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História "You've always counted." - O Norueguês.


Escrita por: WonderfulMari

Notas do Autor


Olá gente!! Desculpe pela demora na postagem do novo capítulo. Tento encontrar sempre disponibilidade para fazê-lo, mas sempre que posso estou escrevendo. Espero que gostem do novo capítulo :)

Capítulo 4 - O Norueguês.


Fanfic / Fanfiction "You've always counted." - O Norueguês.

   Quando acabei toda a melodia, fui muito aplaudido. Molly, um pouco sem graça, também aplaudiu. Quando voltei à mesa, John não perdeu a chance de perguntar: 
    ⁃    O que foi aquilo, Sherlock? Você nem é de fazer essas coisas em público.
    ⁃    Ah, deu vontade de tocar. 
    ⁃    Foi maravilhoso!!! - Mary disse, entusiasmada - Nunca te vi fazer algo assim.
   Como agradecimento, dei um sorriso e me sentei. Não demorou muito para John perceber a presença de Molly no restaurante. 
    ⁃    Olhe quem está ali!! - disse ele, quando finalmente a viu.
   Fingi só tê-la visto naquele momento.
    ⁃    Ah, é a Molly.
    ⁃    Como você lembrou do nome dela?- disse Watson, brincando.
    ⁃    Ah, sei lá. - só consegui responder isso, fazendo cara de quem não está nem ligando.
    ⁃    Quem é ela?- perguntou Mary para John, olhando para a cadeira aonde Molly estava.
    ⁃    É Molly Hooper, uma garota novata aqui em Londres. Ela faz autópsias. - John disse. 
    ⁃    Ahh que legal, então vamos falar com ela! - disse Mary, querendo fazer novas amizades.
   Watson acenou com a cabeça, e então nos levantamos. Chegamos na mesa dela e então Watson a cumprimentou:
    ⁃    Olá Molly!! Você por aqui?? 
    ⁃    Olá John... É, coincidência não é? - ela falou, sendo bastante simpática.
    Mary a cumprimentou e tentou puxar assunto, porém não foi muito longe. Então decidi falar com ela: 
    ⁃    O que achou da melodia, Molly? 
     Ela pareceu muito sem-graça. Porém não deixou de me responder.
    ⁃    Ah... É... Foi muito bonito. - ela disse, um pouco encabulada e sorrindo para mim.
    Retribui com outro sorriso de volta. Até que ela decidiu interromper o momento.
    ⁃    Bem... É... Eu esqueci de apresentá-los o meu amigo. Esse é o Luke. - e então ela apontou para ele, que estava em sua frente. 
    ⁃    Olá, prazer! - falou Luke, em tom animado.
    Não tive nenhuma reação. Fiquei com ciúmes, mas consegui me controlar. Não queria que todos ali percebessem o meu nervosismo, então contornei a situação.
    ⁃    Parece ser um bom rapaz, Luke. - eu disse.
    ⁃    É verdade!  - disseram Mary e John em coro. 
    ⁃    Obrigado! - disse ele.                                         
     Naquele momento, senti meu celular tremer no bolso. Era uma mensagem de Lestrade, avisando que gostaria de que fossemos começar a investigar o caso logo de manhã. Contei para Watson, que falou:
    ⁃    Ahh, tudo bem, na verdade o combinado era começarmos hoje à noite, mas queria fazer algo diferente e avisei que iríamos jantar fora nesse restaurante... 
    ⁃    Por que você não me avisou?! Não perderia esse caso por nada!! - falei, com um pouco de insatisfação.
    ⁃    Você anda ocupado demais e agitado também. Achei que faria bem para você. - ele se explicou.
     Decidi não falar mais nada. Eu e Molly estávamos bastante sem graça. Eu não tinha forças para ficar ali. Mas antes, tive uma vontade enorme de esbravejar tudo aquilo que eu estava sentindo. 
    ⁃    Sabe John, eu vou um minuto no banheiro e depois iremos embora. - falei.
    ⁃    Tudo bem.... - disse John, estranhando a minha reação.
    Todos tinham percebido que eu não estava bem. Já distante, ouvi a voz de Mary perguntando o que dera em mim. Cheguei no banheiro e me olhei no espelho. Precisava de um tempo sozinho. O que estava acontecendo comigo? Olhei para os meus olhos no espelho do banheiro. Meus olhos estavam avermelhados de raiva. Então decidi falar para mim mesmo:  Seja racional, seja racional, seja racional! Então lembrei dos conselhos do meu irmão. Dentre todos, o menos pior era o de não se envolver. Era algo muito perigoso. Respirei fundo e voltei para a mesa de Molly.
    ⁃    Sherlock, rápido, precisamos ir!! - ela veio correndo em minha direção.
    ⁃    Para aonde, Molly? - perguntei, percebendo o olhar que só ela tinha. 
    ⁃    Temos que investigar o corpo de Vitor Hall. - ela falou.
    ⁃    Mas... Agora? - indaguei.
    ⁃    Sim, não temos tempo a perder. - ela falou, dando as costas para mim e saindo do restaurante. 
   Fiquei pensando naquela frase. Era muito típica de mim. Dei uma leve risada quanto à isso. John já tinha terminado de pagar a conta e estava lá fora, junto com Mary. Eu só não havia visto o Luke. Então sai do restaurante e fui falar com Molly.
    ⁃    Onde foi Luke?- perguntei.
    ⁃    Ah, já foi embora. - ela disse, fitando-me e dando uma risadinha.
   Achei que ela e Luke não passavam de amigos. Mas como não tinha certeza, decidi fazer uma pergunta ousada: 
    ⁃    E ele está afim de você? 
    Molly me olhou com uma cara muito engraçada. Parecia um pouco espantada com a minha pergunta, então decidiu retrucar: 
    ⁃    Isso importa para você? - começou a rir.
    ⁃    Eu não disse que importava. Só estava curioso. - respondi. Ela estava rindo da minha reação.
    ⁃    Já que quer saber; não, ele é meu amigo de infância, morou um tempo na minha cidadezinha e depois se mudou para cá. - ela disse, dando um sorriso.
    ⁃    Ah, não sabia. Interessante. - disse, não escondendo meu sorriso de contentamento, porém não conseguia olhar para o rosto dela. Ajeitei meu paletó, com o objetivo de parecer legal. John percebeu e não deixou de caçoar:
    ⁃    Por que você continua fazendo isso? - ele perguntou.
    ⁃    Isso o quê? - me fiz de desentendido.
    ⁃    Fica mexendo no paletó para parecer bacana. Você anda fazendo isso a muito tempo. - ele falou. 
    ⁃    Ah, então quer dizer que ele faz isso? - Molly disse, dando aquela risadinha com aquele jeitinho engraçado que tinha.
    ⁃    Eu não faço isso. - aleguei.
    ⁃    Ah, faz sim!! - John falou, fazendo com que Mary desse uma gargalhada.
     Watson então chamou um táxi e fomos para o laboratório do Hospital St. Bartholomew's. 
 
