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História You're my Fallen Angel - Pode me chamar de Williams


Escrita por: drinkblood

Notas do Autor


Essa semana eu estou inspirada! Como um pedido de desculpas pela demora, aqui está mais um!!
Espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 12 - Pode me chamar de Williams


Fanfic / Fanfiction You're my Fallen Angel - Pode me chamar de Williams

Refiz meu caminho correndo para onde Maven estava. Ele estava agachado no chão, limpando o sangue dos lábios. Me senti culpada.

- Maven, você está bem? – Falei me agachando na frente dele, projetando seu rosto contra a luz da lua para ver o estrago que Jett tinha feito.

- Estou bem. – Ele disse rindo. – Quem é ele?

Mordi meu lábio inferior antes de responder.

- Meu melhor amigo.

- Ele tem um gancho de esquerda perfeito. – Maven observou, esfregando a mandíbula.

- Acho que você devia ir pra casa. Já está escuro.

- O que você está fazendo aqui, a propósito? – Ele perguntou se levantando. – Você costuma andar por aqui com essa escuridão toda? Pode ser perigoso, Kirsten.

- Eu não tenho medo do escuro. Já estou acostumada. – Eu disse, segurando meu arco com mais força.

- Tudo bem, mas não é a coisa mais sensata a se fazer depois de presenciar um assassinado. Acho melhor...

Um rosnado ecoou floresta a dentro e alguns pássaros voaram acima de nossas cabeças. Engoli a seco, olhando ao redor.

- O que foi? – Maven perguntou com o cenho franzido.

- Você não ouviu? – Perguntei ainda olhando por entre as árvores.

- Ok, não tente pregar peças em mim, Kirsten.

- Eu não estou...

O rosnado se aproximou. Posicionei meu arco e flecha, me colocando na frente de Maven.

- Kirsten... – Ele sussurrou e eu senti um gelo percorrer minha espinha.

E então estava lá. Os pares de olhos flamejantes me encarando, observando. Analisando.

- Acho melhor você sair daqui. – Falei em um sussurro.

- Eu não vou a lugar nenhum, o que está acontecendo? – Ele perguntou, sussurrando de volta.

Disparei uma flechada em direção ao rosnado. Ouvi um grunhido e então a coisa correu. Não hesitei em correr atrás. Eu precisava de respostas.

- Kirsten! – Ouvi Maven gritar, mas ignorei.

Eu corria a toda a velocidade, arranhando meus braços nos galhos mais baixos. Vi a coisa me olhar de relance enquanto corria mais à frente. Disparei uma flecha novamente.

A coisa uivou e parou. Corri e parei a uns dois metros de distância. Parecia um animal. Droga.

Chutei galhos com frustração quando um par de mãos me agarraram.

Gritei, desferindo chutes para me soltar.

- Shhhhh. – Quem quer que fosse sussurrou.

- Quem é você? – Perguntei. – Me solte!

A pessoa me soltou. Virei empunhando o arco e a flecha. O reflexo da lua iluminou o rosto do homem. Ele tinha a aparência jovem. O cabelo comprido. Me parecia vagamente familiar.

- Você tem me causado problemas, Kirsten.

- Como diabos você sabe meu nome? – Perguntei me aproximando com a flecha empunhada. – Que droga é essa que vem me perseguindo?

- É um Hellhound. Ele tem observado você por um tempo.

- Quem. É. Você? – Perguntei pausadamente.

- Estou aqui para te proteger, mas isso tem me custado muito.

Franzi o cenho.

- Eu não entendo.

- Digamos que eu estou infringindo mil regras por ter descido até aqui. – Ele disse encostando-se em uma árvore. – Existem pessoas atrás de você, Kirsten. De você e de Jett.

- Qual é o seu nome? – Perguntei, abaixando o arco.

- Pode me chamar de Williams.

Williams. Esse nome era muito familiar.

- Você...

Vasculhei em minha mente onde eu tinha ouvido esse sobrenome.

- Jett Williams.

Arregalei meus olhos, olhando para ele.

- Você é o amigo dos meus pais. Aquele que morreu... – Tudo fez sentido. – Você é o amigo de Nora. Ela nomeou o filho dela por causa de você.

Ele riu e o aperto em meu peito aliviou.

- Por que você nunca desceu aqui? – Perguntei também me apoiando em uma árvore.

- Eu não posso, Kirsten. Quando o céu meu deu uma segunda chance, o trato era eu me desapegar da terra. Eu estou proibido de vir aqui. Até eu ver a confusão que está lá em cima.

- Meus pais nunca quiseram me explicar o que aconteceu. – Falei, esperando ele me explicar.

- Não posso te contar muita coisa, Kirsten. Você parece ser teimosa como Nora, mesmo sendo filha da melhor amiga dela.

- Você sabe o que aconteceu com aquele garoto que foi assassinado na floresta? – Pressionei ele. – Droga, Williams! Existem vozes falando comigo. Eu estou apavorada.

