1. Spirit Fanfics >
  2. You're not in my plans - segunda temporada >
  3. Lego house - Ed Sheeran

História You're not in my plans - segunda temporada - Lego house - Ed Sheeran


Escrita por: Vickisnotnice

Notas do Autor


Olá! Como vocês estão? Todo mundo de férias já? Espero que sim! Eu amo o capitulo de hoje, é inteiramente de Varry! Aproveitem!
Xx Vane

Capítulo 9 - Lego house - Ed Sheeran


Fanfic / Fanfiction You're not in my plans - segunda temporada - Lego house - Ed Sheeran

-Ok Harry, pode me dizer agora porque insistiu tanto pra eu sair com você? - perguntei assim que entramos em seu carro.
-Bom, eu não deveria, mas acho que já posso contar pra você.
-O que? 
-Ed vai pedir a Vih em casamento.
-Ah meu Deus! Eu não acredito! - eu coloquei as mãos na boca. - Ahhh - soltei um gritinho de alegria e ele me olhou rindo.
-Mas você tem que fingir cara de supresa quando eles te contarem. 
-Tá, eu vou fazer. Mas porque o Ed simplesmente não nos contou? Eu teria aceitado sair com você muito antes, sabe, eu teria um motivo.
-Ei, eu não sou um motivo? - o olhei de canto. - Vane qual é, eu já disse, só vamos jantar, como amigos.
-Você sabe o quão estranho isso é? Ou sou só eu mesmo que acho isso estranho? 
-É estranho sim, mas não custa nada fingir que é normal ok? Pelos nossos amigos.
-Eu não sei se a gente consegue isso. 
-É claro que conseguimos! - ele exclamou como se eu estivesse duvidando da sua capacidade de fazer alguma coisa, na verdade eu estava.
-Da última vez acabamos com os lábios grudados.
-Você me beijou. 
-Você me pressionou. - retruquei.
-Mas eu não te pedi nada. 
-Você insinuou.
-Ah qual é? Você me beijou porque quis! E ainda foi embora depois pedindo pra eu esquecer o que tinha acontecido, como se não tivesse sido nada pra você.
-Porque é como devemos agir, aquilo não foi nada mesmo e não vai se repetir! 
O clima dentro daquele carro havia ficado um pouco tenso, é claro que a gente tinha que discutir justo hoje, justo agora, que eu não posso simplesmente fugir dele ou deixá-lo falando sozinho.
-Olha temos um longo jantar pela frente, não vamos ficar brigados. - Harry disse mas parecia ter lutado muito para que tais palavras saíssem de sua boca, pois demoraram muito para serem pronunciadas.
-Se eu pudesse estaria andando de volta para casa.
-É, porém você não pode, então vamos jantar como grandes amigos. - bufei e ele revirou os olhos.
Em alguns minutos chegamos no restaurante, Harry me ajudou a descer do carro e andamos silenciosamente até a entrada do local, sentamos na mesa que ele havia reservado para nós, e fizemos nossos pedidos sem trocarmos uma palavra um com o outro.
-Se vamos jantar, vamos fazer com que isso seja ao menos agradável. - falei atraindo seu olhar pra mim.
-E sobre o que você gostaria de falar? - ele ergueu as sobrancelhas.
-O que te fez terminar com a sua namorada? - eu queria perguntar isso desde que eles terminaram, Ed chegou com a notícia, disse que foi depois da festa do Louis e que Harry não contou o motivo a ele, na verdade tenho quase certeza de que contou mas o mesmo não quis me contar.
-Bom, desentendimentos. - eu levantei as minhas sobrancelhas, esperando por mais. - Eu e ela brigamos na noite do aniversário do Louis, e depois tivemos uma conversa civilizada no dia seguinte e decidimos que era melhor terminarmos. - ele não parecia muito triste nem incomodado com esse fato, o que me deixou secretamente feliz.
-Entendi, sinto muito.
-Você não sente. - ele sorriu de lado.
-Bom, nem você. 
-Não mais, fiquei triste por alguns dias, mas passou. - ele riu me fazendo rir também.
-Tá certo. - levantei as mãos em rendição.
