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História Yugyeom - Você é a cura para a minha dor - Você é a cura para a minha dor - Final


Escrita por: MissHope

Notas do Autor


E por fim, a segunda e última parte.
Espero que gostem, relevem qualquer errinho. ^-^
Beijundas~

Capítulo 2 - Você é a cura para a minha dor - Final


Fanfic / Fanfiction Yugyeom - Você é a cura para a minha dor - Você é a cura para a minha dor - Final

— O-onde estou? - um cheiro forte entrou em minhas narinas, me dando um leve enjoo.
— Na minha casa...
— Yugi?!
— Ta melhor? - perguntou sem demonstrar nenhum interesse.
— Acho que sim.
— Que bom, agora pode ir embora.
— Por que me trouxe para cá? - perguntei me levantando de uma cama bagunçada, que indicava ser a dele.
— Se te deixasse caída lá no chão, ia morrer queimada. - ele ainda me olhava não dando a mínima.

Me sentei na beira da cama tentando respirar algo que ñ fosse fumaça, quase tossindo o pulmão para fora.

— É melhor sair daqui. Vem, eu te levo em casa.
— Não precisa, eu vou sozinha.
— Fraca desse jeito? - ele ainda me encarava - De qualquer maneira tenho que fazer o trabalho.

Ele pouco se importava para isso, mas foi bom me lembrar que ainda havia o trabalho. Falando nisso, Joe deveria estar para morrer nos esperando.

— A essa hora Joe ja deve ter chegado...
— Ouça bem - antes que eu saísse do quarto Yugi me segurou pelos ombros com um tom de voz nada amigável - Se contar sobre hoje para alguém eu não vou me importar se você é garota ou não. Entendeu?

Assenti com a cabeça, pouco assustada.

— Vamos antes que chegue alguém.

A casa parecia tão velha e bagunçada quanto o cheiro ruim de cigarros e meia suja. Yugi parecia envergonhado por isso, mas sua pose não deixava transparecer.
Quando íamos sair, a porta se abriu e o velho que vi há minutos entrou olhando para mim e para Yugi ao mesmo tempo.

— O que eu te falei sobre trazer amigos aqui seu imprestável? - Yugi não dizia nada além de abaixar a cabeça.
— Pera, não é a vadiazinha que comprou água agora a pouco? Ta pensando o que se moleque? Eu não te pago pra me deixar sozinho lá naquela merda. - cada pausa era um tapa que ele dava no rosto de Yugi, e cada vez aumentava mais a força. — Acha que alguém vai ficar com um bosta como você?

Yugi não dava um pio. Era agonizante ver ele apanhando daquele jeito. Tanto que eu me assustava com o som de cada tapa que se transformavam em socos.

— Por favor, para. Ele só me ajudou a... - eu tentava segurar o braço dele, em vão.
— (s/n) vá embora! – Yugi gritava
— Mas...
— Não tem nada para você aqui, garota. Se não quiser apanhar, é melhor ir! - o velho gritava.

Peguei minha bolsa e corri para o lado de fora. Tropeçando por meus olhos estarem embaçados. O som de Yugi gritando transformava meu medo em dor, como se meu corpo estivesse sendo mutilado.
...
Mal se notava a hora passar desde que sentei em um paralelepípedo da calçada, relembrando alguns momentos como flashes. Sentindo raiva daquele velho ridículo. Já passava das quatro e o silencio lá dentro continuava. 
A luz do poste em acima de mim começou a chiar, me levantei rápido antes que as faíscas caíssem em mim, me virando em direção a porta que fazia um barulho estranho ao abrir, e bem na hora, Yugi saia pela porta. Nunca pensei que sentiria uma alivio tão grande em ver Yugyeom. 
Parte de seu rosto pálido estava inchado, destacando as áreas machucadas que ainda sangravam. Yugi pareci fraco e havia raiva em seu rosto, por mais que eu tenha visto, não poderia imaginar a vergonha que ele sentia. Eu só conseguia olha-lo. Como se as palavras não saíssem, por mais que eu abrisse a boca, vendo-o correr, sumindo no fim da rua. Mesmo querendo ir atrás dele, não saberia onde ele pudesse estar e também chegaria tarde em casa, se eu conseguisse chegar. “Ele sabe se cuidar”, pensei, mas a cada passo para o lado oposto, a dúvida crescia cada vez mais.
Uma rua depois lá estava o ponto; um banco de madeira coberto por pichações e uma placa com o desenho de um ônibus. 
Não havia ninguém além de mim com a cabeça encostada na janela até chegar em casa.

— (s/n)! Aconteceu alguma coisa? Estou aqui te esperando faz um tempão. – Joe quando me viu entrar, pulou do sofá vindo na minha direção. 
— Não, eu to bem. Da para fazer amanhã? Estou um pouco cansada. – Perguntei com a voz baixa.
— Claro, tudo bem. Eu aviso o Yugi, que também não apareceu o dia inteiro. 
— Ta... valeu.

Nos despedimos de longe. Tomei um banho rápido e dormi. Ou melhor, tentei dormir.

...

