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História You're my Fallen Angel - Eu não me importo


Escrita por: drinkblood

Notas do Autor


Olá meus amores!!! Perdão pela demora, até escrevi ele um pouquinho mais longo.
Eu vou viajar amanhã e eu vou ficar um tempinho fora, mas durante a viagem eu vou escrever os capítulos e quando der eu vou postando. Lá é ruim de internet.
Enfim, espero que gostem desse capítulo.
Um 2017 maravilhoso pra vocês e obrigado por tudo <3

Capítulo 5 - Eu não me importo


Fanfic / Fanfiction You're my Fallen Angel - Eu não me importo

Desci as escadas sentindo as paredes meio que se fecharem ao meu redor. Ao chegar na sala, percebi que meus pais não estavam mais na casa de Jett. Peguei minha aljava, meu arco e saí porta a fora. Não antes de dar uma olhadela para cima e ver Jett me observando pela janela com o celular na orelha.

Engoli o bolo que se formava na minha garganta e corri até a minha casa. Era de manhã, mas eu já sentia o suor escorrer sob minha roupa como se eu já tivesse corrido uma maratona. Correndo mais alguns minutos avistei a minha casa. Ela era realmente enorme, como aquelas casas de campo que vemos em filmes. A janela do meu quarto estava aberta, certamente obra de minha mãe para arejar o ambiente.

Meu pensamento voou diretamente para Jett e o telefonema, mas soltei uma risada balançando a cabeça. Desde quando eu em importava? Eu tinha minhas próprias merdas para resolver. Eu não tinha tempo a perder com coisas fúteis.

Subi as escadas de madeira polida da entrada da minha casa e deixei minhas coisas sobre a cadeira de balanço que ficava na varanda. Larguei minhas botas na entrada e entrei em casa. A gritaria preencheu o ambiente quando vi aquele vulto loiro saltar sobre mim.

- KIS! – Trevor gritou, me derrubando contra o chão.

- AI! Trevor! – Gritei, rolando sobre ele com cuidado enchendo ele de cócegas.

- Kis, para! – Ele gritou de volta, soltando uma gargalhada contagiante.

Todo o peso acumulado saiu no momento que eu ouvi a risada do meu irmãozinho.

- Você acordou agora? – Perguntei tirando os fios loiros de seu rosto.

- Sim, eu estava esperando você para a gente brincar com meus novos quebra-cabeças de dez mil peças. – Ele falou com seus grandes olhos ansiosos.

Beijei sua testa e me levantei, ajudando ele a levantar também.

- Amanhã eu prometo que vou brincar com você até eu chorar de cansaço, ok? Eu preciso sair para fazer alguns... ahn. Alguns trabalhos da faculdade.

Ele olhou pra mim fazendo bico e eu senti uma pontada por estar mentido para ele. Mas ele rapidamente deu de ombros.

- Ah, tudo bem. Eu vou na casa do Markus para a gente começar o quebra cabeça. Aliás – ele falou erguendo o dedo e abrindo aquele sorrisão que eu tanto amava – eu tenho catorze anos e definitivamente não preciso de você.

- Ah, seu pequeno babaca. – Falei dando risada.

Caminhei até a cozinha, sentido a garganta implorar por água. Ao abrir a porta me deparei com minha mãe sobre o balcão, se atracando contra meu pai.

Eles estavam tão empolgados que não perceberam minha movimentação de pegar o copo e ir até a geladeira pegar uma garrafa d’água. De propósito, bati a garrafa com força sobre a mesa e minha mãe deu um salto como se o balcão estivesse pegando fogo.

- Jesus! Kurt, sai. – Ela disse vermelha de vergonha, empurrando meu pai que caia na risada. – A quanto tempo você está aqui?

- A pouco tempo, graças a Deus. Eu realmente não gostaria de ver outra coisa. – Eu disse com a boca contra o copo de vidro.

- Você está bem, filha? – Meu pai perguntou visivelmente preocupado.

- Estou bem, pai. Ah, vocês deixaram o Trev ir na casa do Markus? – Perguntei, indo até a pia lavar o copo.

- Eu deixei.

