História Your smile is my vicious - Prólogo

A noite estava gélida, mostrando-se um dia comum naquela pequena cidade. A família real não dava uma festa das quais a cidade inteira tremia, o que faria com que esta noite ficasse calma e sem bêbados perambulando pela mesma. Dentre a cidade inteira, apenas uma pequena casa de madeira sofria um pouco com o frio noturno. Essa era a casa dos antigos Lerch, dos quais só sobraram seus filhos.

O mais velho, SpringTrap Lerch, era o encarregado de sustentar os irmãos. Fora o único que, de fato, conhecera seus pais, chegara até mesmo lembrar da cara de seus assassinos, não que se orgulhasse disso. Por volta de 1,87, pode vangloriar-se e zombar dos irmãos mais novos que nem ao menos chegam perto de sua altura. Tem cabelos loiro escuro grandes, sedosos e dos quais sempre deixa amarrado, mesmo que desarrumado, quase sempre. Olhos frios, que até mesmo foram zombados de animatrônico, de cor pérola e pele extremamente pálida. De estatura não musculosa, somente o necessário, além de viver com faixas amarradas por si para esconder os ferimentos. Tem exatos 21 anos.

A filha do meio, Lahni Lerch, odeia de coração os assassinos de seus pais, por mais que não os tenha conhecido por ser muito nova, por terem deixado Spring sofrer tanto. É a mais zombada da casa por ser quase um anão, até mesmo seu irmão mais novo é maior que ela, mede 1,52. Seus cabelos rebeldes e lisos vão até sua cintura, tem cabelos albinos, um defeito de genética, mesmo não tendo albinismo. Olhos castanhos claros, parecendo um amarelo, e assim como o irmão é extremamente pálida. Seu corpo é esbelto e com curvas bonitas, deixando inveja nas meninas de todo o reino, mas sempre cobre as pernas para esconder cicatrizes ganhadas em brigas de rua. 19 anos, completando-os recentemente.

E por último, PlushTrap Lerch, o mais novo, nem sabe do acidente com seus pais já que era apenas um bebê de colo. Apesar de ter somente 13 anos, já é maior que sua irmã mais velha, tendo 1,61 de altura. É bem semelhante ao irmão mais velho, cabelos curtos loiro escuro, bagunçados sempre, pálido e de olhos pérola. Seu corpo ainda está em desenvolvimento, tem pequenas cicatrizes fúteis criadas por coisas fúteis.

Esses três viviam juntos, e por mais que brigassem quase sempre, se amavam tanto. Já foram várias vezes das quais um defendia o outro nas mais complicadas situações.

A albina estava sentada em um tronco de uma velha árvore afora de casa, admirando as estrelas. Segurava uma pequena pelúcia de coelho, ela mesma fizera em tributo aos irmãos. A luz da lua manchava a rua da cidade, Lahni sentia frio, mas era aconchegante. Logo Plush saiu de casa fazendo com que a menor parasse de prestar atenção no céu e pula-se do tronco assustada.
- Cuidado com anãos de jardim, PlushTrap! - PlushTrap se auto-avisava correndo da irmã, que a este momento o perseguia pelos arredores da casa. Sorriu divertido, já entrando em casa, com a albina a sua cola. Ao se aproximar do corredor dos quartos, puderam ouvir uma melodia encantadora vindo do final do corredor. Com curiosidade, pararam de brigar e se aproximaram, colando suas orelhas na porta.
Spring estava cantando e tocando no piano, isso já havia virado um hábito quando os pirralhos dormiam, mas hoje, indiferente, os dois estavam acordados.

