História You're everything to me - Two

Eu estava deitada na minha cama, vendo alguns clipes no meu notebook quando bateram na porta do meu quarto:
- Entra. - Eu disse.
- Tem visita pra você. - Disse Elliot e em seguida Amy apareceu na porta. - Vou deixar vocês duas sozinhas. - Ele saiu e fechou a porta.
- Oi. - Disse Amy me abraçando.
- Oi Amy. - Eu sorri.
- O que está fazendo Ally? - Ela perguntou.
- Só ouvindo música. - Eu disse. - Cadê as meninas?
- Lola brigou com os pais e ficou em casa e Jasmine está com o namorado. - Disse Amy. - Como estou sozinha vim fazer companhia pra minha nova amiga.
- Que bom, pois eu já estava começando a ficar com tédio aqui. - Eu disse e Amy sorriu.
- E o Thomas?
- Ele não conversa muito. - Eu disse dando de ombros.
- Amanhã temos aula de Química.
- É, eu sei. - Eu suspirei. - O Thomas é muito esquisito, a única coisa que ele faz é ouvir música e desenhar.
- Tenta conversar com ele amanhã.
- Eu vou tentar.

Eu e Elliot chegamos na escola e nos despedimos na porta da minha sala, quando eu entrei na sala me sentei no meu lugar e as meninas chegaram em seguida me abraçando:
- Você vai tentar falar com ele hoje? - Amy perguntou e eu confirmei com a cabeça.
O sinal tocou e as primeiras aulas passaram rápido, fomos pra cantina e a Jasmine ficou contando sobre o seu namorado, em seguida Elliot chegou com uns garotos, um deles beijou Jasmine e o outro nos cumprimentou:
- Alice, esses são Leonard e James.
- Olá. - Eu disse sorrindo pros garotos.
- Oi. - Eles falaram uníssono.
Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios e em seguida o sinal tocou.
A aula de literatura foi a melhor, o professor falou sobre Shakespeare.
E quando o sinal tocou fomos pro laboratório de Química, me sentei ao lado de Thomas, o professor começou a escrever no quadro e em seguida começou à falar:
- Esse trabalho é pra entregar na segunda, vale 4 pontos, façam com as suas duplas.
Então ele começou a explicar como deve ser feito o trabalho e em seguida começou a explicar um conteúdo novo, como sempre ele passou atividade e eu respondi sem dificuldade, quando terminei fiquei fazendo uns desenhos aleatórios no meu caderno e em seguida ouvi a voz de Thomas:
- O trabalho, vai ser na minha casa ou na sua? - Ele perguntou.
- Pode ser na minha?
- Pode. - Ele disse e me entregou um caderno e uma caneta. - Anota aí o endereço.
Anotei e entreguei o caderno pra ele:
- Conseguiu responder? - Eu apontei pra atividade e ele fez um sinal de mais ou menos. - Precisa de ajuda?
- Sim. - Ele disse e eu o ajudei a responder os exercícios que ele não conseguiu fazer. - Como você consegue entender essas coisas?
- Bom, às vezes eu estudo em casa e quando eu tenho dificuldade meu primo me ajuda. - Eu disse sorrindo. - Que dia você vai lá pra gente fazer o trabalho?
- Hoje à tarde, pode ser?
- Pode.
Então como sempre o professor passou corrigindo as atividades, e Thomas colocou seus inseparáveis fones de ouvido:
- O que está ouvindo? - Eu perguntei.
- Nirvana. - Ele disse e ficamos em silêncio, depois de algum tempo em silêncio, Thomas começou a falar: - Que tipo de música você curte?
- Pop, rock, kpop.
- Toca algum instrumento?
- Violão, e você?
- Violão e guitarra.
- Você tem mesmo cara de guitarrista. - Eu disse e ele sorriu.
Ficamos conversando sobre música até o sinal tocar, arrumei as minhas coisas e fui até as meninas, Amy ficou perguntando o que eu conversei com ele e contei tudo pra ela, encontrei meu primo e nos despedimos das meninas.

