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História Youtubers no Reality da Morte - Caçadores e Torturados - Parte 2


Escrita por: findHenrique

Notas do Autor


Olá!
Esse capítulo é um pouco pesado.
Espero que gostem!

Capítulo 40 - Caçadores e Torturados - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Youtubers no Reality da Morte - Caçadores e Torturados - Parte 2

[Pov Bruna]

Bruna e a irmã correram até a esquina e continuaram a correr até a metade da outra rua então se esconderam atrás de um caminhão. Bruna sentia-se a beira da morte, nunca esteve tão desespera e nunca correu tanto assim em toda sua vida.

- O que você tava pensando quando fez aquilo? – Ela pergunta irritada assim que o fôlego começa a voltar.

- A gente não tinha dinheiro! – Vitória se justifica. – Eu fiz o que tinha que ser feito.

- A claro, como se não tivesse outra escolha! – Diz Bruna ainda mais irritada. – Você podia ter ligado pra mãe e contado tudo!

- Para ela ficar um mês enchendo meu saco e falando no meu ouvido? A gente tem que aprender a resolver nossos problemas sozinhos Bruna, eu não sou mais criança, mas você ainda parece que é.

- Ah vai se fuder.

Vitória olha para ela carrancuda e depois desvia o olhar. Ficam em silêncio por vários minutos esperando o fôlego voltar e sentindo a adrenalina e a raiva passarem.

- O que a gente faz agora? – Bruna pergunta.

- Aquele gordo safado ainda pode estar lá esperando a gente. – Vitória diz. – Vamos esperar aqui mais um pouco e depois vamos pra lá.

Quase uma hora depois, as duas com os fôlegos já recuperados, voltam para onde haviam sido deixadas pelo taxi. Pela esquina vêem que ele não está mais lá, e seguem caminho até o endereço que foram verificar.

- Aposto que ele deve ter ido correndo pro hospital. – Vitória debocha. – Depois daquele soco que eu dei ele vai ficar um mês sem subir. – Ela ri e Bruna a olha perguntando como a irmã podia ser desse jeito.

Minutos depois, as duas param em frente ao portão de grade do grande casarão.

- Tá dizendo que aqui era um hospital. – Diz Bruna lendo as informações de uma placa no muro ao lado do portão. – Mais ele foi fechado e está abandonado à muitos anos.

- Parece um bom lugar para manter pessoas presas. – Diz Vitória e Bruna olha para ela. – Não que eu já tenha pensado em algo do tipo, é claro.

- Sei... E a gente vai entrar?

- É claro! – Vitória responde. – Não é isso o que viemos fazer aqui?

O portão está emperrado e enferrujado, só conseguem abri-lo depois de muita insistência.

- Aí vamos nós.

*****

Já com suas sacolas fechadas em mãos, os cinco caçadores as amarram no cós de suas respectivas calças. Não fica lá muito confortável, e quando andam, as sacolas ficam se mexendo, mas em um momento como esse o que menos pensam é conforto.

- Vamos sair logo daqui antes que aquelas duas doidas voltem. – Lira diz.

- Vamos ter sérios problemas se elas nós pegarem aqui. – Cellbit fala.

- Então vamos gente. – Kéfera avança em direção a porta do outro lado da cozinha.

De forma inesperada e repentina, a porta se abre. A primeira coisa que vêem é uma mão na maçaneta, depois um corpo aparece avançando lentamente para dentro da cozinha, com a cabeça virada para trás, conversando com alguém. Os cinco sobreviventes seguram gritos e xingamentos e se abaixam rapidamente, escondendo-se atrás das mesas. Kéfera que está na frente é a que fica em pior condição, e com mais chances de ser encontrada.

- Ela está tranzando com alguém, eu tenho certeza!

- Verdade, ela está mais feliz do que o normal.

Dolores e Norma entram na cozinha e se sentam em duas cadeiras de madeira de frente para um armário e de costas para os sobreviventes escondidos.

- E o que será que aconteceu com a Chayene? – Nora pergunta. – Ela sumiu.

- Eu nunca gostei mesmo daquela velha. – Dolores resmunga. – Tomara que esteja selada e fique presa para sempre.

