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História You're Beautiful - Festa Surpresa - Parte I


Escrita por: llanaferreira

Notas do Autor


Olá vocês, como estão? Espero que bem.
Depois de apagar umas mil e quinhentas vezes esse capítulo, finalmente consegui concluir e espero que gostem.

Como não terminei o capítulo a tempo, ele será dividido em dois. O próximo, eu espero não demorar tanto para concluir, já que levo um milênio para decidir por onde começar.
É isso aí, beijos e boa leitura.

Capítulo 19 - Festa Surpresa - Parte I


Desde que soube do meu parentesco com Zelena, eu não a tinha procurado. Hoje, no entanto, precisávamos nos ver e fechar os últimos detalhes da festa surpresa da minha namorada, que aconteceria no sábado. Apesar de entender o que aconteceu, eu ainda não conseguia encarar essa realidade escondida por tantos anos. O fato em nada tem a ver com Zelena ser minha irmã, mas sim com a omissão. Uma semana era pouco, e eu definitivamente não me sentia sequer preparada para atender telefonemas da minha avó.

Quando contei a Tinker, ela me fez prometer resolver essa situação o quanto antes, mas era difícil quando uma parte sua se sentia traída, enganada. E eu sabia, não adiantava remoer aquilo porque erros existem, eu mesma já falhei com quem amo.

Voltei a fitar todas aquelas fotos que entregaria mais tarde ao Gold, antes de ser interrompida por Emma, que além de trazer café, carregava um sorriso radiante no rosto. Quis beijá-la.

— Uma pausa para o café ou você vai enlouquecer — Emma beijou brevemente meus lábios. — E pode ficar tranquila, eu mesma entregarei as fotos para o Gold.

Meus lábios se curvaram em um grande sorriso de satisfação. Até agora, essa tinha sido a melhor notícia do dia.

— Você não imagina como me deixa contente ouvir isso — empurrei a cadeira para o lado, para que Emma sentasse em meu colo.

Um sorriso de canto de boca lhe esticou o rosto, e Emma sentou em meu colo rodeando meu pescoço, sem deixar de me olhar.

— Oh! Acho que posso imaginar, meu bem.

E podia mesmo. Nunca fiz questão de esconder meu desagrado com o Gold, e só não tinha quebrado o contrato até agora por causa de Tinker e Emma.

— Que tal irmos ao cinema depois do expediente? — perguntei enquanto alisava seus cabelos.

— Pensei em algo mais agitado, um barzinho talvez. Sabe... Quero dançar a noite toda com minha namorada — Emma sussurrou, provocante, fazendo meus dedos fincarem em sua cintura com mais força.

— O que tinha naquele café? Hum? — seu cheiro era inebriante; uma fragrância doce com canela.

— Regina Mills, assim você me ofende! — exclamou Emma, me fazendo sorrir.

— Oh! Longe de mim te ofender. Se você deseja algo agitado, então iremos à um barzinho — beijei brevemente seus lábios e me levantei. — Agora preciso ir, tenho um compromisso com a Tinker.

— Certo. A que horas devo levar as fotos para o Gold? — inquiriu enquanto organizava as fotos dentro do envelope.

Olhei o relógio.

— Daqui a vinte minutos. E por favor, Emma, por todo amor que sente por mim, não aceite nenhuma outra proposta dele. Tem liberdade para recusar e inventar o que...

Minha namorada não deixou que eu terminasse, beijou meus lábios brevemente e sorriu.

— Relaxa, tá bom? Deixa que do Gold cuido eu.

Um misto de prazer e deslumbramento trouxe um sorriso estúpido ao meu rosto, e fui vencida pela necessidade de beijá-la outra vez.

(***)

Assim que o táxi parou em frente ao restaurante, consegui visualizar a cabeleira ruiva de Zelena e logo à sua frente, Tinker e Killian conversavam. Paguei a corrida e entrei no estabelecimento, chamando atenção de ambos que estavam sentados próximo a porta.

