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História You're my Person - The Story


Escrita por: itslinapp

Notas do Autor


Olá amores!!
Primeiro quero agradecer pela paciência e me desculpar pela demora. Mas parece q na reta final eu tô ficando mais lenta. Eu espero que o cap seja satisfatório.
Trilhas:
1 - My love - Celine Dion
2 - I look to you - Whitney Houston
3 - The Story - Sara Ramirez.

Obrigada por acompanharem. Bjoss no core.
Boa leitura! 💗💗 Mwah! 💋

Capítulo 38 - The Story


Fanfic / Fanfiction You're my Person - The Story

Narração ON

O que seria de uma vida sem as provações? O que seria do ser humano sem o medo? O que seria de nós sem os espinhos? 

São as provas que nos tornam mais fortes, são os receios que nos fazem evitar os caminhos errados e são os espinhos que formam nossa armadura.

A história de todos é escrita baseada nas alegrias e tristezas, cabe à você dosar aquilo que mais te influencia. É preciso o caos pra sabermos valorizar a paz, é preciso a tempestade pra que possamos ver o quão belo é o céu ensolarado. Costumo dizer que a vida é feita de fases, cada prova te põe numa esquina, tu deves decidir qual rumo tomar, tu deves escolher se vai ou não seguir em frente. Tudo tem um propósito, aquilo que não nos derruba, nos fortalece.

A noite pode te assustar, mas respire fundo, o sol chega logo logo, é apenas uma questão de tempo. 

Narração OFF


REGINA

Estou no fim do tratamento, que foi prolongado por mais 1 mês, faltando agora apenas duas semanas. Apesar de todo o apoio do Robin, da boa aceitação das crianças e das demais pessoas que me importo, ainda é muito estranho tudo isso, sinto meu corpo enfraquecer a cada quimio e radio, sem contar a minha aparência, meus cabelos caíram totalmente e o espelho tornou-se um dos meus maiores inimigos. 

Amélia cresceu bastante nesses quase 3 meses após o aniversário de 2 anos. Ela cisma em puxar meu lenço sempre que consegue alcançá-lo e toda vez que me vê sem, solta um "Mamãe bonita" e insiste em beijar minha cabeça, algo que na hora é motivo de enorme conforto pra mim. 

Roland virou meu medicozinho, passa boa parte do tempo perguntando se estou me sentindo bem, se preciso de alguma coisa e checando se alimento-me direito.

Robin... bem, nesses últimos 3 anos ele tem sido meu alicerce, aquele que tenta a todo custo me manter bem. Mas apesar de tudo, sei o quanto está sendo difícil pra ele e muitas vezes eu não colaboro. O peguei chorando há um mês e aquilo foi muito doloroso, escutar as coisas que me disse aumenta ainda mais o meu medo da morte e me faz sentir uma enorme culpa por fazê-lo se sentir tão triste.


Flashback ON (Narradora)

Já havia anoitecido quando Regina passou mal, Robin estava há 48h acordado, deu plantão na noite anterior e hoje acompanhou a mulher na sessão de quimioterapia. Ele a levou as pressas pro hospital, foi mais um efeito do tratamento, que não dava pra arriscar não ir. Ela foi devidamente medicada e recebeu alta por volta de 1h30 da manhã e assim voltaram pra casa.


Robin: Tá sentindo mais alguma coisa? - disse a ajudando tirar o seu casaco.


Regina: Não, eu tô bem - abriu um sorrisinho de leve e lhe deu um selinho - Você tá cansado, vai tomar um banho que eu preparo alguma coisa pra comermos.


Robin: Nada disso, você sobe, toma um banho e eu preparo - disse se aproximando e a abraçando pela cintura.


Regina: Vamos discutir por isso, porque você está exausto e eu já estou melhor - afastou-se e ficou apoiada com apenas um pé no chão - Aqui ó, sem tonturas - brincou.


Robin sorriu e voltou a se aproximar, colocando uma mão na cintura dela novamente - Okay, senhora equilíbrio, pra não ter brigas, tomamos o banho juntos.


Regina: E cozinhamos juntos? - perguntou como uma menininha ansiosa pelo momento.


Robin revirou os olhos com tamanha teimosia - Tá bem... desde que você faça tudo sentadinha.


Regina: Sim senhor, papai! - fez continência.


Eles subiram. Robin colocou a banheira pra encher enquanto ambos tiraram as roupas. Ela jogou alguns sais e perfumes. Locksley entrou primeiro e estendeu a mão pra sua morena entrar. A água estava mais que agradável, quentinha e cheirosa. Regina ia sentar de frente pra ele.


Robin: Não, não, vem cá - a trouxe pra si, a fazendo sentar de costas em seu colo.


Regina recostou a cabeça no peitoral do marido e aconchegou-se da melhor maneira possível. Ficaria naquele abraço pra sempre, queria eternizar aquele momento, depois de um dia tão corrido estar assim com ele sem dúvidas era a melhor maneira de relaxar. Mas pensamentos rondavam a cabeça dela, pensamentos esses não tão positivos e que de certa forma a deixava preocupada - Amor? - o chamou com uma voz baixa e de olhos fechados.


Robin: Hm? - respondeu num tom ainda mais baixo e bem preguiçoso.


Regina: Promete que não vai ficar sozinho?


Robin: O que? - abriu os olhos e desencostou seu rosto do dela.


Regina desfez o abraço e o encarou - Que vai ser feliz com outra pessoa, que vai encontrar alguém que te faça bem...


Robin: Para... não vamos ter essa conversa.


Regina: Eu não tô falando que vou morrer, só tô dizendo que, se eu morrer, quero que seja feliz com outra pessoa.


Robin: Porque tá fazendo isso? - indagou um pouco irritado.


Regina: É que... não quero que fique sozinho, ou que fique como aqueles homens presos as mulheres que morreram, eu... - Robin a afasta, levanta da banheira e enrola a toalha na cintura, seguindo pro quarto - Robin! Espera! - levanta, pega o roupão e vai atrás dele - Amor...


Robin: Se for pra continuar o assunto, pode ficar calada - começou a se enchugar e foi ao closet se vestir. Assim que voltou, ela estava sentada na cama - Vou fazer alguma coisa pra comer - falou meio seco e objetivo, já saindo do quarto.


