isso mesmo que você ouviu! - ele agarrou sua pasta - Sua mãe não soube te dar educação, pois ela era uma puta! - ele cospe as palavras na minha cara. Começo a bater em seu peito com a ponta de meu dedo indicador, em forma de acusação.
              - NÃO OUSE FALAR DELA! LAVE ESSA SUA BOCA! ELA SE IMPORTAVA COMIGO, PELO MENOS! - recuperei o fôlego e ajeitei meus cabelos - Você não tem classe para falar isso, fazer tal coisa só mostra o quão babaca você é, o quão insensível é. Coitada da Debrah se namorasse a sério com você, ter que aguentar essa sua merda de boca. - ele parte para cima de mim.
           Fechei meus olhos, esperando o tapa, e ele veio. Parecia que tinham tacado fogo, que meus dentes tinham ido parar lá na China. Ele foi empurrado para longe de mim por alguém.
                - Olha só, além de canalha, babaca é covarde. - bati palmas sarcastimente.
          Mandaram ele para a sala da diretora e começaram a tocar meu rosto, em desespero, vendo se não havia algo mais grave.
                - Preciso de gelo. - seguro as lágrimas que insistem em sair - Lys, traz gelo pra mim. - desabei na cadeira, deixando as lágrimas escorrerem.
            Esses estudos estavam muito bom para ser verdade. Lysandre volta um tempo depois com uma bolsa de gelo, que é colocada na minha bochecha.
                  - O que aconteceu? - ele perguntou, acariciando meus cabelos.
                  - Ele falou da minha mãe. Babaca infeliz! - bufei de raiva e Lys sorriu um pouco.
                  - Não sei por que ainda sou amigo dele. Desde que ele começou a namorar a loirinha mudou completamente. - ele balançou a cabeça, totalmente frustado - Acho que ele sempre foi assim, mas só agora se revelou... Peço desculpas por ele. - ele falou baixinho.
                   - Lys, você não tem que pedir desculpas por algo que ele fez. - tirei o gelo do rosto, esperando uns segundos - A culpa de não saber ter limites é dele, ou da mãe dele, mas a mulher mal fica com ele. - o abracei, apertando o máximo que podia - Obrigada por nos separar.
         Ficamos abraçados por um tempo, até o sinal tocar. Ele se levantou, depositou um leve beijo em minha bochecha machucada e saiu pela porta. Fiquei mais alguns minutos na sala, decidindo se iria para a sala ou se ficava "arrumando" o Grêmio. Se eu encontrasse Castiel pelos corredores eu iria pular em seu pescoço, então fiquei folheando o livro que havia ganhado do Nath, mas não conseguia me concentrar, então fiquei cantarolando um rock enquanto lia a mesma página pela quarta vez.
                                       ☆
Narrado por: Nathaniel Willis.
            Fiquei sabendo da confusão que teve agora de manhã e sabia que envolvia Amane. Tentava me concentrar na aula, mas só conseguia olhar para cima e pensar no quão mal ela poderia estar.
              - Nathaniel! - sinto um cutucão nas costelas, me fazendo olhar para o professor, que estava com uma cara irritada.
               - Saia da sala. Só quero alunos que queiram estudar! - ele abriu a porta. Juntei meus materiais e saí bufando.
               Só há uma coisa boa nisso tudo: quando você é retirado da sala de aula, você tem que assinar uma advertência no Grêmio, onde Amane ficava.
              Já disse o quanto ela é bonita? Seus cabelos negros estavam sobre a mesa, ela batucava com os pés alguma música rápida. Seus dedos pálidos faziam o esmalte azul  descascado se destacar. Seus olhos violetas vagavam de uma ponta do livro à outra. Fiquei encarando aquela deusa e pensando: Desde quando ela adquiriu essas curvas? Ela parecia uma vareta quando era pequena.
                  - Meu Deus! Se concentra Amane! - ela falou, tirando-me de devaneios.
                 - Pensando em mim? - ela olhou para mim, assustada, parecendo um pimentão.
                - N-não sei. - ela sorriu e eu me aproximei - Você não deveria estar na aula?
                - Digamos que eu estava preocupado com alguém que se meteu em uma briga e está com a bochecha um pouco vermelha - apontei para seu rosto.
                - Ai meu Deus, Nathaniel! Não precisava ter se preocupado tanto. - ela levantou, vindo na minha direção - Você não prestou atenção na aula do Kurt, o professor mais exigente dessa escola! O que você tem na cabeça? - ela me olhava, preocupada.
                 - Eu tenho você na minha cabeça. - ela corou - Tenho seu beijo marcado aqui. - toquei na sua têmpora e vi seu corpo arrepiar, sorri vitorioso.
                - Pode tirar esse sorrisinho do rosto, idiota. - ela riu - Não é meu beijo, é seu, pois eu não fiz nada.
                - Mas também não me afastou, não brigou comigo, apenas riu. - sorri, debochando de sua cara.
        Ela me puxou para um beijo, mas um beijo de verdade. Minhas mãos foram para seu rosto e as suas para meus cabelos. Não pude deixar de sorrir no fim.
           - Desculpe. Eu... Não que eu não queira... Não... Eu não deveria... Ah, meu Deus! Te odeio. - comecei a rir de sua confusão, segurei seu rosto com minhas mãos, fazendo com que ela ficasse com um bico.
            - Calma. Eu não me importo com isso, podíamos repetir, se quiser. - sorri e ela me dá um leve tapa no braço, soltei ela e recebi outro tapa, mais forte dessa vez.