— Até que fim! Pensei que tinha esquecido do nosso compromisso, querida — disse Killian, que me cumprimentou com beijos e abraços.

— Estava falando de você agora pouco — disse Tinker, depois de me espremer em seus braços. Arqueei as sobrancelhas, mostrando minha curiosidade. — E não adianta me olhar assim, não falei nada que você não saiba.

— Como a boa linguaruda que é, aposto que reclamava do meu pequeno atraso — como a única cadeira vazia era ao lado de Zelena, me acomodei por ali mesmo. — Estou certa?

Antes que Killian respondesse, chamei o garçom e fiz meu pedido, um suco de abacaxi com hortelã.

— Como eu ia dizendo, seu pequeno atraso é na verdade um grande atraso — acusou Killian, e Tinker concordou.

— Verdade, amiga. Marcamos às duas horas e já são três e quinze.

— Tudo bem, me desculpem — Me rendi. — Mas vamos ao que interessa, a festa surpresa...

— Da sua namorada — dessa vez até Zelena participou do coral.

Sorrimos.

— Antes de você chegar, estávamos pensando como faremos para tirar Emma de casa. Alguma sugestão? — Killian inquiriu, recostando-se na sua cadeira e bebendo da sua cerveja.

— Podem deixar isso comigo. Hoje, Emma e eu iremos à um barzinho, provavelmente viraremos a noite por lá e então...

— Não precisa concluir, amiga, já sei como essa noite vai terminar — Tinker interrompeu, fazendo Killian e Zelena sorrirem.

Mostrei a língua.

— Ótimo, crianças. Já temos Emma fora do caminho, só preciso das chaves do seu...

— Eu ainda tenho as chaves do loft — disse Tinker, interrompendo Killian dessa vez.

— Você tem algum problema em deixar a gente concluir as frases?

— Ai desculpa! — o constrangimento reluziu em seus olhos e foi impossível não sorrir.

Algumas horas mais tarde, Zelena, Tinker, Killian e eu tínhamos enfim entrado em um acordo. A festa seria no meu loft, no dia seguinte, às oito e meia da noite. Tinker ficou responsável pelo buffet, Killian pela decoração e entrar em contato com alguns amigos da Emma que eu finalmente iria conhecer, e Zelena pela parte burocrática, ou seja, correr atrás do que o Killian e Tinker pedissem. Eu fiquei com a parte mais fácil, distrair Emma.

Já passava das 17 horas quando deixamos o restaurante, Killian estava mais solto por conta do álcool, então pedi que Tinker o deixasse em casa. Sendo assim, minha amiga seguiu com ele para casa em seu carro enquanto eu aguardava meu táxi chegar. Não tinha dado conta que só sobrara Zelena e eu até ouvi-la falar comigo.

— Você não quer uma carona? Eu posso te deixar em casa, é caminho.

De soslaio, notei que aos poucos Zelena se aproximava de mim. Cruzei os braços e decidi lhe encarar. Sua aparência não era das melhores, e eu tinha notado isso desde que cheguei. Ela estava mais magra e abatida, em nada se parecia com a imponente mulher que encontrei no escritório do Gold.

— Não precisa, já chamei um táxi. Mas agradeço a gentileza — Lhe sorri, e ela retribuiu.

Um silêncio incômodo tomou conta daquele ambiente, e eu nunca quis tanto meu carro comigo. Era possível sentir a nossa luta interna com as palavras; era como se esperassem apenas a rolha ser tirada para que explodissem. Meu desconforto deve ter ficado claro pois notei Zelena se afastar, e aquilo de certa forma me entristeceu. Eu queria pedir que ela ficasse, mas meu orgulho e mágoa faziam com que eu recuasse.

