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História You're not in my plans - Leaving California - Maroon 5


Escrita por: Vickisnotnice

Notas do Autor


Oii gente!!! Olha acho que não preciso falar nada porque só a foto e o nome desse capítulo dizem tudo. Esse é o penúltimo capítulo, estejam preparadas porque ele está de arrasar.
Xx Vane & Vih

Capítulo 20 - Leaving California - Maroon 5


Fanfic / Fanfiction You're not in my plans - Leaving California - Maroon 5

-Preciso terminar com ele. - cheguei de supetão no quarto de Vitoria. - Vou embora na quarta.
-Não tem jeito não é? - ela perguntou me chamando para sentar em sua cama.
-Não. - meus olhos marejaram.- não queria que fosse assim, mas não tem outro jeito.
-Como tem tanta certeza que não vai dar certo se nem tentou?
-Eu sei que não vai, nossas vidas são diferentes, vivemos longe um do outro e nem namorando estamos.
-E porque está chorando? - ela perguntou limpando uma lágrima que escorreu por minha bochecha.
-Porque não queria que fosse assim, não queria que esse conto de fadas acabasse tão rápido.
-Está chorando porque gosta dele. 
-Também, eu gosto, gosto muito dele e está doendo ter que deixá-lo.
-Ele sabe que vai embora quarta? 
-Eu comentei algumas vezes com ele, não sei se ele se lembra.
-E quando pretende falar com ele? 
-Amanhã de manhã. - respirei fundo.
-Tem certeza disso? 
-Eu não sei, não sei de nada, só sei que vou embora, e não vou vê-lo mais. Podemos ser amigos, eu acho.
-Claro que podem, ele vai entender. Olha eu sei que vai ser difícil pra você, mas não deixa isso estragar seu último dia aqui ok?Você tem que aproveitar.
-Ah não me lembra disso não, quero ficar aqui pra sempre! 
-Porque você demorou tanto pra vir pra cá? 
-Dinheiro. - falei e rimos. - você ter uma casa aqui ajudou muito porque se não eu teria que pagar um hotel e isso sairia muito mais caro. 
-É.
-Tenho orgulho por você ter conseguido tudo aqui sabia? - sorri pra ela.
-Ah não começa! Eu também sinto orgulho de você, conseguiu muitas coisas lá no Brasil, sozinha.
-Somos demais. - fizemos um Hi Five. - Quando eu for rica eu vou vir pra cá todo fim de semana. E olha que eu estou quase lá.
-Com certeza.
-É sério, vou ter dinheiro pra poder vir pra cá quando eu quiser e quem sabe até morar aqui por um tempo, vou viajar o mundo com os livros que eu vou lançar, e vou ter milhares de fãs por aí.
-Isso aí amiga! Bom eu vou ficar famosa de outro jeito, mas por mim mesma. Até lá eu larguei o Ed e já casei com o Dicaprio e to cheia de fãs amando minhas coleções de roupas. - Eu ri.
-Você é uma pessoa horrível. 
-Ah qual é, foi só uma brincadeirinha. Eu o amo demais, mesmo ele colocando os pacotes de bis mais alto do que eu posso alcançar e comendo tudo que é meu e depois não comprando nada de volta, eu ainda o amo mais do que cabe em mim. Assim como eu amo você, e eu mal posso pensar na minha vida diferente desse mês, por que eu não quero nem pensar em perder você pra distância de novo. - ela já tinha os olhos vermelhos de quem tenta segurar as lágrimas, e então nos abraçamos por longos minutos sem evitar a melancolia do dia que se aproximava.
•••
Passei uma leve maquiagem, coloquei uma roupa básica e liguei para Harry, pedindo que ele viesse para o apartamento de Vitoria.
-Bom dia. - falei entrando na cozinha.
-Bom dia amor. - ela sorriu e me deu um beijo estalado na bochecha.
-Ele está vindo. - suspirei. 
-Come alguma coisa. - ela disse e eu peguei uma pêra pra comer.
-O que faremos hoje? - perguntei sabendo que ela já deveria ter alguma coisa em mente.
-Vamos passear, vou te levar aos meus lugares preferidos de Los Angeles, aposto que não foi em nenhum. - ela piscou. - Depois almoçaremos num restaurante indicado por Ed, e então vamos ao shopping, dai voltamos para casa pra você terminar de arrumar suas coisas.
-Certo, Ed vai nos levar no aeroporto? - ela assentiu. - não queria ir sem me despedir do ruivo.- sorri e a campainha tocou.
-Vou pro quarto me arrumar, qualquer coisa é só gritar. - ela me jogou um beijo e eu sorri fraco respirando fundo e indo abrir a porta.