Nossos pratos chegaram, comemos entre conversas provocativas e sem graça, quando não estávamos nos provocando, conversávamos como colegas de trabalho, o que era entediante para pessoas que se conhecem além daquilo. Às vezes eu sentia que estávamos conversando através de grandes armaduras, como dois inimigos que não podiam mostrar o seu ponto fraco um ao outro, e que podiam se atacar a qualquer instante. Isso foi exaustivo, até que decidimos que se bebêssemos um pouco seria mais fácil lidar com tudo aquilo. Bem, nunca é uma boa ideia beber tanto, mesmo que eu tenha certeza de que sou mais fraca do que Harry para bebida, eu não me importava, realmente aquilo estava sendo muito estranho e o álcool em nossas veias poderia ajudar não é? Eu esperava que sim.
No fim das contas, eu estava na casa do Harry, ele disse que não tinha certeza se Ed e Vih estavam no apartamento dela ou no dele, mas eu tinha a leve impressão de que isso era só uma desculpa para passar mais tempo comigo, ou para me fazer dormir com ele, qualquer uma das opções é válida. Se ele quisesse a segunda opção estava bem iludido porque nem bêbada eu faria sexo com ele, na verdade não era uma coisa ruim mas nós não vamos fazer isso.  
-Achei que fosse me deixar pra sempre. - Harry disse olhando fixamente para a frente, falando devagar e calmamente, como se o assunto abordado não fosse importante. 
-É, mas não deixei. - respondi enquanto encarava minhas mãos.
-Isso é louco. 
-Nós estamos bêbados? - eu realmente estava estranhando ele ter tocado no assunto de repente.
-Não, talvez você esteja mas eu sei o que estou fazendo. 
-Eu também sei. - lhe mostrei o dedo.
-Não sabe não, nem se lembrará disso amanhã.
-Me lembrarei só porque você disse que não.
-Você bebeu bastante.
-Vou vomitar em você se ficar sendo chato.
-Me sinto bem quando estou você. - falou depois de alguns minutos em silêncio. - Mas aí você vai embora e eu não sei se vai voltar. - confessou e eu levantei os olhos para olhar nos dele.
-Eu sempre acabo voltando não é? 
-Você demorou um ano para voltar.
-Mas voltei.
-Você e o seu amor estão me levando para baixo. - suas palavras fizeram meu coração doer. Pareciam tão sinceras.
-Nós não damos certo? - soou como uma pergunta mas era pra ter sido uma afirmação.
-Eu não sei. - ele respondeu e eu não disse mais nada. - Acho que estamos fazendo coisas erradas.
-Ficando juntos? Eu também acho.
-Então porque estamos fazendo isso?
-Eu não sei.
-Você está bêbada.
-Mas eu não sei mesmo. - revirei os olhos por ele insistir em dizer que estou bêbada.
-Que droga.- resmungou.
-Harry você não entende que estamos apenas sendo adolescentes idiotas tentando amar? 
-Se é isso, estamos falhando.
-Porque somos adultos que não sabem lidar com nada.
-Está dizendo que seria mais simples se tivéssemos 16 anos de idade?
-Talvez, pensaríamos menos nas consequências.
-Você não quer pensar nas consequências?
-Nunca dá certo se você ficar pensando no que vem depois, você tem que viver o presente.
-Parece que não sabemos fazer isso então. - na verdade quem não sabia era eu.
A frase dele pairou no ar e foi o que encerrou o assunto, ficamos em silêncio por um tempo, até que Harry suspirou e olhou diretamente para mim.
-No que está pensando? 
-Em nossos filhos.
-Que? - me olhou como se eu fosse louca.
-Eles teriam cachinhos como os seus e seriam todos loiros porque o meu cabelo é loiro, com sorte puxariam a cor de seus olhos e o formato da minha boca, eles podem ter o seu nariz porque ele é bonito e as suas sobrancelhas já que eu não tenho muita, mas eles têm de ter o formato dos meus olhos. - Harry riu assim que eu parei de falar.
-Eles me parecem perfeitos em sua cabeça.
-Você nunca imaginou? 
-O que? 
-Seus filhos? 
-Já, mas não com você. - eu ri. - mas eu gosto da sua descrição, mais do que da minha. - sorri.
-E quantos você quer ter? - perguntei sem saber o porque.
-Acho que dois.
-Hum. - encostei minha cabeça em seu ombro.
-E você? 
-Três.
-Não acha que são muitos não? - ele riu fraco.
-Não, é perfeito. - sorri imaginando.
-É sério, porque estamos falando sobre isso? - ele disse rindo.
-Ah e eles têm que ter essas covinhas! - enfiei o dedo na covinha que apareceu em seu rosto quando ele riu.