Suspirei aliviada quando meu táxi chegou. Acenei para Zelena que já estava prestes a abrir a porta de seu carro, e entrei. Fui o caminho inteiro pensando nela, na minha irmã. Era estranho pensar isso, pensar que agora eu tinha alguém além dos meus avós. Nunca foi uma ambição minha ter um irmão ou irmã, mas não deixei de imaginar as inúmeras situações onde minha possível irmã e eu, vivíamos. E agora eu tinha uma e não conseguia sequer manter uma conversa. ''Será que vai levar muito tempo para minha mágoa passar?'' Me questionei. E no fundo eu sabia, se eu quisesse construir uma relação de irmãs com Zelena, eu teria que passar por cima da minha mágoa, do meu orgulho. Isso dependia unicamente de mim.

(***)

Quando o táxi parou em frente ao loft, notei uma figura encapuzada observar minha casa. Na verdade, a figura observava o andar de cima onde tinha uma luz acesa, onde possivelmente minha namorada estava. Com pressa, paguei a corrida e desci do carro. Ao notar minha aproximação, a pessoa que observava o loft antes, correu. Porém, antes de virar as costas, me olhou e sorriu de forma sínica e doentia. E eu sabia, Graham estava prestes a fazer alguma coisa.

(***)

Assim que entrei em casa, Swan desceu as escadas enrolada em uma toalha e com um sorriso que apaziguava qualquer desventura do dia.

— Estava indo te ligar. Você demorou — acabei sorrindo enquanto observava ela se aproximar. — Foi algo muito sério?

Se ela chamava uma festa surpresa de algo sério, por que diria que não?

— Hum... Acho que sim, mas agora estou em casa e... — de repente, lembrei-me do que vi pouco antes de entrar no loft. Não que tivesse esquecido, mas ver Emma de toalha e sorrindo, me fazia esquecer por breves segundos até do mundo.

Emma notou minha hesitação.

— E? — incentivou Emma.

Eu devia contar, certo? Certo. Mas amanhã era seu aniversário, e hoje teríamos uma noite divertida. Eu devia mesmo estragar isso? Swan me despertou dos meus questionamentos com breves selinhos.

— Está tudo bem, meu amor?

Lhe sorri abertamente e beijei seus lábios. Não podia negar a ela àquela informação. Graham não estaria observando o loft, mas sim a Emma, e eu não queria correr o risco de que algo ruim acontecesse com ela.

— Preciso te contar uma coisa — Ela me olhava atentamente. — Quando o táxi parou em frente ao loft, havia alguém encapuzado observando o andar de cima — Emma ia me interrompe, porém não deixei. — Quando desci do carro e me aproximei, a figura se virou, sorriu e saiu correndo.

O olhar de Emma encontrou o meu, e ela sabia de quem se tratava essa tal figura.

— Era ele, não era? — balancei a cabeça, concordando. — O que será que ele queria?

— Com certeza não era falar comigo — suspirei profundamente. Até quando aquele fantasma do passado nos atormentaria? Eu precisava fazer alguma coisa. — Mas vamos esquecer isso, pelo menos hoje. Quem sabe domingo a gente pensa nisso? Hoje a noite é sua e amanhã o dia será todo seu, também.

Voltei a admirar Swan, que me deu um curto sorriso de canto de boca e me beijou.

— Você é incrível, Gina.

Aos seus olhos eu até podia ser, mas nada se comprava ao que ela era para mim. Por isso, faria qualquer coisa para protegê-la.

(***)

A noite em Washington estava fria. Emma vestia uma calça jeans escura, com uma camiseta de botões da cor azul, com mangas compridas. Nos pés, usava um confortável vans da cor branca. Eu optei por um vestido preto e branco, que era justo do busto à cintura e mais soltinho em baixo. Para me proteger do frio, coloquei uma jaqueta preta de Emma, e nos pés um também confortável vans, porém da cor cinza.

Preferimos ir ao centro, onde tinha mais opção de bares e acesso fácil ao local onde eu pretendia estender a noite. Assim que estacionamos o carro, um rapaz se aproximou pedindo as chaves para estacionar. Emma, que dirigia, entregou as chaves do carro e segurou minha mão para entrarmos.

O bar não estava agitado na parte de fora onde decidimos ficar, mas era possível ver e ouvir a agitação lá dentro. Pelo horário, que já passava-se das 22 horas, a pista devia está pegando fogo. Assim que nos acomodamos, um rapaz se aproximou e anotou nossos pedidos. Um Martini para mim, uma cerveja para Swan. Deixei a comida por conta dela.

