— Escolheu a Sindel?! – Taehyung riu
Depois do almoço, ele e Jimin aproveitavam a folga para jogar videogame.
— Por que você está rindo? Quero ver se vai continuar depois que eu ganhar de você.
— Nada, hyung. Vamos tornar a disputa interessante... Sindel versus Sindel.
Taehyung estava super empolgado, mal podia esperar para que o jogo carregasse.
Fight!
— E aqui vou eu! – exclamou animado
A luta estava muito fácil para o Kim, fácil até demais e a personagem do Jimin estava perdendo. Parou por um instante percebendo que Jimin não aplicava-lhe nenhum golpe.
Para sua incredulidade o ruivinho encarava a tela do celular como um bobo.
“A previsão do tempo de hoje diz que vai fazer frio (novidade). Se sair não esqueça o casaco!!!” – mensagem de texto de Min Yoongi.
— Você gosta mesmo dele, não é?! – Taehyung perguntou sério
Jimin assentiu, mesmo sem ter prestado atenção na pergunta.
— Faça alguma coisa!
— Hã?! – olhou para o Kim
— Você gosta do Yoongi! Seria muito triste se nenhum dos dois tomasse iniciativa... Já pensou?! Agir como se o que estão passando não fosse importante!?
O Park continuou a encará-lo.
— Eu acho que tens razão...
— Vá, faça algo agora mesmo! – estava torcendo pelo casal – Sejam felizes!
— É o que eu vou fazer! – Jimin estava decidido. Largou o controle e saiu do quarto do amigo. Segundos depois voltou ao quarto. – Como eu faço isso? – choramingou
— Sente aqui. – bateu na cama
Fazendo como pedido, sentou ao lado do Kim.
— Você deve ter algo para falar para ele. Quer treinar?!
Jimin assentiu e pensou um instante.
— Min Yoongi. Dizem que os opostos se atraem, porém, mesmo que não sejamos opostos nós nos atraímos... Ai, não é bem isso que eu quero dizer. É que... Yoongi, eu te amo – fechou os olhos com força, sentiu um alívio por ter dito aquilo em voz alta
Taehyung ainda assim ficou surpreso.
— Mandou bem, baixinho. Agora só precisa dizer isso para ele!
Essa não era a parte mais difícil?!
— E você não pode chegar lá de mãos vazias. – o mais novo continuou – Leve alguma coisa.
— Um presente?!
— É romântico.
— Eu não tenho nada romântico para presentear o Yoongi hyung.
— Então, vamos comprar. – Taehyung levantou e abriu uma das gavetas de sua comoda, pegando uma carteira – Eu tenho algum dinheiro aqui, posso te dar.
Jimin levantou-se imediatamente e impediu o Kim.
— De maneira nenhuma.
— Qual é, sou seu amigo.
— Obrigado. Mas eu não vou aceitar.
Os dois saíram logo depois e foram ao supermercado. Segundo o Kim, lá teriam várias opções.
Procuraram por diversas prateleiras, a fim de encontrar algo que o Min gostasse.
— Que tal um urso de pelúcia? – Taehyung questionou. Jimin o olhou, não foi preciso nem dar uma resposta.
Enquanto Taehyung brincava com as pelúcias, Jimin encontrou algo que o interessou completamente.
Ali, numa prateleira em destaque, uma novidade atraía sua atenção.
Chocolate Wings, diretamente de Daegu.
O doce que o Min gostava agora era vendido ali pertinho.
— Eu não acredito! – Taehyung exclamou – Que gostinho de casa! – fingiu abraçar a prateleira – Lar doce lar.
— Você também gosta?
— Com certeza, por quê?!
— Acho que vou levar para o hyung.
— Ah, compre dois. Um para ele e outro para mim, seu melhor amigo.
— Quem disse que você é meu melhor amigo?!
— Não seja engraçadinho. – pegou duas caixas de doce – É óbvio que sim.
E enquanto Taehyung listava os motivos que faziam com que ele fosse o melhor amigo de Jimin, ambos caminharam à procura de mais algum presente depois da compra no mercado.
O ruivo estava quase desistindo, mas logo teve uma idéia ao ver uma floricultura aberta. Correu até ela, sendo seguido por Taehyung que não havia entendido nada.
— Boa tarde! – um homem os atendeu
— Boa tarde. É... Por um acaso, aqui teria alguma orquídea? Mais precisamente uma vanilla.
— É muito difícil tê-las por aqui, ainda mais no inverno.
— Ah... – Jimin murmurou desanimado
— Mas eu ainda tenho um pequeno vaso com vanilla chinesa.
— Sério?!
— Sim! Vai presentear a namorada?
— Na verdade, ele irá fazer o pedido hoje. – Taehyung respondeu
Taehyung e sua boca grande.
— Isso é ótimo! Já tem o anel?!
— O anel? Ahn... Não.
— O anel é importante. – o homem alto esticou o braço para mexer no cabelo do Park, que se assustou com o ato – Gostei da cor do seu cabelo.
Retirou a mão fechada do cabelo laranja e a pôs em frente dos dois curiosos. Abrindo-a, revelou um par de anéis alaranjados, aparentemente feitos de madeira. Os dois rapazes ficaram boquiabertos com aquele truque.