-Você fez isso quando nos conhecemos. - ele pareceu voltar naquele dia.
-Eu não me lembro.
-Você estava bêbada demais aquela noite para se lembrar de algo. - seus lábios formaram um sorriso. - Mas eu me lembro de tudo. Você me pediu pra sorrir e então colocou seu dedo bem aqui. - pegou o meu dedo e colocou novamente em sua covinha. - E aí você disse que sempre quis fazer isso e eu achei aquilo a coisa mais engraçada e ao mesmo tempo fofa do mundo. Eu ri de você mas você nem se importou porque estava muito feliz por ter finalmente colocado o dedo na minha covinha. 
-Pode falar, eu sou a pessoa mais estranha que você já conheceu na vida. - coloquei as mãos no rosto rindo.
-Não é a pessoa mais estranha que eu já conheci, mas é a namorada mais estranha que eu já tive. - odeio quando ele diz que sou sua namorada mas eu nem mesmo fui um dia. Que droga Harry!
-O destino está brincando com a nossa cara Harry. - falei por fim vendo o que estávamos fazendo.
-Não diga coisas de bêbada.
-Você mesmo disse que eu estou bêbada, me deixe ser uma então.
Ele revirou os olhos e eu levantei do chão em que estávamos sentados, fazendo minha bunda doer por ter ficado tempo demais ali. Dei alguns passos cambaleando sob seu olhar e logo estava jogada em seu sofá.
-Você poderia pelo menos ter ido para o meu quarto. - Harry estava de frente para mim agora.
-Aqui está bom. - fechei meus olhos.
Ele me empurrou para o lado e eu reclamei, se deitou de frente para mim com as mãos em minha cintura, podia sentir sua respiração em meu rosto e com certeza eu reclamaria disso também se não estivesse tão cansada.
-Harry?
-Sim. - ele respondeu num sussurro com sua voz mais rouca do que o normal.
-Eu estou assustada com isso tudo. - admito num sussurro para ele.
-Eu também estou. - disse baixo como se entendesse exatamente o que eu estava dizendo, e eu sabia que ele entendia. 
-Eu não sei o que estou sentindo. - falei com a voz baixa e embargada.
-Não chore. - ele disse e eu tive certeza de que ele estava certo, eu estou bêbada. - Nós vamos dar um jeito nisso tudo.
-Quando? 
-Não sei amor. - ele passava as mãos nas minhas costas como se quisesse me acalmar. - Agora fecha os olhos, vamos dormir. - ele disse com a voz suave.
-Tá. Boa noite Haz. - lhe dei um selinho.
-Boa noite Vane. - fechei os olhos antes que ele fechasse os dele.
Eu estava quase dormindo quando ouvi o barulho do meu celular bem longe. Resmunguei tentando ignorar mas Harry se mexeu e eu me forcei a abrir os olhos.
-Pode me dar ele por favor? - pedi querendo parar logo aquele toque estridente.
Ele pegou meu celular que estava em cima da mesinha de centro e me entregou voltando a deitar do meu lado.
-Alô? Lena? Ah tudo bem. Espera vocês se acertaram? Uau que filme milagroso. - brinquei e ela riu do outro lado da linha. - Onde eu estou? Indo pra casa, Harry vai me levar. - ele fez que não com a cabeça. - Você não vai? E a Vih? Tá bom, eu não tinha visto a mensagem dela. Beijo, volte amanhã. - ela riu e desligou.
-Não vou dirigir bêbado. - Harry falou.
-Você mesmo disse que não está bêbado. - arqueei as sobrancelhas pra ele.
-Para dirigir eu estou.
-Tudo bem, é aqui perto mesmo, só vou ter que andar um pouquinho. - levantei do sofá colocando meus saltos no pé. 
Malditos sejam, senti doer assim que os calcei.
-Seria muito mais fácil se você só dormisse aqui.
-Pode me emprestar um chinelo? Ou qualquer coisa que eu possa usar sem ser esses saltos. - falei os tirando do pé, eu deveria ter colocado sapatilhas. 
-Porque não colocou algo mais confortável? - ele levantou indo pegar o que eu pedi em seu quarto.
-Porque é chato andar sem saltos do seu lado. - ouvi ele rir lá de cima.
Me entregou uma pantufa enorme para os meus pés em formato de lego. 
-Você sabe que vamos andar na rua né? 
-É a única coisa que eu tenho que você vai conseguir andar direito. E eu tenho uma azul igual essa.
