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História Youth - Falta de sorte.


Escrita por: kondzilla

Notas do Autor


LEIA AS NOTAS FINAIS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Adendo1: não revisei, perdoem os erros.
Adendo2: ta confuso, ta sem sentido, mas vocês podem relevar por mim né? szszsz
Adendo3: é dividido em duas partes.
Adendo4: desculpem por certas coisas.
Adendo5: sei que eu disse que ia fazer esse capítulo só focado na baladinha top, porém eu tive outras ideias pra colocar aqui e achei que ia ficar bom, enfim, não ficou, mas eu tava com muita preguiça pra pensar em coisa melhor, então só fui!
Adendo6: valeu pela foto das criança biritando natasha, vc eh top!

boa leitura!

Capítulo 4 - Falta de sorte.


Fanfic / Fanfiction Youth - Falta de sorte.

Agora são três da manhã, e eu estou tentando fazer você mudar de ideia.
Te deixei múltiplas chamadas perdidas
Até minhas mensagens você responder
Por que você só me liga quando está chapado? 


 

 

21:35 PM (US-20 HIGHWAY)

 

— Desgraça! — Donnie disse após abrir o capô da sua picape e a fumaça com cheiro de borracha queimada invadir suas narinas.

 

— Merda, merda, merda, mil vezes merda. — Repetia ele em voz alta enquanto tentava enxergar alguma coisa naquele emaranhado de ferro velho que ele chamava de carro.

 

— Ei, DeeDee, ta tudo bem aí? —  Fleur perguntou de dentro do carro, percebendo que o garoto começava a perder a linha.

 

Donnie respondeu com um resmungo frouxo enquanto a fumaça se dissipava e ele ouvia a porta do carro ser aberta, ótimo, mais vergonha pra passar na frente dos outros.

                                                      

— É... acho que não. — Respondeu coçando a nuca quando viu a garota ao seu lado cruzando os braços e semicerrando os olhos por conta da fumaça.

 

— O que aconteceu?

 

— Não tenho certeza, mas acho que o carburador esquentou. — Respondeu o garoto sem direcionar o olhar a ela, apenas debruçando-se no capô e olhando mais a fundo o que havia acontecido.

 

— E da pra arrumar? — Ela perguntou.

 

— Não sei, provavelmente não. — Donnie respondeu frustrado enquanto tentava arrumar os fios em uma ordem aleatória enquanto suspirava desapontado.

 

— Ei, Donnie, relaxa. — Fleur tentou animá-lo. — O centro não está longe, se começarmos a andar agora quem sabe não chegamos a Portland ou a Salém em uns vinte minutos, no máximo?

 

— Não vai dar não, a gente chega lá beirando a meia noite se a gente tiver sorte. — Donnie fechou o capô da caminhonete e suspirou frustrado. — Foi mal não poder levar você de volta pro seu apartamento, sei que dou falha a maior parte do tempo, mas agora não foi proposital.

 

— Tá tudo bem, Donnie, sério. Não precisa se martirizar, podemos ir andando.

 

Donnie sorriu amarelado. Não é que Fleur era uma companhia ruim, mas acontece que ela completamente desprovida do comportamento capcioso que Donnie pensou que ela ainda nutria antes dele se mudar de Oregon. A garota se tornou o que ele vê por louca obcecada em perfeccionismo cheia de simpatia forçada.

 

Darko foi até a caminhonete e a fechou, não que fosse fazer alguma diferença, já que não tinha nada ali além de sua mochila. Fleur voltou para dentro do veículo para pegar a sua bolsa prada que ela julgou ser muito importante para o encontro com o garoto que dirige uma caminhonete velha.

 

Ele usava sua jaqueta preta com a marca do Hard Rock café atrás, não era a sua melhor, havia alguns rasgos pelos lados do jeans de lavagem escura, mas ele sabia que era parte do seu charme. Mirou Fleur, que jogou a ele um sorriso de canto a ele e começou a andar do seu lado. Era bonita, e de boca fechada era muito agradável.

 

Os vinte primeiros minutos de caminhada pra longe da caminhonete foram agradáveis, até que a garota começou a achar que o silêncio era algo desagradável, e desatou a falar, grande erro.

 

— E então... como vai sua mãe? — Tudo que é bom dura pouco, ela tinha que fazer a maldita pergunta.

 

— É, deve estar legal. — Foi seco.

 

''Deve estar legal?'' É assim que você trata sua mãe? — Ela arqueou as sobrancelhas, Donnie só desejou que ela voltasse a calar a boca e chamá-lo por aquele apelido ridículo.

 

— Hm, não sei dela desde a semana que cheguei aqui. — Reforçou.

 

— Entendo, está morando a onde? — Ela perguntou, sem ter um interesse real em saber, visto que sua noite que ela presumiu que terminaria em uma cama macia ao lado de Donnie certamente não teria o final desejado.

 

— Por aí, não tenho uma casa fixa ainda. — Ele retirou um cigarro do bolso da jaqueta e o acendeu, tragando uma vez e liberando a fumaça no ar, Fleur fechou os olhos e começou a tossir.

 

— Apaga essa porcaria, Darko.

Donnie tragou mais uma vez, dessa vez demorando um pouco mais e soltando mais fumaça.

 

 — Sabia que com o dinheiro que gasta com essa merda toda semana, você poderia comprar uma ferrari?

 

— Você fuma, Fleur? — Perguntou Donnie.

 

— Não, eu não fumo. — Ela cruzou os braços.

 

— Então cadê a porra da sua ferrari? — Ele tragou mais uma vez seu cigarro, rindo sozinho e vendo Fleur contorcer seu rosto pelo cheiro da fumaça.

 

— A troco de que você vai ficar grosso comigo? — Ela cruzou os braços e baixou a cabeça. Donnie quase se arrependeu. — Você poderia ter pelo menos dito que tinha ficado mais idiota antes de vir me ver.