-Oi. - eu disse assim que abri a porta.
-Oi. - apenas pelo jeito que ele me olhou, eu sabia que ele sabia, ele sabia de tudo, sabia que esse era o nosso fim.
-Eu vou embora amanhã. - falei me sentando no sofá e ele fez o mesmo.
-Eu sei. - ele respondeu com o olhar perdido.
-Então sabe porque eu te chamei aqui, não sabe? 
-Acho que sei. - ele levantou a cabeça olhando diretamente em meus olhos.- Vai terminar comigo, não é? - ele perguntou sem tirar os olhos dos meus.
-Sim. - mordi os lábios desviando o olhar, não queria chorar.
-Não tem jeito? 
-Não posso ficar Harry, e você não pode ir, nossas vidas são tão diferentes, não tem como.
-A gente podia tentar um relacionamento à distância. - sugeriu.
-Como? Nos veríamos duas vez por ano? Porque é isso o que acontece com Vitoria, nos vemos três vezes por ano no máximo. E quando sua agenda não permitir? Não dá.
-Podemos tentar. - ele disse baixo.
-Pra que? Pra sofrer mais? Prefiro acabar aqui. - eu nem sabia da onde estava tirando forças pra falar daquele jeito com ele, mas não conseguia olhar em seus olhos.
-Não posso deixar que vá, não posso. Eu...não quero que vá, eu não sei muito bem o que estou sentindo mas estou desesperado, não posso te deixar ir assim. - ele segurou minhas mãos que estavam entrelaçadas em meu colo.
-Nós dois sabíamos que isso ia acabar assim.- olhava apenas para o chão.
-Sim, sabíamos e mesmo assim nos envolvemos, ou somos burros, ou...- parou de falar.
-Ou o que? - levantei o olhar o encarando.
-Ou...gostamos um do outro. - fiquei sem palavras.- Vani pensa bem, eu não levaria qualquer garota para a minha casa logo na primeira noite em que a conheci, e sem segundas intenções, eu não faria nada disso que fiz com você se não fosse sério pra mim, eu não sei pra você mas pra mim sempre foi mais do que só beijos ou uma ficada, eu realmente gosto de você, e não quero te perder, porque eu sei que se eu te deixar ir embora sem te contar isso, vai ser o fim pra nós dois. Eu sei que está tentando agir racionalmente, mas por favor não faz isso agora, me diz o que está sentindo, o que realmente quer fazer.
-Eu não posso fazer nada disso que quero fazer. - falei angustiada.
-Apenas me diga - ele se aproximou de mim.
-Eu...eu quero ficar, é claro, eu não quero voltar pra lá e pensar que terminamos por nada. Eu sempre me jogo de cabeça nos meus relacionamentos, porque eu não sei fazer de outro jeito. Nunca foi pouca coisa pra mim, sempre foi algo mais do que eu poderia querer, eu sabia desde o começo que acabaria, que uma hora iria chegar ao fim e eu não poderia fazer nada pra mudar isso, mas continuei, porque é o que eu sempre faço, é assim que o amor funciona. - levantei do sofá e ele também se levantou logo em seguida.
-Estou apaixonado por você, Vani. Isso não basta pra você ficar? - fiquei em silêncio. - Você não sente o mesmo?
-É claro que sinto. - disse baixinho e ele me abraçou como se pudesse mudar tudo e me fazer ficar, mas ele não podia. - Harry. - o chamei saindo do abraço.
-O que? - ele olhou pra mim.
-Estou fazendo isso porque é melhor pra nós dois, acabamos de nos declarar um para o outro e por um momento eu pensei que eu pudesse jogar tudo pro alto e ficar aqui, mas não é assim que a vida é. Nós não precisamos parar de se falar, vamos continuar sendo amigos, mas nada além disso, não podemos nos prender num relacionamento que não vai dar certo.
-Eu te amo, caralho! Você está escolhendo o caminho mais fácil! - ele disse um pouco chateado.
-Esse é o único caminho Harry, estou apenas pegando um atalho.
-Você está desistindo de nós! - ele parecia indignado.
-Não quero que nossos momentos juntos sejam estragados com uma briga, por favor tenta me entender.
-Não! Eu não consigo entender, você ao menos já teve um relacionamento à distância? 
-Não, mas sei que não dão certo. Harry, você parece que não quer entender o que está acontecendo. 
-Viu? Você que não entende! Eu já tive um relacionamento à distância e posso falar disso melhor do que você.
-Já teve? Isso comprova que não dão certo porque você está comigo, estava. - me corrigi imediatamente.