                                                                *******

 

      Chegando lá, Molly nos mostrou o corpo de Vitor. Como tinha dito Lestrade, tinha levado três tiros no peito. As balas haviam sido retiradas do peito e pude perceber que o assassino tinha escolhido os melhores lugares eficazes para matar. Um tiro estava no pulmão. Outro, provavelmente no coração.
    ⁃    Onde exatamente os tiros atingiram, Molly?- perguntei.
    ⁃    No átrio direito do coração, na traqueia e também nos brônquios. - ela falou.
    ⁃    Interessante. - disse.
     Por que alguém iria querer matar Vitor Hall? Precisava de mais provas para descobrir o porquê. Analisei o corpo e pelas coisas que Molly havia contado, ele tinha a sua adrenalina acelerada antes de morrer conforme a autópsia. Concluía-se que vira a arma ser apontada para si. No dia seguinte, pretendia ir com John para ver o patrimônio de Vitor. Alguém poderia estar interessado nisso, e eu sabia exatamente quem poderia ser.
    ⁃    Molly, já analisei o corpo e pude concluir que o caso é mesmo complicado e vai exigir muita atenção nossa, porque.... Porque...
     Meus olhos colocaram a atenção em um papel branco na bancada de Molly. Acontece que ali, estariam as substâncias químicas das quais Molly usava para experiências. Tudo estava muito organizado, e Molly não deixaria aquele papel ali junto com os frascos que utilizava em seu trabalho. Estava com uma marca no meio; era um "M" carimbado em uma espécie de cera avermelhada e grossa. 
    ⁃    O que houve? - ela me perguntou.
      Não respondi. Fui na direção da carta e a peguei. Virei-me na direção de Mary, John e Molly, que no momento olhavam apreensivos para mim.
    ⁃    Isso é seu Molly?- indaguei.
    ⁃    Não sei o que significa isso. - ela respondeu.
      Abri a carta e vi: "IOU".      
Meus três amigos estavam silenciosos. John, agoniado, havia quebrado todo aquele suspense.
    ⁃    O que está escrito? - perguntou ele.
    ⁃    "IOU". - falei.   