 

— Você poderia ter dito que tinha ficado mais chata antes de eu vir te ver. — Respondeu ele no mesmo tom de criança manhosa, em outras circunstâncias, Fleur acharia graça, mas naquele momento ela estava ficando realmente frustrada com Donnie.

 

— Você mudou mesmo, mas sabe em algo que continua a mesma coisa? Você ainda é cheio de si demais, Donnie. Acha que o mundo vai cair aos seus pés algum dia, você é tão idiota...

 

— Ainda bem que eu sou cheio de mim, não é? Imagina só se eu fosse como... — Ele fez uma pausa e limitou-se a encarar Fleur, que não precisou ouvir mais nada dele pra saber o que ele ia dizer.

 

— Vai a merda, Donnie! — Ela empurrou o ombro do garoto mais alto, que ainda tragava seu cigarro e ria da tentativa falha dela de intimidá-lo. — A gente ta andando já tem quase meia hora por que a merda do seu carro quebrou, acha mesmo que outra garota aceitaria isso? Eu tenho certeza que não!

 

— Nossa, Fleur, estou realmente sentindo muito por você ter que andar no asfalto e ralar a sola das suas sapatilhas carmesins, poupe-se. — Tragou o cigarro.

 

— O que? — Ela arregalou os olhos. — Cara, fala sério! Você não poderia ser um babaca pior. Pare de querer jogar suas frustrações em cima dos outros! E tira essa merda de cigarro de perto de mim se não eu apago ele na sua língua!

 

Donnie respirou fundo e jogou o cigarro no chão, pisando em cima do mesmo com violência e tirando de dentro do bolso de sua calça uma nota de cem dólares, colocando na mão da menina .

 

— Há seis quilômetros daqui tem uma rodoviária, chegue lá, pegue um ônibus e pode ir pra sua amada casa, se é que você sabe como se pega um ônibus.

 

Fleur segurava a nota em sua mão enquanto olhava para Donnie com raiva, é, definitivamente, Donnie Darko não era mais aquele que ela conhecera antes, deveria ter ouvido quem a avisou.

 

Ela jogou a nota no chão e antes de se afastar de Donnie, ela sibilou olhando pra ele:

 

— Use seu dinheiro pra comprar cigarros enquanto o câncer te mata lentamente.

 

Depois disso, ela simplesmente começou a andar na frente de Donnie, sumindo para sabe-se lá onde enquanto o garoto estava segurando a vontade de rir enquanto acendia mais um cigarro e pegava o dinheiro do chão.

Olhando para o dólar em sua mão e parando pra pensar na cena que acabara de lhe ocorrer, não teve um pensamento mais do que coerente enquanto o tabaco queimava nos lábios maltratados:

 

— Deus seja louvado.

 

[ . . . ]

22:40 (RUST-EZE)

 

No Rust-Eze não era novidade pra ninguém do rumo que aquela noite tomaria, a música vinda da caixa de som fornecida pelos amigos de Lee junto ao jogo de luzes vermelhas do bar e velas eletrônicas, fazia aquilo parecer um verdadeiro bordel.

 

Nas mesas distribuídas em uma parte da festa, garotos apostavam o que não tinham em jogos de poker, faziam uma roda pra ver quem perdia mais, garotas mexiam seus corpos de forma extremamente erótica ao som de músicas eletrônicas que enchiam o ambiente, algumas até arriscaram subir no palco e testar para verem quantos aplausos recebiam.  Já tinha uma boa quantidade de pessoas dentro daquele bar, nada muito extravagante, já dava pra tirar uma boa grana com as bebidas compradas.

 

— Quanto já fizemos até agora? — Jesse perguntou a Casey, debruçando-se no balcão e cruzando suas mãos.

 

— Setecentos e dez. — Casey sorriu, Jesse o acompanhou, mas reparou que o sorriso do mais novo se desfez assim que viu um certo grupinho entrar no estabelecimento.

 

Pareciam o típico grupo de meninos arruaceiros, que chegavam bêbados na festa, fazendo barulho e já despertavam em todos aquela curiosidade de saber quem eram, exceto nos mais sensatos, que sabiam que a presença deles ali só poderia significar uma coisa: Problemas.

 

Christopher foi o primeiro a entrar, o garoto por si só já chamava a atenção por seu jeito espalhafatoso de ser, quando acompanhado de seus amigos egocêntricos de roupas monocromáticas, era impossível não notá-lo. Ele era o único com uma mochila nas costas enquanto seguiam atrás dele Devon Park, Floyd Bourne, Monroe Chanders, Damon Smith e pra completar como a cereja do bolo, Bradley Horn.

Ao entrarem no local foi como se todos, ainda que involuntariamente, virassem-se para encará-los, eles riam e começavam a se dissipar no meio dos jovens, Casey viu Christopher abrir sua bolsa e distribuir sacolas para os garotos do seu clã, Devon foi o primeiro a pegar e se afastar, assim como fizeram os outros.

 

— Isso vai dar um rolo. — Casey concluiu. — Jesse se você.... — Casey percebeu que estava falando sozinho, visto que Jesse já havia saído pra ir atrás com os garotos segurando as sacolinhas. Porra! Eles deveriam ganhar três vezes mais do que si vendendo aquela merda pra adolescentes loucos se drogarem.  Suspirou frustrado, ser honesto era uma tarefa triste nos dias atuais.

 

Um pouco distante do bar, estava posta uma mesa com um grupo de rapazes jogando truco, visto que ali, realmente só tinham os verdadeiros fodidos, que tinham nada além de suas roupas no corpo.

 

Uns ali já estavam mais alterados do que outros, visto que,  já haviam bebido com o time de basquete pra comemorar a vitória da equipe da escola, Daniel era um desses.

