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História You're my Fallen Angel - Hellhound


Escrita por: drinkblood

Notas do Autor


OK! 4 MESES DE SUMIÇO.
Eu deixo vocês colocarem meu corpo pra oferenda. Não vou inventar desculpas, mas eu dei um tempo pra cuidar de mim um pouquinho. Não andava muito bem.
Até que uma de vocês me descobriu no twitter e eu tive que lidar com a culpa diária de que precisava voltar a postar os capítulos!
Não desisti de vocês, ok? Eu também estava com um bloqueio criativo dos infernos, mesmo tendo o roteiro da fanfic.
Mas agora vai!
Vou passar a tarde escrevendo e vou postando os capítulos.
Não desistam de mim!
Boa leitura <3

Capítulo 13 - Hellhound


Fanfic / Fanfiction You're my Fallen Angel - Hellhound

POV – Jett

- Por hoje já deu. – Falei, tirando minha camisa e fechando a janela. – Vá pra casa, Hannah.

Olhei de relance para ela que fazia um biquinho e colocava os papéis ao lado dela na minha cama. Era estranho ver outra garota deitada tão à vontade no meu quarto, quando na verdade apenas uma podia fazer isso com tanta liberdade.

- Você está tão estranho. – Ela se colocou de pé e caminhou até mim, apoiando as mãos no meu peito.

Me senti claustrofóbico.

- Hannah...

- Duas semanas atrás você estava bem. Nós estávamos bem, Jett. Que diabos aconteceu?

- Hannah – falei suspirando e passando as mãos pelos cabelos – nunca houve “nós”. Eu só...

- Foi ela, não foi? – Ela me lançou um olhar acusatório para a porta. – Sua amiguinha não gosta de mim. Aquela filha...

- É bom você fechar a boca antes de pensar em ofender Kirsten. – Falei, irritado. – E não, não é por causa dela. Foi coisa momentânea, Hannah. Vocês veem isso o tempo todo. Caras desinteressados. Eu pareço estar interessado em você agora?

- Você é um babaca.

Observei enquanto ela calçava o tênis e enfiava os cadernos dentro da mochila. Me senti péssimo.

Eu nunca fui o tipo de cara babaca que dispensava meninas depois de ficar por alguns dias. Hannah infelizmente cruzou o meu caminho quando eu estava no fundo do poço. Me sentindo doente por nutrir um sentimento tão forte por Kirsten. Ficamos por alguns dias. Não avançamos. Apenas beijos e nada mais.

Mas no momento eu estava exausto e não estava com ânimo de dar explicações.

- A gente se vê amanhã.

- Vá se foder, Cipriano.

Me encolhi quando a porta bateu e me joguei de cara na cama. Minutos depois a porta entreabriu e meu pai entrou.

- Está tudo bem, campeão?

Murmurei “uhum” com a cara no travesseiro quando senti o colchão ceder com o peso do corpo do meu pai.

- Acho que sua amiga não saiu daqui muito contente.

Virei de costas e encarei meu pai, que estava com um sorrisinho nos lábios.

- Não posso fazer nada a respeito. Você sabe. Eu arraso corações.

Meu pai riu e eu ri com ele, sentindo um peso sair de cima do meu peito.

- Kirsten também não saiu com cara de bons amigos.

- Acho que esqueci de tomar banho hoje. – Falei e meu pai soltou uma gargalhada.

- Como vocês estão?

Encarei o teto, pensando se devia contar a ele o que aconteceu na floresta. Que eu tinha visto ela beijar aquele babaca e o quanto isso dilacerou meu coração em pedacinhos sortidos. Que minha vontade era ter encostado ela naquela árvore e beijado de modo que ela esqueceria os lábios de qualquer outra pessoa.

- Acho que estamos bem. Preciso ligar pra ela, aliás. Ou ir lá na casa dela. – Falei me sentindo um mentiroso. - Não conseguimos conversar hoje cedo porque eu estava fazendo coisas da faculdade.

Meu pai me encarou por uns segundos e então sorriu, assentindo com a cabeça.

