História Z nation - Assassino interno

- Conta pra eles o seu segredo. Por que assim que você contar eu lhe dou um tiro. (disse apontado a arma pra ela). Então vai contar? 

- Eu só... Fui nadar no rio e não prestei atenção, por isso cai por cima de uma pedra e feri minha perna e minha clavícula.

- Então me deixe ver! Eu estudei medicina, posso ver, a sua ferida está sangrando muito pode precisar de pontos. Eu tenho alguns recursos, posso fazer isso. (disse Tracy se aproximando da garota).

- Não, não chegue perto de mim. Posso me virar sozinha.

- Você só pode está de brincadeira. Deixa de ser tão criança e mostra logo a porcaria dessa ferida para que a gente possa cuidar. (disse Daryl puxando a menina para perto dele e retirando a toalha que estava coberta de sangue de seu ombro).

- Me solte. Não é nada de demais. (disse a garota tentando se soltar).

- Isso não é nada de mais para você? Você foi mordida e não queria falar nada? (disse Daryl soltando a garota que caio no chão com a força que ele a empurrou).

- Não é nada de demais. Eu estou bem, não vou virar um zumbi.

- É claro que vai. Por que acha não? (disse Daryl extremamente estressado).

- Se Eyda não tivesse lhe visto a tempo você ia virar zumbi e poderia matar alguém. (disse Pedro que já estava destravando sua arma).

- Nós... Não podemos ajudá-la? Quero dizer... Podemos corta mais a ferida? Ou algo do tipo para evitar a infecção? (pergunto Katy me olhando tentando achar uma solução).

- Não tem como. A ferida é muito funda e está em um local que não tem como cortar. (Disse isso olhando para Katy).

- O que vocês querem dizer sobre isso? (perguntou a garota ainda sentada no chão).

- Que você já era. Você está morta. Não a mais nada que possamos fazer em ralação a você. (disse isso me agachando em sua frente).

A garota começou a balançar a cabeça se negando a acreditar no que estava acontecendo ela não parava de dizer a mesma coisa:

- Não, não, isso é mentira. É mentira...

- Então quais são suas ultimas palavras? (perguntei a ela me levantado).

- O que? Vocês não podem esperar até eu virar zumbi, para depois fazerem isso?

- Não. Não vamos ariscar a vida de ninguém aqui. Então, como Eyda perguntou: quais são as suas ultimas palavras? (disse Daryl já impaciente).

- Por favor, esperem.

- Sinto muito. (quando disse aquilo dei um tiro em sua testa).

O som do disparo ecoou por todo lugar. Até os pássaros se assuataram e saíram voando fazendo barulho.

- Eyda... Você... Por quê? (Katy falava cada vez mais assustada).

- Olha Katy, não tinha outra escolha, ti amos que fazer isso agora, pois se a gente a deixasse virar zumbi ela irai ficar sofrendo, isso séria muito mais doloroso. Por isso fizemos o que era o certo e preciso a ser feito. (disse Liza tentado acalmar Katy).

- Mas... Eu não... Entendo... O porquê disso tudo está acontecendo... Não quero viver em um mundo onde pessoas matam pessoas por nada, só porque tem medo.

- Deixa disso Katy! O mundo sempre foi assim, pessoas sempre mataram pessoas por tantos motivos, na realidade que estamos vivendo agora não seria diferente. (disse me virando para Katy e cruzando os braços).

- Eu sei que o mundo sempre foi assim, mas é diferente agora. As pessoas têm medo de viver e por isso que elas têm que matar as outras pessoas... Para sobreviver. Isso é errado.

- Basta Katy! Agora é assim. Não tem como mudar, deixa de ser fraca e comece entender o que realmente estamos enfrentando.  Pois nessa vida você mata ou morre, ou morre e mata.

- Ela está certa! É por isso que não só você Katy, como todos nós temos que ser fortes e saber lidar com tudo o que está acontecendo e com o que vai acontecer daqui pra frente... Vamos enterrá-la e rezar por sua alma, pois agora ela está mais segura do que a gente. (disse Pedro tendo animar Katy).

- É eu acho que você está certo Pedro, obrigada. E me desculpe por falar essas coisas a você irmã... Eu estou com medo e confusa, mas eu vou dar o meu melhor para ser forte. (disse Katy com a cabeça baixa).

- Tudo bem, você não tem que se desculpar por nada. E faça de tudo para dar o seu melhor. (disse isso guardando minha arma no coldre).

Depois do que aconteceu fomos enterrar a garota e fizemos um circulo em volta de seu tumulo e começamos a rezar.

Já era meio dia e fomos caçar para almoçar. A gente não queria utilizar a comida enlatada que armazenamos, pois ti amos recursos para a caça de animais e não sabíamos quando iríamos realmente precisar de um estoque de comida.

Katy insistiu a Daryl para ele ensiná-la a caçar, a Liza ficou em guarda em quanto a Tracy faziam alguns medicamentos, a Carla ficou de guarda com o Noah e eu fiquei de vigia com o Pedro.

- Demos sorte que nenhum zumbi escutou o barulho do tiro. (disse olhando pro lado onde Pero estava).

- É, é verdade a gente deu sorte. (disse Pedro olhando para o outro lado).

- O que você tem? Por que não olha mais pra mim quanto falo com você? Não gosta mais de conversar comigo?

- O que?! Não é nada com você não Eyda, é que eu só estava pensando no que esteve acontecendo ultimamente. E você é a pessoa que eu mais gosto de conversar.

- Então me diz o que pensa a respeito disso!

- Penso que nós agora somos pessoas diferentes do costumávamos ser. A gente não pensa mais em viver, pois estamos mais preocupados em sobreviver e se proteger, por isso que às vezes vamos matar pessoas só pelo medo de que elas nós mate primeiro. Todos têm um “assassino interno”. Só que agora vamos mostrar nosso lado assassino com mais freqüência. (disse Pedro respirando fundo).

- Você está certo, mas não deve pensar muito sobre isso. Vamos sempre proteger uns aos outros, mas às vezes coisas ruins vão acontecer quando o assunto é sobreviver. O mundo em que vivemos hoje é difícil de lidar.

Depois de um bom tempo conversando fomos almoçar. A tarde passou rápido, mas foi bem tranqüila e não vimos nenhum zumbi. Jantamos e logo fomos dormir. Liza, Glenn, Pedro e eu ficamos com o segundo turno então fomos descansar no trailer. A Carla, o Daryl, a Katy e o Noah estavam vigiando as redondezas e as outras pessoas dormindo nas barracas. Quando a Liza acordou com um barulho.

- Acordem, acordem. Estou ouvindo uns gruídos vindos de trás do trailer.

Todos acordaram e se sentaram nas suas camas em silencio para escutar também. O gruído ficava cada vez mais perto, quando subimos no trailer para ver o que estava acontecendo.

Quando vimos o que era, ficamos todos espantos e Liza disse:

- Meu Deus... Isso é mesmo o que estou vendo?