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História You're My Destiny - I don't fucking care, Takuya.


Escrita por: Konawoo

Notas do Autor


Alor

💓

Capítulo 22 - I don't fucking care, Takuya.


Fanfic / Fanfiction You're My Destiny - I don't fucking care, Takuya.

Depois daquela noite eu havia me viciado, não em drogas, me viciei em me machucar, em fazer cortes pelo meu braço e isso se extendeu indo para a barriga, joelhos, peito, foi ficando cada vez pior, sentimentos de dor e angústia foram crescendo ainda mais que o normal; Eu ando querendo fugir de mim mesmo!

Jisoo andava preocupada e recentemente descobri que ela mantinha o Joon Jae informado de como eu estava, no primeiro momento surtei, mas decidi ela ter essa liberdade já que eu estava dando mais trabalho que o necessário, em casa eu sempre dava um jeito de esconder meus machucados, ele queria me ver à todo custo e eu sempre enrolava, deixava pra outro dia, dizia que tinha coisas pra fazer e eu estou ciente que isso só está piorando as coisas, sim eu estou, mas eu não sei explicar o que eu sinto, é medo misturado com muitas outras coisas, preocupação, insegurança, eu só não consigo mais olha-lo, não depois de tudo que fiz.

-Takuya?- chamou Jisoo do lado de fora do quarto.- Está tudo bem?

Eu estava dentro desse quarto desde à tarde do outro dia.

-Estou bem, não se preocupe.

-Tem certeza?

-Tenho, não se preocupe Soo.

-Tudo bem então, me chame se precisar de algo!

-Ok!- falei simples logo fechando os olhos tentando relaxar, mas meu celular vibrou tirando meu sossego momentâneo. O puxei debaixo do travesseiro e encarei a tela desbloqueando a mesma em seguida.

: Me deixe te ver!

Ele é tão insistente.

:Takuya, eu não vou desistir de você, não estou pedindo que volte também, só preciso te ver.

Realmente, não era nada demais, mas no meu estado como deveria encara-lo? Depois do que eu fiz, depois de magoa-lo e continuar magoando, me sinto podre, não, eu não posso vê-lo.

:Quando?

Eu sou um imbecil.

:Jura??? Vai vir??

:Só me responda, quando?

:Hoje. Eu quero te ver hoje, agora.

Hoje??????

:Tudo bem, me encontre daqui a pouco naquela cafeteria que me levou uma vez!

: Ok.

Inútil. Eu sou um baita de um inútil!

Levantei da cama em um pulo, caminhei até o banheiro e olhei-me no espelho, minha aparência era cansada, meu cabelo estava um lixo, eu estava um lixo. Liguei o chuveiro logo sentindo arrepios percorrerem meu corpo por conta do choque da água quente contra minha pele gélida, ergui um pouco meu braço esquerdo e passei o dedo lentamente sobre os machucados que havia feito noite passada, estava ardendo ainda, doía como o inferno, mas eu tive que suportar, afinal eu mesmo os fiz!

Me arrumei com roupas largas e confortáveis, a blusa como sempre continha mangas longas, uma calça jeans simples e um all star vermelho, lá estava eu caminhando sobre as ruas inquietas cheias de folhas no chão por ser época de outono, pensei na cafeteria e relembrei do dia em que ele me levou lá, foi mais um dos dias preciosos que fiz questão de guardar aqui no peito...

--X--

-Ya, Hyung me diga onde vamos!- remexi- me sobre seus braços. Estavamos deitados na cama aproveitando o tempo e ele havia dito que iríamos sair aquela tarde!- Por favor, me diz.

-Não. É surpresa!- disse deixando um beijo em minha testa.- Não faça esse bico se não eu vou apertar você.

-Eu queria saber o lugar.

-Então vamos nos arrumar que você descobre.

-Mas esta tão bom ficar no seu abraço~

-Vá logo!- sorriu me empurrando pra fora da cama.

No caminho, eu não parava de sorrir, ainda mais olhando pra ele que possuia um olhar sereno e calmo, era a luz que me trazia paz. Ele segurou minha mão, coisa que me fez corar brutalmente por logo estarmos recebendo olhares feios, mas ele me olhou e sorriu como se quisesse dizer para eu não me importar, foi o que eu fiz!

-Uma...Cafeteria?- perguntei confuso

-É, mas não é só isso, seja paciente.- sentou com um olhar que me deixou mais curioso!

-Você ta cutucando onça com vara curta, senhor.

-Essa onça tem o rosto mais lindo que eu já vi então não me importo.

Ele sabia como me atingir e me fazer ficar igual à um tomate, sentei emburrado querendo saber aonde isso ia dar, sou curioso, daqueles que pulam parte do livro para saber o final. Pedimos algo pra comer e na hora que meu pedido chegou eu fiquei embabacado; No meu café havia um desenho, era de um personagem que eu amava e no meu prato onde continha meu lanche tinha um coração feito de ketchup.