-Obrigada. - sorri calçando as pantufas laranjas.
-Tem certeza de que a Vih não está lá com o Ed? - falou enquanto eu abria a porta de sua casa.
-Ela mandou uma mensagem avisando que está no apartamento dele. - falei acabando com a sua última tentativa de me fazer ficar.
-Ok então. - ele suspirou e começamos a caminhar em direção ao prédio de Vitoria.
Estava tudo escuro, a não ser pelas luzes da rua que não iluminavam muito. Alguns carros passavam às vezes, mas não havia nenhuma pessoa na rua além de nós dois.
O caminho não era muito longo andando, podíamos ir por lugares que os carros não passavam e assim chegávamos mais rápido andando do que de carro. Eu e Harry não falamos muito, apesar de tudo, eu estava adorando andar com ele sem ninguém para nos olhar e sem pressão para continuarmos um conversa que não era necessária naquele momento. Apenas a presença dele ao meu lado me deixava feliz e segura.
-Eu achei que fosse mais longe. - comentei.
-É, moramos mais perto do que imaginávamos. 
-Obrigada pelas pantufas, vou dar uma limpada em baixo e te devolvo depois. - falei olhando a sola que estava um pouco suja.
-Não precisa, pode ficar com ela.
-É sério? Você sabe que eu não vou recusar né? Porque eu adoro pantufas e meu sonho é ter uma coleção delas. - ele riu assentindo.
-Você pode ficar mesmo, coloque ela na sua futura coleção de pantufas. - eu sorri.
-Ela também me lembra uma música da qual gosto muito, e acho que você sabe bem qual é.
-I'm gonna pick up the pieces and build a lego house... - ele cantou a primeira parte da música mostrando que sabia do que eu estava falando.
-If things go wrong we can knock it down. - completei baixinho. Aos sussurros nossa voz fica melhor não é?! - Essa música é incrível. 
-Eu gosto muito do que ela fala, um homem que está disposto a fazer de tudo para que seu namoro dê certo, mostrando que eles podem juntos concertar qualquer erro que possa vir a ocorrer, que eles podem reconstruir tudo caso não dê certo, porque acima de tudo, eles têm um ao outro. Ele sempre estará ali por ela, para tudo.
-A letra é linda mesmo, o Ed sempre escreve letras linda não é mesmo? - dei um sorriso para ele.
-Acho melhor eu ir. - ele falou com as mãos no bolso.
-Sim, já está tarde. Obrigada pela companhia até aqui.
-Não tem de que senhorita! - ele se aproximou de mim e eu nem me afastei.
-Tome cuidado para voltar para casa. - falei e ele já tinha os braços em minha cintura e eu no seu pescoço.
-Você quer que eu te beije agora? - ele sussurrou.
-Não me pergunte isso. - sussurrei também.
-Porque? Tem medo da resposta? 
-Você está me fazendo pensar! Pensar demais não é bom quando se trata de mim então faça logo o que você quer fazer!
-Você também tem que querer. - revirei os olhos e ataquei seus lábios. 
Um único beijo, longo e bem diferente do que demos naquele outro dia. Nos afastamos por falta de ar, encostei minha testa em seu peito por estar cansada de ficar na ponta dos pés. Fiquei ali por alguns segundos recuperando o fôlego.
-Não vai me pedir pra esquecer o beijo, né? - Harry falou e eu levantei a cabeça para olhá-lo.
-Não. - ele abriu um sorriso. - Hora de você ir. - o empurrei para longe.
-Tem certeza de que não quer que eu suba? - ele apontou para cima e eu o olhei incrédula.
-Não Harry, eu tenho certeza. - falei rindo.
-Tá bom então, não custa nada perguntar né. - ele deu de ombros e finalmente começou a andar em direção a sua casa.
-Tchau! - falei já que ele estava de frente para mim ainda.
-Tchau Vane! Eu realmente espero que você se lembre disso. - ele falou e por fim virou de costas caminhando mais rápido.
-Vou me lembrar Harry. - sussurrei para mim mesma, eu também esperava que eu me lembrasse daquilo.


Notas Finais


E aí? O que acharam?? Deixem nos comentários please! Até sábado que vem! Bjos!
Goodbye :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...