- Eu não deixei.

Meus pais falaram simultaneamente e eu revirei meus olhos.

- Se entendam, ele está todo empolgado. Ah, estou de saída.

Minha mãe olhou diretamente para o meu pai, que soltou o ar.

- Filha...

- Pai, vocês não podem me prender aqui, ok? Eu tenho trabalho da faculdade para fazer. Não é porque eu não sou totalmente humana que eu não preciso ter uma vida normal. – Falei cruzando meus braços.

- KIRSTEN! – Minha mãe falou, olhando pela porta da cozinha. – Nós já tivemos essa conversa. O Trevor não precisa saber disso agora.

- Tudo bobagem. Eu não sei pra que fazer isso com ele. Ele vai descobrir um dia e vai ser pior. – Eu disse balançando minha cabeça.

Quando minha mãe foi argumentar, eu celular tocou. Vi a foto dele iluminar a tela do aparelho e eu o sacudi no ar.

- Tenho que ir. – Falei correndo até a sala e seguindo para o meu quarto.

- Kirsten! – Minha mãe gritou, mas eu continuei correndo escada a cima.

- Kurt, pelo amor de Deus, faça alguma coisa... – Ouvi minha mãe gritar no andar de baixo e suspirei.

Deslizei a tela para a lateral e atendi.

- Oi.

- Você vai? – Ele me perguntou com a voz ansiosa e eu assenti com a cabeça, mesmo que ele não pudesse ver.

- Mas é claro, vou tomar um banho e trocar de roupa. Logo mais estou aí.

Desliguei a chamada e corri para o chuveiro. Eu não era aquele tipo de garota que demorava horas no banho, depois mais horas arrumando o cabelo e depois mais horas se maquiando. Em vinte minutos eu já estava puxando o zíper de minhas botas de cano longo.

Me olhei no espelho e soltei uma risada fraca. Eu me achava bonita. Modéstia cem por cento a parte. Meus cabelos caiam como ondas negras, assim como meus olhos que pareciam ser engolidos pela escuridão. Eu não era o tipo gostosona, mas o meu corpo era ótimo devida as atividades físicas que eu nunca abria mão.

O short era curto demais, diria meu pai. A blusa curta demais, diria ele também. Mas eu realmente não ligava.

Peguei meu celular e joguei minha mochila nos ombros, correndo escada abaixo.

- Você vai fazer trabalho de faculdade com essas roupas? – Trevor perguntou e eu mostrei a língua para ele, que revirou os olhos para mim. Seus olhos estavam com um brilho e eu percebi que algo estava errado. Caminhei até ele, agachando até nossos olhos ficarem no mesmo nível do sofá. Ele tinha catorze anos, mas era só um pouco mais baixo que eu.

- Papai e mamãe não deixaram você sair? – Perguntei e ele negou com a cabeça.

Soltei um suspiro.

- Por que diabos vocês não deixaram o Trevor ir na casa do Markus? – Gritei lá da sala e a discussão começou.

Minha mãe saiu da cozinha agitando as mãos e listando um milhão de motivos para que Trevor não pudesse sair de casa. Meu pai suspirava e tentava me explicar que ele não tinha proibido meu irmão.

- Vocês me cansam. – Eu falei revirando meus olhos e minha mãe fez cara feia.

- Onde você vai com essa roupa?

- Mãe, eu vou sair. Por favor, deixem o Trevor sair. Ele já está grande e o Markus mora no fim da rua. – Falei, ajeitando as alças da mochila.

Fui até meu pai e abracei ele, que me envolveu com seus braços fortes. Eu poderia ficar abraçada com ele a vida toda, que eu me sentiria protegida.

- Eu te amo pai. – Eu falei e ele assentiu, beijando minha testa.

- Também amo você, filha. Tenha cuidado. Se precisar de mim, você sabe que pode me ligar, mandar mensagem. Até... – Ele olhou para Trevor que estava muito ocupado olhando dentro da caixa de quebra-cabeça e tocou minha têmpora. – Até me gritar.

- Eu sei, pai.

Minha mãe me olhou e balançou a cabeça.