Regina: Vou me trocar e desço - claramente o clima de calma havia terminado. Ela passou hidratante e logo em seguida vestiu uma camisola de alcinha, verde esmeralda, que cobria um pouco mais da metade de sua coxa. Desceu no mesmo instante que terminou, uns 10 minutos após ele ter ido. Chegou a cozinha e não havia cheiro de comida, ou qualquer coisa sobre a mesa. Ele estava virado pro quintal segurando um copo de whisky, que apoiara no balcão da pia. Regina escutou uma respiração profunda, como de alguém segurando o choro e era exatamente isso que estava acontecendo, ela aproximou-se devagar e suas mãos foram o abraçando pela cintura. 


Robin assustou-se e limpou o rosto antes de virar-se pra ela - Você quer comer o quê? Sanduíche? - disse se afastando e indo até a geladeira pra pegar os ingredientes, numa falha tentativa de esconder o óbvio, o que os seus olhos vermelhos não lhe deixaram omitir.


Regina: Eu não queria te magoar... - falou enquanto olhava pra baixo, mas logo levantou a cabeça e o encarou.


Robin ficou em silêncio por alguns segundos, olhando pra comida que acabara de colocar em cima do balcão, enquanto respirava, como se estivesse tomando coragem pra desabafar - Você não me magoou - voltou sua atenção à ela - É só que... - suspirou - Não gosto quando está mal, não quero que fale na possibilidade de morrer, porque você não vai morrer.


Regina: Robin, eu não quero morrer, eu...


A interrompeu - Não quer e não vai! - sua voz elevou um pouco.


Regina: Eu não tenho certeza disso - seus castanhos começaram a marejar.


Robin: Para! Para de ficar falando isso, acabei de te encontrar, eu não vou perder você. Eu não vou arrumar ninguém, eu não vou ser feliz se você não estiver aqui! Então, para! - suas palavras foram embaladas em lágrimas.


Regina aproximou-se, segurou sua mão, o fez virar pra ela e o abraçou - Eu sei que não quer. Eu também não quero - segurou o rosto dele e o fez olhá-la nos olhos. Ambas visões estavam embassadas, misturadas a tristeza, duas cores afogadas no medo de se perderem - Eu só falei aquilo porque você sabe que não temos certeza de nada e se alguma coisa acontecer quero que fique bem...


Robin: Eu já tentei imaginar a minha vida sem você e simplesmente não dá, Regina! Como acha que vou ficar bem? - saiu quase num sussurro. 


Regina: Eu quero que fique. Quero que saiba que esses anos que estive com você foram os mais verdadeiros, que nunca me senti tão amada e nunca amei tanto um homem como amo você. Apesar de não termos sido a primeira vez um do outro, em cada beijo, em cada noite de amor você me faz sentir como se tudo fosse novo, me fez descobrir todos os sentimentos, me fez explorar o meu eu, me fez descobrir uma força em mim que eu não sabia que existia. Me apaixono por você todos os dias e mesmo quando estamos brigados eu te quero por perto, porque você me faz um bem que nenhuma outra pessoa me faria. Eu não estaria mais aqui se não tivesse lutado tanto por mim e isso me faz sentir a mulher mais especial desse mundo. Por todos esses motivos, eu quero que continue, se qualquer coisa ruim me acontecer quero que siga em frente, quero que se permita a ser feliz com outra pessoa.


Robin prestava atenção em cada palavra e um silêncio tomou conta do ambiente assim que ela se calou. Encostaram as testas e fecharam os olhos.

Aquele velho costume estava se repetindo, quando as pessoas acham que a morte está chegando, começam a se despedir de alguma forma, era esse o maior medo dele, não queria permitir que ela ousasse a dizer um adeus. Mas ele saiu em forma de uma declaração, algo que não lhe confortou, cada palavra que ela proferiu parecia estar se aglomerando em torno de seu coração e o espremendo, querendo esmagá-lo.

Ele a aconchegou forte, segurando-a com tanta firmeza, que parecia querer uní-la a si. Tinha medo de um dia estar naquela cozinha apenas com a lembrança desse abraço.

Flashback OFF


Hoje é mais um daqueles dias em que não amanheci bem e muito indisposta pra um casamento. Isso, Mary vai casar e Robin e eu somos um dos padrinhos. 

Depois de todos esses anos, minha amiga finalmente vai subir ao altar e não era assim que eu imaginava estar, com a aparência que estou. A ajudei a escolher muitas coisas, inclusive o vestido, e no caminho em que passávamos sentia os olhares voltados pra mim e sinceramente, não quero isso hoje, não quero que as pessoas me olhem e expressem o óbvio, que estou extremamente estranha.

O casamento é a tarde, as 16h, já são meio dia e ainda estou deitada, tentando decidir o que seria melhor, ir e enfrentar os julgamentos ou ficar e passar o dia dormindo. 

A porta do quarto abriu e um certo pitoquinho veio correndo, acompanhada de um gatinho filho, dono de covinhas maravilhosas, ambos querendo subir na cama. Virei-me pros dois.


Amélia: Acóda mamai!


Roland a ajudou a subir - Gina a Olga disse que o almoço tá pronto.


Regina: Depois eu como.


Roland: Mas já são meio dia, hora de você comer. Lembra que o papai disse? Você precisa comer na hora certa pra ficar bem.


Como pode ser tão fofo? - Eu vou comer, querido.


Amélia: Mamai, sai! Papai vai cêgá.


Meu Deus, porque essas crianças são tão precoces? - Mamãe sabe amor.


Amélia: Tocá a Amy?


Regina: Ainda não, a Amy só vai se trocar quando for mais tarde, a Amy e o Roland.


Roland: E a Gina vai levantar pra poder comer alguma coisa - insiste mais uma vez.


Regina: Vamos fazer o seguinte, vocês descem, eu corro pro banheiro e depois vou almoçar.


Roland: Tá bem - desceu da cama e foi puxando a Amy consigo - Vamos Ameliazinha, a Gina já já desce. 


Amélia: Déxi? - encarou-me da forma mais fofa imaginável, com aqueles olhinhos grandes e azuis.


