História Youtuber Love - Cap XIV - Eu te Amo?

                   Capítulo XIV – Eu Te Amo?

                                      CAL

         - Thiago Elias.... Eu, você, dois filhos e um cachorro. Cê topa? – Ela riu.   

         - Maah, eu.... – Comecei.

         Eu queria dizer que topava. Queria esquecer tudo e topar. Mas.... e se nós terminássemos depois? Não sei se a nossa amizade seria a mesma. Eu não queria arriscar perde-la.

         - Eu não sei. Se nós namorarmos e terminarmos depois, como eu vou conseguir olhar na tua cara? – Eu disse, sério.

         Ela parou de sorrir instantaneamente.

         - Cal... Se nós namorarmos e terminarmos depois... Você decide. O que faríamos? – Ela.

         - Eu... Eu não sei! – Eu.

         - Bom, vamos fazer o seguinte. Deixa rolar. Se nós terminarmos depois.... Nós decidimos o que fazer. Nós continuamos a amizade. Eu vou para Sheffield....

         - NÃO! Quero dizer, eu não conseguiria viver sem vo.... sem a sua amizade. – Eu disse.

         Ela riu.

         - Idem. – Ela.

         Ficamos em um silêncio um pouco constrangedor, até ela deitar no meu colo e eu começar a fazer carinho nos cabelos dela. Ela começou a cantar aquelas músicas coreanas dela.

         - Eu não entendo como vocês conseguem cantar essas músicas. – Comentei.

         - Ah, mas Just Right, do Got7 (~autora: Recomendo D+, e BTS também) é super fácil de cantar. Só os raps do Suga, do BTS, que são impossíveis de cantar. – Ela riu com a minha cara de confuso.

         - Eu nunca vou entender isso. – Ri.

         O silêncio voltou, mas não era mais tão constrangedor. Ela estava com uma cara de que estava em outro mundo, pensando em outra coisa.

         Comecei a pensar. A lembrar de todos os anos de nossa amizade. Eles passaram como um filme na minha frente, mas ele passava apenas para mim, apenas na frente dos meus olhos.

         Esse filme me fez ter lembranças felizes e tristes, coisas que eu gostava de lembrar e outras não. Então eu me vi com ela jogada no meu colo em uma noite de acampamento logo depois de Maah ter me pedido em namoro. Vi os pedaços de tecido que seriam os “anéis” provisórios jogados ao lado de nossos corpos.

         Vi o sorriso triste que ela carregava.

         - Maah. – Chamei.

         - Hm? – Ela.

         - Vamos deitar. – Eu.

         - Claro. – Ela se levantou e adentrou a “floresta’, e eu fui logo atrás. Chegando lá ela me deu outro sorriso.  – Boa noite, Cal.

         - Boa noite. – Ela entrou na cabana que dividia com Cell e eu entrei n que eu dividia com Pk.

         Deitei. Boa noite, Cal. Ouvi sua voz doce e uma imagem dela se pregou ao meu cérebro. Sem sono, comecei a imaginar o que aconteceria se eu tivesse dito “eu de amo” para ela no lugar do “boa noite”.

         ­- Boa noite, Cal. – Ela.

         - Boa noite. – Eu.   

         Ela se virou, mas eu a segurei pelo braço.

         - Marci? – Chamei.

         - Sim? – Ela se virou.

         - Eu... te amo. Eu te amo, Maah. – Eu disse.

         Ela sorriu, com lágrimas nos olhos, e me beijou.

         E eu adormeci.