- Eu realmente não sei onde essa família vai parar se eu continuar falando “não” e seu pai “sim”.

- Mãe, a diferença é que meu pai confia em mim. – Eu respondi, engolindo a chateação.

Saí pela porta, acenando para meus pais quando avistei a caminhonete vermelha parar no fim da rua. Segurei as alças da minha mochila e corri até lá, mesmo com os saltos das botas me castigando.

- Olha como você está linda! – Kathy falou de cima da traseira da caminhonete. O resto das meninas acenaram para mim e eu sorri.

Kathy estendeu a mão para mim e eu subi com elas e a caminhonete acelerou. Eu sentei na beirada, me inclinando para o banco do carona onde Taylor estava sentado. Ele parecia mais bonito.

- Hey. – Ele falou com os olhos verdes analisando meu rosto. Eu me inclinei, depositando um beijo em seus lábios.

- Hey. – Respondi em um sorriso. Ele me olhou de um jeito travesso e colocou a cabeça para fora, para ver onde eu estava sentada.

- Você consegue entrar aqui com a caminhonete andando? – Ele me perguntou e eu fiquei de pé na traseira do carro. Segurando nas barras do bagageiro no teto da caminhonete, apoiei meus pés na janela.

Olhei para as meninas que gritavam incentivos para mim e eu sorri. Taylor segurou minhas pernas me puxando para dentro com cuidado, até que eu estava contada em seu colo com os braços em volta de seu pescoço.

- E aí, gata. – Max falou, tirando o olho da estrada só para dar uma olhadela para mim.

- E aí Max. – Falei e voltei a olhar para Taylor.

Ele inclinou a cabeça para o meu pescoço, inspirando.

- Cheirosa pra caralho.

Eu soltei uma risada e um grito quando a caminhonete deu um solavanco, e eu agarrei em seus braços.

Quando abri minha boca para fazer alguma piadinha pervertida, senti meu celular vibrar no sutiã.

- Virem os olhos para lá. – Apontei para a estrada.

Taylor olhou para mim sem entender e eu ri, colocando a mão no sutiã e tirando o celular. Ele deu um sorrisinho safado e apertou minha cintura.

Quando eu vi o nome na tela, meu coração acelerou. Coloquei a mão sobre os lábios de Taylor quando atendi.

- Pode falar.

- Kitty, tem como você vir aqui correndo? Preciso te mostrar uma coisa.

Por que ele não mostra para a tal “meu amor” do telefone?

- Quem é? – Taylor perguntou com uma risadinha. Max ligou o rádio.

- Porra, abaixa isso aí. – Falei para Max. Taylor apertou minha cintura e eu ri. – Tira a mão daí também, porra, tô no telefone.

- Ahn... você não está em casa? – Jett perguntou e a culpa apertou. Logo a obriguei a ir embora.

- Não. Não posso falar agora, desculpa. – Falei com a voz firme, tentando não passar indiferença. Ou culpa.

- Ah, tudo bem então. Quando você voltar a gente se fala.

- Ok. Tchau, Jett.

- Espera... – Ele falou e a linha ficou muda.

- O que? – Perguntei com o coração martelando no peito.

- A pessoa no telefone, é... hoje cedo, lembra? É... – Eu o interrompi com uma risada forçada.

- Jett, relaxa. Eu realmente não me importo.

A linha ficou muda.

- Depois nos falamos.

Não esperei ele responder. Desliguei. A dor se alastrou, mas eu me obriguei a ignorar. Eu tinha dezenove anos, tinha algum monstro doido atrás de mim e o cara que eu estava sentada no colo não fazia ideia que nem humana eu era. Me perdoasse o mundo, mas eu tinha o dever de me sentir normal pelo menos uma vez na vida. Guardei o celular no sutiã novamente e levei meus lábios até os de Taylor, e minha mão até o botão do volume.

As meninas gritaram em comemoração no lado de fora. Soltei meus lábios dos dele sem fôlego e ele olhou para mim com as pupilas delatadas e uma das mãos na minha coxa.

- Porra, hoje vai ser muito divertido.


Notas Finais


Beijos s2s2s2


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