Regina: Desço sim amor. Agora vão.


Eles saíram do quarto e eu já estava pensando na próxima desculpa que ia dar pro meu menino.



NARRAÇÃO

Essa desculpa nem foi necessária, Robin chegou as 13h em casa e as crianças estavam brincando de pique esconde.  


Amélia: Doix, tinto, tatôce, xeis... tinto, á vô eu - ela contava usando os quatro números que sabia(2, 5, 14 e 6).


Robin parou na entrada da sala e ficou observando os dois. Roland estava atrás do sofá e Amy ficava procurando por ele, enquanto o mesmo se movia a cada vez que ela chegava perto.

O loiro cruzou os braços com tamanha desvantagem.


Amélia: Ôand?! - chamou por ele - Ádê ocê?


Robin: Vai mesmo ficar assim com ela? - disse sorrindo da situação, sendo finalmente percebido pelos filhos.


Roland o olhou, revirou os olhos e ficou visível pra menina.


Amélia soltou um gritinho toda animada, acompanhado de palminhas - Achô!! - saiu correndo toda desajeitadinha e bateu com a mão na parede de acordo com a regra do jogo.


Robin a pegou no colo - Seu irmão tá querendo lhe tapiar, né princesa?


Amélia: Tapiá?


Robin sorriu - Viu filho, tadinha, nem sabe o que é.


Roland se aproxima - Ai pai, eu tava só brincando - revirou os olhos.


Robin: Eu sei, tô só zoando - disse passando a mão bagunçando os cachinhos do menino.


Roland: Pai, eu não sei mais o que fazer com a Gina, ela ainda não desceu pra comer - seu tom e modo de falar foi tão adulto, parecia que realmente fora lhe incumbido a tarefa de cuidar da madrastra.


Robin: Vou dar um jeito na moça, okay?


Roland: Okay! - fez gesto positivo com a cabeça.


Robin: Cadê a Louise?


Roland: Foi buscar lanchinho pra Amy.


Robin: Tá bem, cuida dessa mocinha aqui que eu vou lá - a colocou no chão.


Roland: Tá bem.Vamos se esconder de novo??!! - diz animado pra empolgar a irmãzinha.


Amélia: anmuh! - falou juntando as mãos.


Robin sorriu e deixou os dois brincando pra ir ver a esposa. Assim que chegou ao quarto, a cena familiar se repetia, tudo escuro e ela deitada, mas dessa vez já havia tomado banho e se trocado pra deitar novamente.

Ele aproximou-se sob o olhar atento da morena, que acompanhara cada movimento do marido assim que o mesmo abrira a porta.


Robin: Tem um senhorzinho lá embaixo reclamando que a Gina ainda não comeu e que não sabe o que faz com ela - sentou na cama e acariciou o rosto de sua mulher.


Regina abriu um sorrisinho de leve - Ele veio aqui com a Amy e eu disse que ia descer - sua voz saiu bem preguiçosa.


Robin tirou os próprios sapatos e desfivelou seu cinto. Passou por cima dela com cuidado e deitou ao seu lado, a fazendo virar pra si. Ele continuou a acariciá-la por alguns minutos, ficaram num clima de silêncio maravilhoso apenas olhando um pro outro, desfrutando da serenidade do ambiente. O loiro respirou fundo - Eu pensei que você estaria se arrumando desde já pro casamento - começaram a conversar num tom baixinho.


Regina: Eu não sei se vou.


Robin: Como assim? Somos padrinhos, a Mary é a sua melhor amiga.


Regina: Eu sei disso, mas não tô me sentindo muito disposta hoje - passou a mexer/brincar com o botão da camisa dele.


Robin não cairia naquela desculpa nunca. Se fosse qualquer outro evento, até poderia engolir, mas o casamento da Blanchard? Lógico que ele sabia que tinha algo além - Tenta de novo... - disse calmamente.


Regina franziu a testa - Como assim tentar de novo?


Robin: Outra desculpa, essa não colou - sorriu.


Regina revirou os olhos - Não quero sair assim.


Robin: Assim, como? Linda?


Regina: Para, você sabe bem que não estou linda.


Robin: Claro que está - afirma com uma voz firme.


Regina: Claro que não! - eleva o tom e senta na cama o olhando - Você diz isso porque é meu marido, porque quer me agradar, mas você sabe e eu sei que o tratamento está muito forte, acabando com meu corpo e que estou horrível! - as palavras começaram a ser acompanhadas por um choro. Os olhos dela passaram a transbordar insegurança, as lágrimas caíam descontroladamente. Ela tentou respirar fundo pra tomar fôlego, mas resultou apenas num soluço alto - As pessoas ficam me olhando na rua, fazendo cara de pena e eu sei bem o que elas pensam.


Robin esperou ela parar de desabafar - Regina, danem-se as pessoas. Você está linda, você é linda, meu amor. Pra mim você é a mulher mais linda desse mundo, pra Amélia você a mãe mais maravilhosa e pro Roland a amiga mais gata de todas...


Regina: Por isso mesmo, eu vou ficar em casa com as pessoas que não me olham estranho e que eu amo - foi limpando o o rosto.


Robin: Então vai deixar a Mary na mão? Sua melhor amiga vai casar e você não vai?


Regina: E-eu, eu não quero ser motivos pra cochichos durante a festa, eu não vou Robin!


Ele levanta, aparentemente irritado e, sem respondê-la, segue ao banheiro. Regina fica na cama enxugando o próprio rosto até ouvir um barulhinho, como de uma pequena máquina funcionando - Robin? - levanta e vai atrás dele.


[Trilha: My Love - Celine Dion]

Existem tantas maneiras de dizer "eu te amo", até porque o amor é muito intenso, muito pronfundo pra resumir-se à palavras. Cada toque de carinho, cada ação de cuidado, cada sorriso e olhar trocado são apenas alguns exemplos pra declarar esse sentimento tão maravilhoso. 

Apesar de todos as dores que esse verbo pode trazer, apesar de todos os sacrifícios que são incluídos, ninguém passa nesse mundo e é feliz sem sentí-lo. Amar faz seu coração encher-se de alegria, sua alma tornar-se plena e seu corpo ter reações de puro êxtase. Cada gesto é pouco quando se está carregado de amor.