 

— Que se foda o sei, o doze e toda essa merda aí eu vou pagar bebida pra todo mundo aqui! — Bateu as mãos na mesa ouvindo alguns garotos comemorarem em retorno.

 

— Vai pagar com o que, seu bosta? Não ta tendo dinheiro nem pra comprar bala. — Bernard respondeu enquanto mascava um chiclete sem gosto algum.

 

— Meu irmão, eu sou o rei, sou sensacional, sou predador de qualquer buraco, se eu falei que pago, eu pago! — Danny bateu a mão na mesa outra vez e foi em direção ao balcão enquanto Bernard escondia o rosto, arrependido por ter trazido o menino junto com ele para o bar.

 

Daniel sentou-se no balcão do bar e já se preparava pra ficar de pé, mas foi enxotado dali de cima sem nenhuma delicadeza.

— Moleque, se você subir aqui outra vez eu vou voltar com um bastão e dar na sua cara.

 

— Eu quero comprar todas as bebidas daqui, eu posso, eu tenho saldo! — Ele dizia enquanto era observado por Casey que segurava a vontade de rir e olhava pra Bernard fazendo sinal de não com as duas mãos para indicar que Daniel não estava em seu perfeito juízo, como se Casey precisasse daquilo pra se tocar.

 

— Não aceito cartão de crédito, volta outro dia. — Casey fez sinal com as mãos indicando que o garoto deveria ir embora, Bernard foi quem puxou ele.

 

Casey balançou a cabeça de um lado para o outro, voltando-se para a limpeza do balcão.

 

— Então é isso? Só precisa subir no balcão pra ser notado por você? — Archie, que estava parado em um dos bancos próximos ao albergue de bebidas desde que chegou , finalmente direcionou a palavra ao barman simpático.

 

— Isso depende, se você quer chamar a minha atenção de modo negativo, então sim. — Casey sorriu, Archie ficou ainda mais abobado.

 

— Meu interesse não é bem esse. — Levantou-se e tomou seu assento perto da bancada de mármore preto, se ele fizesse qualquer coisa que não condizia com si mesmo, era só culpar o álcool.

 

— E qual é seu interesse, Archie? Nunca sei quais são suas verdadeiras intenções com esse seu jeito todo docinho.

 

Archie não respondeu, apenas lançou um sorriso a Casey, que também não fez questão de falar mais nada, apenas pousou um copo de shot em cima do mármore e despejou tequila no recipiente, empurrando-o para Archie, que franziu uma de suas sobrancelhas pela atitude do rapaz.

 

— Está tentando me embebedar, Casey? Isso não é bom pra sua reputação. — Pegou o copo e virou-o de uma só vez.

 

— Minha reputação nunca foi das melhores, docinho.

 

Archie sorriu e balançou sua cabeça, Casey era um desejo distante seu, quase que um fetiche particular que ele guardava pra si mesmo, mas aparentemente, não guardava tão bem assim.

 

22:50 (RUST-EZE)

Bradley e Sea jogavam sinuca. Não faziam a menor ideia de quais eram as regras do jogo, apenas tentavam acertar a bola no buraco, Sea, infelizmente, era um fracasso.

 

— Não quero mais jogar essa bosta, você rouba! — Jogou o taco em cima da mesa e sentou-se junto de Monroe e Hiro, que pareciam estar tendo uma conversa amigável sobre cabelos coloridos, coisa que Sea não tinha o mínimo interesse, então, automaticamente, teria que ficar conversando com Bradley, o drogadinho do rolê.

 

— Não tenho culpa se você é ruim. — Deu ombros, completamente indiferente a frustração de Sea, que se mostrou um pouco magoado, mas relevou.

 

— O que tem nessa sacola? — Sea fingiu estar curioso, mesmo já sabendo a resposta.

 

— LSD. Quer um? Não conto pra ninguém. — Bradley sorriu. Sea pareceu relutante em aceitar, mas quando viu a naturalidade com que Bradley partiu um quadradinho e levou até sua língua pensou seriamente em provar, Brad tombou a cabeça pra trás e começou a sorrir sozinho, Sea já se levantava e pegava um dos quadradinhos de papel para si, quando um garoto próximo a mesa de sinuca disse a ele, com a voz se sobrepondo até mesmo a música alta.

 

— Se botar essa porcaria na boca a única brisa que vai ter é a de querer se matar no mesmo instante.

 

Sea olhou assustado para o garoto com o taco na mão e voltou-se para Bradley, que parecia ter se desligado do mundo no momento em que ingeriu aquela droga.

 

— Como você sabe? — desafiou, aproximando-se do garoto desconhecido. — Bradley parece feliz.

 

— Eu tomei, três horas atrás. Pra minha sorte foi um pedaço pequeno então o efeito não durou muito, mas o seu amigo aí vai ter uma boa dose de depressão hora que isso acabar.

 

Sea preocupou-se, queria chamar por Bradley e mandar com que ele parasse com aquilo naquele instante, mas assim que viu ele de olhos abertos olhando para o teto, soube que ele já estava longe dali.

 

— Por que as pessoas usam isso? — Sea perguntou.

 

— Talvez por que... ah, não sei, as pessoas são loucas.

 

— É... — Sea olhou para Bradley e pensou um pouco na situação em que se encontrava, teve vontade de rir, mas a de chorar veio logo depois, merda, não deveria ter bebido, se tornava a porra de um bebê chorão.

 

— Sou Aaron. — O estranho sorriu estendendo sua mão.

 

— Sou Sea. — Respondeu aceitando o comprimento.

 

— Sea tipo.... Sea, oceano, mar, essas coisas? — Ele realmente pareceu surpreso.

 

— Sim. — O garoto riu. — Exatamente.

 

— Demais... quer jogar uma partida? — Aaron perguntou, Sea pareceu relutante enquanto olhava para Bradley em transe logo ao seu lado.

