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História Yuri no Babs - Em caso de paixão, não tenha amigos.


Escrita por: Miyakawa e FlameOfPhoenix

Notas do Autor


Depois de um bom tempo, finalmente postando! ~~

Boa leitura!

Capítulo 8 - Em caso de paixão, não tenha amigos.


Um mês depois...

POV Juliana

– E eu ainda estou ansiosa para conhecê-la!

Estava na cantina descansando um pouco enquanto esperava dar o horário da aula, tendo como companhia minha amiga Camila, a garota mais animada do campus inteiro. Ela sabia de toda a história do que eu já passei com a Mary, mas nunca a conheceu. Não por desinteresse meu, sempre que tentava mostrá-la, o destino contradizia. Parece que nesses dias ela sempre chegava atrasada ou ia por outro caminho. Sem contar, que por causa do seu curso, não tinha muito tempo para ficar à toa assim. Ela estava cursando Medicina no seu quarto semestre, mal tinha tempo para sentar e ter uma conversa despreocupada. Era comum sempre nos comunicarmos pelos celulares, tendo dificuldades até por esse modo. No começo me deixava angustiada, mas acabei me acostumando e aceitando que sua rotina era assim por obrigação.

– Calma, um dia você vai conhecê-la e se encantar como aconteceu comigo! Claro, não do mesmo modo, mas você me entendeu…

– Sim, eu te entendi. Do jeito que você fala, parece que está bem caidinha por ela…

– Ela quem? - uma voz masculina pronuncia essas palavras.

– Diego! - Camila animadamente, o abraça e lhe dá um selinho rápido. - Sente com a gente.

– Oi Diego. - aceno para o mesmo, que retorna com o mesmo gesto. - Como está as aulas? Já começaram as provas?

– Irei ter três semana que vem, mas já estudei o bastante, só estou revisando a matérias às vezes. - dá um leve suspiro, mostrando seu cansaço. - Então, estavam falando de quem? Alguma fofoca nova?

– Apenas mais uma paixonite da Juli.

– Não é só uma paixonite, Camila! O Diego irá pensar errado ao meu respeito!

– Ele já sabe das suas desilusões, sinto muito lhe informar isso…

– O que?! - os encaro inconformada, praguejando-os por estarem rindo. - Não tenho culpa se eu nunca me dou bem no amor!

– Acontece nas melhores famílias, mas na sua com mais frequência, pelo visto. - disse Camila rindo junto com Diego. Eles eram praticamente o casal perfeito. Só a paciência dele se encaixava em toda a animação da garota, ao mesmo tempo em que apenas o entusiasmo dela completava Diego. Era fácil se pegar pensando “Eu preciso de um relacionamento assim” quando os dois estavam por perto.

– Já sei! Vamos aproveitar que temos tempo livre e ir atrás dela!

– Ah não… - dissemos eu e Diego ao mesmo tempo. Com “ir atrás dela” Camila queria dizer “perseguir a menina por aí até encontrar algo de interessante”. Era algo que ela fazia desde que conheci a garota, quase como um ritual toda vez que ela se interessava por alguém novo. E o pior era…

– Vocês não tem escolha! Vamos!

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– É aquela ali! - disse mostrando para os outros dois. Estávamos escondidos atrás da esquina da universidade olhando Mary calmamente sair da mesma. Ela estava com seu ar levemente distraído como sempre. Lendo entusiasmada com seu livro, estreitei meus olhos para conseguir ler qual era. Logo após isso, ela mexe com o livro, me dando a chance de ver a capa, concluindo ser “Como dizer adeus em robô” ou algo parecido.

–~Ela parece ser Blumenau… - disse Camila. “Blumenau” é a cidade de onde vim, porém Lucas uma vez em que estava completamente bêbado disse algo como “Blumenau parece um sinônimo de lerdo”. A partir daí Blumenau realmente virou um sinônimo de lerdo no nosso meio de amigos.

– Totalmente Blumenau - concordou Diego.

– Ela não é nada dis.. - antes de terminar minha frase, Mary tropeçou no nada e rasgou uma folha inteira do seu livro no processo. Pelo visto era a página em que estava lendo, já que agora ela estava tentando juntar os pedaços para conseguir ler - Ok, talvez ela seja um pouco Blumenau, mas qual é o problema?

– Nenhum, mas garanto que será a Blumenau do nosso grupo… - Camila comenta, dando risadas enquanto observava Mary.

Ignoro suas palavras e volto a observá-la. Sua expressão de tristeza me fez ter vontade de ir até seu encontro e abraçá-la. Sei que deveria estar sofrendo pelo livro rasgado, mas era impossível negar que estava fofa daquele jeito. Seus longos cabelos tampavam parte do seu rosto, mostrando amostra apenas seus olhos. Eles estavam marejados, estava sendo forte para não correr até ela.

– Terra chamando Juliana. - eu estava tão perdida em meus pensamentos, que as palavras da Camila deram a impressão que vieram do meu subconsciente. - Já está quase no horário da aula, sei que você não se importa em chegar atrasada, mas eu sim. Além do mais, seu bloco é como se fosse em outro continente de tão longe.

– Não me importaria em ficar aqui observando-a, mas não posso perder o assunto de hoje. Biomecânica não será fácil para alguém que não é de exatas… - suspiro.

– Stalker…

– Com licença?! Deixa eu ser feliz em paz? - digo, inconformada. - Não é a primeira vez que faço isso, espantos atoas.