"My love can you give me strength

(Meu amor, você pode me dar força?)

Somehow I forgot how to ease my pain

(De alguma forma eu esqueci como aliviar minha dor)

I know I'm right where I belong

(Eu sei que estou no lugar que pertenço)

Something from nothing never proved me wrong

(Algo do nada nunca me provou o contrário)"


Regina: O que você tá fazen...? - suas palavras foram cortadas pela lâmina de atitude do marido. Ela paralisou na entrada do banheiro, não sabia se o impedia, ou o que deveria falar. Todos os seus sentimentos de insegurança estavam sendo derrubados a cada mecha loira que caia no chão.


Quando Robin finalmente terminou, deu uma limpadinha no ombro e voltou-se pra morena - Pronto, agora vamos dividir o peso de ser a pauta dos cochichos e dos olhares alheios.


Regina: Você não... - tapou a boca com a mão, ainda sem acreditar.


Robin: Agora você vai? 


Ela abriu um sorrisinho leve, seus olhos brilhavam pelas lágrimas, que antes se formaram de tristeza e agora de amor - Eu acho que você é perfeito de mais pra mim, sabia?


"I would share my whole life with you

(Eu compartilharia minha vida inteira com você)

Would you do the same for me

(Você faria o mesmo por mim?)

I would give all I am to you

(Eu daria tudo que sou pra você)

Would you do the same for me

(Você faria o mesmo por mim?)"


Robin: Vou levar isso como um "Sim" - foi se aproximando bem devagar, com um sorriso estampado, mostrando as covinhas que a encantavam. Ela ainda estava desnorteada, Locksley a pegou pela cintura e a abraçou, suspendendo-a de leve.


Regina: Eu amo você - sussurrou enquanto o apertava com força e afundava o rosto em seu pescoço - Amo muito.


"And I will stand tall to get by

(E eu vou me orgulhar de aguentar)

No matter how hard I try to hide

(Não importa o quanto me esforce pra esconder)

Could you see I could break

(Você poderia ver que eu poderia quebrar)

Did you notice all my mistakes

(Você percebeu todos os meus erros)

There were times I could feel you read my mind

(Houve vezes que eu pude sentir você ler minha mente)"


Robin desfez o abraço, porém permaneceram com os corpos colados, porque o mesmo ainda a segurava contra si. Começou a limpar o rosto dela, sujo com alguns fios loiros e brancos - Nunca pense que qualquer coisa um dia vai te deixar feia, é impossível. Você é linda, meu amor. Se estivéssemos na Grécia antiga, a própria Afrodite ia te matar por causa de inveja. E não falo isso simplesmente porque sou seu marido e te amo, digo porque é o óbvio, que está estampado nos seus traços, no seu corpo, no seu olhar, no seu sorriso - tocou de leve nos lábios dela com o indicador, a fazendo abrir um sorrisinho - Até aquilo que deveria ter ficado feio, te fez ficar sexy - arrastou o dedo até a cicatriz maravilhosa na parte superior da boca - E a sua melhor parte é quem você é, o seu eu, que te faz completa. Resumindo... Regina de Locksley, você é de tirar o fôlego - sorri e vai aproximando seu rosto ao dela deixando a conexão ainda mais forte, unindo os corações num beijo.


"But did you know I take the time for you

(Mas você sabia que eu aproveitei por você?)

Did you know that I could see right through

(Você sabia que eu poderia ver bem?)

Did you know that I would play the part

(Você sabia que eu faria a parte?)

I know I made it clear right from the start.

(Eu sei que deixei claro desde o começo.)"



Tudo precisava de pressa, apesar do casamento ser as 16h e o relógio ainda marcar 13h44, eram dois adultos e duas crianças pra se arrumarem e Regina precisava passar na Mary antes ir à igreja. Louise cuidou de aprontar a Amélia, enquanto Regina foi ajudar o Roland com o banho e todas as outras coisinhas.

Ela estava terminando de abotoar a camisa do menino quando Amélia apareceu pelada correndo e entrando no quarto do irmão, com um sorriso e cara de quem estava fugindo.


Louise: Amélia vem cá!! - surgiu logo em seguida, a pegando no colo e com a respiração ofegante.


Regina sorriu mas logo voltou a seriedade - Amélia Colter, pode parar! É pra trocar de roupa!


Amélia: Torrer mamai!!


Louise: Correr nada sua espertinha, vamos logo se trocar.


Roland: As vezes tenho peninha da Louise. Ameliazinha tá muito danada - usou um tom adulto.


Regina: Mas olha só isso. Todo homenzinho - colocou a gravata borboleta nele, mas não apertou - Pronto, quando eu me trocar ajusto direitinho, nada de correr pra não ficar sujo, okay?


Roland: Okay! - fez legal pra ela.


Regina: Agora, eu vou me arrumar e ver se seu pai tá pronto.


Roland: Vou ajudar a Louise com a Amélia.


Regina: Vai lá que ela tá precisando mesmo.


O garotinho saiu correndo pro quarto da irmã. Regina seguiu pro seu quarto e foi invadida pelo cheiro amadeirado do perfume que Robin acabara de colocar. Mas o loiro estava resmungando de frente ao espelho, ela fechou a porta e aproximou-se passando as duas mãos na cintura dele o abraçando por trás.


Regina: A briga tá difícil?


Robin: Eu to olhando pelo papelzinho, mas essa porcaria me deixa mais confuso!


Regina sorrio - Você não precisa de papelzinho, você precisa da sua mulher - o faz virar pra si e começa a fazer o nó da gravata.


Robin: Roland já está pronto?


Regina: Falta só o lacinho. Vou apertar quando estivermos pra sair.


Robin: Sua vez de se arrumar, né? - falou num tom de pesar, sabia que a espera seria longa.


Regina terminou de fazer e deu um tapinha no ombro dele - Pode parar! Não vou demorar.


Robin: Vou torcer por isso - cruzou os dedos levantando as mãos - Quero surpresa, vou te esperar lá embaixo, porque desde que vi o vestido fiquei te imaginando nele - a puxou pra si dando-lhe um selinho.