— Como que você fez isso? – Taehyung perguntou, mexendo no cabelo do ruivinho
— Isso é segredo. – deu de ombros e foi até uma das prateleiras, pegando a vanilla.
— Isso foi muito legal! – Jimin exclamou
— Aqui está a Vanilla. – entregou-lhe o vaso branco – E esses anéis são para você e seu amor. Minha avó morou por muito tempo na China, e ela me ensinou uma coisa interessante. Escutem: os anéis são chamados de yuanfen. A força que une duas pessoas. Se vocês estão realmente ligados, isso funcionará.
— Uau! – Taehyung estava encantado – Eu posso ganhar um também?
— Se você for presentear a namorada e comprar alguma espécie da floricultura, sim.
— Poxa... – falou desanimado – Ainda assim eu te achei legal... Semana que vem nós vamos nos apresentar no teatro, venha nos assistir!
— Ah, a tão esperada peça teatral! Vou sim.
— Qual é a sua graça?
Jimin olhou para o amigo, o mais novo estava sempre surpreendendo a todos.
— Quero dizer, qual seu nome?
— Kim Namjoon. – sorriu exibindo uma covinha
— Te espero lá, Kim Namjoon!
•••
Taehyung arrumou o sobretudo do amigo. Ele mesmo havia escolhido a roupa para que o ruivo usasse naquela noite.
— Como eu estou? – Jimin sorriu tímido
— Eu vou acabar me apaixonando por você desse jeito – brincou
Jimin abraçou o Kim, como se agradecesse por toda a ajuda que ele deu.
Taehyung conhecia bem o ruivinho e entendeu o gesto, abraçando-o ainda mais forte.
— Agora vai lá e arrasa! – mandou, enquanto esperava o outro colocar as luvas.
E foi o que o Park fez. Caminhava alegre e confiante, enfrentando todo aquele frio noturno só para encontrar Yoongi. Se isso fosse um filme, essa era a hora de estar tocando uma música motivadora, totalmente apropriada para o momento.
Depois da caminhada chegou ao prédio e pediu ao porteiro – que já o conhecia – para não avisar o morador sobre sua visita.
Então chegou o momento. O coração batia mais rápido, o nervosismo o incomodava. Respirou fundo mais uma vez e por fim conseguiu bater na madeira da porta.
Ouviu o som da maçaneta e viu a porta ser minimamente aberta.
Yoongi realmente não esperava por aquilo. A expressão de surpresa em sua face foi evidente.
— Jiminnie!
— Boa noite, hyung!
— Eu não estava preparado – riu e corou. Ele usava uma camisa de mangas longas e uma calça de pijama.
— Não se incomode com isso. Eu estava passando por aqui e... Bem, eu te trouxe isto. – entregou-lhe o pequeno jarro e a caixa de bombom
— Você estava passando por aqui e resolveu me dar isso? – desconfiou – Vamos, entre!
— Estou te atrapalhando em alguma coisa?!
— Não, só estava revisando o roteiro. – respondeu enquanto ia para a cozinha guardar seus presentes
Jimin continuou em pé no meio da sala. Toda a coragem que poderia ter sumiu assim que viu o mais velho. Mas ele precisava e queria dizê-lo.
— Fica a vontade, Jiminnie. Não é a primeira vez que você vem aqui. Ah, muito obrigado pelos presentes! Eu ainda estou surpreso.
— Hyung... Na verdade, eu não estava apenas passando por aqui, eu... Estava decidido. Foi propositadamente.
— Estou de portas abertas. – deu de ombros, estranhando a conversa do ruivo
— O que eu quero dizer é que...
Yoongi arqueou uma sobrancelha.
— Eu gosto da sua companhia. Gosto de conversar com você... E isso é algo bom; – sentiu a confiança voltar – É bom sentir que tem aquela pessoa que te deixa bobo e te faz sorrir por besteiras, que te faz sentir borboletas no estômago... Eu posso falar mil coisas que aparentemente não façam sentido, mas o que eu quero dizer é que você é essa pessoa, Min Yoongi. Eu gosto de você.
Suspirou. Depois do alívio por ter dito tudo aquilo, veio a insegurança e o pensamento de que ele havia se precipitado. Talvez não devesse ter dito aquilo tão de repente. Talvez Min Yoongi não pudesse correspondê-lo.
— Tudo bem, eu entendo a sua surpresa! Foi muito repentinamente?!
Min Yoongi riu.
Isso mesmo, riu.
— Eu me declaro para você e é essa sua reação?!
— Eu tô rindo porque eu sinto o mesmo. – explicou – Talvez até mais, Park Jimin. Você fez com que eu gostasse de você tão rápido...
Isso era um bom sinal.
— E agora, o que a gente faz?! – Jimin perguntou
— Deixamos rolar!? – pensou
— Certo... Eu já disse o que tinha que falar, então... Até amanhã! – virou-se para sair
Yoongi pensou por alguns segundos enquanto caminhava atrás de Jimin indo até a porta. Não deveria deixá-lo ir.
— Jimin.
— O quê? – olhou por cima do ombro
— Não, nada.
O ruivo deu de ombros e estava abrindo a porta do apartamento quando Yoongi empurrou a mesma para que fosse fechada novamente, o que assustou o mais novo.
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