- Credo! – Nora balança a cabeça negativamente em sinal de reprovação.

Agachados atrás das mesas, os cinco caçadores tentam segurar a respiração e se manter em silêncio. Após alguns segundos de tensão e medo, eles se cutucam e trocam idéias entre si. Instantes depois o plano de fuga está armado.

Lira, que é o último da fila, levanta a mão lentamente e pousa a ponta dela sobre a mesa acima de si. Mexe-a para os lados a procura de algo e assim que encontra o que parece ser uma xícara, agarra-a e recolhe a mão. Respira fundo pelo nariz e levanta o braço, tacando a xícara do outro lado da cozinha, na parede.

- Mas o que que é isso? – Exclama Norma assustada e as duas se levantam.

- Não é possível que sejam ratos, eu já matei todos que existiam aqui! – Diz Dolores com voz rabugenta e as duas caminham até lá. Dolores irritada e Norma receosa.

Pelo canto do olho Dolores vê sombras se erguerem do outro lado da mesa. Olha para lá e vê um grupo de pessoas correndo em direção a saída.

- São aqueles demônios do reality! - Ela grita seguindo eles com os olhos.

Os cinco youtubers chegam e passam tão rápido pela porta que ela não tem nem tempo de fazer alguma coisa.

*****

[Item 03]

Aruan que agora corria na frente de todos, gritou para que fossem para o porão. Os outros quatro o seguiram e quando todos passaram pela porta, Aruan a fechou. Em seguida Lira e Cellbit começaram a pegar as caixas que estavam encostadas na parede e as colocaram em frente a porta, para impedi-la de ser aberta. Assim que colocam uma grande quantidade de caixas – que são relativamente pesadas – Eles se afastam para trás e se sentam no chão.

- Essa foi por pouco. – Diz Luba respirando ofegante.

- Elas nem devem ter visto a gente saindo. – O peito de Aruan arfa pesadamente.

- Gente, olhem as listas. – Diz Kéfera já de olho na sua.

Letras começam a aparecer no meio dos papeis e um novo item aparece.

03 – Encher o pequeno recipiente com seu próprio sangue.

- Que recipiente é esse? – Cellbit pergunta.

Ao mesmo instante, os cinco sentem algo cutucá-los na coxa direita, e ao descer o olhar para a perna percebem que suas calças estão com um leve volume na altura do bolso, de onde vem o desconforto. Levam as mãos até lá e tiram um pequeno copinho de ferro de mais ou menos 8 milímetros de altura.

- Não vou nem perguntar como essas merdas aparecerem nos nossos bolsos. – Diz Aruan olhando para o objeto.

- E como a gente vai fazer? – Kéfera cruza os braços. – Eu não vou me cortar não.

Aruan tira uma faca de serra da cintura e coloca o recipiente na boca, mordendo-o. Então se senta no chão e coloca o braço esquerdo sobre a perna. Com a outra mão, passa a faca de uma vez pelo braço. Kéfera se assusta e vira o rosto. Ele solta um arquejo e faz uma careta de dor. Uma linha de sangue começa a aparecer no lugar onde ele fez o corte. Então ele põe a faca no chão e se levanta. Levanta o braço para cima e põe o recipiente na altura do cotovelo, colado ao corpo, para que o sangue possa escorrer para dentro dele.

Cellbit, Luba, Kéfera e Lira trocam olhares apreensivos tentando criar coragem para fazer o mesmo. Instantes depois Lira se senta no chão e faz o mesmo que Aruan.

- Caralho, vai tomar no cu. – Ele diz quando passa a faca em seu braço.

A faca dele era mais afiada, e a quantidade de sangue que saia de seu braço era pouco maior do que a que de Aruan, ele se levantou e posicionou o recipiente do mesmo jeito que Aruan e o sangue começou a cair dentro.

Os outros três estavam bastante tensos observando tudo, e Kéfera e Luba estavam pálidos.

- Como vamos fazer? – Luba olha para Kéfera e Cellbit.

- Eu não sei, eu não tenho coragem de cortar meu próprio braço. – Kéfera diz.

Cellbit queria responder o contrário, mas também não tinha coragem.

