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História You're bruning up, I'm cooling down. - Peace by vengeance.


Escrita por: thai_stark

Notas do Autor


Minha ideia é pular os acontecimentos já mostrados na série, para não ficar cansativo. Quero desenvolver a história a partir do ponto que fomos deixados. Espero que gostem.

Capítulo 2 - Peace by vengeance.


Edd havia entrado no cômodo em que Jon e Sansa estavam, tinha uma carta em mãos e sua expressão era de dúvida. Tormund entrou em seguida, acompanhado por Davos. Aquela pequena reunião assustou Sansa.

— É uma carta — o jovem patrulheiro anunciou, olhando Sansa de esguelha, curioso. — De Ramsay Snow... Ou Bolton, como assina. — sua ultima fala feriu Sansa como se tivesse lhe atirado uma flecha no peito. A garota se remexeu desconfortável na cadeira, sentindo seu corpo tremer. Temia nunca ser capaz de superar o que lhe acontecera.

— A garota deveria sair — Tormund disse. Sansa sentiu empatia em sua voz, o olhar do selvagem era dócil, embora sua aparência fosse rústica.

Jon a olhou compreensivo, sentia o olhar de todos sobre si, sentia a pena pairando no ar. O clima pesou de repente. Ela não queria ser objeto de pena. Sabia que sua aparência deveria ser deplorável, abatida, mas ainda era uma Stark, não era mais uma criança, o gelo corria em suas veias. Jon havia lhe dito aquilo. Então respirou fundo, encarou cada um dos presentes, altiva, tentando passar um ar de força.

— Eu vou ficar. É meu direito — anunciou, agora pousando seus olhos em Jon. Ele assentiu.

A voz do meio-irmão ecoou pelo ambiente, trêmula. À medida que as palavras eram proferidas, Sansa podia ouvir Ramsay as falando em seu ouvido, cínico, sádico. Podia ver o sorriso dele se repuxando assustadoramente em sua face macilenta. O estômago dela embrulhou ao ouvir Jon narrar os horrores que o bastardo Bolton tinha feito. Então, quando por fim Jon acabou, o ambiente era tenso. Parecia que todos eram incapazes de se mexer. Até Davos quebrar o silêncio.

— Ele está lhe chamando para a guerra?

— Ele está o chamando para um massacre — Sansa concluiu. — E ele tem Rickon, céus. Pensei que estivesse morto, talvez fosse melhor que estivesse. — sua voz soou fria, o pensamento saiu em suas palavras de forma impensada, a ideia era guardá-lo para si.

— Deixem-me a sós com minha irmã — falou, sem tirar os olhos dela. Todos saíram arrastando os pés, a contragosto. — Isso foi sombrio. — Sansa sentiu o olhar de Jon pesar sobre si quando já estavam sozinhos.

— É apenas a verdade — ela não o encarava de volta. — Rickon já está morto. E você também, se aceitar esse embate. Eu sei que quer Winterfell de volta, eu também quero, mas Ramsay está o intimando para uma armadilha.

— O que você sugere, então?

— Eu não sei. Tenho medo — só então o olhou, deixando transparecer seus temores através do azul frio de suas íris.

— Eu prometi que iria lhe proteger. E o farei — ele se aproximou dela, tomando suas mãos nas suas. — Nada de ruim lhe acontecerá novamente, matarei Ramsay antes que ele ponha as mãos em você. E Rickon, nos uniremos novamente. — não havia firmeza naquelas palavras, ele não acreditava nelas e Sansa percebeu. Chegara ali sem nenhum irmão e, agora que o tinha, não queria perdê-lo. Mas o perderia. Perderia os dois.

Ela voltou a sorrir para ele, mas um sorriso sem humor, derrotado. Os planos viajando em sua mente, a procura de um modo de sair viva daquilo tudo e o arrastar junto. De toda forma, mesmo que com o sentimento de derrota já prevalecendo, ela lutaria. Não entregaria sua casa, poderia morrer tentando. Sequer se importava com a própria vida.