Mary fez cara de horror. Molly percebia que algo estava acontecendo, e por isso ela perguntou:
    ⁃ O que significa isso? - ela indagou. 
    ⁃ Significa definitivamente que estamos em perigo. - eu disse, andando de um lado para o outro- Moriarty está nos cercando. Entrou aqui enquanto estávamos no restaurante. 
    ⁃    Mas a porta e a janela estavam trancadas. - Molly falou.
    ⁃    Quem mais tem a chave daqui? 
    ⁃    Harry, o administrador do necrotério. Hoje não era nosso plantão.
    ⁃     Preciso falar com ele urgentemente. Venha comigo, John. - eu falei.
    ⁃    Mas Holmes, só uma coisa: como Moriarty sabia que viríamos para cá?- perguntou Watson.
    ⁃    Ele tem comparsas por toda a parte, não seria difícil deduzir que um deles estava no restaurante em uma mesa ou lugar próximos. Isso seria o  suficiente para escutar aonde iríamos ou quais eram nossos planos. Mas agora precisamos ir.- respondi.
    ⁃    Ok, vamos lá. - confirmou Watson.
    ⁃    Molly, sabe onde esse tal Harry mora?- Perguntei. 
    ⁃    Sim, é na King's Road, número 127. 
    ⁃    Ok, obrigado. - disse, já me virando junto com John. - Vou pedir para Lestrade ir até a casa desse tal Harry, para que a Scotland Yard fique a par de tudo. 
    ⁃    Ei, nós também vamos. - falaram  Molly e Mary.
    ⁃    Não Mary, você não vai. Vou te levar para casa, você está com um bebê na barriga, então precisa evitar qualquer tipo de estresse. - John falou, preocupado. 
     Dessa vez, Mary acabou por ceder, mesmo não querendo. Mary já estava grávida fazia dois meses. 
    ⁃    Holmes, dessa vez acho que não poderei ir. - John disse -  Não gostaria de que minha esposa ficasse em perigo, com um louco desses por aí. Prefiro ficar junto dela. 
    ⁃    Ok John, será melhor. Bem, até breve pessoal.- disse, já virando-me. 
    ⁃     Eu vou com você.- Molly falou - Já peguei até meu casaco, anda um pouco frio. 
    Céus!!! O que eu poderia fazer naquele momento?? Não tive outra opção senão concordar. 
    ⁃    Ok Molly. - disse gentilmente.
   Ela tinha ficado radiante. Eu não podia esconder que estava feliz. Porém também estava preocupado. John tinha levado Mary consigo para casa em um táxi e eu ficara de falar com Harry, o administrador. 
   A noite já estava em seu auge. Já fazia uma hora da manhã quando eu fui procurar o Harry, junto de Molly.
   Logo depois de John e Mary terem arranjado um táxi, eu e Molly conseguimos um. Quando ele parou, abri a porta de trás e disse para Molly:
    ⁃     Primeiro as damas. 
   Molly não deixou de dar uma gargalhada.
    ⁃    Essa frase não é muito típica de você, é Sr. Holmes?- ela perguntou, rindo. 
    ⁃    Não mesmo. - eu disse, sorrindo e apontando com a mão para os bancos de trás do táxi. 
Logo após termos entrado, falei ao motorista que nos levasse para a rua King's Road. Mandei a mensagem para Lestrade, que por sorte fazia plantão no dia.
    ⁃    Sherlock, quais chantagens ou ameaças você imagina que James Moriarty tenha feito com o pobre Harry para que o mesmo deixasse-o entrar no necrotério? 
   Olhei para a cara dela, um pouco surpreso por ela ter seguido a minha linha de raciocínio. 
    ⁃    As chantagens dele são sempre as piores, pode acreditar. - falei.
    ⁃    Não duvido disso. - ela afirmou.
    E mesmo assim, mesmo não duvidando do que o "Napoleão do crime" era capaz, ela queria continuar! Estava cada vez mais impressionado pelo ânimo que ela tinha em investigar. Depois de vinte minutos, chegamos na rua de Harry.
    ⁃    Enfim, chegamos. - falei. 
    O carro de Lestrade já estava estacionado em frente à casa 127. Saí do táxi junto com Molly e entramos na casa. Nosso colega havia acabado de chegar.
    ⁃    Que bom que continua investigando, Holmes. - ele me cumprimentou - Olá Molly!
    ⁃    Oi Lestrade!... - disse Molly, feliz.