-Olha foi complicado no começo, mas podemos lidar com isso.
-Não podemos Harry, estaremos separados por muitas milhas de distância, vai faltar tempo pra nos comunicarmos, vou acompanhar sua carreira de longe e o primeiro rumor que aparecer que você saiu com outra mulher vai destruir o único fio que vai estar segurando o nosso relacionamento, porque ele vai estar desgastado demais pelo tempo pra suportar uma suposta traição.
-Você está sendo uma idiota, isso não vai acontecer.
-Então me diz como acabou seu relacionamento à distância? 
-Ela me traiu. Mas com a gente é diferente, eu gosto de você de verdade. - fiquei em silêncio por um momento.
-Sempre é diferente. - engoli em seco.
-Para de ser dura consigo mesma, acredita pelo menos uma vez.
-E você acha que eu já não acreditei? Eu acreditei em todas as vezes mas nunca deu certo. - falei com olhos cheios de lágrimas.
-E porque dessa vez não quer acreditar?! - ele aumentou o tom de voz.
-Eu já disse que estou sendo realista, é fato que isso não vai dar certo, não precisa ser gênio pra saber disso. - falei alto assim como ele estava falando.
-Tá. - ele concordou cansado de discutir comigo.
-Não tem outro jeito, me desculpa. - falei secando uma lágrima.
-Não precisa pedir desculpas. - ele não tinha sentimento algum na voz e isso me desesperou.
-Não era pra ter sido assim, era pra você ter aceitado, me dado um beijo de despedida e ter dito que me entende e que me levaria ao aeroporto. - falei mais baixo com a mão na cabeça.
-Me desculpa se eu te decepcionei, eu só estava tentando fazer com que minha amada não me abandonasse. - ele disse um pouco áspero. 
-Não use a palavra abandonar, eu não estou te abandonando, eu estou tentando dar um jeito na situação do melhor jeito que eu posso. 
-Tanto faz que palavras eu uso, nada disso deveria ter acontecido, deveria ter sido só diversão.
-Se arrepende de ter se apaixonado por mim? - perguntei com o coração na mão.
-Se eu soubesse que você desistiria assim da gente no fim de tudo isso, eu juro que não teria me envolvido com você. - essas palavras me fizeram cair sentada no sofá.
-Então se arrepende de ter se envolvido comigo. - falei tentando conter minhas lágrimas, já que depois daquilo, era impossível segura-las.
-Eu não disse isso. 
-Tanto faz que palavras você usa porque eu sei o que elas querem dizer. - funguei e ele olhou pra mim.
-Acho que é hora de ir. - ele disse e eu encarei seus olhos que estavam marejados.
Ele olhou pra mim, e ficamos nos encarando por algum tempo, as lágrimas rolavam por minha bochecha sem controle e eu sabia que ele estava segurando as suas apenas por seu olhar triste e seus olhos vermelhos e marejados.
E sem dizer nada, ele quebrou nosso contado visual, naquele momento, senti como se ele tivesse quebrado junto o meu coração, e deixado-o no chão, senti que nunca mais fosse olhar para aquela imensidão verde que são seus olhos, senti que ele estava me expulsando de sua vida por um longo tempo, se não, para sempre.
Ele virou de costas indo em direção à porta e eu não pude controlar um soluço, ele parou quando me ouviu e eu engoli em seco esperando que ele voltasse apenas para me dar um abraço e dizer que as palavras pronunciados por sua boca minutos atrás não eram verdadeiras. Porém, ele não fez nada disso, nem olhou pra trás, apenas continuou seu percurso até o objeto de madeira que me separaria dele.
Meu coração não podia estar mais esmigalhado quando ele fechou a porta do apartamento de Vitoria, deixando claro que foi ali, que tudo acabou, que todas os momentos viraram lembranças felizes que se tornavam tristes no seu final, sem conseguir dizer um adeus, eu o deixei ir, e ele se foi também sem conseguir me dizer adeus.
Foi o único momento da minha vida que eu me lembro de não ter pensado com o coração, e sim com o cérebro, friamente como ele, e eu não podia estar me sentindo pior por isso. Mas eu sabia, que assim seria melhor.
Ainda sentada no sofá, coloquei as mãos no rosto tentando abafar meus soluços, eu não podia chorar daquele jeito por ele, eu nem sabia o que estava doendo mais, nossa horrível despedida ou suas duras palavras. 