 

— Quero, mas eu sou horrível. — Disse. Não podia fazer nada por Bradley, pelo menos não ainda.

— Eu também sou, mas vamos tentar, quem acertar primeiro paga a bebida!

 

Sea concordou com a cabeça e eles deram início a partida, aparentemente, diferente de Brad, nem todas as pessoas que estavam ali tinham o interesse em se drogar durante toda a noite, Sea agradeceu silenciosamente por aquilo.

[ . . . ]

22:40 (RESIDENCIAL COAST QUEST)

Dentro de seu quarto, a única coisa que Niccolo conseguia pensar era: Como pessoas podem ser tão ruins em uma merda de um jogo online? Será que ele era a única pessoa que sabia o que estava fazendo naquela droga?! Praguejou os jogadores oponentes até algumas horas, e é claro, não poupou xingamentos diversos e discussões sobre jogos no chat do próprio jogo.

 

DomCorleone:  SEU LIXO! EU TAVA NO JUNGLE, FIZ TUDO O QUE PODIA E VOCÊ AINDA VEM QUERER TIRAR UMA COMIGO?

CarlosJogador88: lixo eh você, fui da sup e você quis i sozinho!

DavinElDiablo: cala a boca, dois noob!

Lokao344: time lixoooooo!!!

Lokao344 está Offline.

NatanBoladasso: vo come sua mãe, seu porra.

DomCorleone: nunca peguei um suporte tão bosta.

NatanBoladasso: você queria que eu fizesse o que? eu sou do adc, caralho carlos que é suporte e ele fez merda! 

DomCorleone: a única coisa que você é é um noob!

CarlosJogador88: os dois é dois merda, vocês não fez nada pra mim ajuda e eu tavo precisando da ajuda de vcs.

DavinElDiablo: aff falou, lixos do cacete.

DavinElDiablo está offline.

NatanBoladasso: ainda bem que saiu, não aguentava mais esse bosta, só falta você carlos!

CarlosJogador88: pau no seu ju

CarlosJogador88: quis dize fu

CarlosJogador88: pau no seu cu noseu cu.

DomCorleone: tu é burro cara, não consigo entender o que você fala por que você fala de uma maneira burra.

GabrielLeeTao está Online

GabrielLeeTao:  eaí, vamo umazinha? ou vocês tão chorando ainda?

NatanBoladasso: cala a boca fracassado.

GabrielLeeTao: que isso, eu acabei de chegar cara!

NatanBoladasso: não foi pra você não ou! é o carlos esse lixeiro do caralho!

CarlosJogador88: natan eu sou da dipe webi nao meche comigo.

CarlosJogador88 está Offline.

 

 

Niccolo suspirou frustrado, as vezes ele se perguntava o que estava fazendo com sua própria vida, se trancando em seu quarto  fazendo nada o dia todo e procurando por diversão em jogos como esse.

 

Pegou seu celular na mesa do computador e passou a dar uma olhada em seu instagram. Filhotes de cachorros, gatos, comidas, pessoas famosas e ricas, fitness, nada fora do normal, até que ele atualizou a página e viu que uma enxurrada de fotos de seus amigos naquele tal Rust-Eze era postada. Porra! Só ele não estava lá naquela merda? E por que? Até mesmo Floyd estava postando fotos lá, aquele traidor meia boca!

 

Niccolo mordeu a língua antes de olhar para a tela do computador e para seu celular, pensando no que deveria fazer, mesmo que se arrependesse de ligar pro cara menos simpático que ele conhece, sabia que ele não negaria um convite pra sair, na verdade, o seu primeiro pensamento foi ligar para Floyd ou para outra pessoa sociável, mas aparentemente, Edward seria a pessoa que ele não odiava no momento, então, desligou o computador e ligou para o garoto, que depois de três toques atendeu.

 

 

Alô, quem é? — Edward disse com uma voz sonolenta.

— É.. sou eu, Niccolo. — Nico respondeu meio sem graça, pois presumiu que acordou o garoto.

Ahn... Verona?

— Sim, eu mesmo. — Ótima ideia, Nico. Ligue pro garoto com quem você só fala nas aulas de informática e jogou LOL duas vezes na sua vida, idiota!

— Oi, Nico, o que rola? — Ele não pareceu irritado, um ponto de coragem pra Niccolo.

— Na verdade, eu queria te perguntar se tá muito ocupado. — Niccolo disse.

Por que? Eu ia dormir agora já que não tem nada melhor pra fazer.

— Ta afim de ir pra uma festa?

São quase onze da noite, você tá ficando louco?

— E daí? Amanhã é sábado... vamos ou não?

A onde é? Se for muito longe nem rola.

— Isso é um sim? Quer dizer, você aceitou ir pra uma festa comigo as onze da noite sem nem saber se eu vou te matar?

Você vai me matar, Niccolo? — Edward gargalhou.

— Eu poderia muito bem te matar.

Ta, ta bom, a onde é a festa?

— Rust-Eze, te encontro na frente da república em vinte minutos, não se atrase.

                                         

Niccolo desligou o celular, sem dar tempo pra Edward mudar de ideia e foi trocar suas roupas. Não era só por que ele tinha preferências por ficar em casa que seus amigos poderiam desfazer dele assim, isso era um ultraje! Assim que ele botasse os pés naquele lugar ele faria o que Floyd tanto prega: Ia encher a cara até o dia clarear.

 

Corleone estava saindo de casa pra ser a fonte de novos problemas, porém ele não estava ciente disso.  

 

[ . . . ]

23:10 (VORTEX)

O jogo já havia terminado fazia em média uma meia hora, os integrantes do time de basquete teriam a noite pra comemorar, afinal, trouxeram a décima medalha de West High no basquete!

 

— Fala sério, a gente massacrou eles! — Brandon comemorava enquanto andava pela rua estreita com os rapazes do time, que já estavam lá um pouco alterados.

