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História .y.o.u.t.h. - Mauerbauertraurigkeit . I


Escrita por: larwhq

Notas do Autor


oi
bom, eu sei que algumas poucas pessoas se lembram que eu prometi umas fics ai mas acabei não cumprindo
por que? eu nem sei, eu simplesmente não estou satisfeita com nada que eu escrevo, e isso resultou em várias e eu digo VÁRIAS estórias que eu comecei e acabei apagando
até cheguei a postar uma e apaguei algumas horas depois
quase apaguei as que eu já tenho postadas mas deixei só pelo valor sentimental mesmo

e agora eu decidi parar de frescura e postar essa coisinha aqui que eu nem sei como eu vou prosseguir com ela
não posso prometer frequência com ela, mas eu juro que estou tentando meu melhor

enfim, essa vai ser uma história meio crua, mas o diferencial dele é que os capitulos são baseados em palavras
CALMA
vou explicar
existe esse tumblr (vou deixar o link nas notas finais) e ele basicamente dá nome a sentimentos que você não sabe explicar, e eu vou usufruir dessas palavras

bom, se eu esquecer de explicar algo vou deixando por ai ao longo da fic

espero que vocês gostem, pq mesmo eu não achando que vai ser a minha melhor estória eu estou fazendo com carinho <3





alooooo
ALGU´WM MW AJUDA
EU NAO SEI FAZEr CAPA
é sério socorro

Capítulo 1 - Mauerbauertraurigkeit . I


Mauerbauertraurigkeit

   n. o desejo inexplicável para empurrar as pessoas para longe, até mesmo amigos próximos que você realmente gosta – como se todo o seu paladar social de repente ficasse dormente, deixando-o incapaz de distinguir a polidez barata do gosto de genuína afeição, incapaz de reconhecer seus sabores ricos e ambíguos, sua longa e delicada maturação, ou o simples fato de que cada um de degustação é duplo-cego.

Definição por: Dictionary of obscure sorrows.

 

 

 - Ei, posso me sentar com vocês? – assim que Jeon chegou ao refeitório não conseguiu resistir ao pedir pra que pudesse dividir o local onde faria sua refeição, com o que provavelmente era o segundo – os primeiros obviamente eram seus pais – casal mais adorável que já havia visto; ele estava basicamente babando ao notar o afeto e a paixão que transmitiam ao se olharem intensamente durante as aulas. Jungkook logo afirmou o óbvio; eles se amam, e não achou que qualquer um ali pudesse negar isso.

 Tornou-se levemente apreensivo ao tentar iniciar contato, já que normalmente eram as pessoas que vinham atrás dele, e não ao contrário. Mas não era á toa que Jeon havia largado tudo antecipadamente para voltar ao seu país de origem. Ele queria mudar, ansiava por fazer diferente, por fazer certo, ele havia dado a si próprio uma segunda chance.

- Oi? – um garoto de madeixas preto azulado virou-se, um tanto quanto atônito, desviando o olhar de seu parceiro para questionar-se do porque o garoto novo estar pensando em sentar-se com as pessoas mais galhofadas de todo o colégio.

 - Perguntei se posso me sentar... – deu um sorriso simpático e se manteve ereto e confiante.

 - Por quê? – olhar desconfiado. Ninguém nunca se sentava junto a eles sem que fossem com intenções nada boas.

 - Chim, deixa de ser desconfiado, ele só não deve saber no que está se metendo. – o outro, de cabelos cinza e pele surpreendentemente pálida, colocou a mão direta sobre o ombro do namorado que agora fitava o desconhecido, dando-lhe assim as costas – Olha novato, eu não sei se você percebeu, mas eu e ele – apontou para o outro que agora voltava a se sentar corretamente – somos namorados. E as pessoas dessa escola não gostam muito disso, então, se você realmente não está a fim de ser zoado até se formar, você ainda tem chance de sair antes que alguém veja você aqui.

 Jungkook riu.

 - Sim eu percebi que vocês são um casal, aliás, achei vocês dois muito fofos juntos, e apesar de não estar muito habituado com a opinião dos coreanos sobre certas coisas, eu nem sequer cogitei mudar a minha. Sinceramente, eu não ligo pro que os outros vão dizer se eu me sentar aqui, mas eu achei que pudesse fazer amizade, e podem ter certeza, eu estarei muito confortável aqui, se me permitirem.