 Cerca de cinco minutos depois, os recipientes de Aruan e Lira pareceram se encher completamente no mesmo instante. Eles abaixaram os braços e colocaram as tampas nos recipientes. Sangue em quantidade muito pequena ainda saia de seus braços e ambos enxugaram nas próprias roupas.

- Vocês não vão fazer? – Lira pergunta olhando para os outros três.

- A gente não tem coragem. – Kéfera responde pelos três.

- Eu posso cortar pra vocês. – Ele sugere. – E o Aruan também.

Aruan o olhou com cara de “Opa, eu não sei disso não”, mas Lira continuou a encará-lo e ele se rendeu. Após muita insistência e tentativas falhadas, os cortes começaram.

Primeiro foi Cellbit. Luba segurou sua mão enquanto Lira passava a faca em seu braço direito. Cellbit gritou e seus olhos ficaram úmidos. Seu braço estava ardendo e Luba precisou conversar com ele para acalmá-lo enquanto o sangue caía no recipiente.

A segunda foi Kéfera. Ela mordeu a mão e Aruan disse que passaria a faca no três, mas passou no um. Ela gritou e xingou alto e deu um murro na barriga de Aruan, que gemeu e a xingou e se afastou em seguida. Ela posicionou o recipiente da mesma forma que os anteriores e começou a coletar o sangue.

O terceiro e último foi Luba. Quando chegou a vez dele, o recipiente de Cellbit já estava quase pela metade. Aruan segurou sua mão e Lira fez o corte horizontalmente na metade de seu braço. Ele fez caretas de dor e continuou a fazê-las enquanto coletava o sangue.

Cerca de dez minutos depois, os cinco já estavam com seus sangues coletados e prontos para pegarem o próximo e penúltimo item.

*****

Nem mesmo Gusta suportou. Quando T3ddy gritou e seus colegas viram seus dois dedos caírem no chão, começaram a chorar e a se desesperar, menos é claro, Cocielo, que continuava falando sozinho e rindo.

Gabbie chorava alto e tremia todo o corpo enquanto estava com a cabeça baixa. Lukas tentava se controlar, mas as lágrimas pareciam não dar trégua, ele chorava em silêncio, mas seus suspiros ofegantes eram altos e profundos. Gusta tremia levemente os braços e olhava fixamente para o chão sentindo algumas lágrimas escorrendo por suas bochechas.

- O que que é isso ai?  - Cocielo gritou com voz bêbada olhando para T3ddy. – O que tá acontecendo?

- Agora sim você pode chorar a vontade. – O médico sorri simpático, com o rosto a poucos centímetros de T3ddy, que está com os cabelos grudados no rosto e chorando e ofegando muito. Ele dá leves batidas na cabeça de T3ddy e se afasta para trás.

- Nietz. – Ele olha para um dos assistentes. – Coloque os dois dedos em um daqueles potes em conserva.

O assistente se agacha ao lado da cadeira de T3ddy e pega com cuidado os dedos sujos de sangue, depois vai para os fundos da sala em direção ao armário de madeira.

A sequência das cadeiras é a seguinte:

T3ddy >> Gabbie >> Lukas >> Gusta >> Cocielo.

 - A propósito, eu fiquei tão empolgado que me esqueci de me apresentar. – Ele olha para Gusta, que é o único que o encara. – Podem me chamar de Timothy.

Ele passa o olhar por todos os cinco, satisfeito pelo estado em que estão. Então caminha até o canto da parede onde Cocielo está preso.

- Então é você que é o todo cheio das graças. – Timothy para em frente à Cocielo e pousa novamente o machado sobre seu ombro.

- Eu não sei. – Diz Cocielo com a cabeça caída para a esquerda. – Acho que botaram alguma coisa na minha bebida.

- Ele está drogado? – Timothy olha para Gusta, que assente com a cabeça. – Que ótimo, assim você me poupa um pouco o trabalho. – Ele olha para o outro assistente que continuava parado atrás das cadeiras. – Frank, pegue a bandeja com as facas cirúrgicas. – Ele ordena e Frank assente.

Ele vai até o armário nos fundos da sala e volta com uma bandeja de prata nas mãos. Para ao lado de Timothy, que coloca o machado sujo de sangue no chão.

