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História You're My Home - Eu Não Sou Covarde


Escrita por: anagranger

Notas do Autor


Boa noite pessoal!!!
Postando mais um capítulo pra vcs
Espero que gostem!!!

Capítulo 4 - Eu Não Sou Covarde


Fanfic / Fanfiction You're My Home - Eu Não Sou Covarde

Lauren’s POV

 

Eu não sei o que deu em mim para convidar a senhorita Cabello para ir na palestra do meu pai, mas quando eu vi sua expressão envergonhada diante de toda a sala eu queria ajudá-la de alguma forma. E levá-la na palestra me pareceu uma boa solução. Agora eu só precisava explicar isso para o meu pai.

A oportunidade surgiu na mesma noite.

Estava saindo da escola quando meu celular tocou. Era Taylor:

- Fala, pirralha. – Disse enquanto entrava no carro.

- Não me chama de pirralha. – Ela revidou. – Só estou ligando porque a mama mandou te chamar para jantar.

- Mesmo horário de sempre? – Perguntei.

- Claro. – Ela respondeu. – Até depois.

-Até.

Nós desligamos e eu segui meu caminho para casa.

Era costume da minha família reunir a todos para as refeições. Já que era raro meus pais estarem em casa e conseguirmos fazer as refeições juntos, sempre que possível nós nos reuníamos para conversar. Isso não mudou depois que eu me mudei e eu sempre acabava indo jantar ou almoçar com eles.

Era a oportunidade que eu precisava para conversar com o meu pai.

Já a noite segui para a casa dos meus pais.

Quando cheguei minha mãe estava na cozinha, terminando o jantar. Eu segui para lá:

- Mama, cheguei! – Avisei e me aproximei para abraçá-la.

- Hija, que bom que chegou. – Ela falou. – Tudo bem?

- Tudo. E vocês?

- Tudo sim. – Ela respondeu. – Por favor, chame seu pai e seus irmãos para o jantar.

Eu segui até a escada, e quando cheguei ao pé dela, gritei:

- O JANTAR ESTÁ PRONTO!

- Se fosse para gritar eu mesma teria gritado, Lauren. – Disse minha mãe da cozinha

- Nem parece que recebeu educação. – Chris falou enquanto descia as escadas seguido de Taylor. – Todo o dinheiro que a mama e o papa gastaram com você foi jogado no lixo. Nem parece que frequentou as melhores escolas de Miami.

- Fica quieto, moleque. – Falei os seguindo até a mesa.

Meu pai logo desceu e se juntou à nós.

- Como foi na escola, hija? – Ele perguntou enquanto comíamos.

- Tudo certo. – Respondi. – Os outros professores são legais e o clima é descontraído. Não poderia encontrar um lugar melhor para trabalhar.

- Fico feliz que esteja dando tudo certo. – Minha mãe falou. – E os alunos, como são?

- São dedicados e me respeitam. A maioria pelo menos. – Vi minha oportunidade de puxar o assunto da palestra. – Falando nisso, papa, eu tenho uma aluna do último ano, a senhorita Cabello, que sonha em cursar Medicina. – Meu pai me encarou sério, esperando que eu continuasse. – Como o senhor vai dar a palestra na Miami University eu pensei se eu não poderia levá-la para assistir. Se ainda houver lugares é claro.

Antes que meu pai pudesse responder meu irmão falou brincando:

- Saindo com alunas, Lauren? Nunca imaginaria isso vindo de você.

- Ela é maior de idade pelo menos? – Taylor entrou na brincadeira e eu a olhei séria.

- Já aviso que ainda não posso tirar ninguém da cadeia. – Chris continuou.

- Calem a boca, os dois. – Falei irritada.

- Lauren, tenha modos. – Minha mãe me advertiu fazendo com que os dois mais novos rissem ainda mais.

- Mas, mama, olha o que esses idiotas estão falando. – Devolvi.

- Isso não é motivo para falar como você falou. Estamos na mesa. Deve respeitar isso. – Dona Clara falou. – Isso vale para os dois engraçadinhos também. Parem de brincar desse jeito com a sua irmã.

Os dois pararam de rir e voltaram a comer. Eu me voltei novamente para o meu pai.

- Eu posso levá-la?

- Eu não vejo problemas. – Ele falou. – A palestra não vai ser para muitas pessoas. Tenho certeza que vocês conseguem entrar.

Eu sorri sem pensar muito.

- Ela vai ficar muito feliz quando souber. Ela ficou super animada quando eu comentei sobre a palestra.

- Eu espero que ela não desista da faculdade depois de me ouvir falar. – Meu pai falou rindo.

- Tenho certeza que não. Ela me pareceu bem decidida. – Comentei.

- É ótimo encontrar jovens animados e decididos assim. – Minha mãe falou.

- É sim. – Concordei.

Nós continuamos o jantar conversando sobre as coisas do cotidiano. Quando terminamos fomos até a sala para continuar conversando. Chris, no entanto, subiu as escadas para trocar de roupa. Quando desceu novamente, avisou:

- Vou dormir na casa da Alice.

- Outra vez? – Minha mãe perguntou.

- Sim. – Ele respondeu simplesmente.

- Isso está ficando sério. – Comentei.

- Sempre foi sério, Lauren. – Ele respondeu.

- Eu sei disso. Só toma cuidado. – Avisei.

- Nem todos os namoros do mundo acabam como o seu. – Ele revidou.

- Eu sei que não. Mas a maioria acaba.

- Então é o medo de acabar novamente que te faz enrolar a Keana por três anos? – Ele perguntou.