I got those jet pack blues
Just like Judy
The kind that makes June feel like September
I'm the last one that you'll ever remember
And I'm trying to find my peace of mind
Behind these two white highway lines
When the city goes silente
The ringing in my ears gets violent
She's in a long black coat tonight
Waiting for me in the downpour outside
She's singing, "Baby, come home" in a melody of tears
While the rhythm of the rain keeps time
And I remember
Baby, come home
Baby, come home
Baby, come home
Baby, come home
Did you ever love her?
Do you know?
Or did you never want to be alone?
And she was singing, "Baby, come home"
"Baby, come home"
I've got those jet pack blues
Fight off the light tonight and just stay with me
Honey, don't you leave
Don't you remember how we used to split a drink
It never mattered what it was, I think
Our hands were just that close
The sweetness never lasts, you know
She's in a long black coat tonight
Waiting for me in the downpour outside
She's singing, "Baby, come home" in a melody of tears
While the rhythm of the rain keeps time
And I remember
Baby, come home
Baby, come home
Baby, come home
Baby, come home
Did you ever love her?
Do you know?
Or did you never want to be alone?
And she was singing, "Baby, come home"
"Baby, come home"
She's in a long black coat tonight
Waiting for me in the downpour outside
She's singing, "Baby, come home" in a melody of tears
While the rhythm of the rain keeps time
And I remember
Baby, come home
Baby, come home
Baby, come home
Baby, come home
Did you ever love her?
Do you know?
Or did you never want to be alone?
And she was singing, "Baby, come home"
"Baby, come home"

Os dois irmãos entraram na sala, aplaudindo o maior, que suspirou irritado e com as bochechas vermelhas.

- Você canta bem 'pra caralho! - Lahni comentou. Sorriu docemente, cessando os aplausos e sentando na banqueta ao lado do maior. Balançou-se energeticamente, repetindo a melodia enquanto sorria.

- Nisso eu concordo! - Plush chegou logo atrás de Spring e apoiou-se nos ombros do mesmo, admirando o piano. Era de sua falecida mãe.

- Ótimo, ótimo, mas... - Spring falou calmo sorrindo, suspirou fundo e elevou a voz. - O QUE DIABOS VOCÊS ESTÃO FAZENDO ACORDADOS ÁS 3 DA MANHÃ?!

- Eu sou responsável, brigue com o Plushie que é de menor! - Lahni dedurou o irmão mostrando a língua, riu divertida. Plush olhou a menor com desprezo, mostrando o dedo maior. Spring começou a rir cínico.

- Mas, gente, amanhã vocês tem que ficar comportados, se lembram? - Ditou ele, ficando sério. No dia seguinte, ou melhor, mais tarde naquela madrugada, o governo passaria a verificar quem era merecedor de ficar na cidade, e, apenas cidadães organizados e com os impostos em dia, poderiam continuar na residência. Plush e Lahni engoliram seco, da última vez, eles quase foram despachados por sua culpa, e isso iria complicar a vida do irmão, o que eles não queriam. Os dois acenaram a cabeça positivamente.

- Boa noite~ - os dois falaram em sincronia, saindo da sala em direção ao seu quarto. Spring sorriu e voltou a tocar o piano sussurrando um boa noite no meio da melodia. A cidade ficou quieta em segundos, mas Spring não ligou e continuou a tocar. Passos marchando ficavam cada vez mais fortes e próximos. Ignorou.

Ignorou até que batessem em sua porta, irritado, foi com passos firmes até a porta e abriu-a com pressa.

- Olha, eu n-

Sua fala parou assim que viu que os homens a sua frente, eram de fato do Governo. Estalou a língua, usavam o mesmo uniforme de ambos os outros anos. Tirou a mão da maçaneta e apoiou seu corpo na beira da porta com os braços cruzados, arqueou as sobrancelhas. Ainda não era hora da inspeção.

- Senhor Lerch? - Um dos homens deu um passo a frente e, segurou mais firmemente o papel em suas mãos.

- Eu mesmo? - Arqueou ainda mais as sobrancelhas intrigado.

- Por ordem do Príncipe, você deverá sair de sua residência nesse exato momento! - pronunciou ele, guardando o papel, e esperando Spring reagir.

- Estão brincando, né? - Spring riu forçadamente. Caso isso acontecesse, seria péssimo para seus irmãos.

- Você ficará na Cidade Real até que arranjemos outro local para você.

Dessa vez, Spring engasgou, isso era bom demais para ser verdade. Por um lado é ótimo, seus irmãos finalmente terão uma vida da qual mereciam, mas... Todos do Senado estariam lá.

