História The undead (os mortos-vivos) - Arranhões

O casal passa por uma esquina, quando chegamos lá o homem está sobre a garota tentando mordê-la, Jason dispara dois tiros nele e vai ajuda-la. Ela tem cabelos loiros cacheados, olhos verdes e usa óculos.

Ela é incrivelmente parecida com sua finada esposa, Mary. Jason se agacha do lado dela e começa a tentar acalma-la, ela está aterrorizada e não diz nada, mas ele continua insistindo até que ela começa a falar.
-Olha, meu nome é Jason, e o seu?
E ela responde, tirando os cabelos da frente dos óculos, com uma voz muito fina:
-Me..meu nome é Benedite
-Tudo bem Benedite, nós vamos te levar para um lugar seguro, tudo bem?
Ela acena com a cabeça e nós voltamos para onde o carro estava, chegando lá encontramos todas as mulheres estão fora do carro. Claire já arregala os olhos:
-Ela foi arranhada, vocês não estão vendo?
Realmente, ela tinha um arranhão no braço que nós estranhamente não tínhamos notado. Estranhamente porque era um arranhão muito grande. Eu pergunto para ela:
-Quem te arranhou?!
-E... eu não sei.
-Você tem que nos dizer, quem te arranhou?!

Jason:
-Oque você está fazendo, cara?! Ela pode ter se arranhado quando caiu, e aliás, nós nem sabemos se arranhões causam transformações, nós temos que chegar logo ao posto, então parem de implicar com ela e entrem no carro!

Claire:
-Eu não vou correr o risco de ir no mesmo carro com uma garota que pode se transformar a qualquer momento! 

-Tudo bem, nós vamos em outro carro, vem Alec!
-Jason, você tem certe..
Ele já virou as costas e começou e ligou outro carro:

-Vamos, Alec!
Eu viro para as meninas e digo:
-Só sigam a gente, ok?
O caminho todo Jason foi conversando com a garota, ele parecia muito empolgado. Enquanto eu, não conseguia parar de pensar em Sara, enquanto pego na aliança começo a pensar em tudo que nós poderíamos ter tido, em tudo que nós poderíamos ser, juntos. Tiro a aliança e coloco em um cordão para fazer de colar, Jason vê e tenta me reconfortar:

-Alec... eu não sei nem oque dizer, também estou desolado... Mas eu acho que nós temos que tentar seguir em frente, quer dizer, nós precisamos sobreviver e...

-Sobreviver? Seguir em frente? Ela era sua irmã! Que merda é essa que você tá me falando?

-Alec... eu sei como isso é difícil, ok? Eu perdi Mary 2 anos atrás, e foi muito difícil, até hoje penso nela. Eu não estou dizendo que você não pode se sentir triste, mas você tem que focar na missão.

-Mais uma palavra Jason, é só mais uma palavra que eu preciso pra quebrar sua cara. Não tente me consolar, nem nada do tipo. Você é péssimo nisso, ela era sua irmã, sua irmã! e morreu 40 minutos atrás... como você pode estar aqui me falando de seguir em frente?

Jason:

-Tudo bem! Desculpa... você tem razão, eu preciso te dar o espaço e o tempo pra processar tudo que aconteceu.

Seguimos viagem calados, quando chegamos ao posto de polícia e descemos lá, vamos direto para a portão, onde  as mulheres já estão nos esperando, o portão é aberto antes mesmo de começarmos a bater.
De lá de dentro sai um homem negro e alto com uma cicatriz no rosto, dando sentido ao nome Scar-Soldiers, ou será uma coincidência?  Ele tem roupa de militar, voz firme e parece estar de mau humor, ele diz:
-Meu nome é Sete. Vocês ouviram o chamado do rádio?
Confirmamos e depois de uma série de perguntas, como se fosse uma entrevista, ele nos deixa entrar. Enquanto entro, começo a pensar quão estranho é o nome “Sete”, será que tem outros 6? E quantos teriam depois do 7?

 O posto é pequeno, infelizmente não tem arma nenhuma, tem apenas uma mesa no centro, com um homem sentado em uma cadeira.
Ele aparenta ter uns 50 anos, veste trapos e tem olhos azuis, acredito que fosse um mendigo. Ele está reclamando e diz o tempo todo que não merecia estar nessa situação.
O militar puxa ele pela gola colocando-o de pé e diz:
-Vocês podem me chamar de sete, esse é o Baldir. Você deve ser Claire, vocês seriam transportados ontem, caso não tivéssemos imprevistos.

Claire:

-Pera... eu... e ele? Eu pensei que fosse alguém importante que iria comigo!

Lorena:

-Você precisa mesmo parar com isso... você não é melhor que ninguém, Claire. Eu pensei que você ajudasse os pobres, todo aquele papo de hospital inclusivo onde não existem diferenças que você pregava, era mentira?

Claire:

-Não... O hospital realmente fazia isso, mas era coisa do meu irmão, alguns dos andares do prédio eram usados para ele trabalhar, com seus fármacos e ficar perto daquelas pessoas, ajudando-as.

Bom, o lado positivo é que descobri sobre mais alguns andares do prédio de Claire, que tinha ficado com uma enorme duvida. O lado ruim é que descobrimos que o irmão dela, que tinha um plano de dominação em massa por meio de controle biológico das pessoas por meio de drogas, é o altruísta da família. Isso me faz pensar no quanto a imagem que as pessoas passam podem ser tão diferentes do que elas realmente são, bastou um dia junto com Claire pra não achar ela tão sensacional assim.
Nós estamos cumprimentando Baldir, quando uma coisa estranha começa a acontecer, Benedite se agachou no chão e está em posição fetal. Jason chega perto dela e pergunta se ela está bem, mas não obtém resposta.
Lorena se aproxima dela e diz que olhando melhor, aqueles arranhões não são normais. Ela começa a fazer um curativo, mas Sete a interrompe tirando sua arma do coldre e apontando para Benedite:
-Ela vai se transformar em um zumbi!
Nesse momento Jason tira sua arma, aponta para sete e diz:
-Você não vai atirar nela!
O próximo momento é confuso, pois Maze que estava quieta o tempo todo  levanta sua arma para Jason. O motivo de ela estar protegendo Sete deve ser por simplesmente concordar que a garota pode ser perigosa, ou por ambos aparentarem serem militares, eu aponto minha arma para ela, não posso deixar que ela mate meu amigo. E estranhamente, Claire coloca sua arma em minha cabeça e diz que a garota precisa morrer. Vendo toda aquela situação, Baldir fala:
-Que putaria!
Nesse momento Benedite pula para cima de Lorena em forma de zumbi, mas em um movimento rápido Baldir pega a tesoura usada para fazer o curativo e enfia na cabeça de Benedite.
Todos abaixamos as armas e Claire diz:
-Agora sabemos que arranhões também transformam pessoas.