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História Zero Falls _ New Season - Prólogo


Escrita por: Kuma-chi

Notas do Autor


Essa história é só minha visão sobre a AU de Tanosan96, beeem do meu jeito mesmo.
V:

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Zero Falls _ New Season - Prólogo

◢ Bill On ◣

Sinceramente não espero muito da minha vida. Algumas pessoas tem vidas legais, estão sempre no alto. Mas para mim e Will ela sempre está embaixo e procurando um jeito de afundar mais.

Como agora, nesse exato momento.

Já que meus pais são um imbecis, não nos deram o dinheiro para o lanche do intervalo. E cá estou eu e Will com fome, esperando o sinal tocar. Estamos afastados dos outros alunos, sentados em uma árvore, pois todos nos acham estranhos e problemáticos.

- Bill, o que você tem? - Will me pergunta, deitado no meu colo, me encarando.

- Só estava pensando em nada.

- Hum...

Ele para de me encarar e olha pra frente, na direção de uma rodinha de amigos que conversa animadamente. Eu sei como ele se sente, também gostaria de ter amigos. O problema é que somos os garotos mais pobres do colégio, somos estranhos e ninguém gosta de nós por que onde vamos acontecem coisas estranhas.

Isso só acontece por causa dos nossos poderes, pois quando éramos mais novos não sabiamos como controlar e sempre dava em acidente.

Nunca contamos aos nossos pais e a ninguém, isso é um segredo nosso.

O sinal bate e Will levanta, estendendo a mão para mim. Me levanto e limpo as folhas da minha roupa enquanto ando, em direção ao prédio da escola.

As últimas aulas são exaustivas, mas tento prestar o máximo de atenção no que o professor diz, por que tenho dificuldade em aprender. Já Will não precisa disso, é um "nerd", e sempre consegue tirar notas boas em tudo. Ele sempre me ajuda, mesmo eu sendo um cabeça oca. É muito bom termos um ao outro.

A aula acaba, e saimos da escola indo em direção para o nosso ponto de "trabalho". Nossos pais nos dão a tarefa de roubar depois das aulas, já que eles não tem emprego fixo. E se não fazemos nada, ou conseguimos pouco dinheiro eles nos espancam. Da última vez meu pai nos bateu com a chave de grifo, e depois nos trancou no guarda-roupa durante o resto da noite. Lembro que não consigui me mover direito, ele me acertou tanto que tinha hematomas coloridos e Will estava pior por que tinha sido acertado no olho e ficado cego por três dias. Desde então fizemos de tudo pra não apanhar mais.

Jogamos nossa mochilas em um beco, e andamos até a próxima quadra para achar algum alvo. Saímos correndo e cada um pega uma bolsa. Continuamos correndo e a velha de quem roubei solta um grito. Corremos lado á lado por um tempo, mas como sempre nada acontece do melhor jeito e um um carro da polícia aparece bem na nossa frente. Saem dois policiais, e já que a multidão avia nos cercado foi fácil nos capturar.

- Entrem logo ai, pivetes - um deles nos empurra, e sentamos algemados no banco de trás.

O carro começa a se movimentar, e só agora posso perceber a encrenca em que estamos. Will fica tenso, seu corpo começa a tremer e fica com lágrimas nos olhos. Nos olhamos, e já entendemos o fim que vamos ter. Não acredito, tanto tempo roubando e só agora eles nos pegam? O pior nem é por mim, é pelo Will. Ele é bem mais frágil do que eu, sempre fica machucado e doente por mais tempo. E se nos baterem muito, podem até matá-lo.

Não posso deixar isso acontecer.

Seguro sua mão e tento sorrir de uma forma amigável, para que ele se acalme. Deu certo, e ele me retribui o sorriso.

Pouco tempo depois o carro para, e entramos na delegacia. Como não estamos com os nossos documentos eles só pedem pra ligar pros nossos pais pra nos liberar, Will fala o número do meu pai e somos levados a uma pequena sala para esperar.

Ela é de cor cinza, e possui ar nobre e assustador, esperar aqui me dá calafrios. Odeio lugares pequenos e apertados, e por isso Will se aproxima de mim, ficando bem perto. Logo depois um homem de terno entra na sala, e senta de frente pra nós que estamos no sofá.

- Boa tarde, garotos - ele começa falando em tom gentil e cordial, mas posso perceber raiva e estresse em sua voz - meu nome é Saturn O'wl, e vou conversar um pouco com vocês. Espero que possamos nos entender...

- Temos objetivos diferentes então - digo, e Will belisca minha mão.

- Para com isso Bill, já temos problemas demais.

Aff, odeio ser o errado.

- Bom, na sua ficha consta que vocês foram vistos em vários lugares da cidade cometendo vários delitos pequenos, isso é verdade?

- N... - começo a falar mas Will tapa minha boca.

- Sim... - mordo sua mão, e o encaro com raiva - ai!

- Já que vocês ainda são menores vamos conversar com seus pais, e vocês vão ter acompanhamento psicológico - ele fala aquilo como se já soubesse de cor, como se tivesse decorado ao longo dos anos de trabalho - não poderam faltar as consultas, concordam?

- N...

- Sim! - ele fala mais rápido que eu, e afundo no sofá de raiva.

De súbito escutamos duas batidas na porta, mas ninguém entra e o promotor fala.