Cheguei cedo na escola afim de ver se Yugi estava melhor. Toda aquela cena dele machucado não saia da minha cabeça a madrugada toda.
Minhas pernas nunca andaram tão rápido naquele corredor que ligava as salas de aula. Mas ele não estava lá. Esperei por mais dois tempos, e nada dele aparecer.

— Ei, (s/n). Se importa se a gente fizer o trabalho depois da aula? 
— Não, pode ser. Hmm, você sabe se o Yugyeom veio hoje? – Joe passou os olhos pela sala, me dando a resposta que eu já sabia. 
— Até agora nada. Mas mandei uma mensagem ontem para ele. Ele viu, agora se ele não aparecer a gente faz. 
— Uhum. – tanto faz esse trabalho, pensei. Assenti e me virei para frente, esperando que a aula acabasse.

...

— Posso ir com você? – Joe apareceu do meu lado, no portão da escola.
— Claro. – sorri. Ele me assustou, meu estado de alerta estava em 100%.
— Pensei que tivesse acontecido alguma coisa com você ontem. Sua mãe deixou que eu ficasse te esperando, não se importa né?
— Não. – eu observava cada esquina como se Yugi fosse aparecer.
— Você ta bem? 
— Ham? 
— (s/n), você parece longe. Se não quiser conversar... 
— Ah, não, que isso. Só estava pensando. Foi mal. E as coisas com a Jessica?
— Pera, como sabe disso? 
— Aa, qual foi, as notícias voam na escola...
— Sei, cara ela não... Ooh, quê?!
— Sai de perto dela! 
— ... Yugi!

Não sei como ou de onde, mas Yugi apareceu dando um soco bem no nariz de Joe. Não tive nem tempo de ajuda-lo a levantar. Yugi me puxava pela mão até minha casa e Joe vinha atrás limpando o nariz.

— Por que fez isso?! – perguntei assim que paramos na sala, seguida por Joe que também perguntou o mesmo entrando correndo. 
— Qual foi cara? Por que fez isso? Pera, - Joe se aproximava de Yugi reparando nas marcas em seu rosto — você apanhou?

Sem responder, Yugi bufou, me puxou novamente pelo braço até meu quarto.

“A partir do momento que ele trancou a porta, meu coração acelerou, o tempo parecia ter parado com seus gritos anti Joe. Bombardeando perguntas, sobre estarmos juntos a caminho de minha casa. Ele gritava tão descontroladamente, Joe batia na porta e eu apenas o encarava cheia de seus berros. Algumas palavras me machucavam e sem perceber minha mão acertou seu rosto em cheio, fazendo-o calar a boca na hora. Yugi me olhava assustado e surpreso, ofegante. Eu encarava minha mão, me arrependendo profundamente por ter feito aquilo. Me senti na pele de seu pai, vendo-o no canto olhando para mim e eu pensava — O que foi que eu fiz?.
Ele se virou, me deu as costas. Não queria mais ficar ali, fui em direção a porta e só ao tocar a maçaneta me dei conta de todos os sentimentos que não reconhecia quando ele estava por perto; frio na barriga, falta de ar, pernas bambas e... a vontade imensa de abraça-lo. Não me importava de ser perturbada por ele, de ouvir sua voz, dele me seguindo por toda parte da escola. Por que de uma forma ou de outra, ele sempre estava comigo quando ninguém mais estava. Mas por que ele me odiava tanto? Por que bater no Joe? 
Abri a porta em um só puxão, vendo Joe quase cair para dentro. O mesmo nos olhava duvidoso. 
Por mais que houvesse sol, meus pés não queimavam no chão, eu andava sem rumo pelo lado de fora até que ouvi passos. Os flashes de Yugi correndo noite passada se juntava aos passos que eu ouvia, como se partes do dia e da noite aparecessem em minha mente, só que com um final diferente...”

— E-eu... te amo... – seus braços me envolveram por trás em um baque leve. Pela rapidez que corria, seu corpo se juntou ao meu. Cada palavra soava como um segredo guardado por anos, por cinco anos.

Entre os segundos que passei tentando entender o que ele falou, Yugi me virou para ele me olhando nos olhos, pela primeira vez.

— Eu não sei explicar, eu só... te amo. Te amo desde que te vi, desde quando você era a única me dando atenção por mais que eu te perturbasse, desde quando você foi a primeira a ficar do meu lado, mesmo sem saber, quando perdi minha mãe e por ter se preocupado comigo quando eu estava mal ontem, eu te amo (s/n). Por favor, não me odeie também... – as gotinhas escorriam de seus olhos.

“Era estranho vê-lo falar tanto ‘eu te amo’ em uma frase, e engraçado também. Eu ri, ele não entendeu, eu o beijei e ele retribuiu. Nossos lábios se juntaram pela primeira vez. Seu beijo tinha pressa mas ao mesmo tempo era gentil. Estar com ele me fazia esquecer do mundo, e me fazer querer viver apenas para estar com ele.
“Quando te vi, amei-te já muito antes, tornei a achar-te quando te encontrei. Nasci para ti antes de haver o mundo...”

FIM.



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