- Desculpe, eu não posso. – Ele falou, prendendo o cabelo em um coque. – Só te aconselho em não ficar andando por aqui sozinha. Tem muito mais desses espalhados por aí.

Nós ficamos olhando para o corpo inerte do animal que eu havia matado. Hellhound.

- Obrigado por estar me observando, e por contar quem é você. – Falei em um sorriso.

- Não conte para ninguém que tivemos essa conversa. Preciso subir de volta, Kirsten.

- Tudo bem. Obrigado.

- Me prometa que vai ficar longe de confusão, Kirsten. Estou tentando evitar uma tragédia.

- O que você quer dizer? – Perguntei franzindo o cenho.

Jett abriu as asas brancas. Fiquei boquiaberta. Elas pareciam ser macias ao toque. Dei um passo à frente.

Ele pegou impulso e voou sobre as árvores. Fiquei observando enquanto ele sumia entre as nuvens.

Refiz o caminho com o corpo levemente trêmulo. Alguém estava atrás de mim. Atrás de Jett. E eu precisava falar pra ele. Se ele se machucasse, minha vida acabaria. Mesmo eu sendo uma filha da puta e pisoteando o coração dele. Era mais do que um dever meu protege-lo.

Maven já tinha ido quando eu passei pelo mesmo lugar que estávamos. Corri para sair da floresta. Saquei meu celular do bolso e liguei para Jett. Caixa postal.

Rangi meus dentes tentando imaginá-lo olhando para a tela e me ignorando.

Corri até o outro lado da rua, me aproximando da casa dele. Deixei meu arco e minha aljava por detrás de um arbusto e subi as escadas, tocando a campainha.

Nora atendeu me oferecendo um sorriso caloroso.

- Kirsten! – Ela olhou para minhas roupas e as minhas luvas. O sorriso dela morreu. – Onde você...

- O Jett está? – Perguntei sorrindo.

- Ele está fazendo trabalho da faculdade. Quer entrar?

- Obrigado. – Agradeci beijando sua bochecha. Subi correndo as escadas.

- Jett! Preciso falar com... – Abri a porta e congelei.

Ele estava sentado na cadeira giratória de seu quarto na frente do notebook enquanto uma garota ruiva estava deitada de bruços em sua cama anotando alguma coisa em um bloco de notas.

Jett olhou para mim e o sorriso em seus lábios morreu quando ele me viu.

- Kirsten. Não ouvi você bater, desculpe.

Cínico. Ele sabia que eu não batia.

- Hmmm, tudo bem. Você está ocupado. Depois conversamos.

A garota olhou para mim e sorriu.

- Você deve ser a melhor amiga que ele tanto fala. – Ela se sentou na cama. Fiquei encarando o short minúsculo que ela usava. – Sou Hannah. Muito prazer.

Forcei um sorriso e me virei, fechando a porta.

Caminhando pelo corredor, ouvi a porta sendo aberta e Jett correndo atrás de mim.

- Kirsten!

Me virei, olhando para ele.

- Você não me deve explicações, lembra?

- Eu não ia me explicar. – Ele disse franzindo o cenho e eu senti um soco no estômago. – O que você queria falar?

- Eu mando uma mensagem depois, não queria interromper.

- Não faz isso. – Ele disse dando dois passos, segurando minha mão.

Meu olhar vagou pelo seu rosto até a orelha direita. Estava com um curativo.

- Desculpa pela flechada.

- O que você queria conversar? – Ele perguntou, ignorando o meu pedido de desculpas.

Soltei sua mão da minha, forçando um sorriso. Olhei para trás e Hannah estava encostada no batente com o bloco de notas na mão, nos observando.

- Ela está te esperando. – Falei, indicando a garota com meu queixo.

Jett suspirou e foi caminhando de costas, ainda com os olhos fixados nos meus.

Dei meia volta e desci as escadas.

- Uma visita tão rápida? – Patch perguntou sentado no sofá com Nora deitada no colo dele assistindo alguma coisa na TV.

- Ele está ocupado. – Falei forçando um sorriso. – Volto depois.

Patch ergueu uma sobrancelha, me analisando e tentando encontrar um resquício de ciúmes. Não dei esse prazer para ele. Era absurdo o quanto Jett e Patch se pareciam. Chegava a ser irritante.

- Depois da morte de Jett Williams, vocês nunca mais se viram? – Perguntei e Nora olhou para mim de olhos arregalados.

- Por que a pergunta?

Ela olhou nervosa para Patch que massageou seus ombros.

- Eu só estava vendo umas fotos nas coisas do meu pai. Ele parecia ser um cara legal.

Nora sorriu aliviada.

- Só o vimos uma vez através de uma visão. Depois disso, nunca mais.

Assenti e sorri.

- Tchau.

- Tchau querida.

Fechei a porta e saí pela, pegando minhas coisas no jardim. Lancei um olhar para a janela do quarto de Jett. Meu estômago se revirou.

Jett, já sem camisa, fechava a cortina.

Bem, carma era uma merda.


Notas Finais


Até o próximo s2


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