 Arregalaram os olhos diante das simples, porém extremamente significativas palavras do outro. O castanho sentiu sua visão ficar turva, isso porque nunca em toda sua vida ouviu palavras como aquela. Sentiu o resquício de esperança de que deixariam de ser a si e seu namorado contra o mundo tomar conta de si, sentiu que poderia fazer algum tipo de amizade com alguém que pudesse finalmente relevar detalhes a parte como o fato de amar outro homem.

 Sentiu como se sua sexualidade não significasse nada para o outro, e isso era tudo o que mais queria.

 - Você... Olha, eu não sei o que dizer, mas... Sinta-se a vontade pra se sentar conosco quando quiser, – falou o de cabelos cinza novamente – mas saiba que se as pessoas podem querer fazer algum mal a você pelo simples motivo de estar aqui.

 - Não me abalo assim tão fácil, – passou as pernas por cima do banco de frente para os outros dois e sentou-se finalmente – além do que eu já lhe disse, ficarei mais do que confortável aqui.

 - Eu sou Min Yoongi, ele é Park Jimin. – apontou para seu companheiro que suavizou a expressão de uma vez por todas, se sentindo relaxado.

 - Jeon Jungkook.

 - Por que se sente confortável aqui? – perguntou Jimin.

 - Me desculpe eu não sei... – deu uma gostosa e quase tímida risada – Algo em meu subconsciente me fez sentir que deveria vir aqui. – familiaridade talvez fosse a resposta.

 Jimin tombou a cabeça em um gesto fofo. Algo em seu âmago dizia que aquilo era apenas mais uma brincadeira e que logo Jeon Jungkook estaria rindo as suas custas ao lado de Kim Namjoon.

 Falando no diabo.

 - Olha só... – o castanho arrepiou-se ao ouvir uma voz grave vir da sua esquerda, e logos todos da mesa encaravam o intruso – Caramba novato, eu achei que você fosse mais esperto, até te achei legal. – pôde-se ver outros garotos se aproximando junto ao que lhes falava – Ou será que você não percebeu que os dois ai não passam de duas bichas insignificantes. – Jungkook o olhou com uma feição enojada – ‘Ta vendo Kyungsoo... – deu uma risada de escárnio ao se deparar com a feição do Jeon, olhando de soslaio para o amigo que parara ao seu lado – Disse pra você que ele não sabia, olha só a cara dele. Tem nojo deles, como todos deviam ter.

 - Não é deles que eu tenho nojo.

 - Como é? – Namjoon franziu o cenho e apoiou os braços na mesa à sua frente.

 - O nojo que sinto é por pessoas como você, sabe; ignorantes e prepotentes – abaixou o olhar para a sua bandeja e voltou a alimentar-se como se não houvesse ninguém ali além de si próprio e seus novos quase-amigos.  

 - Você quer morrer?

 - Quem vai me matar? Você? Acho que não. Se não se importa, está incomodando, seria bom se você fosse pro lugar de onde veio.

 - Se não o que?

 - Se você quiser podemos até conversar, mas eu não acho que você vá gostar dos nossos assuntos.

 A partir daquele momento Jungkook passa a ignorar completamente a presença daqueles que lhe eram indesejados, e começa a conversar sobre assuntos aleatórios com Yoongi e Jimin. Tal atitude não dá outra escolha a Namjoon e os que lhe acompanhavam a não ser sair dali.

 - Bom, agora que ele já foi embora, vocês podiam me contar como ficaram juntos, não é?

 - Eu conto – Jimin ajeitou-se animado, respirou fundo e começou – Bom, eu já estudava aqui no período da tarde quando comecei o ensino médio e o Yoongi entrou na escola como bolsista. Ele fez amizade com o Namjoon e era um daqueles babacas que andava com ele como se fossem ratos – o namorado exclamou um “ei!” e em seguida ambos riram brevemente – E como já era de se esperar, o Namjoon me zoava muito, todo mundo já sabia da minha sexualidade e muita gente não dava a mínima, mas ele insistia em usar isso como desculpa pra me derrubar por aí, me trancar no armário, esse tipo de coisa... – olhou para o lado e começou a afagar os cabelos de Yoongi, que fechou os olhos apreciando o toque – Só que tinha um branquelo irritante, que sempre que me via sozinho ficava me encarando e fazia um bico triste, pra sair andando e me deixando confuso depois. Até que um dia ele veio me pedir desculpas por ser um idiota, e eu obviamente achei que era uma brincadeira e ignorei – virou-se para Jungkook novamente – Só que ele não saía do meu pé, sempre que eu estava fora das vistas do Namjoon ele aparecia, e eu até comecei a gostar da amizade dele – parou o carinho o que causou um murmúrio de reprovação do acinzentado e uma risada vinda do outro que os observava atento, apenas ouvindo a história – Mas um dia, eu não sei como, nem por que, ele simplesmente me parou na saída da escola e me chamou pra tomar um sorvete, e eu aceitei todo inocente, achando que ele só queria a minha amizade – mais um riso anasalado, e voltou a fitar o namorado, talvez o olhar mais bonito que Jungkook tinha o privilégio de presenciar, e era recíproco – E o que ele fez? Confessou-se pra mim, logo depois me agarrou e me beijou.