 

— E não era pra menos! — Lance Diaz, o garoto mais encubado do time, que quando bebia se tornava um dos caras mais engraçados que você poderia conhecer foi quem respondeu Brandon enquanto golejava com ferocidade a garrafa de vodca em sua mão. — Treinamos o mês todo feito um caralho, eu não ia aceitar menos do que uma medalha de ouro pra botar no meu pescoço!

 

— Aqueles caras são um bando de cusão mesmo, viram que conseguiram ficar putinhos por causa do Arden marcando a cesta de três pontos?! — Disse Hans, cutucando o braço de Arden, que curiosamente não fez questão de se vangloriar pelo seu feito até o momento.

 

— Fazer o que se eu sou protagonista e não coadjuvante, né? — Disse Arden em tom divertido, fazendo com que seus colegas fizessem um ''iiiiiiih'' em uníssono.

 

—  Aí, caras, a birita ta acabando, mas acho que ninguém aqui tem grana pra comprar. — Benjamin Hiang, o cara que mais demorou a começar dar indícios de que começava a ficar bêbado foi quem disse.

 

— Será que se a gente for naquele bar lá que a escola toda ta indo a gente descola algo de graça? — Hans disse, Arden torceu o nariz.

 

— Olha, a gente ta perto de algumas das repúblicas, a gente pode ir pra vortex, com o Bernard e o Christopher fora eu imagino que tenha algo bom por lá. — Matthew, que até então tinha ficado calado, sugeriu. O seu plano com Mark começava a caminhar a partir dali.

 

Os rapazes do time concordaram em seguir a ideia de Matthew, por que por enquanto ele era o mais sóbrio dali.

 

Não demoraram até chegar a casa da Vortex, com as clássicas risadas escarnias e modos espalhafatosos, o time levantou alguns olhares revoltosos da vizinhança próxima, mas eles estavam pouco se fodendo naquele momento, só queriam mesmo era encher a cara.

 

Matthew foi quem abriu a casa, se deparando com um ou dois dos membros da república que não acharam anormal a entrada de praticamente todo o time de basquete da escola estar ali, com  exceção dos que estavam no bar, claro.

Os garotos se dirigiram em direção a cozinha, e Matthew subiu no andar de cima para chamar os poucos que por ali estavam para beber com os outros, que foi um pedido do próprio time, segundo eles, dividir a glória sozinho não era lá muito interessante.

 

Matthew passou por Zeus, que diferentemente do habitual, estava muito bem vestido.

 

— E aí. — Disse Matthew. — Indo pro Rust?

 

Zeus riu de forma ácida.

 

— Não mesmo, cara. Tô bolando uns esquemas aí. — Sorriu.

 

— Aí, você viu o Mark? — Matthew perguntou, fazendo com que Zeus levantasse uma de suas sobrancelhas, nunca reparou que Matthew e Mark tivessem alguma relação, mas dessa vez, preferiu não se intrometer.

 

— Não vi não, acho que ele deve ter ido pro rust-eze com os caras depois do jogo. — Disse indiferente.

 

— Ah, valeu, boa sorte com seus esquemas. — Matthew deu um tapinha no ombro de Zeus, que acenou com a cabeça em agradecimento e desceu as escadas.

 

Zeus era um garoto peculiar. Não falava muito com os outros garotos da Vortex, tampouco você o veria conversando com outras pessoas da escola. Ele era reservado e introvertido, ninguém sabia ao certo o porque, apesar de não ser um garoto ruim, as vezes seu silêncio era meio torturador pra se estar perto.

 

Ele colocou a touca de seu moletom azul-marinho e saiu da casa, um ou dois olhos atentos perceberam sua saída, mas não era como se fizesse alguma diferença para os demais, Zeus sorriu sozinho com seu pensamento enquanto ouvia de fora da Vortex os gritos alvoroçados dos rapazes comemorando por seu time ter ganho a medalha.

 

Parando pra pensar melhor, as vezes era até bom ser um fantasma.  Você podia olhar pra todos os lugares pelo tempo que quisesse e ninguém ia realmente dar a mínima pro que você quer ali ou para o que pensa sobre aquilo, isso era bom.

 

Pelo menos para ele era bom.

 

Dentro da república, os garotos começavam a enfileirar os copos descartáveis e a beber desenfreadamente.

 

As companhias eram agradáveis, porém havia algo faltando.

 

Aquiles, o garoto mais alto ali presente, foi até a sala e ligou uma música alta, que era possível ser ouvida por alguém que estivesse a até três quadas de distância dali, os rapazes comemoraram e começaram a dançar enquanto bebiam.

 

— Hoje vai é ser estouro, caralho! — Alguém gritou, recebendo aplausos em resposta.

 

[ . . . ]

23:26 (FROST)

 

A república feminina já estava praticamente vazia, não fossem as garotas que ficaram para trás por conta do jogo e tiveram que se arrumar atrasadas pra poderem chegar até o bar.

 

— America, se você devolver minha blusa com algum resquício de vômito ou porra eu vou fazer você engolir. — Maya advertiu.

 

— Fica quieta, menina, se você não queria me emprestar era só falar.

 

— Mas eu falei, três vezes! A Sailor tá de prova.

 

A garota que prendia seu rabo de cavalo em frente ao espelho e marcava seus lábios com um batom vermelho sibilou:

 

— Não me mete no meio dos seus rolos não.

 

— Você é uma egoísta, Maya. — América disse enquanto se olhava no espelho, a blusa caia melhor em seu corpo do que no de Maya, mas ela preferiu ficar quieta quanto a isso.

 

— Eu te emprestei a porcaria da blusa, só to pedindo pra ter ela de volta sem ter que limpar o semen dela depois. — Sailor riu da naturalidade com que Maya falou aquilo e deixou America constrangida.