Timothy vaga a mão sobre a bandeja, escolhendo qual seria a melhor opção e pega uma faca pontuda e afiada. Depois tira uma seringa com uma grande agulha do bolso do jaleco. Ele segura o braço de Cocielo e aproxima a seringa.

- Para de ficar me pegando! – Diz Cocielo. – Eu já disse que não sou gay!

Timothy solta um riso e aplica o conteúdo da seringa em Cocielo, que dá um leve pulo na cadeira e volta a se acalmar.

- Isso é pra você ficar quieto enquanto eu corto você. – Timothy dá dois tapinhas fracos no rosto suado de Cocielo e se afasta.

Um minuto depois Cocielo está dormindo.

Timothy põe a seringa sobre a bandeja e pega uma grande tesoura. Se agacha em frente a Cocielo e corta sua calça na altura da coxa, revelando-as. Em seguida põe a tesoura no chão e tira um frasco do outro bolso do jaleco.

Abre-o e o despeja sobre a coxa esquerda de Cocielo, depois apalpa a região. Tampa e guarda o frasco no bolso e com uma faca cirúrgica em mãos, faz um corte em forma de quadrado na coxa de Cocielo, que continua adormecido.

A carne é dura, por isso precisa colocar força no braço enquanto corta. Assim que termina, pega a tesoura e começa a cortar a pele dentro da área delimitada pelo corte anterior.

Assim que retira a pele da região, joga-a sobre o chão. Em seguida pega um grande alicate na bandeja e posiciona nas extremidades da ferida aberta na coxa de Cocielo. Após muitos puxões e movimentos circulares, Timothy retira um pedaço de carne do tamanho de um pão de forma da coxa de Cocielo.

Ele pinga sangue e Timothy se levanta com o pedaço de carne preso ao alicate, depois o coloca sobre a bandeja.

- Pode levar lá para o fundo e coloca dentro de um vidro em conversa também. E manda o Nietz trazer o ferro quente para esse aqui. – Ele aponta com a cabeça para Gusta.

Frank assente e vai para os fundos da sala. Timothy para em frente à Gusta e sorri para ele.

- Vamos ver se você é assim tão durão.

- Vai se foder. – Gusta diz.

- Hmm, ele é rebelde. – Timothy debocha e Gusta tenta chutá-lo, mas não o alcança. – Sua hora está chegando. – Ele cospe no rosto de Gusta.

- Você é doente! – Lukas grita da cadeira ao lado.

- Filho da puta! – Gabbie grita e continua a chorar.

T3ddy continua a chorar e a tremer de cabeça baixa.

Logo, Frank volta segurando um ferro preto, daqueles de se marcar gado. Ele o entrega para Timothy.

- Corte a camisa dele na altura do peito. – Ordena.

Frank pega a tesoura sobre o chão e avança para Gusta. Começa a cortar a camisa dele e Gusta cospe e chuta ele. Timothy ri e após alguns segundos de insistência, o peito de Gusta está à mostra.

- Eu quero que você grite bem alto. – Ele arregala os olhos para Gusta. – E que implore para eu parar.

Timothy se aproxima com o ferro e mesmo Gusta tentando se afastar, o médico encosta o ferro quente em seu peito. Fazendo uma fumaça subir e Gusta começar a gritar. Timothy então empurra com mais força o ferro quente, fazendo a marca afundar na pele de Gusta, que grita e tenta se afastar, em vão.

- Tira isso de mim!! – Ele grita.

- O que? Eu não ouvi direito!

- Tira!! – Gusta gritou e era possível ver veias saltadas em seu pescoço e sua testa.

- Onde estão os bons modos? – Thimothy pergunta e coloca mais força no ferro. – Seus pais não te ensinaram?

- Por favor, tira isso de mim, eu imploro. – Gusta gritou com toda a força que tinha.

- Agora sim – Timothy sorri e tira o ferro quente do peito de Gusta.

Ele começa a chorar e a gemer alto enquanto todo o corpo treme. Timothy entrega o ferro para Frank e olha para o peito de Gusta.

Um símbolo nazista está afundando vários centímetros em seu peito e toda a região ao redor está vermelha por conta do calor e das queimaduras causadas pelo ferro.