 - Não se esqueça que você correspondeu lindamente – Yoongi interrompeu e riram mais uma vez, aparentemente era uma lembrança feliz –, mas sabe o que ele fez no dia seguinte? Me ignorou como se eu não fosse nada, e ficou nessa por algumas semanas. Eu não entendi nada, e juro que tentei falar com ele, mas nunca dava certo. Até que um dia em que eu estava com o Namjoon ele resolveu me contar que sabia de tudo e que tinha dito pro Jimin que eu tinha beijado ele por que tínhamos feito uma aposta, e que eu não devia ousar desmentir por que ele diria pra todo mundo e jurou que faria da minha vida um inferno. Depois de muito tempo tentando esquecer o Jimin, eu descobri que meu verdadeiro inferno seria se eu o deixasse escapar, então eu não liguei pra mais nada e fui atrás dele em sua casa. Naquele mesmo dia a gente se entendeu, começamos a namorar, eu ganhei a inimizade do Namjoon, e a avó do Jimin me amou. E estamos juntos até hoje.

 - Você fala da minha avó como se seus pais não fossem loucos por mim – sorriu e deixou um selar leve na boca rosada de seu namorado.

 - Não tem como não ser louco por você – selou-o de volta.

 - Ah, caramba, agora eu estou triste e carente, muito obrigado você dois – riram em conjunto.

 - Já namorou Jeon? – o acinzentado perguntou, tentando prolongar o assunto já que a conversa estava mais do que aprazível.

 - Na verdade não, mas... Ah, é meio difícil falar sobre isso. – Certo. Talvez a conversa tenha tomado um rumo um pouco diferente do esperado.

 - Tudo bem, não precisa falar, acabou de nos conhecer afinal – surgiu então para Jimin uma pergunta que não soube como conseguiu deixar esquecida. Livrar-se-ia do clima ruim e tentaria mudar de assunto – Sabe; você não nos disse se é gay... Apesar de que-

 - Sou pansexual.

 - Ah, sério? – o castanho sorriu – Então você já ficou com alguém transexual? Quero dizer, você, não é virgem, não é?

 - Jimin! Deixa de ser enxerido!

 - Está certo, de novo, não precisa responder – deu um sorriso bobo, enquanto o namorado lhe observava com um falso escárnio e os olhos brilhantes. Jungkook teve vontade de esfregar-lhes a cara de um contra o outro, por serem extremamente fofos, mas se conteve a sorrir contido e responder.

 - Não sou virgem, e sim, já tive relações com uma mulher transexual não-operada¹.

 - De verdade, e como foi? – Jimin empolgou-se novamente, e estava prestes a ganhar outra repreensão do namorado, quando o primeiro sinal pós-intervalo soou, deixando os três um tanto quanto decepcionados; incluindo Yoongi, que apesar de se recusar a admitir, também estava curioso para saber um pouco mais sobre o que Jeon tinha a lhes contar.

 - Bom, eu tenho aula de biologia agora, então já tenho que ir, não posso me atrasar – levantou-se devagar e cauteloso; sereno – Eu não sei se nossos horários vão coincidir mais alguma vez pelo resto do dia, mas eu realmente quero continuar nossa conversa. Então até amanhã, combinado?

 - Sim, combinado – o castanho riu e seus olhos pequenos acompanharam o movimento de suas bochechas, enquanto Yoongi continuava a admirar o namorado que ficava mais encantador a cada dia – Até amanha.

 - Até amanhã, Jeon.