-Isso é obra sua?- perguntei olhando para o sujeito a minha frente que já se encontrava sorrindo

-É sim, gostou?- tomou um gole do seu café.

-Joon Jae, você é lindo igual esse lanche.

Nesse momento ele quase se engasgou com a bebida começando a rir sem controle, ri junto por perceber a merda que eu tinha falado, porém era verdade, ele era lindo igual aquele pão repleto de presunto e queijo derretido.

-Você me comparou com um sanduíche????

-É. A diferença é que eu não posso comer você!

-TAKUYA!!

- O quee?? Seu mente suja.

-Você também não é santo.

--X--

Não percebi o momento em que comecei a andar sorrindo e acordei desse transe de memórias assim que o avistei sentado no mesmo lugar que estávamos aquele dia, eu estava poucos passos atrás dele, pensando se deveria voltar e arranjar alguma desculpa, mas algo me disse para continuar! Parei poucos centímetros de seu corpo e o chamei quase inaudível, mas a minha vontade era de me agarrar a ele e nunca mais soltar novamente.

-Joon Jae?- Ele se virou rapidamente com uma expressão de quem não acreditava que eu estava ali, isso só fez eu me sentir pior, num movimento rápido seus braços rodearam meu corpo num abraço intenso, tentei afasta-lo, mas a dor no meu pulso me impediu de forçar seu corpo para trás então apenas esperei ele me soltar. Nesses minutos, nesses malditos minutos eu pude sentir seu cheiro, o cheiro que eu tanto amava sentir quando me deitava ao seu lado para apenas conversamos sobre besteiras.- Hyung...Joon Jae..

-Eu sinto sua falta.- falou baixo

-Não. Agora não. Apenas sente, por favor.

-Desculpe!- Ele fez o que mandei, sentei-me de frente para o mesmo que me encarava num misto de nervoso com ansiedade, dava pra decifra-lo só pelo seu olhar.- Como você está?

-Bem e você?

-Bem..

Grande bosta. Uma montanha de bosta estava sendo esse encontro. Pareciamos dois desconhecidos e isso me incomodava pra cacete, que droga.

-Você..Hmm..Quer comer algo?- perguntou

-Não, eu estou bem.


-O que fez com seu cabelo?- questionou tombando a cabeça pro lado


-Eu gostei dele assim..


-O loiro combina mais contigo, mas você fica lindo de qualquer jeito.


Por que ele tem que ser assim?

-Você brinca com seus dedos quando está nervoso, eu estou vendo você brincando com eles.

-Devia reparar menos em mim.

-Takuya, qual a porra do seu problema? Por que está sendo tão ignorante?

-Eu não estou.

-Está sim. Que merda. Poderíamos conversar normalmente??

-E estamos. Você queria me ver, eu estou aqui, fim da história. Estou sem assunto pra conversar.- mentira.

-Por que está agindo assim comigo?

-Ah mudei de ideia eu quero comer!

Eu estava sendo um puta de um babaca, reconheço meus erros. Chamei a garçonete que logo anotou os pedidos e os trouxe, comi mantendo o fogo somente no lanche, pois sabia que ele estava me encarando.

--X--

Depois de comermos, ele disse que me levaria à grande surpresa e eu obviamente estava ansioso, tanto que pulava e chutava algumas folhas enquanto balançava nossas mãos entrelaçadas para frente e para trás! Quase chegando no local ele tapou meus olhos e me guiou para algum lugar, ansiedade reinava sobre meu peito, segui seus comandos e ao poder enxergar novamente só pude colocar as mãos sobre minha boca e olha-lo em espanto. Nós fomos para o Coex Aquarium.

-Eu lembro do dia que estávamos deitados no chão da sala por conta do calor intenso, você me disse que queria visitar esse lugar, que era o aquário que você mais visitar aqui em Seul, mas eu não tinha como te trazer naquela época, mas jurei à mim mesmo que um dia eu lhe traria aqui e bem...Aqui estamos. Surpresa!- falou olhando diretamente em meus olhos com o sorriso que eu tanto amava, o sorriso de quem sabia o quanto estava me fazendo feliz.- Gostou?

Minha única ação foi me jogar em seus braços e beijá-lo ali mesmo, foi um beijo calmo e sincero, eu queria transmitir o quanto eu o amava através daquele simples selar.

-Joon Jae, eu amei. Você é o melhor!- Vi seu rosto corar de leve enquanto me olhava.- E tem mais uma coisa...

-O que?

-Eu amo você.

--X--

-Não me ignore.- indagou

-Não estou te ignorando, é errado falar enquanto come.

-Ah é? Não me lembro de você ligar pra isso quando morava comigo!- fiquei em silêncio ainda agindo como um babaca.- Takuya, olhe pra mim!- o obedeci e comecei a encara-lo- Volta pra casa.

-Eu já conversei com você sobre isso.

-Mas eu não entendo, por que não volta? Por que não fica comigo?