- Eu... Estou sonhando? - admitiu sorrindo em ironia, revirando os olhos. - Tem casa linda 'pra caralho aqui e escolhem justo a minha? Me poupem, se poupem, nos poupem! - Recuou um passo para trás e colocou a mão na maçaneta, sorrindo amigável.

- Mas o senhor terá de sair! - Um dos guardas se opôs, agarrando a lateral da porta.

- E o que eu ganho com isso? - suspirou alto, cruzando os braços.

- Sabe, Senhor Lerch, não queremos a sua casa, e sim quem mora nela. - ditou ele. Os outros guardas observaram Spring com um pouco de esperança, queriam pelo menos ser gentis, já que o mesmo era famoso pelas suas brigas, e caso o outro não aceitasse, iriam retirá-los da casa a força, violentamente claro.

- Bem... - Sacou um de seus cigarros do bolso de sua camisa e o acendeu assim que colocou entre os lábios. - Não sei por que o príncipe que que eu vá a cidade real, mas eu nego!

- M-Mas Senhor Lerch, será só por uns dias! - Um deles falou. Spring arqueou as sobrancelhas, do que estavam falando? - C-Caso o Senhor não saiba, mas, amanhã, a Princesa Toy Chica chega ao reino para se casar com nosso Príncipe, para que a cidade prospere. - disse. Claro, com admiração nos olhos, tentou convencê-lo mais uma vez. - E precisamos do Senhor e de seus irmãos para que toquem em seu casamento!

- Não sei com que tipo de exercito florzinha eu estou falando, mas eu aceito... - Spring respirou fundo e ditou. Nesse momento os guardas sorriram de ponta a ponta, ignorando a brincadeira do Lerch. - Claro, se eu ganhar uma recompensa.

- Sim, o que o senhor deseja. - E se retiraram do local, o último dos soldados passou-lhe os horários da Cidade Real, desde de quando podia entrar lá até quando teria que ir a sua casa alugada lá mesmo. E abaixo disso um lembrete:

"Senhor Lerch, agradecemos humildemente sua escolha! Com o nosso esquadrão de recrutas, eu podia jurar que não acreditaria que nós somos aspirantes para ir ao Senado, e não nos levaria a sério como o nosso Senhor. Devo-lhe dizer que, falando como seu amigo, deverá ficar em sua casa que arranjaremos a você, caso queira que nós não o matemos, por que se a Princesa Toy Chica descobrir que o senhor não é um dos nobres locais, ele iria querer outro pianista, e bem sabemos que não há um habitante desse local que toca este instrumento melhor que o Senhor Lerch, o casamento seria cancelado! Também queremos que sua irmã cante e seu pequeno irmão leve as alianças. Enfim, no fim deste lembrete estarão as exatas coordenadas de sua casa temporária, e sugiro que vista as roupas que estão lá! Obrigado pela atenção.
Ass: Chefe recruta, codnome Phone Dude."

Sorriu em desgosto, nem que o pagassem ele usuária roupas das mesmas pessoas que ele odeia. Ou melhor, por que ele iria no casamente de alguém que não gosta?

Enfiou o pequeno lembrete no bolso, amassando-o, e fechou a porta. Voltou a sala do piano, decidira aceitar tocar no casamento do príncipe, já que ele dariam uma recompensa por isso, e claro, isso melhoraria a condição de financiamento que ele tem, fazendo com que pudesse dar uma vida melhor aos seus irmãos. Começou a tocar uma nova música, composta por ele mesmo. Estava com insônia, e seria em algumas horas que ele teria de ir a Cidade Real e fingir-se ser um deles.

- Espero que tenham doces lá. - Pensou consigo mesmo, sorrindo. Já pensou em diversos tipos de doces do qual poderiam ter na Cidade Real e isso inclui todos os doces que já tinha comido. Era um de seus vícios, esse e, só quando está irritado, os cigarros. Sua família fora amaldiçoada com vícios ruins: Lahni gostava de vinhos; e davam sorte que PlushTrap só era irritante e nada mais, e rezam para que o mais novo não puxe seus vícios.  

Começou a fazer a melodia ficar mais acelerada, conforme pensava.