- Seus pais chegaram - ele diz e começo a suar frio. Considerando tudo, só minha mãe poderia chegar mais cedo, pois ela trabalha como prostituta, perto daqui - enquanto converso com eles, podem descansar um pouco.

Ele sai da sala, nos deixando sozinhos em uma sala pequena e escura... Will me puxa, e me faz ficar de costas pra ele enquanto abre as pernas e me acolhe em um abraço. A sala já não parece tão grande, e espero ele dizer algo.

- Por que você tentou mentir? Isso só iria piorar a situação aqui - ele diz com a voz fraca, está com medo mas mesmo assim tenta me confortar.

- Tentei arrumar algo para nos encobrir, não quero ver você apanhando de novo.

- Não fale como se você fosse descartável.

- Mas eu sou - digo indiferente, odeio quando ele me faz sentir assim. Sempre me preocupo mais com Will, e ele tem antipatia dessa minha ação.

- Não, não é! - ele tapa meu olho direito com a mão e faço o mesmo com ele, só que tapando seu olho esquerdo - precisamos ficar juntos, e sem mim você só faz burrada.

- Até, parece.

A porta abre, e endireito o corpo num susto. E a figura que aparece é do Sr. O'wl.

- Sua mãe está aqui, ela veio buscar vocês - ele diz e logo sai, deixando espaço para o seguirmos.

Andamos um pouco e vejo a silhueta de uma mulher depravada, que comumente chamo de mãe. Ela está fumando um cigarro, e usa uma maquiagem bem pesada.

- Vamos logo - ela diz, e nós dois a seguimos.

Durante o caminho não falamos nada um pro outro, e podemos ver que ela está muito irritada. Pegamos um ônibus e andamos mais um pouco, até chegar em uma cabana perto de trilhos de trem abandonados. Chegamos em casa.

Já na porta ela nos empurra, e Will cai em cima de mim. Ele se levanta rápido e me ajuda enquanto ela começa a gritar.

- Seus inúteis! Vocês só fazem isso e ainda nem fazem direito, vão logo para o quarto.

Nós seguimos a sua ordem, e vamos para um quarto estreito da casa. Onde tem roupas dobradas em cima de uma mesa, e dois colchões no chão, nada mais. Ela entra atrás de nós, já com uma chave de boca na mão.

- Onde está o seu material escolar, Will? - ela pergunta, apontando a chave pra ele.

- Esquecemos em um beco quando os policiais... - ela não espera ele terminar de falar e dá um golpe no rosto dele, tão forte que ele cai no chão. Sangue roja do nariz e da boca de Will, e eu corro para ajudá-lo.

- Saia de perto Bill, estou conversando com seu irmão!

- Saia você sua vadia estúpida! Não bata ne... - sinto uma dor no peito e no ombro, e caio de joelhos. Ela aproveita a chance e começa a me golpear no tórax e peito, me deixando sem ar e me fazendo cuspir sangue.

- Para, não faz isso! - Will grita, e corre em minha direção mas ela o empurra.

Ele cai em um dos colchões e bate a cabeça na parede, soltando um grito fino e agudo. Quando tento levantar ela puxa meu cabelo e volta a me jogar no chão. Ela chuta o meu peito várias vezes, e sinto que vou explodir. Não consigo respirar direito e minha visão se torna embasada, meu peito doi e sinto o espaço diminuir. Não escuto mais nada, só consegui ver Will chutando minha mãe e pulando em cima dela tentando dar alguns socos. Ela consegue desviar, e bate no pescoço dele. Will cai no chão como se fosse uma boneca de pano, isso me desperta e consigo levantar com dificuldade. Agora ela tenta sufoca-lo, cravando as unhas de tal forma que saem sangue dos lugares. Wil começa a chorar e a engasgar, me desespero e vejo a chave de boca jogada no chão. Não penso direito, pego a chave e acerto com força na cabeça da minha mãe fazendo com que ela desmorone no chão sem fazer nenhum ruído. Will corre pro meu lado e me abraça.

- O que vamos fazer agora? - ele pergunta ainda chorando.

- Vamos fugir daqui - digo decidido, e começo a tirar as roupas sujas e cobertas de sangue e Will faz o mesmo. Ele pega uma mochila e coloca algumas coisas dentro dela, como roupas, alguns biscoitos e duas caixinhas de suco.

Procuro a bolsa da minha mãe e a encontro no sofá da sala, pego o dinheiro e conto... só temos 70 dólares e uns quebrados, deve ser suficiente para uma passagem de ônibus. Faço sinal pra Will, e saímos correndo nos trilhos de trem abandonados.

Estou assustado, não sei o que fazer mas não posso voltar atrás agora. Preciso proteger Will de qualquer modo, e não posso fazer isso nessa cidade. Logo chegamos na rodoviária que fica ao final dos trilhos, e vou direto ao caixa.

- Qual ônibus vai sair agora? - pergunto apressado.

- Só o ônibus para Zero Gravity, que parte em 5 minutos.

- Ótimo vamos ir!

- São 30$, senhor - ele diz de forma relaxada e cansanda, mas entrega as passagens rápido e nós corremos para o ônibus. Entrego as passagens ao motorista, e sentamos nas últimas poltronas mesmo não havendo mais ninguém no ônibus. A dor começa a voltar aos poucos, mas tento ignorar. Will já está dormindo, e então faço o mesmo.

◢ Bill Off ◣ 


Notas Finais


Bye, bye...


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