- Elliot hoje um garoto vem aqui pra fazer o trabalho de Química comigo, quando ele chegar você me avisa?
- Um garoto?
- Sim, porque?
- Nada, pode deixar eu te aviso.
Entrei no meu quarto e tomei um banho, vesti uma roupa, deitei e acabei pegando no sono.
Acordei com Elliot batendo na porta:
- Entra. - Eu disse.
- O garoto chegou.
- Fala pra ele esperar, eu só vou pegar meu caderno.
- Tá bom.
Fui pro banheiro e lavei meu rosto e corri pro closet pra vestir uma roupa mais comportada, peguei minha mochila e desci as escadas, Thomas estava lindo, estava vestido de preto e mexia no celular, mas quando eu cheguei na sala ele me olhou:
- Oi. - Ele sorriu.
- Oi. - Eu sorri e joguei a mochila no sofá, me sentei ao lado de Thomas e fiquei olhando pra mesinha de centro. - Hm, vamos começar.
Peguei o meu caderno e começamos a fazer o trabalho de jeito que o professor queria, quando terminamos ficamos em silêncio:
- Eu já vou. - Disse Thomas.
- Você está com fome?
- Um pouco.
- Vem lanchar, eu insisto.
- Tá bom.
Fomos até a cozinha e eu servi o lanche pra ele, comemos em silêncio e então ele resolveu quebrar o silêncio:
- Você é tímida assim mesmo? - Ele perguntou.
- Normalmente, não.
- Porque está tão quieta?
- Você quer que eu converse? - Eu perguntei e ele fez que sim com a cabeça. - Sobre o que quer conversar?
- Sobre você.
- E o que você quer saber?
- Qualquer coisa. - Ele disse e fez cara de pensativo. - Porque veio pra Londres?
- Meus pais estão se separando, e eu estava cansada das brigas deles, então meu primo sugeriu que eu viesse morar aqui até tudo se acertar lá no Brasil.
- E quando tudo se acertar você vai embora?
- Não, eu gosto daqui.
- Sua vez, pode perguntar qualquer coisa pra mim. - Ele disse.
- Porque você não conversa com ninguém lá na escola?
- Eu não gosto daquelas pessoas, até agora você foi a única pessoa legal que conversou comigo. - Ele disse e ficamos em silêncio. - Eu tenho que ir pra casa.
- Tá bom.
Ele pegou a mochila dele do sofá e eu abri a porta pra ele:
- Até amanhã Thomas. - Eu disse.
- Até Alice.

As aulas passaram rápido, e já estávamos na aula de educação física, como eu estava "naqueles dias", eu fiquei na sala de aula ouvindo música com a cabeça baixa, percebi quando alguém sentou perto de mim e levantei a cabeça, era Thomas, ele sorriu pra mim e continuou desenhando em seu caderno:
- O que está desenhando? - Eu perguntei e ele me mostrou, ele estava desenhando uma rosa. - É lindo.
- Já está pronto. - Ele disse e fez uma assinatura no desenho, em seguida ele me deu. - Pra você.
- Obrigada. - Eu sorri e fiquei olhando o desenho. - Você desenha bem.
- Ah, obrigado. - Ele sorriu e ficou me encarando.
- O que foi?
- Nada. - Ele disse e desviou o olhar pro caderno, e eu fiquei olhando pro desenho que ele me deu.
- Você não joga na educação física?
- Eu não gosto. - Ele disse começou a escrever alguma coisa no caderno.
- Eu também não. - Ficamos em silêncio mais uma vez, e quando o sinal tocou ele me deu um papel e se foi para o seu lugar.
Fiquei olhando o papel e decidi abrir, sorri quando vi o que estava escrito:
"Quando você vai me passar o seu número de telefone?"
Escrevi o meu número logo abaixo e no final da aula eu entreguei o papel e ele sorriu pra mim.
Eu acho que estou começando a gostar de Thomas Smith.