 

— Vocês são tão idiotas. — Olhou-se no espelho extenso pela última vez antes de sair do banheiro, por pouco não batendo a cara na porta de vidro que estava fechada.

 

Valerie Greene foi quem entrou o banheiro pra avisar para as duas garotas que o restante já estava saindo, e se quisessem ir com elas, era melhor que se apressassem.

 

Em dez minutos todas as cinco garotas que ficaram pra trás já estavam bem ali, todas vestindo suas melhores roupas, por que não sabiam ao certo o que esperar daquela festa. Era certo que grande parte das pessoas estava concentrada no bar, então, elas teriam que chegar chamando a atenção, e para a sorte de todas, nenhuma das presentes gostava muito de ser discreta, exceto por Venus Past, a garota que havia decidido não ir com elas, a única garota que ficaria na república naquela noite.

 

— Você tem certeza de que não vai, hein, caipira? — Valerie cutucou a garota que assistia algum dorama bobo na televisão enquanto as garotas histéricas saiam em direção a porta.

 

— Não, eu não vou, e para de me chamar de caipira! — Ela se sentou, formando um biquinho infantil em seus lábios e fazendo com que Valerie revirasse seus olhos.

 

— Ai então fica aqui sozinha vai, palhaça. — Valerie respondeu em tom irritado, odiava drama quando não era feito por ela.

 

— Ta bom, boa festa. — Ela disse e voltou-se para seu dorama enquanto viu Valerie respirar fundo e sair pela porta.

 

Venus levantou-se do sofá assim que se viu livre das garotas, pra sua sorte, havia menos integrantes na república feminina do que na masculina, então, era normal ter uma ou duas integrantes que sempre ficavam sozinhas na casa.

 

Venus pegou seu celular e verificou suas mensagens, alguns áudios de Drake bebendo, fotos também, Theodore falando sobre como a festa estava boa, Robin dizendo que o pessoal era um pouco insano demais, nada fora do normal, exceto por uma mensagem de alguém que ela já não via há algum tempinho:

 

Zeus Airosh

''Hey, lembra que você estava tentando me ensinar a jogar basquete? Descobri o por que de ser um fracasso.

Desculpe por estar ausente.

Sinto sua falta.''

 

Venus não entendeu qual o intuito de Zeus com aquela mensagem, eles tinham se afastado fazia um tempo, desde que o garoto havia se tornado parte da fraternidade dos garotos e eles acabaram deixando de se falar.

Venus mordeu o próprio lábio, digitando respostas mas não enviando nenhuma, até que ela perguntou o que achava coerente:

 

A onde você está? Tipo... agora.

 

A resposta demorou apenas dois minutos até chegar para ela.

 

Na quadra velha com aquela estátua sinistra.

 

Venus riu, lembrava-se de quando conheceu Zeus e o professor de educação física disse a ela que tentasse ensiná-lo algo sobre esportes, como ela entende de basquete, presumiu que seria fácil ensiná-lo, mas não foi.

 

Vai me contar como descobriu que é um fracasso pra esportes?

 

Ele respondeu:

 

Só se você vier até mim.

 

Venus sorriu, não parou  pra pensar muito, seria legal rever o amigo.

 

Dez minutos, vou levar a bola de basquete, se prepare pra perder.

 

[ . . . ]

01:20 (RUST-EZE)

Devon estava sentado em um sofá de canto, que minutos atrás poderia ter servido de motel pra alguém, mas a essa altura, ele já não estava se importando muito, seus olhos estavam extremamente vermelhos e sua cabeça girava num looping infinito de lembranças ruins. Tombou a cabeça pra trás e ficou assim, mascando um pedaço de plástico por alguns minutos, até que sentiu alguém sentando próximo a si.

 

August havia se sentado próximo a Park e tinha um pirulito de cor azulada em sua boca, daqueles que colorem sua língua, Park achou a cena fofa, não conteve um sorrisinho ao reparar que assim como suas pupilas, as do garoto loiro estavam dilatadas.

 

— Hey, Suga. — Park disse, o garoto sorriu.

 

— Devon. — Antes de dizer, tirou o pirulito da boca que saiu com um estalo, o que provocou uma série de pensamentos inadequados em Park.

 

— Já sentiu como se tudo o que se passa no seu mundo fosse só um monte de merda atrás de merda e você não pode fazer nada pra parar isso? — Disparou e cuspiu o pedaço de plástico que mascava em sua boca em um canto avulso.

 

— Tá falando sério? Olha pra mim, Devon. — August riu.

 

— Você fala como se sua vida fosse um martírio. — Park estalou a língua no céu da boca, sentiu um gosto amargo.

 

— Ah, Devon, tem muita coisa que você não sabe sobre mim. — Sibilou, por pouco sua voz não ficou inaudível.

 

— Eu adoraria saber mais sobre você, gracinha. — Devon tirou o pirulito da boca do menino e levou a sua , August nem se deu ao trabalho de protestar, ficou um pouco anestesiado com o que Park disse.

 

— Não...não diga besteiras. — Falou depois de um tempo.

 

— Eu tô louco pra caralho, nem sei o que eu tô fazendo aqui ainda, nossa eu sou um bosta mesmo, né? — Tombou novamente a cabeça pra trás.

 

— E eu achando que o depressivo era eu. — Dallas pensou alto.

 

Park ajeitou-se e voltou a encarar August profundamente, o menino até se sentiu um pouco incomodado com os olhos grandes sobre si, mas não disse nada enquanto via Park se deleitar com o pirulito que antes estivera em sua boca.

 

— Geralmente eu tenho uma facilidade em desvendar as pessoas e suas intenções... — Park debruçou-se para a frente, ficando perto demais de August. — Por que você tem que se parecer tanto com ela? Por que eu nunca sei o que você está pensando? Desde a terceira série você é assim! Qual é seu segredo, August Dallas? — Park começou com aquele papo estranho, August engoliu em seco e afastou-se um pouco.