Regina: Okay, meu carequinha.


Robin: Tô gato, não tô? Vou aderir esse visual agora.


Regina: Você esta sempre gato. MEU gatinho - o beija delicadamente.


Robin dá um último selinho nela e se afasta - Agora vai logo, te dou 10 minutos pra tudo!


Regina: Haha ainda não faço milagres...



ROBIN

Desci e marquei 1 hora no relógio, coloquei isso como tempo mínimo. Amélia tava na sala junto com o Roland, os dois sentadinho no sofá cheguei até a estranhar como que eles estavam tão quietos - Ué! Trocaram meus filhos?


Roland olhou pra trás e Amélia se agitou na hora, ficando em pé no sofá, ia começar a dançar quando parou, com certeza por ter me visto de visual novo.


Louise me olhou surpresa, mas tentou ignorar - Amélia, é pra ficar sentadinha! - chamou sua atenção mandando um olhar de aviso, que pareceu mágica pois ela sentou no mesmo instante. 


Robin: Qual o truque???


Roland: A Ise prometeu que daria bolo se ela ficasse quietinha.


Não aguentei, gargalhei me aproximando e sentando entre os dois - Tão pequeninha e tão gulosa!


Roland: Você raspou? - disse me analisando.


Robin: Longa história... - ele meio que entendeu que tinha alguma coisa relacionada com a madrastra.


Roland: Pai, a Gina já foi se arrumar?


Robin: Foi sim...


Roland: Vish, quantas horas agora?


Robin: Vai se acostumando filho, as mulheres são assim - Amélia ainda me encarava curiosa.


Louise protestou - Nem todas, eu sou rápida.


Robin: Quem escuta jura que é mesmo. E você princesa, tá muito gatinha, em? - a faço ficar de pé, estava com um vestidinho rosa claro e uma tiarinha de lacinho na cabeça, não entendo muito de roupas femininas, entendo apenas que ela tá a coisa mais linda. Amy toca a minha cabeça e tenta fazer a mesma coisa que faz com a mãe, beijar. Gargalho e a abaixo pra ela fazer. 


Amélia: Ábeio?(cabelo)


Robin: Papai cortou, cê gostou? - ela afirmou com a cabeça - Agora você filho, deixa eu ver se tá aprovado pra arrumar uma menininha linda no casamento - ele levantou.


Louise: Fala isso na frente da Regina - alertou-me.


Sorrio - Mas tá um boyzinho! Lindo igual ao pai! - estendo a mão pra ele bater.


Roland bate firme - Somos um poço de charme, papai!


Robin: Isso ai! - Amélia tava chupando a mão e começou a balbuciar coisas - Tira a mão da boca princesa.


Ela tira e abre um sorriso, mostrando os oito dentinhos - Leão, papai!


Robin: Vishhh, ninguém aguenta mais isso princesa. O dia todo!


Amélia: Télo atiti! - Roland levantou e colocou o primeiro filme da trilogia, mas ela não queria e logo protestou - Êti naum! Timão - desceu do sofá pra ir mostrar. A vendo assim, tão esperta, não sei dizer se morro de amores ou se sinto uma dorzinha por saber que ela está crescendo e rápido demais. Lógico que não preciso me preocupar com namoradinhos, eles é que precisam se preocupar comigo, assim que ela ficar maiorzinha vou logo começar a alertar que namoro só aos 30 e olhe lá!

Finalmente paramos pra assistir...

O filme estava perto do fim quando levantei pra ir buscar minha mulher, a única forma dela terminar logo é se for apressada, mas a mesma acabara de entrar na sala. E sinceramente não havia visão mais incrível do que ela.


Narração: Regina estava com um vestido na cor vinho, de alcinha dupla, justo até um pouco acima da cintura, apresentando um decote no formato de 'v'. Decote, esse, que modela o busto, mas sem ser muito aberto.

O vestido possui um caimento perfeito, o tecido frisado na parte superior, promove um acabamento delicado e ao mesmo tempo sofisticado da saia. 

Fez uma amarração diferente com o lenço na cabeça, que era claro pertencente a mesma paleta de cores do vestido. A maquiagem estava leve, ela desenhou as sobrancelhas, fez a pele, rosou um pouco as maçãs e finalizou com um batom rosado. 

Extremamente linda e, apesar de ter perdido peso nos últimos meses, seu corpo possuía as curvas perfeitas. 

Robin ficou paralisado a encarando, analisando a preciosidade à sua frente, parecia um adolescente bobo vendo a namorada pronta pra sair. E ela parecia a moça, já ficando contragida por estar sendo encarada de tal forma pelo namorado.

OFF


Roland deu um pulo do sofá - Finalmente Gina!! - aproximou-se dela - Você tá muito linda.


Regina: Obrigada meu amor, agora vem cá apertar o laço - veio de mãos dadas à ele e sentou no sofá.


Sentei e fiquei que nem bobo admirando e me gabando internamente por saber que sou casado com essa mulher.


Regina: Pronto... e você em pandinha? Vigi como tá linda! - a pegou no colo e virou-se pra mim - Vamos amor?


Robin: Vamos - levanto com um sorriso e ainda fixando meu olhar nela. Louise pega a Amélia e todos começamos a pegar as coisas pra sair. As crianças foram na frente com a babá, antes que Regina passasse pela porta, eu a seguro e a puxo pra mim, colando meus lábios aos seus. Mas eu não ia ficar só num selinho, peço passagem pra um beijo e ela vai me permitindo com o abrir da boca, logo nossas línguas começaram a dançar num ritmo quente e foi inevitável minhas mãos não ficarem ousadas e não percorrem suas curvas a apertando com cuidado.


Regina se afastou e ainda bem que ela fez isso, caso contrário a prenderia naquela casa - A gente precisa ir - sua voz saiu ofegante e aquilo só me deixava mais animado, é difícil me manter afastado fisicamente por esses meses. Respirei fundo pra ir me acalmando e me afastei.


Robin: Tem razão, já nos atrasamos muito.


Regina: Eu não demorei isso tudo - falou se aproximando e começando a limpar o borrado de batom que deixou em minha boca.


Robin: Não, só assistimos um desenho quase todo enquanto você se aprontava.