***

O mar de neve se espalhava pelo norte, Sansa encarava toda a extensão de terra que lhe cabia aos olhos do alto de uma das muralhas em Winterfell. Ouviu os passos se aproximando, mas não tirou os olhos da imensidão branca. Aquilo lhe preenchia de paz. Não conseguia acreditar que Ramsay estava morto. Que ela o havia matado. Que tudo aquilo tinha acabado. Não sem cicatrizes, no entanto, externas ou internas. A imagem de Rickon morto no campo de batalha ainda a atormentava. Sentiu quando a mão pesada de Jon tocou em seu ombro e se virou para vê-lo. Sua imagem era cansada, seus olhos cinzentos eram cobertos por marcas roxas pela falta de sono. Os cabelos negros voavam desgrenhados e a face molhada pela neve que caía em sua pele e derretia. De todo modo, sua presença era agradável aos olhos.

— Você está bem? — ele perguntou, voltando os olhos para onde ela encarava antes dele chegar.

— Não sei como me sinto exatamente. Alívio? Luto?

— Acredito que só o tempo seja capaz de acalmar suas tormentas — falou flexível. — Continua tendo pesadelos? — ela assentiu, sem falar nada. Era notável sua exaustão.

— Fui à cripta hoje — Sansa falou pensativa. — Rickon merece um lugar lá. Todos eles merecem, mas não posso fazer muito mais.

— Tomarei as providencias não se preocupe. Vim até você porque recebemos um corvo branco da Cidadela. O inverno está aqui.

Sansa deu um sorriso mórbido.

— O inverno está aqui e nossa jornada apenas começou. Não quero que me deixe — ela procurou pelos olhos dele.

— Aonde eu iria?

— De volta para a Muralha, para os Caminhantes Brancos. Ouvi Melisandre dizer que é o príncipe prometido.

— A Mulher Vermelha não está mais aqui. Meu lugar é ao seu lado. Quando a hora chegar, lutaremos juntos contra Os Outros.

— Como? Não passo de um peso morto.

— Não diga isso, Sansa. Estamos aqui por sua causa, se não fosse pelo exercito do Vale estaríamos todos mortos.

— Esse é um preço que terei de pagar — falou cabisbaixa, pensando em Lorde Baelish. — Ele vai querer que me case com ele. Prometi aos Deuses que casaria se isso o mantivesse vivo, Jon.

— Os Deuses não iriam querer que passasse por mais um casamento sem amor — tocou a face alva da irmã, a pele era macia. Sansa pôs sua mão sobre a dele.

— Nunca saberei o que é amor. Meu coração é de pedra. — voltou a encarar a neve, sentindo-se confortada pelo frio.

Jon nada disse, apenas permaneceu ao lado dela por longos instantes. Sansa era a Rainha do Norte, Senhora de Winterfell, tinha que perceber aquilo. Os nortenhos precisavam dela. A voz profunda de Davos fora ouvida pelos irmãos, chamando Jon do pé da muralha.

— É uma carta. — disse o cavaleiro das cebolas. — Da Muralha... É de seu irmão.

Sansa despertou de seu devaneio e correu para baixo, tentando ter cuidado com as escadas escorregadias. Irmão? Que irmão lhes sobrara? Tomou a carta em suas mãos, passando os olhos apressada, lendo com uma esperança nascendo em seu íntimo. Jon chegou pouco depois, esperando que ela falasse algo.

— È Bran. Ele está vivo, Jon. Bran está vivo. — ela pulou nos braços do irmão e ele a tirou no chão.

— Vivo? — Jon parecia incrédulo.

— Sim. Na Muralha, a nossa espera. — ela soltou uma gargalhada histérica, que Jon acompanhou.

Não podia acreditar que numa soma de nenhum irmão, passou a ter dois.

— Mandarei homens para buscá-lo imediatamente.

Jon se precipitou para dentro do castelo, voltando logo em seguida, como se tivesse esquecido de algo. Deu um beijo demorado na testa de Sansa, tomando sua face nas mãos.

— Não estamos sozinhos. Nunca mais estaremos sozinhos novamente.  


Notas Finais


É isso. As críticas e sugestões continuam a ser bem recebidas. Me digam o que acharam.


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