*****

[Item 04]

Todos faziam caretas e limpavam o sangue nas roupas quando o quarto item apareceu nas listas.

04 – Cuspa dentro do recipiente.

Em menos de um minuto, todos abrem seus recipientes e cospem dentro.

- Esse foi fácil. – Diz Kéfera.

- Agora só falta um. – Diz Lira observando as palavras sumirem da lista.

*****

Os olhos de todos já estão vermelhos de tanto chorar, principalmente os de Gusta e T3ddy, e seus corpos já estavam ensopados de suor. Gusta sente uma dor insuportável e uma ardência no peito que dificulta até de respirar. E T3ddy sente náuseas e tontura enquanto treme fortemente o braço com os dedos cortados.

- Agora é a sua vez. – Timothy aponta o dedo para Lukas.

- O que você vai fazer comigo? – Pergunta desesperado.

- Apenas uma extração.

Timothy pede para Frank e Nietz abrirem e segurarem a boca de Lukas, e depois de alguns minutos, com Lukas tentando morde-los e se negando a abrir a boca, os dois finalmente conseguem abri-la e mantê-la nesse estado.

Timothy pega um alicate na bandeja que está sobre o chão e caminha até eles. Movimenta o alicate dentro da boca de Lukas e arranca os dois últimos dentes da parte de cima da dentição de Lukas.

Ele grita e assim que os três médicos se afastam, começa a babar e a cuspir sangue.

- Por que está fazendo isso com a gente? – Pergunta com o rosto todo úmido, uma mistura de suor, baba, choro e sangue.

- Eu já disse! – Timothy movimenta os dois dentes de Lukas na mão. – Eu faço porque eu quero e porque eu posso!

Os quatro torturados estavam tão desesperados e aterrorizados que já não queriam nem mais ser salvos, e não tinham mais esperanças de que isso iria acontecer. Era algo tão surreal, tão do mal, tanta pressão e tanto terror, que sentiam suas mentes a beira de um colapso. E seus pensamentos só se concentravam em um pedido, queriam que aquilo acabasse, fariam qualquer coisa para isso acontecer, aceitavam qualquer condição se fossem tirados dali. Até a morte, dá qual eles tanto fogem e lutam contra nesse reality, pareceu melhor. Se a morte fosse à única saída, eles queriam morrer.

- Você é a próxima. – Timothy sorri para Gabbie.

*****

[Item 05]

Apesar da tensão do desafio, todos estavam um pouco mais tranqüilos de certa forma, pois já tinha encontrado quatro itens da lista e agora faltava apenas um. Porém quando o quinto e último item apareceu na lista, à tensão voltou e eles engoliram em seco.

05 – A cabeça de um de seus colegas de busca.

- Sem chance. – Diz Kéfera levantando o olhar para os outros.

- Eu não vou fazer isso. – Luba diz e olha para Cellbit.

- Nem eu.

- Que loucura. – Lira diz.

Aruan é o único que não diz nada e que internamente considera a possibilidade. Ele não é a pessoa mais bondosa do mundo, mas porra, ele quer sobreviver, isso é tudo o que ele quer.

Aconchegam-se no chão e nos cantos das paredes e ficam em silêncio por vários minutos, suspirando e fazendo alguns movimentos de vez em quando. À medida que o tempo passa, os olhares também vão mudando, passam de “Eu não vou fazer” para “Eu não quero fazer isso, mas...”

- Gente, é sério que vocês estão pensando em fazer isso? – Luba pergunta irritado.

- Todo mundo quer sobreviver. – Aruan diz.

- Mas tem que ter outro jeito! – Luba diz. – Com certeza tem outro jeito.

- Eu tenho uma idéia. – Cellbit diz. – Se nós decidirmos fazer isso com uma só pessoa, todas as outras vão poder voltar para a sala com os itens, e já que um de nós já vai ter morrido, ninguém mais vai perder o desafio, nem nós nem os que estão nas cadeiras.

- É sério isso? – Luba olha com nojo para ele.

- Desculpa. – Cellbit fica envergonhado e parece cair na real. – Eu não sei o que deu em mim.