Depois que eu terminei com Alexa eu nunca mais tive nada sério com ninguém, mas me envolvi com algumas pessoas. Keana era uma delas.

Nós estudamos juntas na faculdade e nos tornamos amigas. Após nos formarmos acabamos desenvolvendo uma espécie de amizade com benefícios. Não tínhamos compromisso algum, apenas gostávamos da companhia uma da outra. Sabíamos que não teríamos nada sério, mas o que tínhamos no momento era confortável para nós duas.

- Eu não enrolo ela. Nós duas concordamos com a nossa situação.

- Ela não vai aguentar isso para sempre. Um dia ela vai querer alguém para valer, que a entenda e que fique ao lado dela. – Meu irmão falou, e então se aproximou de mim. – Eu sei que você se preocupa comigo, Laur, mas eu também me preocupo com você, e falo isso para o seu bem. Você precisa deixar esse medo de lado, e se deixar levar pelos seus sentimentos, só assim você vai ser feliz de verdade. Sozinha ou com alguém do seu lado.

- Eu não sou covarde, Christopher, eu sei lidar com as minhas emoções. – Eu rebati.

- Não é o que parece. – Chris falou. – Bom, eu sei como você pensa e você sabe como eu penso, nós não precisamos discutir esse assunto. Só pensa no que eu te falei, ok? Eu vou indo. Boa noite.

Ele se despediu de todos individualmente e saiu. Eu encarei meus pais.

- Sabe, hija, seu irmão tem razão. – Minha mãe falou após alguns instantes de silêncio.

- Você também me acha uma covarde? – Perguntei a encarando.

- Não. Eu não te acho uma covarde. Apenas acredito, como o seu irmão, que você deve seguir em frente.

- Eu segui em frente. – Rebati. – Apenas não quero me machucar novamente.

- Não estamos falando que você deve se envolver com alguém novamente Lauren, estamos apenas dizendo que você deve permitir viver os seus sentimentos, para que assim, você possa ser feliz. – A mais velha devolveu.

Aquilo já estava passando dos limites. Eu entendo a preocupação que a minha família tem comigo, afinal, eu me preocupo com eles também, mas se meterem assim é uma atitude que eu não vou permitir.

- Eu não preciso ouvir esse tipo de coisa. – Me levantei do sofá. – Já sou adulta e sei muito bem o que é melhor para mim. – Olhei para o meu pai. – Nos encontramos na palestra?

- É claro. – Ele respondeu.

- Ótimo. Boa noite para vocês. – Fui saindo da sala.

- Lauren! – Ainda ouvi minha mãe me chamar, mas não dei atenção. Não queria discutir mais.

Enquanto dirigia para casa meu celular tocou. Olhei rapidamente para a tela. Era Keana. E eu sabia o que ela queria.

Deixei o telefone tocar e resolvi não atender. De alguma forma me parecia que encontrar com ela esta noite daria razão a tudo o que a minha família havia dito. Ao invés de encontrá-la segui para casa e passei o resto da noite preparando as minhas aulas.

No dia seguinte, na hora do intervalo, eu procurava pela senhorita Cabello para avisá-la que poderíamos assistir à palestra do meu pai.

Eu estava perto da escada quando de supetão um corpo se chocou ao meu e nós quase caímos. Eu olhei para a pessoa que havia praticamente me atropelado. Justamente quem eu estava procurando.

- Senhorita Cabello, está tudo bem? – Perguntei preocupada.

- Está sim. Me desculpa professora. – Ela pediu envergonhada e um tanto vermelha. – Eu nunca fui muito boa com escadas.

Eu me esforcei para não rir do jeito dela e ao invés disso, falei:

- Bom, foi um encontrão muito oportuno. Eu estava justamente te procurando. – Expliquei.

- Estava?

- Estava sim. – Respondi. – Eu falei com o meu pai. Ele disse que nós poderemos entrar na palestra.

Ela abriu um sorriso enorme, toda animada.

- Sério? – Perguntou.

- Sério. – Eu ri. – Eu apenas preciso que me passe seu endereço.

- Meu endereço? – Ela perguntou confusa.

- Sim. Eu te busco em casa e te levo de volta.

- Não é necessário, senhorita Jauregui. Nós podemos nos encontrar lá.

- Eu faço questão. É uma forma de tranquilizar seus pais e de me tranquilizar também, afinal, a palestra deve demorar e não é seguro andar por aí a noite.

- Se a senhorita prefere. E aliás me poupa a tarefa de ter que dirigir. – Ela me olhou. – Eu não gosto de dirigir.

Eu segurei o riso, ao imaginar aquela menina desastrada tentando dirigir. Ainda bem que, pelo visto, ela não costumava fazer isso com frequência.

Enquanto eu prendia a risada que queria sair, ela abriu o caderno que tinha em mãos e rabiscou rapidamente algumas informações, depois rasgou o papel e me entregou. Ali havia o endereço e também um número de celular.

- Eu não sei se a senhorita conhece o bairro onde eu moro, então, caso se perca é só me ligar ou mandar uma mensagem.

- Obrigada, senhorita Cabello. Nos vemos na sexta. – Falei.

- Sou eu quem devo agradecer, professora. – Ela devolveu. – Nos vemos na sexta.

O sinal do fim do intervalo tocou e ela seguiu seu caminho pelo corredor. Eu a observei se afastar e depois segui para a minha própria aula.


Notas Finais


É isso por hoje pessoal
Espero que tenham gostado!!!
Bjão


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