- Tudo bem, Jett. Vou deixar você arrumar suas coisas.

Bati o punho cerrado no punho do meu pai, que se levantou e saiu do quarto.

Como se fosse algum tipo de brincadeira do destino, a foto de Kirsten iluminou a tela do meu celular.

- Oi.

- Oi.

Silêncio.

- Você pode falar agora?

- Posso. – Falei, encarando o teto.

- Ahn... eu...

- Você...?

- Jett, eu preciso de você aqui. Agora.

Não sei se foi coisa da minha cabeça, mas tive a impressão que a voz de Kirsten estava falha.

- Kirsten, você está bem?

- Eu não sei. – Ela sussurrou.

- Me dê dois minutos.

Com o celular entre a cabeça e o ombro, vesti minha camiseta e pulei a janela, correndo até a casa dos meus tios.

Desliguei o celular e toquei a campainha. Kurt abriu a porta e sorriu pra mim.

- Jett. Oi, tudo bem?

- Tudo. Preciso falar com a Kirsten.

- Oi Jett! – Vee apareceu atrás de Kurt. – Ela está lá em cima, pode entrar!

Sorri e tirei meu tênis, correndo escada a cima.

- Você vai pegar um resfriado! – Ouvi Vee gritar e sorri, balançando a cabeça. Algumas coisas nunca mudavam.

Abri a porta do quarto, que estava vazio. Meu coração se apertou.

Até eu ver a luz do banheiro fugindo das frestas da porta. Suspirei aliviado.

Me sentei na cama de Kirsten, olhando seu notebook que estava aberto em uma página de pesquisa. Várias guias estavam abertas com o mesmo tema.

“Hellhound.”

“Lendas e verdades sobre Hellhounds.”

“Depoimentos sobre lobos de olhos vermelhos assombrando as florestas do mundo todo.”

Senti meu coração acelerar. Que diabos estava acontecendo?

A porta do banheiro se abriu e vi Kirsten sair com os cabelos molhados. A toalha envolvia sua pele pálida de modo que estava quase caindo. Engoli em seco.

Quando os olhos dela se encontraram com os meus, não disse nada, mas pude ver seus olhos se arregalarem brevemente.

Fiquei inquieto quando peguei o notebook e virei para o lado oposto do quarto, para que ela pudesse se trocar.

- Jett.

Ouvi sua voz e olhei para ela. A respiração travou na minha garganta.

Kirsten estava apenas de calcinha e sutiã olhando para mim com seus olhos escuros. Me senti trancado em um quarto sem oxigênio. Sua pele era tão pálida que eu podia ver o contorno de suas veias no pescoço, nos punhos e nas mãos. E eu queria tocar...

- Jett. Você ouviu o que eu falei?

Encarei seu rosto, que dispunha de um sorrisinho discreto.

- Perdão, eu não estava prestando atenção. O que disse?

- Você pode me emprestar sua camiseta?

Pisquei e assenti lentamente, depois rapidamente. Tirei minha camiseta preta e entreguei a ela.

Ela vestiu e caminhou até mim, sentando na cama.

- O que é tudo isso? – Perguntei, apontando para as pesquisas.

Eu tinha noção de tudo. Da sua pele quente, da respiração calma e controlada, da ponta dos dedos dos pés que estavam gelados assim como os da mão.

- Você não pode contar pra ninguém o que eu vou te contar agora, tudo bem? Ou alguém pode entrar em problemas por nossa causa.

Franzi o cenho.

- Você sabe que não compartilho nada que conversamos.

As mãos de Kirsten tocaram meus ombros, subindo pelo pescoço e parando em minhas bochechas. Ela analisou tudo.

Minha mandíbula, meu nariz, minha boca, meus cabelos e por fim meus olhos. Fiquei sem ar quando notei que ela também estava sem ar.

E então observei seus olhos marejados, sentindo o pânico subir pelo seu corpo e atingir o meu.

Ela respirou fundo.

- Cães do inferno estão atrás de mim.


Notas Finais


Até o próximo capítulo! beijos <3


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