    ⁃    O que veio fazer aqui?... - ele perguntou, gentilmente.
    ⁃    Decidi investigar junto com Sherlock e John. - ela falou.
    ⁃    Então vocês já são amigos? - Lestrade perguntou.
    Admito que eu e Molly ficamos um pouco constrangidos. Olhamos um para a cara do outro, e então eu decidi falar: 
    ⁃    É, somos. 
    Lestrade ficou estupefato. "Sherlock, um sociopata funcional, com uma nova amiga?" - deve ter pensado ele. Já na cabeça de Molly, não fazia a mínima ideia do que se passava. 
    ⁃    Ahh!... - disse Lestrade, olhando para nós dois - Que legal!... Bem, vamos entrar e falar com esse tal de.... Como é mesmo o nome?...
    ⁃    Harry Brown. - Molly disse.
    ⁃    Ah, então vamos lá. - disse o inspetor.
     A casa era bastante comum e grande. Era cinzenta, e possuía uma varanda repleta de plantas. Subimos os cinco pequenos degraus e andamos até a campainha. Lestrade a tocou. A casa estava completamente escura, o que é de se esperar pelo horário em que estávamos lá. Percebi que uma câmera havia sido posta recentemente em frente da porta da casa e até na caixa de correios. Então, finalmente, Harry apareceu. Estava armado, e muito espantado. 
    ⁃    Está tudo bem, Harry. - Molly falou, gentilmente - Desculpe-nos o incômodo...
    ⁃    Eu sou Lestrade, o inspetor da Scotland Yard. - disse ele, mostrando seu distintivo. 
    ⁃    Ahh... - disse Harry, ainda assustado - O que vocês vieram fazer aqui?... 
    ⁃    Estamos aqui para fazer algumas perguntas em especial. - eu disse. 
    ⁃    Ahh, tudo bem, entrem... - disse Harry, apontando para o corredor.
    Fomos para a sala dele, que era ampla e bonita. Ele acendeu as luzes da sala quando chegamos e vi que sua televisão havia sido ligada. 
    ⁃    Então Harry... - falei. - Que tipos de ameaça você anda sofrendo por James Moriarty? 
    Ele pareceu muito assustado. E então respondeu:
    ⁃    Não sei quem é esse. - disse ele.
    ⁃    Essa foi a resposta mais descarada que já recebi. - aleguei. - Até Molly, que veio recentemente para Londres, soube do roubo do banco da Inglaterra. 
       Para essa não havia escapatória.
    ⁃    Sim...  Eu já ouvi falar nele. - falou Harry.
    ⁃    Não só ouviu falar como recebe ameaças dele há mais de três semanas. - falei. - Colocou aquelas câmeras há duas semanas atrás, com medo obviamente de que ele fizesse mal à sua família e seus dois filhos. Após isso, fica todos os dias vigiando na sua televisão cada movimento que lhe parecer estranho. O problema é que dessa vez você dormiu profundamente, e esse é o motivo pelo qual ficou tão assustado quando a campainha tocou, então pegou sua arma e mudou de canal para que um suposto bandido ou sequestrador não tivesse as imagens de onde sua família se esconderia ou talvez, por onde fugiria. 
    ⁃    Inacreditável!... - disse Harry - Como sabe?
    ⁃    Seu contrato com a empresa que instala câmeras está bem acima da bancada da televisão onde dá para perceber o dia de contrato e instalação, dia 25 e 31 de agosto, ou seja, duas semanas e cinco dias atrás desde a instalação. Pude perceber que o canal foi trocado recentemente pelas marcas de gordura nos botões 1, 3 e 6, exatamente no canal que está agora. Pude ver o biscoito gorduroso que comia caído em baixo da mesinha em frente à televisão, o que comprovava que você estava com muito sono, então preferia se distrair comendo para tentar "enganar" o mesmo. Mas você acabou dormindo pelo excesso de cansaço por conta do trabalho e várias noites em claro, o que é percebível pelas suas coceiras frequentes nos olhos, aliás já foram três e um bocejo até agora. Acordou com o toque da campainha, extremamente apavorado. Pegou sua arma e mudou de canal como posso perceber, e pelos botões mais apagados e usados vejo que o canal onde você vigiava a casa era 42. Estou certo? 