Ela mostrou a língua - Vem, vamos logo, retoco meu batom no carro - segurou minha mão e saiu me arrastando pra garagem.


NARRAÇÃO

Robin deixou a esposa com a amiga e seguiu com as crianças pra igreja. 


Mary: Aiii, tá me dando um frio na barriga... será que tô realmente fazendo o certo?


Regina: Haha sim! Você o ama e ele também te ama, estão fazendo o certo. Te ver assim tão linda, pronta pra casar, me lembra as nossas conversas quando meninas.


Mary: Lembra quando a gente ficava olhando coisas de casamento, fazendo os orçamentos... - sorri com a recordação.


Regina: Sim e sempre prometemos que estaríamos no casamento uma da outra - ela levantou o midinho.


Mary: Ahhh o nosso toque! Rsrs - prendeu o seu midinho ao da amiga e ambas deram um beijinho nos dedos juntos - Quanto tempo que a gente não faz isso - seus olhos já estavam todo emocionados.


Regina: Okay!! - elevou o tom - Vamos logo, antes que as maquiagens borrem e o David infarte no altar. 


Mary: Gina, você sabe que eu te amo, não sabe?


Regina sorriu e segurou o rosto da amiga com as duas mãos - Eu sei, eu também amo você. Torço muito pra que continue muito feliz - beijou o rosto dela e a abraçou firme.


Mary respirou fundo e depois daquele momento elas foram para a igreja. 

A cerimônia foi linda, Amélia, que estava encubuda de levar as alianças, parou pra conversar com uma das convidadas no meio do caminho ao altar, arrancando várias risadas, mas tudo deu certo, ela chegou ao destino esbanjando simpatia. Os votos foram feitos, Mary e David saíram da igreja rumo à festa debaixo de uma chuva de arroz. 


Mark: Mas olha só isso! Né que você casou mesmo Blanchard - brincou e segurou na cintura da Lexie.


David: Blanchard não! Nolan agora! - o corrige todo orgulhoso.


Mary mostra a aliança pra confirmar - Isso mesmo!!


Regina a abraça de lado - Mas minha amiga merece muito, acho bom você fazer juz em! 


Leopold: Posso interromper a conversar dos jovens? - diz chegando ao lado da mulher e dos Mills.


Regina vira-se - Tio Leopold!! - vai logo o abraçando - Nem consegui falar com vocês na cerimônia - abraça a Eva.


Leopold abraça a filha e depois Eva faz o mesmo. A amizade entre os Blachards e os Mills é antiga e isso permite a intimidade entre as famílias.


Eva: Acho bom cuidar bem da nossa princesa, viu Sr. Nolan!


Leopold: Ele vai cuidar sim, já fiz minhas ameaças - brincou.


Todos sorriram.


Leopold: Mas e você senhorita Mills, ainda não me apresentou ao rapaz - falou do Robin.


Regina: Ai meu Deus! Tio e tia, esse é o Robin. Amor, esses são Leopold e Eva Blanchard, pais da Mary - foi apontando conforme os apresentava.


Robin os cumprimenta - Obrigada pelo "rapaz".


Henry: Mas vocês ainda são rapazes e moças - abraça a filha de lado, dando-lhe um beijinho na bochecha.


Cora: Quem dera nós termos a idade de vocês...


Mary: Iihhhh sessão nostalgia!


Eva: Cadê a Zelena? E cadê a sua princesinha, em Regina?


Cora: A Zelena tá por ai...


Regina olhou ao redor e parou quando viu a Amélia brincando com o Filipe sob o olhar de Louise e da irmã - Olha ali, Zelena e Amélia.


Eva: Ah, mas ela é tão linda!


Regina acena pra Louise, pedindo que traga a Amy e o Roland e assim a moça faz, vindo na companhia da ruiva e seu enteado.


Regina: Ai está! - Leopold estica os braços pra pegar a menina, Amy olha pra mãe com um dedinho na boca, como se estivesse pedindo conssentimento pra ir ao colo do novo homem a sua frente - Vai filha! - Ela se joga e ele a pega.


Leopold: Mas é muito simpática! - dá um beijinho na bonequinha.


Mary: É a pipoquinha da dinda, né amor? - faz cócegas na barriga da afilhada.


Mark: Linda demais e tá crescendo bem rápido!


Robin: Nem me fale... - sorri.


Mary: Ihh agora sessão ciúmes - beinca revirando os olhos arrancando novamente risadas.


Eva: E esses dois menininhos aqui?


Regina: Esse aqui é meu! - traz o Roland pra perto - Roland, filho do Robin, bom, e meu também.


Eva: Mas é muito lindo, vi as covinhas dele e quase morri de amores.


Roland fica meio tímido e abraça de lado a Regina.


Zelena: Esse é o Filipe, meu enteado.


Eva: Vocês só fazem crianças lindas! - pega na bochecha do garotinho.


Leopold: E cadê a sua namorada?


Zelena: Ela foi buscar suco pras crianças - procurou pela Ruby que já estava de volta ao local anterior que a ruiva estava. Ela acenou e morena se aproximou - Aqui... Ruby! Tia Eva e tio Leopold - indicou pra Luccas.


Ruby sorri - Prazer - os cumprimenta.


Amélia: Papai - se estica pro Robin.


Leopold: Ela cansou do vovô.


Henry: Opa!! Tô de olho nessa história de vovô em Sr. Blanchard.


Regina: Já, já o senhor vai ser vovô tio, cobre a Mary!


Mary: Eita, tá na minha hora de sair de cena. Vamos dançar amor? - olha pro David já desconversando.


David sorriu - Vamos sim!


Eles se espalharam pela festa. As crianças voltaram a correr e brincar, Regina estava cansada, resolveu sentar e Robin a acompanhou jutamente com Mark e Lexie. Começaram a conversar enquanto comiam e bebiam.


Mark: Tenho uma novidade pra te contar.


Regina: Diga - terminou de comer um docinho.


Mark: Vou voltar pra África com a Lexie.


Regina para na hora - Você o quê?


Mark: É muito bom estar dentro de um hospital equipado, mas aqui não é o meu lugar e a Lexie quer ter essa experiência.


Regina: Mas e sua residência Lexie?