 

— Você é surtado, Devon Park. — Disse.

 

— Você nem imagina o quanto. — Sorriu de forma estranha e tirou o pirulito de sua boca, ficando mais próximo de August e dando-lhe um beijo cálido na bochecha. August não entendeu nada do que Park quis dizer com aquilo, por que logo depois de fazer isso, ele se virou e foi embora do banco, deixando um August corado para trás, misturando-se a multidão de pessoas que dançavam feito loucas. Não sabia pra onde ele foi, mas teve a impressão de vê-lo saindo de lá com pressa.

02:13 (RUST-EZE)

O som da musica envolvia os dois garotos no palco, que por uma meia hora foram a atração principal daquele bar, todos eles pararam pra admirar a coreografia perfeitamente ensaiada pelos garotos que apesar de menores de idade, sabiam muito bem como envolver um público. A apresentação não durou muito, por que o pessoal da festa estava mais interessado em dançar de forma avulsa e se drogar com o que quer que estivesse a sua frente.

 

                London Youngblood era uma garota que havia chamado muito a atenção naquela noite, curiosamente, ela não estava drogada, só pela forma sensual que ela mexia seu corpo no meio da festa, já despertou o interesse de muitos... e muitas.

 

Brooke não perdeu tempo ao ver que a garota se direcionava ao banheiro, despistou-se de suas amigas e seguiu a garota até lá.

 

London ajeitava sua franja e lavava suas mãos quando percebeu Brooke encostada em uma das cabines do banheiro, olhando pra ela como um animal olha pra um pedaço de carne, mas não se sentiu mal, muito menos envergonhada.

 

— Pois não? — London brincou, se virou para encará-la.

 

— Não sabia que você dançava assim sem pudor na frente de todos sem me chamar! — Fingiu estar desapontada, London sorriu.

 

— Poxa, deixa eu ter meu momentinho de glória. — Brooke se aproximou e London se prendeu mais perto da pia.

 

— Não estou reclamando, gostei bastante de ver você lá. — Brooke sorriu, London corou.

 

— Brooke... — Ela ia dizer algo, mas sentiu a mão esquerda da garota passar por sua coxa por debaixo da saia quadriculada que usava, London sentou-se na pia e deixou que Brooke ficasse no meio de suas pernas.

 

— Você dizia? — Brooke falou perto do ouvido de London.

 

A loira se certificou de que não havia ninguém por perto antes de iniciar o beijo em Brooke, que acariciava as coxas da menina sentada na pia de forma totalmente erótica, não era a primeira vez que elas faziam isso, mas no banheiro de uma boate? London tinha dúvidas se seria uma boa ideia, seus pais a matariam se soubessem o que ela faz com as amigas no banheiro de uma boate.

 

— Aqui não... — Protestou em um gemido quando sentiu que Brooke passava as mãos por sua intimidade e desceu da pia ao escutar algumas garotas entrarem no banheiro aos risos.

 

Brooke revirou os olhos e retorceu sua face em descontentamento, as outras garotas sequer deram atenção para as duas, London saiu do banheiro e Brooke foi atrás, dando um tapa fraco em sua bunda e colando os corpos das duas antes de sussurrar no ouvido da loira:

 

— Vamos pra outro lugar, não gosto de começar coisas sem terminar, ainda mais quando sei que você está gostando.

 

London roçou levemente seu quadril contra o corpo de Brooke como um sinal de confirmação, a morena sorriu e tomou a outra pela mão, a multidão mais uma vez ajudou alguém que queria sair sem ser notado.

 

No banheiro masculino, o que pairava não era bem a tensão sexual, e sim  o cheiro de húmus que vinha do mictório cheio de vômito.

Mark estava lá naquele lugar sujo, ele lavou as mãos e estava se preparando para sair, quando Bernard apareceu na porta, mais louco do que ele se lembrava de tê-lo visto algum dia.

 

— Olha se não é o meu queridão! — Disse em uma voz embargada pela insanidade enquanto segurava uma garrafa de Jack Daniels. Junto de Bernard, estava um garoto que ele conhecia apenas por Jhon, loiro, alto e com uma cara nada simpática, fazia parte do clã de Bernard.

 

— O que você quer, mano? — Mark manteve-se firme.

 

— Aí, bichinha, cala a boca! — Jhon se colocou na frente de Bernard, que o afastou cambaleante.

 

— Deixa que eu falo, Jhon... esse traidor vai ver o que é bom quando se mente pros amigos. — Bernard bebeu o último resto de Jack Daniels dentro de sua garrafa e a espatifou em um canto aleatório do banheiro, Mark já se afastava, esperando pelo pior.

 

— N- não menti pra ninguém. — Engoliu em seco, merda, Mark! Você é um fodido mesmo.

 

— Cala a boca, cala a boca, cala, só cala! Você perdeu a razão, seu bosta? Cê ta querendo me derrubar? Vai derrubar o que, porra? Eu já tô no chão desde que eu nasci! — Abriu os braços e começava a alterar o tom de voz, só haviam eles dois e Jhon na porta do banheiro, cuidando pra que ninguém os parasse.

 

— Para de me mandar calar a boca! Você sabe que é o inferno viver com você naquela casa caindo aos pedaços? Ninguém te aguenta mais! Você não trabalha e só fica levando menina lá pra aquela merda, vai se foder! — Mark explodiu.

 

— Soca a cara dessa moça, Bernard! — Jhon disse e Bernard estava sem reação.

 

— Eu dou meu sangue por aquela casa e você me diz uma coisa dessas? — Bernard não fraquejou dessa vez, foi como se tivesse tido um minuto de lucidez, para o azar de Mark.