 

 

•••

 

 - Pai, me conte como estão sendo seus primeiros dias aqui – pediu Jeon, cruzando seu braço esquerdo ao direito do homem que caminhava ao seu lado.

 - Até agora eu não desgostei de ninguém pra falar a verdade, todos me respeitam e são muito talentosos – sorriu para aquele que chamava de filho afagando seus cabelos morenos em seguida – Você acredita que temos um solista de 15 anos?

 - 15? E já está tocando com esse bando de velhos? – seu pai soltou-lhe e deu-lhe um cutucão na testa. Jeon não ficou bravo pela leve agressão, apenas sorriu divertido e os dois voltaram a andar lado a lado em direção ao palco.

 - Mais respeito garoto, além disso, nem todos são velhos, tem uma grande variedade etária se quer saber – pararam em frente às escadas que levariam até atrás das grandes e aveludadas cortinas vermelhas e viraram-se um de frente para o outro – Por falar nisso, o pessoal do concerto² já vai chegar. Então se for assistir ao ensaio se sente em qualquer uma das poltronas e fique em silêncio, sim?

 - Na verdade eu vou tentar tirar um cochilo, não vai ser nada difícil com a música chata... Então se precisar de mim estarei ali no fundo.

 O mais novo caminhou até uma das poltronas mais afastadas e não demorou muito para se aconchegar o suficiente para que pudesse cair no sono. Perdeu a noção do tempo que ficou por ali, mas quando acordou, pôde notar que ainda havia pessoas no palco, mas elas não tocavam, na verdade pareciam estar guardando seus instrumentos.

 - Jungkook?

 - Pai. Precisa de mim? – levantou-se, saiu da fileira de assentos e prostrou-se ao lado do mais velho; logo ambos caminhavam lado a lado novamente em direção ao palco, agora não tão vazio.

 - Bom, eu não sei se você vai se sentir confortável com isso, mas, tem alguém ali que quer conversar com você, vem comigo? – foram em silêncio e subiram as escadas, chegando assim às coxias.

 - Quem quer falar comigo? Não conheço ninguém aqui, juro.

 - Espere um segundo... Taehyung! – Jeon viu seu pai chamar um garoto que guardava seu violino, que sorriu tímido em direção aos dois e começou a caminhar em sua direção.

 Naquele momento Jungkook ficou estático, nunca havia visto alguém tão singelamente lindo. O garoto olhava pra baixo fazendo com que suas mexas castanho claro caíssem sobre seus olhos, igualmente brilhantes. Suas expressões eram contidas e a postura fechada. Trajava um moletom notoriamente maior que o seu próprio torso o que na opinião do Jeon mais novo o deixava extremamente apertável.

 Mas o que mais lhe chamara a atenção nas suas vestimentas foram as botas que o menor usava. Eram botas em vermelho carmesim vibrante, que contrastavam com o resto da roupa – preto em suas calças comportadas e bege, o tal moletom desnecessariamente grande, em sua parte de cima, no qual por baixo se notava uma camisa acompanhada de uma gravata, também preta – e Jungkook teve que se segurar para não sorrir abobado, nem mesmo soube dizer de onde surgiu essa vontade repentina. Apenas confirmou, que o pequeno fica muito bem usando sua cor favorita.

 - Esse que você chamou é o seu precioso solista? – perguntou ainda olhando sem desviar na direção de Taehyung, que ainda se aproximava, dessa vez mais devagar, por ter notado uma presença desconhecida, ao lado do mais novo maestro da academia que frequentava.

 - Sim, o Taehyung.

 - Não tinha me dito que ele era tão...

 - Pequeno? Bonito? Jeon Jungkook acho melhor você não estar pensando o que eu acho que você está pensando – virou-se para seu filho e levantou uma sobrancelha. Mas Jungkook não chegou a notar, ou a ouvir as últimas palavras do mais velho, apenas respondeu em um sussurro, mais para si próprio do que para qualquer um que pudesse estar ouvindo.

 -... Adorável.  


Notas Finais


Mulher transexual não-operada¹ = é uma mulher cujo sexo biológico é masculino, e gênero feminino. “Não operada” significa que essa mulher apesar de sua identidade de gênero ainda possui órgãos genitais masculinos.

Concerto² = Concerto é uma composição musical escrita para um ou mais instrumentos solistas, cujo acompanhamento pode ser feito por uma orquestra ou um piano.

http://www.dictionaryofobscuresorrows.com/

pelo amor de deus (oque)

bjão <3


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