Lexie: Eu posso continuar depois, agora eu quero sentir novas coisas, o Mark deu a ideia e eu aceitei - olhou sorrindo pro namorado, que segurou sua mão.


Mark: Talvez depois nós vamos pra áreas de guerra no oriente médio.


Robin: Eu já pensei em ir pra lá...


Regina: É, e vai continuar só pensando mesmo. É lindo, mas é muito perigoso.


Mark: Mas vale a pena, se você um dia fosse, ia querer viver lá pra sempre ajudando as pessoas.


Regina: Por isso eu não arrisco de ir, porque tenho quase certeza que iria ficar e tenho filhos pra cuidar e pra por como prioridade.


Mark: Mas não vamos agora, vou te deixar curada antes - sorriu.


Regina: Acho bom! 


Ela terminou de falar e começou a tocar "I look to you".


Regina: Ai amor! Nossa música - olha empolgada pro loiro.


Ele levanta da cadeira - Vamos dançar?


Regina olha pro salão - Mas ninguém tá dançando.


Robin: E dai? Vai ter quando estivermos, lá. Vem - estica a mão, ela morde o lábio inferior, sorri e aceita - Licença gente.


Mark: Toda.


Os dois seguem pra um cantinho. Robin coloca as duas mãos na cintura dela, que enlaça seu pescoço. Começam a dançar no embalo da música e sem quebrar o contato visual.

"I look to you

(Eu olho pra você)

I look to you 'yeah'

(Eu olho pra você 'sim')

And when melodies are gone

(E quando já não há melodias)

In you I hear a song I look to you

(Em você ouço uma canção, eu olho pra você)"


Regina: Obrigada por ter me tirado do quarto, por ter me resgatado de novo.


"Take me far away from the battle

(Me leve para longe da batalha)

I need you to shine on me

(Preciso de ti para brilhar sobre mim)"


Robin: Te resgato quantas vezes forem necessárias - aproximou seu rosto da orelha dela - Minha rainha em perigo - sussurrou.


Regina deslizou as mãos pelos seus braços indo até o peitoral e repousando a cabeça no ombro do marido, sem parar de seguir o ritmo lento que soava no local. Ela respirou fundo, inalando o perfume maravilhoso dele. Era incrível como se sentia protegida naquele aconchego, apesar do temor de não poder envelhecer ao lado do homem que ama, existe uma sensação maravilhosa por ter sentir tanto amor, existe a certeza, que se partir irá em paz, sua filha ficará bem e partirá com a convicção de que, mesmo com tudo, foi feliz por tê-lo amado.


"I look to you

(Eu olho pra você)

I look to you

(Eu olho pra você)

After all my strength is gone

(Quando eu não tiver mais nenhuma força)

In you I can be strong

(Em ti posso ser forte)"


1 mês e 15 dias depois...

O tratamento acabou há duas semanas, Derek refez todos os exames e hoje é o dia de saber os resultados, saber de uma possível "cura" ou uma nova cirurgia.


Pov's Regina: Entrei na sala do Shepherd segurando firme a mão do Robin, que com certeza estava sentindo o meu nervosismo. Não dormi bem, mas quem dormiria bem sabendo que sua vida depende do dia seguinte? 

Não existe tortura maior, parte mim estava esperançosa, mas outra temia mais um longo processo cirúrgico e quimioterápico. 

Meu tratamento foi muito forte e teve muitos momentos em que meu corpo pedia que eu desistisse, mas continuei com a ajuda das pessoas que amo. Quando se chega à extremos de sua vida, quando se vislumbra a morte, a única coisa que te acalenta é o amor. E foi esse sentimento que me manteve firme, ele veio do meu marido, dos meus filhos, dos meus pais, da minha irmã e dos meus amigos. Independente do que vou escutar agora, estou disposta a enfrentar e seguir minha vida da melhor maneira possível, por eles e por mim.

OFF


Derek: Bom dia - cumprimentou os dois e indicou que sentassem - Regina respirou fundo e Robin voltou a segurar sua mão - Bom, eu vou ser breve, fizemos todos os exames laboratoriais, a tomografia, enfim, todos. E lógico que você ainda vai precisar fazer exames periódicos, mas... não existe mais tumor.


Ela soltou um choro baixinho misturado a um sorriso. Seu coração não sabia o que sentir, seu corpo não sabia como reagir. Robin segurou o rosto dela e beijou demoradamente sua bochecha, enquanto seus olhos também demonstravam o alívio ao escutar a notícia.


Regina: Eu tô bem - disse olhando pro marido em meio à lágrimas.


Robin sorriu a olhando nos olhos - Sim, você tá bem - sua voz saiu embargada, mas fora de alegria. Ele lhe deu um selinho e passou a enchê-la de beijinhos pelo rosto.


Derek levantou da cadeira, dando a volta na mesa - Fico muito feliz com o resultado.


Regina e Robin levantaram. A morena o abraçou - Obrigada - disse ainda envolvida a ele.


Derek apertou um pouco mais firme e depois desfez o contato - Me agradeça voltando a operar, ainda não vi a maravilhosa Dra. Regina em ação.


Regina respira fundo tentando conter o choro, conseguindo se acalmar um pouquinho - Pode deixar - olha pro Robin novamente e sorri, um sorriso que foi além dos lábios, foi além dos olhos, sua alma inteira sorriu e ele sentiu todo o alívio que o coração de sua mulher estava sentindo.


Derek suspirou - Está liberada e logo vai poder voltar a trabalhar, sei que está querendo isso.


Regina: Obrigada, novamente. Agora, cadê o Mark? - falou se afastando e foi abraçada de lado pelo loiro.


Derek: Ele estava preso na emergência, disse que viria, mas que eu não esperasse.


No mesmo instante escutam o barulho da porta abrindo - Posso entrar - o Sloan aparece com um sorriso.


Regina vai até ele e o abraça, enquanto Robin aperta a mão do Shepherd.


Mark: Então já já vocês vão ter essa pequena de volta entre os cirurgiões? - brinca.


Derek: Exatamente.


Mark: Olha Derek, isso aqui - aponta pra prima - É muitooo convencida, cardiologia é o melhor ramo, segundo ela.