 

— Para de se fazer de vítima, você não é vítima de nada! A única coisa que você faz é coçar saco e ainda reclama da casa suja. — Mark resmungou e para Bernard, foi o suficiente para empurrá-lo contra a parede, vendo um sorriso se formar no rosto daquele nojento do Jhon.

 

As costas de Mark doíam, mas ele não era nenhuma mocinha indefesa. Quando Bernard foi para cima dele pra começar a socar seu rosto, ele empurrou o menino em direção ao mictório, o mesmo caiu dentro do gelo com cheiro de chorume e vômito. Jhon, o baba ovo, já se preparava pra acudir Bernard, o que deu tempo para Mark sair de lá com uma certeza: A de que nunca mais entraria lá de novo.

 

02:45 (RUST-EZE)

— Christopher, quanta maconha você está carregando nessa bolsa? — O barman perguntou.

 

— Que que é tio? Sai fora, virou polícia é? — Christopher respondeu.

 

— Se eu contar pro CZ você tá fodido. Deixa eu ver, me da aqui! — Casey puxou a bolsa.

 

— Sai daqui, me deixa com meus quatro quilos em paz! — Ele protegeu a bolsa como se fosse uma criança.

 

— Quatro quilos de maconha? Vai tomar no seu cu, seu fodido! O CZ vai me matar se encontrar maconha pelo chão. Para de vender essa porcaria! — Casey esbravejou.

 

— Prenda-me se for capaz, então! — Christopher saiu de perto do balcão com a bolsa nas costas, mas acabou escorregando em uma poça de... vômito? Que estava por ali e caindo no chão.

 

Casey nem fez questão de ir atrás, se fosse, sabia que aquele maconheiro ia começar a dar chilique e berrar coisas como ''E aí, cusão, quer enroscar o meu bigode? Sai fora!''

 

Christopher sentou-se próximo a Jesse e a Drake, já que aparentemente, todos os seus amigos estavam por aí fazendo algo que ele não se importava. Então, ele encontrou alguém que estava pior do que si. Jesse discutia sobre algo com Drake, algo que ele entendeu superficialmente como:

 

— Olha, Drake! Tem um macaco dentro do pote amarelo, tira aquela porra de lá se não ele vai quebrar tudo!  

 

— Não tem macaco nenhum, Jesse, que merda, desgruda de mim, deixa eu ver as mina dançando!

 

— Drake, é um macaco, porra! Um M-A-C-A-C-O dentro do bar! Você sabe o que isso quer dizer?

 

— Não tem macaco, cara, não tem!

 

Chris acreditava em Jesse, queria achar o macaco, mas se frustrou por ver apenas o pote amarelo, mas naquele momento ele só conseguia pensar na fome que ele estava sentindo, ah, merda! A larica tinha chegado mais cedo, ele ia comer até pedra se achasse por aí.

 

— Aí, Drake! Na moral, descola um biscoito aí pros parça! — Ele chamou a atenção dos dois.

 

— Que biscoito mano, olha o macaco dentro do pote, vocês dois são otário ele vai matar todos! — Jesse se levantou e saiu correndo do sofá em direção ao pote amarelo que ele insistia ter um macaco dentro.

 

— Nossa mano, to na lara, já era pra mim. — Chris reclamou.

 

— Deve ter uma lanchonete perto daqui, mas se vira comendo qualquer coisa aí irmão, eu não vou sair daqui agora.

 

— Então vai tomar no cu. — Christopher se levantou de lá e afastou-se de Drake, mas esqueceu de um detalhe: A bolsa, com a maconha e com todo o dinheiro que eles tinham lucrado pra festa de Park havia ficado para trás.

                           [ . . . ]                                          

3:44 (OREGON- WEST/COAST)

Stephen acordou com o barulho da campainha na porta de sua casa, negava-se a crer que á aquela altura alguém teria a pachorra de bater em sua porta, tentou ignorar pra ver se o impertinente ia embora, mas só o que ele obteve foi mais insistência.

 

Levantou-se, sem fazer questão de vestir uma camiseta ou uma roupa formal pra abrir a porta, simplesmente abriu, enchendo a boca pra xingar quem quer que fosse que estivesse incomodando-o a essa hora da madrugada.

 

Ele se surpreendeu um pouco ao se deparar com a figura do irmão em frente a porta de sua casa, com os olhos repletos de lágrimas e uma expressão indecifrável.

 

— Fui eu. — Devon disse, simplesmente entrando no apartamento do irmão e andando de um lado para o outro na sala bem mobilhada enquanto Stephen acompanhava atônito o estado do irmão mais novo, nunca pensou que chegaria a esse ponto, lamentou internamente por ver como Devon era frágil.

 

— Foi você o que, Devon? Espero que tenha uma coisa muito importante pra falar por que eu....

 

— Eu estava lá quando nossa mãe morreu.

 

Stephen abriu a boca pra dizer algo, mas nada conseguiu, apenas fechou a porta atrás de si e mandou que o irmão sentasse no sofá.

 

A noite nem havia começado ainda, nem para os Park ou pra qualquer outro dos adolescentes que estavam naquele bar e que imaginavam que as drogas os livrariam do mundo real,  a ingenuidade jovem é mesmo uma coisa perigosa. 

 

 


Notas Finais


desculpa qualquer coisa aí que tenha ficado confusa demais, queria ter colocado mais coitos, porém prometo me redimir, nos vemos em breve

ADENDO IMPORTANTE:
galera, se vocês quiserem, podem usar o tt de youth hoje tá? sei que as coisas não deram muito certo, mas não se preocupem quanto a isso, a fanfic vai se manter firme até o fim, mesmo se vocês não usarem o twitter, é uma coisa externa que eu como autora acho massa, de verdade, gostaria de ver vocês por lá! (lembrando que eh opcional, não to mandando ngm faze nada mas se quiser pode!)


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