            - Você me machucou! - ela aponta para sua bochecha em que levou o tapa - Não doeu tanto, mas não faz mais isso... - ela fez uma carinha triste, mas depois começou a rir com a minha preocupação - Você deveria ter visto sua cara! - ela gargalhava, com o braço na barriga.
            - Não posso mais ficar preocupado com você? - fiz uma cara triste e ela coloca suas mãos delicadamente no meu rosto - Você deveria ter visto sua cara agora. - ela fechou a cara e eu ri - O jogo virou, docinho! - dei mais um selinho nela, sendo totalmente recusado.
             - Estamos numa escola! - ela sussurrou alto.
             - Se não estivessemos você estaria me beijando? - perguntei, sorrindo maliciosamente.
             - N-não! - ela ficou toda envergonhada e vermelha - Olha aqui, você veio aqui para receber advertência, então é isso que irá receber. - ela se virou, caminhando até uma bancada e arrancando um papel de um talão, escreveu algo nele e me entregou.
             - Já vou ter que ir? - perguntei, manhoso e ela assentiu - Só um beijinho de despedida. - ela negou rapidamente, um pouco vermelha - Por favor... - reclamei.
             - Ei! Desde quando eu te dei essa intimidade toda? - fiz uma cara triste, tentando convencê-la - Não adianta fazer essa carinha. - ela me encarou por uns instantes - Já disse que odeio essa cara? - ela se aproximou.
          Quando eu ia beijar ela, ouvimos um "caham", Amane dá um pulo, se afastando rapidamente, e eu fico meio bravo.
             - Desculpe atrapalhar os pombinhos, mas eu preciso de ajuda. - Rosa fez uma cara, como se soubéssemos o que tanto a preocupava.
              - Vou indo, então... Tchau Amane, até depois. - sorri e acenei, saindo depois de ver sua vermelhidão.
                                       ☆
Narrado por: Amane Misa.
            Rosalya queria ajuda com seu namorado. E por ela me escolheu? Não faço a menor ideia.
                   - E por que eu? - perguntei, confusa.
                   - Por que você é criativa. Eu preciso de uma coisa escrita para mandar para o Leigh. - ela reclamou, revirando os olhos.
                    - Olha, eu não entendo muito essas coisas de amor... - ela murmurou algo - Não ouse falar nada! - respirei fundo e continuei - Você tem que escrever com o coração, como se ele tivesse sido mudado para seu cérebro. - pensei um pouco - Faça um desenho!
                    - Isso! - ela sorriu - Vou pedir ajuda para a Violette! - ela sai caminhando de volta para a sala. Reviro os olhos pensando: Qual foi a parte do "VOCÊ tem que escrever com o coração" que ela não entendeu?
            Recolho meus materiais e vou para a sala B, onde teria aula de Geografia. A sala estava fazendo uma bagunça, mas todos pararam por um instante quando eu entrei, me acompanhando com os olhos até eu sentar em alguma cadeira. A diretora entra logo depois, me chamando, talvez querendo saber o outro lado da história. Ela fecha a porta da sala e me olha.
                - Mantenha ordem nessa sala, o professor não virá, libere um por um. - ela saiu, voltando para a diretoria.
         Voltei para dentro da sala e todos se calaram novamente, exceto Ambre e suas amiguinhas. Fui até a frente da mesa do professor.
               - Professor Phillipe não virá. - todos comemoraram - O próximo que gritar vai ser levado para a diretoria! - elevei a voz - Cada pessoas que eu falar poderá sair.
                    Rosa, Melody, Kim, Jade, Dajan, Castiel, Peggy, Violette, Ambre, Kentin, Alexy, Li, Charlote, Nathaniel e Armin...
              - Lys? Vamos? - ele estava meio desnorteado, não sei o que aconteceu.
          Ele se levantou, parecendo um zumbi, e caminhou para fora da sala, sem me esperar. Tranquei a porta do Grêmio. Fui caminhando lentamente até o portão, mas sinto alguém me cutucando.
              - Você quer companhia para hoje? - Nathaniel sorria.
              - Você não me perde de vista, não é mesmo? - cruzei os braços.
              - Não. - ele abriu mais seu sorriso, se isso fosse possível - Vamos? - me estendeu a mão, mas eu saí caminhando, sem olhar para ele, porém sentindo que Nath me seguia.
          Cheguei na casa de minha tia e percebi que não havia ninguém em casa. Convidei Nathaniel para entrar.
              - Aproveitando que estamos aqui, vamos estudar matemática, pois estou com dificuldade e sei que você é ótimo nisso. - sorri, indo até meu quarto.
            Nath me seguiu, meio desconfortável, porque, talvez, aquele era o quarto do Lysandre. Sentamos no colchão da cama e eu abri meu caderno na matéria que mais tinha dificuldade.
             - Vamos fazer assim... - ele me olhou fixamente - Se você acertar eu te dou um beijo, se você errar você tem que me dar um. - ele sorriu, como se essa brincadeira fosse a coisa mais normal do mundo.
              - Vai adiantar dizer não? - revirei os olhos.
               - Admita que você está louca para me beijar de novo, eu juro que não conto para ninguém. - ele riu, com um olhar malicioso.
               - Vamos logo com essa merda! - falei, bufando de raiva, enquanto Nath dava uma risada gostosa de se ouvir, quase pedi para ele rir novamente.


Notas Finais


E aí? Gostaram?
Desculpe se ficou muito meloso
Essa era minha intenção
Kissus ♡


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