Ouvi os passos rápidos de Vitoria até o sofá que me acolheu em seus braços como um tipo de tentativa de proteção do mundo, senti ela respirar fundo e fechar os olhos, sem saber o que ela pensava, mas aceitando sua proteção.
Quando levantei a cabeça para encara-la e vi seu olhar triste me vendo chorar, quis chorar por mais mil anos. Fiz que não com a cabeça  como se negasse a mim mesma o que aconteceu.
-Foi horrível. 
-Eu sei.
-Queria que tivesse sido diferente. - ela me apertou em seu abraço.
Depois de alguns minutos ali, levantei a cabeça me recompondo, limpei as lágrimas e olhei para Vitoria que tinha um semblante triste.
-Vou retocar essa maquiagem e melhorar essa cara de choro, não quero mais chorar. - ela me deu um sorriso fraco assentindo.
-Não demora, temos um longo dia lembra? 
-Sim. - dei um sorrisinho e fui para o quarto.
Logo voltei pra sala encontrando Vitoria com sua bolsa e a chave do carro nas mãos, ela apontou para minha bolsa jogada em cima da mesa. Eu peguei a mesma e fomos até o carro dela.
E assim começou o meu último dia em Los Angeles.
Mas dias se transformavam em noites, e quando tudo finalmente se acalmou para que os meus pensamentos ficassem mais altos que o movimento em Los Angeles, e maiores que o pequeno apartamento, o silêncio se tornou ensurdecedor, como se o nada gritasse comigo, e não teria como contar quantas vezes me revirei na cama pra tentar dormir naquela noite antes de desistir e levantar, Vitoria ainda se enrolava aos edredons brancos que chamavam atenção ao azul de seu cabelo.
Me levantei saindo do quarto, a casa que vi com ela assim que cheguei, parecia diferente de quando eu a via sozinha, talvez fossem os detalhes não percebidos antes, os desenhos dela jogados num canto qualquer, o violão que nunca usava, as xícaras esquecidas em cima dos móveis, tudo perfeitamente bagunçado. Minhas mãos pegaram o porta retrato com nossa foto, sorrindo pra câmera, sentadas na fila do show do One Direction, e tudo pareceu a tanto tempo atrás que meus olhos quiseram por um momento se encher de lágrimas e eu sorri pra garota que sorria de volta na foto, minha antiga eu, sorridente, esperançosa e tão feliz apenas com o simples fato de estar entre milhares de pessoas para ver sua banda favorita, então quis poder voltar e sentar ao meu lado naquela fila por longas horas enquanto conto tudo que ainda aconteceria com ela, desde as vergonhas que a deixariam vermelha, até os beijos que fariam seu coração se desesperar ao ponto de perder o ritmo dos batimentos, mas uma parte de mim sabia que eu estaria estragando tudo que seria novo pra ela, e mesmo que eu quisesse dizer para que ela deixasse de se preocupar tanto com a incerteza, que ela não precisa se estressar com a Vitoria sendo chata, por que ela não realmente acredita nas coisas que diz, só gosta de ser irritante, mesmo que eu quisesse deixar ela planejando por mim os diálogos que mal sei formar, eu sabia que não poderia, e nem seria certo. Aquela é a garota que vai desistir por um instante pra pensar em si mesma antes, pra pensar em faculdade e futuro, mas está tudo bem, por que ela sempre será eu, e eu sempre serei ela, cheia de sonhos, esperançosa, sempre serei a otimista, e ela ainda será eu, e eu sou aquela que realiza as coisas que ela sonhou.  
Voltei ao quarto deitando ao lado da Vitoria, ela me abraçou dormindo e eu me aconcheguei em seus braços.
-Vou sentir sua falta- eu disse baixo. 
-Que bom- ela respondeu de olhos fechados e eu sorri, ouvindo suas palavras baixas dizendo- Eu também. - antes de finalmente cair no sono.


Notas Finais


Eai? Esperavam que isso fosse acontecer? Choraram? Porque eu chorei escrevendo e não consigo ler ele de novo sem ter lágrimas nos olhos! Me desculpem! Mas saibam que esse não é o fim de Varry, temos mais um capítulo ainda, não me abandonem nem me odeiem por isso!
Até sábado que vem, comentem aqui o que vocês acharam por favor! Beijão!
Goodbye :)


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