História Yukine antes do evento... - -deuses não existem...

Oi, eu sou o Yukine! Bom, agora eu estou assistindo a aula de História... e vou te contar viu! QUE COISA CHATA! Essa maldita professora só fala de "os deuses isso, os deuses aquilo..." Pelo amor que eu tenho pela minha mãe! Que coisa repetitiva! As vezes me dá vontade de socar a cara dela
-deuses não existem... -sussurro para mim mesmo, não era para NINGUÉM escutar
-existem sim! -diz a menina atrás de mim
-cala a boca -viro pra ela
-vem calar com a sua! -ela rebate
-FIQUEM QUIETOS! -grita a professora, com os olhos fixados na garota -e que modo de falar você tem heim? -ela vira pro quadro de novo e volta a escrever.
Assim que eu terminei de escrever, ja com as mãos dormentes, eu deitei a cabeça em cima do caderno e apaguei.
Acordo com aquela menina me cutucando nas costas, viro pra ela.
-O que você quer, demônio? 
-Ah... os deuses não existem, mas os demônios sim? 
-Fala logo o que você quer!
-Nada, só era pra avisar que a aula ja acabou... e...
Começo a guardar minhas coisas na mochila
-E o que? -pergunto sem interesse -vai desembucha!
-Eu queria saber se eu podia fazer o trabalho de História com você -logo depois que ela fala isso ela abaixa a cabeça, mas eu percebi que as bochechas dela estavam meio vermelhas
-Tá -na verdade eu só disse aquilo porque eu não sabia de que trabalho ela tava falando
-Ok... então me empresta o seu celular?
-Ue, pra que? -digo sem entender 
-Pra avisar a meu pai que eu vou na sua casa e vou voltar tarde pra casa -tarde? Como assim minha querida? 
-Tá bom -digo saindo da sala -vem logo! Eu te empresto do lado de fora da escola
- ok! -ela sorriu
Quando estávamos do lado de fora da escola eu tirei meu celular do bolso da mochila e emprestei pra ela, ela conversou com o pai dela e me devolveu.
-Onde é sua casa Yuki? -perguntou ela 
-Yuki? Quem te deu essa intimidade? Mas minha casa é perto... só temos que passar umas três ruas 
-Yuki! Yuki! Yuki! -falava enquanto ficava pulando
-Cala a boca! E para de pular... 
-Por que? -ela continua pulando
-Sua calcinha ta aparecendo -digo atravessando a primeira rua.
Quando eu disse isso ela parou de pular e fica vermelha, começo a rir.
-Vai atravessar não?! -grita um motorista
Ela atravessa correndo até chegar do meu lado.
- Vo-você viu? -ela estava rosa
-O que? O motorista brigando com você porque você estava no meio a rua? Sim, eu vi!
-Eu não estava falando disso... ah esquece!
-Ah... você tá perguntando se eu vi a sua calcinha? Sim, eu vi também! 
-Baka! -eu ri mais alto do que antes -fica queto!
Paro de rir e atravesso a segunda rua e ela vem comigo.
-Nossa... to cansada... me leva no colo? -ela perguntou com um biquinho 
-Folgada! -na verdade eu queria falar "Nem fudendo!" mas achei melhor não falar isso...
Atravessamos a terceira rua. 
-Onde é sua casa? -pergunta olhando para as casas
-Aquela! -digo apontando pra uma casa amarela
-Que linda! -ela diz com um certo brilho nos olhos -quem dera eu ter uma casa assim! 
-Tá... mas vamos logo por que eu to com fome! -digo correndo
-Ei! Espera! -ela quase grita, correndo atrás de mim
Começo a rir e chego na frente de casa, ela chega uns segundos depois tentando respirar. Eu toco a campainha... toco de novo e de novo, mas ninguém atende.
-MANHÊ!! MÃÃE!! -grito
-que isso? -ela fala baixo e pega uma chave jogada no chão 
-Por que a chave de casa ta jogada no chão? -pergunto mais pra chave do que pra Rose  (era Rose o nome dela, mas se fala Rossé)
Eu abro o portão, ja entrando e ela entra atrás de mim. 
-É SOBRE O QUE O TRABALHO? -grito da cozinha. 
-Sobre os deuses! -ela grita de volta. 
Eu chego na sala com um pacote de biscoito e ofereço pra ela. 
-Expecificamente sobre Bishamomten... ah valeu! -diz ela pegando dois biscoitos 
-Quem é esse maluco? -pergunto de boca cheia e uma sobrancelha levantada 
-primeiro: Coma de boca fechada! E segundo: é o deus da guerra mais famoso!
-hmm... ele é legal? 
-Vai saber... eu nunca O vi -diz ela dando de ombros
-Ata... - termino de comer -Não ligo... você faria sozinha? 
-Não, nem se eu quisesse -fala ela tirando o livro da mochila
-Por que? -pergunto sentando do lado dela no sofá 
-Por que é um trabalho em grupo... -responde pegando o caderno na mochila
-Mas estamos em dupla -falo tentando não sorrir
-É por que... por que... por que o resto da sala já tinha um grupo e como todos sabem que você é péssimo em História a professora pediu pra mim, a melhor da turma -ela diz essa última parte jogando o cabelo -ajudar você! 
-Convencida! -falo enquanto pesquiso "Bishamomten" no celular -É pra fazer o que?
-Pesquisa quem é Bishamomten e o que ele faz de melhor
-Mas o cara nem existe! Como eu vou pesquisar isso?
-Ue... só escreve! E não chame ele de "cara"...
Na verdade, eu não vejo lógica em estudar uma coisa que não existe. Deuses não existem e pronto! Por isso que eu gostava mais de matemática do que as outras matérias.
    * * *
Quando terminamos eu fiquei até orgulhoso, porque (praticamente) era o primeiro trabalho de História que eu fazia na vida... por isso abri um sorriso, peguei o trabalho com as duas mãos, estiquei os braços e fiquei olhando pra ele. O que eu não percebi foi que ela estava do meu lado sorrindo também pro trabalho, deixei o trabalho em cima do sofá e ela ficou olhando pra mim.
-O que foi ta sujo aqui? -falei passando a mão na bochecha 
-Não... tá sujo aqui!
Ela me beijou...