     Molly e o administrador do necrotério me olhavam espantados. Para o nosso colega inspetor, aquelas explicações não eram novidade.
    ⁃    É... Sim, você tem razão. - Falou Harry.
    ⁃    Então admite que recebeu ameaças de Moriarty, certo? - perguntei.
     Ele me fitava um pouco espantado. Deu uma leve mexida nos cabelos grisalhos, mostrando um pouco de ansiedade. Por fim, ele disse: 
    ⁃    Sim, é mesmo verdade. Ele ameaçava sequestrar minha esposa e filhos se não fizesse exatamente o que ele queria. Mas como sabe de que ele me ameaçou? 
    ⁃    É simplesmente a forma mais comum de Moriarty para conseguir o que quer.- falei. 
    ⁃    É, realmente. Existem vinte câmeras na casa inteira e mais cinco no quintal. - Disse Harry - Achei que assim, vigiando a casa inteira pelas câmeras, tivesse segurança. Sou teimoso, e com isso não cedi rapidamente. É claro que não demorou muito para ele vir até aqui e apontar sua arma na cabeça da minha esposa e meus filhos. 
    ⁃    E com isso, você cedeu finalmente. Ou seja, marcaram o dia em que você e Molly não tinham plantão para que você pudesse abrir para ele. 
    ⁃    Sim, está certo.
    ⁃    Sherlock, o que você acha de tudo... - Molly falou sendo interrompida.
    ⁃    Sherlock?! - perguntou Harry.
    ⁃    Sim... Por quê? - perguntei.
     Harry empalideceu.
    ⁃    Espere um minuto.... - ele disse.
    Ele se dirigiu à uma gaveta da sala e a abriu. Tirou de lá um envelope com um "M" carimbado em cera vermelha. Só de ver aquilo, sabia do que se tratava. 
    ⁃    Olha, eu não sei do que isso aqui se trata, mas da última vez que James Moriarty falou comigo, pediu para que eu entregasse isso à Sherlock Holmes, se ele viesse me procurar.... - Harry disse, me oferecendo o envelope.
     Peguei-o e o abri. Lá se encontrava a seguinte mensagem: 
   " Certa vez, um comerciante Norueguês muito rico, andava em seu lustroso e pomposo navio, em busca da América. Mas ele tinha um segredo que não havia contado à ninguém; ele possuía um tesouro, na região mais distante de seu país de origem. Ele possuía um mapa indicando onde encontrá-lo, e o mesmo ficava dentro de um garrafa de vidro no seu dormitório particular do navio. Porém, seu navio naufragou no seu terceiro dia de viagem pela noite, por conta de uma tempestade. Mas o norueguês não havia morrido. No dia seguinte, pela manhã, o norueguês estava desesperançoso. Mas caso conseguisse sobreviver ou fosse resgatado, ao menos ele queria ter o mapa do tesouro consigo. Procurou- o, contudo não o encontrou sobre o que havia sobrado do navio. Por acaso, um navio de piratas estava passando por ali naquele momento. O norueguês gritou por socorro ao ver a embarcação. Ouvindo isso, alguns piratas decidiram resgatá-lo. Pularam na água e foram socorrer o pobre homem. Mas um deles esbarrou na garrafa de vidro, e perguntou para o rico:
    ⁃    O que é isso?
    ⁃    Não, não é nada!! Dê isso para mim!! - disse o Norueguês, apavorado e batendo seus braços na água. 
    Mas o pirata decidiu abrir aquela garrafa. Quando percebeu o conteúdo, deu um sorriso malicioso. 
    ⁃    Boa sorte com o mar, colega! - ele disse sarcasticamente. 
    Então os piratas, percebendo tudo, recuaram em direção ao navio. O rico, desesperado, gritava por clemência. Mas nenhum deles ouviu, deixando-o lá. É esse o tipo de fim que um descuidado tem." 
    ⁃    O que está escrito? - Molly disse, apavorada.
    ⁃    Que o próximo golpe de Moriarty será desferido brevemente. - eu disse.

 

 

 


Notas Finais


PS: se o próximo capítulo demorar para ser lançado, peço a compreensão de vocês, pois nem sempre arranjo tempo (infelizmente) :( . Mas fiquem tranquilos porque eu não vou desistir da história!! ;)


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