Estava distraída olhando a movimentação que sequer notei Abby se aproximar acompanhada de um homem.

— Boa noite meninas — disse Abby, sorrindo. — Como você está, Regina? Nunca mais trabalhamos juntas. Sinto saudades.

Minha vontade era de mandar ela sumir dali, mas minha educação impedia que fizesse isso.

— Vou muito bem, querida, e você? — decidi ignorar seu comentário sobre trabalharmos juntas. E ainda bem que isso tinha acontecido, Abigail é um problema que eu não preciso e nem quero.

— Oh! Vou muito bem — Ela puxou o homem que estava logo atrás e nos apresentou. — Esse aqui é o Marcus, meu namorado.

Por essa eu não esperava. Emma, que até então observava, sorriu abertamente para o rapaz e apertou sua mão.

— Prazer, Marcus, me chamo Emma Swan.

— O prazer é todo meu, Emma — retribuiu o gesto, sorrindo.

— E eu me chamo Regina, apesar de achar que já sabe disso — apertei sua mão, e ele sorriu.

— Sim, eu sei. Já li algo sobre você em alguns jornais, mas são nas revistas que suas fotografias ganham espaço. E me permita dizer, suas fotos são excelentes.

Sorri abertamente. Era sempre bom receber elogios, ainda mais quando se trata do seu trabalho.

— Fico muito agradecida.

Fomos interrompidos pelo garçom que trazia nossos pedidos. Assim que agradecemos e o rapaz se retirou, Abby disse:

— Bem, não queremos atrapalhar. Foi um prazer revê-la e saber que estão juntas — Emma semicerrou os olhos, e eu precisei me controlar para não rir. — Tenham uma boa noite.

— Vocês também — disse, acenando para ambos que já haviam se afastado.

— Foi um prazer revê-la e saber que estão juntas — foi impossível me controlar diante daquela imitação. — Que mulher sínica! — bufou, cruzando os braços. — Ainda vem com papinho de que nunca mais trabalharam juntas.

Aquela cena era pateticamente adorável. Quis mordê-la.

— Ignore a Abby, meu bem. Ela está namorando e pelo visto me parece muito feliz — apontei com a cabeça para uma mesa mais adiante, onde Marcus e ela beijavam-se.

Swan olhou na mesma direção.

— Espero que sejam muito felizes — comentou antes de beber de sua cerveja. — Quando estamos felizes, não atrapalhamos relacionamentos alheios.

— Concordo plenamente — mudei minha cadeira para o seu lado e beijei sua bochecha. — Você fica adorável irritada, meu bem.

Emma sorriu e me beijou brevemente.

— Espero que esteja preparada para dançar a noite toda — seu braço estava rodeando ombro, e eu aproveitei para me encostar ali.

— E eu estou — tentei soar firme, mas falhei.

— Estou vendo — sorriu. — Não tem uma hora que chegamos aqui e você já está escorada.

Sorri.

— É que teu colo é tentador — mordi seu pescoço e pude ver seus pelos se eriçarem.

— Tentador é você fazer isso aqui, e eu não poder fazer nada.

Sua voz não passou de um sussurro sofrido. Desci minha mão direita para sua coxa, onde apertei, fazendo Swan fechar os olhos e suspirar. Ela só tinha bebido três copos de cerveja e um pouco do meu Martini, mas era fraca demais para bebidas e aposto que o álcool começava a fazer efeito. Mordi o lóbulo da sua orelha, e sussurrei:

— Vamos, meu bem, vamos dançar a noite toda como você desejou. — ainda de olhos fechados, minha namorada sorriu e me estendeu a mão.

A noite estava só começando.


Notas Finais


Quero agradecer pelos comentários, saibam que leio todos e em breve irei responde-los. Vocês são demais! Aos novos leitores, SEJAM BEM-VINDOS!
Beijos e até a próxima <3


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