O sol se amanhecia cada vez mais rápido enquanto pensava, ás exatas 8 horas teria de deixar sua casa e levar os pirralhos para a nova. Ainda não tinha certeza se eles aceitariam a ideia tão facilmente, mas seria necessário para o bem dos futuros deles mesmos, não que Spring realmente gostasse dessa ideia, achava-a inútil; não que não caiu na tentação do elogio de melhor pianista do reino, ganhando até mesmo dos nobres.

Mirou suas mãos, e algumas faixas brancas amarradas em seus dedos que tinham pequenas manchas vermelhas. Sangue. Ultimamente seus machucados abriam com mais facilidade. Contar para as pequenas criaturas ambulantes que moravam consigo seria uma péssima ideia, já que tentariam leva-lo a um médico, o que gastaria dinheiro, que eles quase não tem.

Está economizando para que pelo menos os irmãos façam uma faculdade, e por isso, roubando livros da biblioteca. A velha bibliotecária admite os roubos, sendo que cobrará os livros depois.

Respirou fundo e levantou-se da banqueta frente ao piano, indo em direção a um armário maior que si de portas de vidro, abrindo-as. Tirou as bandagens de seus dedos, fez uma careta ao ver que o ponto que dera sozinho em um dos cortes se abriu, desejou muito que PlushTrap escolha medicina assim o pouparia de fazer tais coisas. Jogou-as no lixo logo ao lado e voltou-se a mirar o armário novamente, procurando bandagens novas com os olhos. Ali estavam. Abaixou-se um pouco para pegá-las, guardou-as no bolso e procurou por um desinfetador. Achou facilmente. Pegou os apetrechos e se dirigiu para a mesa ao canto da sala, perto de uma pequena janela.

Tirou as bandagens do bolso e as colocou sob a mesa, pegou o desinfetante e espirrou um pouco em seus dedos, fazendo uma careta de dor, e então enrolou as bandagens delicadamente. Suspirou fundo e foi em direção a banqueta, iria deixar aquilo ali mesmo, depois arrumaria.

Sentou sob a cadeira e deitou sob o piano, estava cansado e com preguiça de ir até o sofá de sua sala. Quando seus olhos começaram a se fechar, Lahni apareceu na porta segurando seu bichinho de pelúcia e chamando pelo irmão mais velho.

- Spring, fiz café da manhã, fiz seu favorito! - Falou num tom alegre, encostando na porta. Foi ai que reparou o irmão dormindo em cima de seu instrumento favorito. - Vou meter minha mão na tua cara! - inflou as bochechas, indo pra perto do irmão. Começou a cutuca-lo, até que o mesmo finalmente deu um sinal de vida.

- O que é caralho?! - Spring bocejou, ainda apoiado no piano. Começou a fechar os olhos novamente, mas a albina simplesmente o cutucou novamente, com mais força. - Meu Deus, posso dormir? - dizia num tom irritado e sonambulo.

- 'Nops! - ditou. Lahni começou a puxar um das mãos do loiro, colocou acima de seu ombro e saiu andando com o mesmo até que ele chegasse a cozinha. O mesmo reclamara várias e várias vezes. Lahni apenas o xingava e tentava não cair, já que eles tem uma diferença gigantesca de altura, ou seja, ele estava quase sendo arrastado.

- Olha, não quero dizer isso, mas eu acho, só acho que tem algo muito errado hoje! -  Plushie exclamou de outro cômodo, após sua voz ecoar pela casa, os dois começaram a ouvir a cidade festejando, o que era raro.

Lahni apressou o passo para ir onde Plush se encontrava, sem cuidado, fazendo o irmão mais velho bater em várias quinas de móveis. Este resmungara assim que chegou na porta. Lahni e Plush se entreolharam e olharam ao lado de fora da janela. Spring se apoiou com o outro braço no ombro da albina que não estava sendo usado e fechou os olhos, esperando que ela não se movimenta-se.

A cidade estava organizada, a rua toda limpa, os jardins decorados de flores, as casas em ordem; Isso só significava uma coisa: a Corte Real estava passando pela cidade, verificando todas as casas do mesmo jeito que fazem anualmente.