- Instinto de sobrevivência, isso que deu em você. – Aruan diz.

A luz do porão então se apaga e tudo fica escuro. Kéfera começa a gritar e barulhos de caixas caindo começam a ser ouvidos.

- O QUE TÁ ACONTECENDO? – Lucas gritou.

- ALGUÉM ME CUTUCOU! – No escuro, Cellbit começou a apalpar a parede e a caminhar.

- A PEDRA NÃO QUER BRILHAR!

- Socorro! – Ouvem uma voz feminina, provavelmente Kéfera, gritar.

- CADÊ VOCÊ? – Luba começa a andar apalpando o escuro e é empurrando, caindo no chão.

- Me ajudem! – Ela continua a gritar desesperada, e ouvem mais barulhos de caixas e outros objetos caídos no chão.

Então ouvem o barulho de uma porta batendo e um silêncio toma conta da sala. A luz então se ascende.

Lira está agachado no chão, Luba está caído no chão e Cellbit está em pé encostado na parede.

Aruan e Kéfera desapareceram da sala.

*****

Cocielo acordou e começou a choramingar. O efeito da droga parecia estar começando a passar e ele começou a chorar e a gemer, enquanto tremia a perna. Quando viu o buraco em sua coxa gritou.

- O QUE VOCÊS FIZERAM COMIGO?

- Até que enfim você se juntou a festa. – Diz Timothy sorrindo simpático. – Pena que ela já está no final.

- Vocês são muito chatos. – Ele faz uma careta. – Muito chorões. Eu mal comecei a brincadeira e vocês já bleeh. – Ele faz outra careta. – Já estão chorando como bebês. E isso me irritou, me irritou bastante. – Ele encara todos os sobreviventes com raiva. – Agora eu irei dar um fim a nossa brincadeira, e irá funcionar da seguinte forma. Eu vou perguntar para cada um de vocês quem deve morrer, aquele que receber mais votos, vai experimentar essa belezura aqui. – Ele solta uma risada e levanta o machado no alto. – Então vamos começar.

Ele caminha até Cocielo e pousa o machado em seu ombro.

- Quem?

- Meu pau. – Cocielo começa a rir como se fosse louco.

- É uma boa resposta. – Timothy diz. – Talvez eu corte mesmo seu pinto.

Ele avança para o lado e para em frente à Gusta.

- Quem?

- Eu não vou escolher ninguém. – Gusta já não mais chorava, mas seu peito continuava inchado e vermelho em volta da marca afundada, e seus olhos estavam vermelhos lançavam um olhar de puro ódio para Timothy.

- Quem? – Timothy insiste.

- Eu não vou escolher ninguém seu desgraçado!! – Gusta grita.

- Tudo bem. – Diz Timothy calmo e vai para a cadeira ao lado, em que Lukas está.

- Quem?

Lukas apenas balança a cabeça negativamente e continua a chorar.

- Por favor... eu só quero sair daqui. – Ele sussurra.

- Tudo bem. – Timothy revira os olhos. – Talvez eu corte sua língua depois.

Ele suspira e caminha até Gabbie.

- Quem?

- Vai se ferrar seu filho da puta!

- A mocinha sabe xingar. – Timothy ri. – Estou achando vocês muito arrogantes, isso só vai piorar a situação de vocês.

- Se eu não matar você, eu irei te colocar naquela mesa ali atrás e irei te estuprar. – Diz ele, serio. – Talvez eu deixe o Frank e o Nietz se divertirem também. Eu quero ver se você vai ser assim tão rebelde quanto está sendo agora. – Ele lança um ultimo olhar a Gabbie e avança para T3ddy.

- Tudo está em suas mãos meu amigo. – Ele pousa a mão no ombro de T3ddy, que continua tremendo, gemendo e chorando de cabeça baixa.

Timothy segura levemente o queixo de T3ddy e levanta seu rosto, revelando seus olhos vermelhos em meio ao emaranhado de cabelos grudados em seu rosto.

- Só me diga um nome e esse pesadelo vai acabar.

- Por favor, eu não sei...

- Só um nome. – Diz Timothy com voz calma.

T3ddy assente e vira a cabeça para olhar para os colegas.