-Porque..Porque não da. Olha tudo isso que a gente passou, olha ao seu redor, qualquer momento eu posso ser morto se for pego aqui contigo!

-Já te falei que agora o problema não é nós dois..

-Mais um motivo pra cada um seguir sua vida e ficar em casa, menos risco de levar um tiro na cara.

-Ninguém aqui vai levar tiro nenhum. Para com isso. Volta pra casa, volta pra mim!

-Eu não vou voltar, que merda, entenda que não da mais.- levantei em fúria o encarando, meus nervos estavam a flor da pele, mas por minha causa, por estar me odiando mais do que nunca.- Nada vai se resolver e se Deus gostar de mim, amanhã eu acordo vivo sem nenhum arranhão no rosto. Se cuida, já deu por hoje.- sai sentindo as lágrimas tomarem meus olhos.

-Takuya..- chamou segurando meu pulso, o que resultou na minha expressão de dor e seu olhar preocupado.

-O que é? Me deixa em paz.

-Takuya, você ainda me ama?

Senti meu coração doer como se vários alfinetes estivessem o espetando, obviamente eu o amava, eu o amo mais do que tudo nesse mundo. O olhar triste sendo direcionado à mim me machucava, o aperto em meu pulso me machucava, tudo me machucava, então..

-Não.

Então por que eu continuo insistindo em negar tanta coisa?

Soltei- me de seu aperto e andei o mais rápido que pude enxugando minhas lágrimas teimosas, pelo retrovisor de uma moto estacionada pude ver seu rosto entristecido, corri o mais rápido possível pra casa. Meu pulso ardia como se tivessem jogado ácido nos cortes, tudo que eu queria era desaparecer dali!

Cheguei aos prantos em casa correndo direto para o quarto, Soo veio à meu encontro e quando viu meu estado se preocupou de imediato!

-O que houve? Takuya, pelo amor de deus,  o que foi???

-Por..Por que amar alguém ma- machuca tanto, Soo?

-Oh querido, venha aqui.- colocou minha cabeça sobre seu colo!- A pergunta certa é o por que você continua se torturando desse jeito?! Você sabe que o ama e continua aí chorando pelos cantos.

-Eu não posso voltar, ele vai se machucar.

-Mais?? Um tiro pra ele agora seria uma bênção. Ele não pode e nem aguenta viver sem você, isso é fato.

-Ele não deve depender de mim.

-Ninguém deve depender de ninguém, querido, mas acontece..O amor é uma droga que cria dependentes, você não se imagina sem aquela pessoa, ou seja, ele não se imagina sem você.

-Pode me deixar sozinho? Por favor.

-Aish, tudo bem, mas se eu fosse você deixava de cu doce e..

-SAI!

-Ta bom.

Me joguei de barriga pra baixo na cama respirando fundo, fiquei naquela posição por um bom tempo, olhei para a porta do banheiro logo levantando indo em direção à ela, abri a gaveta, peguei aquela conhecida lâmina e voltei a me sentar na cama. Puxei a manga de meu braço esquerdo e o encarei cogitando em realizar tal ato novamente! Eu não deveria, vai doer, mas vai ser um alívio tão grande.

Posicionei o objeto em meu pulso, respirei fundo e no instante que iria descontar toda minha angústia em minha pele, Jisoo bateu na porta; Joguei a lâmina em qualquer canto mesmo me lembrando de procura-la depois pra não preocupar a garota, mandei-a entrar e seu rosto não me agradou muito.

-Você vai me odiar por isso, me desculpa!- indagou e Joon Jae surgiu atrás dela.

-O que faz aqui? Como soube que eu estava aqui?

-Eu segui seus passos, não sou tão imbecil assim.

-Ah sim, você é.

-Pode nos deixar a sós?- perguntou logo obtendo o assentir da garota.- Ok! A gente vai conversar.

-Eu não tenho nada pra conversar com você.

-Não me importo. Por que está sendo um imbecil? Hein? Por que fica negando as coisas pra mim sendo que eu te conheço?!- disse se aproximando com os braços cruzados

-O único imbecil aqui é você que ainda insiste em mim sabendo da merda que pode te acontecer.

-Eu não me importo.- cada vez mais perto...

-Se afasta!

Não obtive resposta nenhuma além de seus lábios colados aos meus, tentei empurra-lo, mas a dor veio novamente e eu desisti. Meu corpo foi suavemente deitado sobre o acolchoado, a saudade dos seus lábios fez tudo ficar mais intenso, seu gosto era o mesmo, doce; Continuava com a mesma maciez, seu cheiro começou a consumir meu psicológico e eu somente queria mais daquilo!

-Takuya..- falou olhando em meus olhos como se procurasse minha alma assim que separou nossos lábios.- Você ainda me ama, não é?


Notas Finais


Perdoa a demora e não desistam de mim, agora deixa eu correr...

Um beijo e até o próximo capítulo ❤


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