Regina: Só digo verdades - entra na brincadeira.


Robin: Nem sei como aguento.


Mark: Vamos contar a novidade pra todo mundo?


Regina: Vamos - mordeu o lábio inferior - Mas vou agarrada ao meu marido.


Mark a solta na mesma hora, deixando suas as mãos erguidas - Opaa, senti a facada agora.


Todos riram e ela abraçou-se à Locksley.


Regina: Vamos? 


Robin: Vamos, Sra. Locksley.


Eles foram até o vestiário, contaram a todos os amigos, Regina sentiu as vibrações boas no meio deles. Swan soltou algumas piadinhas sobre o retorno da morena e Mary não queria soltar a amiga. Cora e Henry não esperaram ligação, foram ao hospital logo cedo e a emoção de saber que o pesadelo havia terminado foi um enorme alívio.

Alívio, é a melhor definição que se pode dar a esse momento.

Ainda estava pela manhã, Roland estaria na escola, Amélia no cochilinho. Ela não queria ir pra casa agora, seguiram pro estacionamento. Estavam dentro do carro, ainda absorvendo tudo.


Regina: Vamos pra cabana? - pediu baixinho o encarando.


Robin sorriu - Vamos pra cabana, pra casa, pra onde você quiser, Milady.


Regina: Mas antes... - se estica rapidamente, segurando o rosto dele e o puxando pra um beijo. Ainda não haviam feito isso desde o resultado e era tudo que ela mais queria.


As mãos de Robin tocaram de leve o rosto dela e foram deslizando pra nuca. Uma delas desceu pra cintura e a puxou contra si. Ele a suspendeu e a morena sentou de lado em seu colo praticamente sem separar as bocas. As línguas passaram a travar uma batalha épica por espaço, pela prioridade de quem iria explorar o outro primeiro. O oxigênio começou a ficar escasso, obrigando-os a pararem com selinhos. Ficaram com as testas coladas e olhos fechados enquanto as respirações normalizavam.


Regina: Eu... eu te amo - disse respirando fundo.


Robin: Eu te amo - abriu os olhos dando de frente com os chocolates dela - Vamos?


Ela sorrio e afirmou com a cabeça saindo do colo dele e atacando seu cinto.


[Trilha: The Story - Sara Ramirez]

Minutos depois...

(Na cabana)


Regina ficou sentada na varanda, enrolada a um cobertor. O dia estava nublado e bem frio, Robin havia entrado pra fazer chocolate quente pros dois e logo apareceu na varanda com as xícaras. Estendeu a mão pra que pegasse uma e assim ela fez. O loiro sentou ao seu lado, também se envolvendo ao cobertor e a aconchegando num abraço. A paz tomou conta do momento, o silêncio que se formara não foi por falta de diálogo, mas sim por quererem aproveitar aquele momento.


Regina: Amor? - o chama depois de alguns minutos calados.


Robin: Hmm?


Regina: Tô tão feliz... por tudo. Por estar melhor, por ter você.


Robin: Eu também estou - a responde calmo e a aperta mais um pouquinho, enquanto solta um suspiro, como se todo o peso finalmente tivesse saído de suas vidas.


"I climbed across the mountain tops

(Eu escalei pelos topos das montanhas)

Swam all across the ocean blue

(Nadei através de todo o oceano azul)

I crossed all the lines and I broke all the rules

(Atravessei todas as linhas e quebrei todas as regras)

But baby I broke them all for you

(Mas, querido, eu quebrei todas por sua causa)

Because even when I was flat broke

(Porque mesmo quando eu estava despedaçada)

You made me feel like a million bucks

(Você me fez sentir como um milhão de dólares)

Yeah you do and I was made for you

(Sim, você fez e eu fui feita pra você)"


Regina: Sinto que, apesar da minha mente conturbada - brinca, mas logo volta a seriedade - Finalmente vamos poder viver com calma e com toda paz do mundo - o encara e vê os olhos que sempre lhe trouxeram paz, que lhe deram esperança e que naquele instante lhe enche de alegria, porque mais uma vez pode enxergar um futuro, onde azul é a cor predominante - Obrigada, por ter ficado, por não ter desistido de mim - sorriu com o castanhos marejados.


"You see the smile that's on my mouth

(Você vê o sorriso na minha boca)

Is hiding the words that don't come out

(Está escondendo as palavras que não querem sair)

And all of my friends who think that I'm blessed

(E todos os meus amigos que pensam que sou abençoada)

They don't know my head is a mess

(Eles não sabem que a minha cabeça é uma bagunça)

No, they don't know who I really am

(Não, eles realmente não sabem quem eu sou de verdade)

And they don't know what I've been through like you do

(E eles não sabem pelo que eu passei, como você sabe)

And I was made for you...

(E eu fui feita pra você...)"


Robin: Eu sempre vou ficar - segura delicamente o queixo dela e a beija. 

Problemas sempre irão existir, ainda irão brigar por ciúmes, ou por quem deve tomar as decisões, mas eles vão ultrapassar tudo de mãos dadas, sorrindo e se amando, sem muitos pesadelos, sem dores extremas e por mais que tenham restado cicatrizes e feridas por essa caminhada que já fizeram, tudo agora parece mais leve. 

Cada marca serviu pra fortalecer o relacionamento, pra que iniciassem uma história provando o quanto estão um pelo outro e pra continuarem esse livro com todo o amor que possuem.


"All of these lines across my face

(Todas essas linhas que passam pelo meu rosto)

Tell you the story of who I am

(Te contam a história de quem eu sou)

So many stories of where I've been

(Tantas histórias sobre onde eu estive)

And how I got to where I am

(E como eu cheguei aonde estou)

But these stories don't mean anything

(Mas essas histórias não significam nada)

When you've got no one to tell them to

(Quando você não tem pra quem contar)

It's true...I was made for you

(É verdade... Eu fui feita pra você)

Oh yeah it's true... I was made for you

(Oh, sim, é verdade... Eu fui feita pra você)"


Notas Finais


Até o próximo cap!! BJINHOSSS
Me contem oq acharam, please.
Link do grp no whats:
https://chat.whatsapp.com/LvMiXy4RHuJ1WKFPYtAlXZ


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