- Isso... – Timothy o incentivou. – Só me diga um nome e você vai poder sair daqui e ver seus amigos de novo.

T3ddy voltou a olhar para frente e começou a chorar novamente, molhando a mão de Timothy e tremendo os ombros.

- Eu não quero que ninguém morra...

- Ah, vamos lá, é só um nome. – Timothy passa a mão pelo rosto de T3ddy, tirando os cabelos dos olhos dele e deixando sua visão limpa. Então o olha no fundo dos olhos. – Assim que você disser um nome, isso tudo vai acabar, eu juro.

- Cocielo. – T3ddy diz com dificuldade.

- É disso que eu estava falando! – Timothy sorri e solta o queixo de T3ddy e ele abaixa a cabeça novamente.

- Seu filho da puta! – Cocielo grita.

- Bem, como o T3ddy foi o único que disse um nome, eu não vou matá-lo, e como o nome que ele disse foi o do Cocielo, eu também não vou matá-lo, não agora. – Cocielo parece se acalmar um pouco. – Sendo assim, me restam três opções.

- Você. – Ele aponta para Gabbie.

- Você. – Ele aponta para Lukas.

- E você. – Ele aponta para Gusta.

- Mas como eu sou cavalheiro, vamos começar pelas damas.

Ele para em frente à Gabbie e levanta o machado para o alto, segurando com as duas mãos. Gabbie continua a chorar de cabeça baixa. Timothy então avança o machado em direção a Gabbie. Todos fecham os olhos e viram os rostos para não ver.

O machado perfura totalmente a cabeça de Gabbie e ela fica imóvel. Sangue espirra para todos os lados, sujando os rostos de Gusta, Lukas e até mesmo de Timothy.

- Já foi uma. – Ele diz.

Precisa fazer bastante esforço até conseguir tirar o machado de dentro da cabeça dela. Assim que consegue, sangue começa a jorrar da cabeça de Gabbie, já morta e a pingar do machado.

- Agora eu vou matar mais alguém.

- Por favor, não. – T3ddy sussurrou, já sem forças.

- Não se preocupe, eu gostei de você, não vou te matar agora. – Ele sorri e avança até Gusta.

- Você é até interessante, não chora com muita facilidade, o que é ótimo para mim, mas com todos esses chorões aqui, você não pôde ser aproveitado totalmente. – Timothy faz cara de “sinto muito”.

- Vai se foder. – Gusta cospe as palavras, o encarando com raiva.

Timothy levanta o machado rapidamente e o desce ainda mais rápido na cabeça de Gusta. Dessa vez, o machado entra ainda mais, e Timothy não consegue retirá-lo, então o deixa lá.

- Agora restam vocês três. – Ele olha para Cocielo, depois para Lukas e por fim para T3ddy.

- Frank, traga a gasolina e os fósforos por favor!

- O que você vai fazer? – Lukas pergunta.

- Queimar vocês vivos, é claro! Não seria uma brincadeira completa se eu deixasse algum de vocês vivos.

Os três já não tinham mais esperanças, por isso, nem se deram ao trabalho de chorar ou de tentarem se soltar. Gabbie e Gusta haviam sido mortos, e a morte também estava vindo para eles. Era apenas questão de tempo.

Frank entregou um galão cheio para Timothy e ele destampou e começou a jogar gasolina sobre T3ddy, Lukas e Cocielo, que fecharam os olhos e a boca para não acabarem engolindo o líquido. T3ddy e Cocielo gritaram um pouco mais por conta dos ferimentos expostos. Após esvaziar o galão e deixar os três sobreviventes totalmente encharcados de gasolina, Timothy colocou o galão no chão e se afastou para trás.

- Frank, onde está o fósforo?


Notas Finais


●Bruna e Vitória chegaram ao hospital. Elas irão conseguir encontrar os sobreviventes? E qual vai ser o destino delas?
●O que vai acontecer com Cocielo, Lukas e T3ddy?
●E o que aconteceu com Aruan e Kéfera?
●E Cellbit, Lira e Luba vão conseguir voltar para a sala em que os amigos estão sendo torturados? E se conseguirem, irão sofrer das mesmas coisas que os colegas?


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