– Certo, fique na sua observação, nós dois vamos para nossas respectivas salas.
 

POV Mackyson

Minhas aulas me deixavam animado, queria que o horário da aula nunca acabasse. E quando acabava, contava as horas para voltar para a sala. Talvez era esse o sentimento de finalmente estar fazendo algo que gosta. Passava o tempo que tinha em casa revisando todo o assunto que o professor passava. Mexia com os programas, fazendo como o professor explicou. Teve um caso, que me deixou constrangido mas depois acabou me arrancando grandes risadas. Eu estava estudando os assuntos de Programação, quando uma coisa me chamou atenção. Tinha escrito sobre “String em C” no meu caderno, mas não me recordava o que era. Fui a procura no Google, digito na barra e clico em Imagens. O susto que tomei ao ver as imagens era enorme, não aparecia nenhuma imagem de algum sistema ou coisa parecida, e sim, imagens de roupas sexuais muito esquisitas. Eu não saberia explicar nem se quisesse.

Fecho a aba do navegador, me levantando em seguida e sentando em minha cama. Apoio meus pés no colchão, passando meus braços em volta das minhas pernas, ficando em posição fetal. É, chega de estudar por hoje.

パ

Desço os degraus do ônibus e vou andando até a passarela que ia até em frente à universidade, passando por cima dos carros. Eu estava mais cedo que o normal para a aula, não aguentava mais ficar apenas no meu quarto, me sentia sufocado. Vou andando até os bancos que tinham no canto da praça, sentando-me em seguida e respirando fundo o ar fresco do local. Coloco minha mochila ao meu lado, ponho minhas mãos nos bolsos da minha bermuda e cruzo as pernas, apoiando minha cabeça na árvore que tinha atrás de mim. Respiro fundo, olhando para o céu azul com nuvens espalhadas, dando a impressão de ser um gigante brigadeiro azul.

Gostava de fazer isso às vezes, sentia um alívio interior, mesmo não sabendo o motivo. Era como se todo o peso da pressão da faculdade saísse de mim e fosse para longe. Sinto o banco onde estava se mexer e uma presença ao meu lado. Me sentia sonolento o bastante para virar a cabeça e olhar quem era, então continuo olhando as nuvens.

– Eu poderia roubar sua mochila e você nem iria notar. - a voz vinha da pessoa sentada ao meu lado.

– Pode levar, não tem mais do que apenas cadernos com anotações. - solto uma leve risada.

Levanto minha cabeça para encarar a pessoa. Lucas, com suas roupas parecendo de dez anos atrás, me encarava enquanto ria do meu comentário.

– Tem razão, talvez o ladrão aproveite para estudar algo.

– Duvido que entenda alguma coisa, já que nem eu entendo.

Uma outra risada entre as nossas, foi possível escutar. Uma garota escondida atrás do Lucas, olhava timidamente para nós. Ela segurava um caderno e um livro em seus braços, enquanto deixava a leve bolsa apoiar em seu ombro. Notava-se que sua bolsa estava praticamente vazia, pelo fato do vento bater nela e quase levando junto. Me pergunto mentalmente o motivo dela não guardar o material ali. Seu rosto não era estranho, tentava me recordar de onde havia a visto, mas sem sucesso.

– Ah, você se lembra da Laura? Aquela que estava na frente do café comigo quando “brigamos”. - diz após levantar-se e ficar ao lado de Laura.

– Ahh… - a cena rápida daquele dia surge na minha cabeça. - Como pude ter esquecido! Olá Laura, como está? Esse garoto tem aprontado muito contigo? - digo, colocando minha mão sobre o ombro dele.

– Macky, não comece… - ele me olha com seus olhos quase saindo chamas.

– Tudo bem, tudo bem… Mas então, por que estão aqui nesse horário? Não é muito cedo para a aula de vocês?

– Sim, mas temos um trabalho para fazer, aí decidimos com o resto do pessoal do grupo de fazer agora.

– O professor é exigente, somos obrigados a fazer uma apresentação perfeita. - comenta Laura.

– Entendo vocês… - digo como um desabafo.

– Que coincidência encontrar vocês aqui!

Uma voz masculina soa por trás deles. Pelos trajes reconheci que era o Math, junto com duas meninas que não conseguia enxergar o rosto, já que os dois ficaram na minha frente.

– Matheus! E aí cara?! - o Lucas aperta a mão dele, depois cumprimentando uma das meninas ao seu lado.

Eles começam a conversar, ignorando completamente a minha existência. Pego minha mochila e coloco-a sobre meu ombro, me levantando em seguida.

– Oh! Verdade! Nos animamos com a conversa e esquecemos de apresentar nossos amigos! - Lucas se pronuncia ao me ver no seu lado. - Esse é Mackyson, um amigo de anos meu, e essa é a Laura, faz Jornalismo também.

– Olá! - Math acena para nós. - Essa é a Gi, era da minha sala na época da escola… Essa é a Tati, minha irmã.

Esse nome me chamou a atenção, que me fez olhar melhor para as pessoas junto com ele. Arregalo meus olhos ao ver seu rosto. Aqueles óculos que qualquer um a reconheceria de longe, apenas solto um suspiro ao ver seus olhares em minha direção. Não consigo evitar um sorriso de canto ao ver os olhos surpresos da menina ao me ver, isso vai ser divertido. Noto-a abrindo a boca, dando a impressão que falaria algo, mas logo desiste.

– Ah não… - foi apenas o que conseguiu falar.



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