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História Zootopia: O Lobo solitário. - Prólogo


Escrita por: Dekonado

Notas do Autor


Olá pessoal! Sei que prometi uma Fic dos Kindred e uma do Kha Zix e Rengar, mas eu não consigo inspiração para fazer as mesmas. Não quero entregar algo sem graça ou que não vá ter um enrendo legal como a do Aurelion Sol.

Recentemente, li uma Fanfic S.E.N.C.A.C.I.O.N.A.L de Zootopia, se chama "Zootopia 2 A vida real" de NickPWilde. Esta Fic,amigos, me deu a inspiração necessária para fazer uma de mesmo tema.

Não sei se conseguirei fazer um enrendo parecido à minha primeira (Aquela, do Aurelion Sol), mas tentarei.

Por ser um universo TOTALMENTE diferente, talvez algumas pessoas não irão gostar. Entendo e irei respeitar!

Outra coisa, me deem a opinião de vocês a respeito deste capítulo! Estou mexendo com um universo diferente e talvez vá cometer alguns deslizes, então a opinião de vocês é de extrema importância!

Uma última coisa, leiam a sinopse! Ela vai ser importante para o entendimento da história.

Espero que gostem!

PS: Os " * * " Significa pensamento do personagem e os [Narrador, TV,Rádio] é uma outra pessoa\algo contando a história.

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Zootopia: O Lobo solitário. - Prólogo

[Narrador] [7:00 AM]

O sol escaldante da manhã nascia novamente naquela cidadela prepotente e grandiosa. Os raios batiam e iluminavam os grandes edifícios acinzentados e – em menor parte – coloridos.

São Paulopia. Uma grande cidade e uma gigantesca metrópole para os olhos dourados daquele pequeno filhote que observava de sua pequena janela de seu quarto. Sua curiosidade o deixava intrigado, a cidade mais parecia um gigante labirinto de pedra, ou de concreto, no caso. Prédios e mais prédios se erguiam com quase a mesma arquitetura. Alguns se diferenciavam, pela cor e pelo modo de sua aparência, mas no final, todos eram enormes.

Se enganava quem pensava que era uma cidade de turismo ou que haveria uma grande atração como os Campos Unidos da América... São Paulopia era mencionada por muitos de "cidade da oportunidade" - ou de oportunistas. Uma típica cidade grande. Um rio azulado e de aparências encantadoras chamava a atenção em toda cidade, por causas que cruzava quase toda São Paulopia. Entretanto, o rio estava poluído e o enorme afluente que passava pela cidade, não se tornou nada mais que um lixão com água. Mesmo sendo cruzado facilmente, isso não impedia da cidade evoluir, sendo um mero obstáculo para a evolução da cidade que, ergueu pontes com designs inovadores e chamativos pela altura e forma. Algumas com forma de V e outras mais clássicas.

Matheus, um pequeno lobo cinzento de pelos azuis, focinho um pouco alongado e de feições alegres e simples. Aquele era mais um dia em que iria para sua escola particular, seus gostos de estudos eram, principalmente, sociologia, política e literatura. Ainda que fosse uma criança, seu pai o incentivava a sempre aprender.

 

Desceu de cima do baú em que estava, passou pelo tapete felpudo e se jogou na cama com certa preguiça. Já deveria estar se arrumando, entretanto lhe bateu um certo desânimo, ir para a escola era bom, de fato ele apreciava o conhecimento obtido, mas o grande problema estava em João. O leão que lhe fazia bullying todos os dias.

 

Sua mãe, também uma loba e que na época era muito sensual e bonita entrou no quarto bagunçado e iluminado pelos raios de sol.

 

- Bom dia filhote! - Disse a mãe sorrindo, - Vamos para a escola? Temos um grande dia pela frente!

 

- Claro mamãe! - Ele saiu da cama e foi até o armário, abriu o mesmo e tentou pular para pegar seu uniforme, embora fosse inútil.

 

A loba mãe foi até o armário e pegou o uniforme, se ajoelhou e entregou o uniforme para o filhote.

 

- Eu te amo filho. - Ela beijou a testa do pequenino, seus olhos largos lhe confortavam, assim como seu rosto belo. - Seu café da manhã já está na mesa. - Se levantou.

 

Matheus arrumou sua mochila, se uniformizou e arrumou seu quarto. Desceu as longas escadas que se encostavam nas paredes, a madeira rústica do piso ainda não rangera e o teto de argila não fizera barulho. O alvoroço de comércios e de entregas, bem como de lojas e empresas se instalava próximo dali. Mesmo sendo um morro, onde moravam, ainda era um espaço de pequenos comércios.

 

- Bom dia campeão! - O pai sorriu ao ver o filho entrar na cozinha, - Como foi ontem? - Suas feições eram humildes, seu rosto um pouco largo, mas ainda de um autêntico lobo, com orelhas até que grandes.

 

- Ontem foi muito legal! Me diverti pra caramba com aqueles bonequinhos. - Sorriu e sentou-se à mesa.

 

- Fico feliz por isso pequenino.

 

- Mas... Quando você irá brincar comigo pai? - Seu pai não era muito frequente, o trabalho complicado e principalmente desafiador lhe fazia ficar horas e horas trancado no quarto.

 

- Tenho de ter foco no trabalho filho... Assim que terminar as leis Aurum, teremos bastante tempo!

 

O Pai de Matheus nunca lhe dera muita atenção para seu filho, apenas trabalhava muito durante o dia e chegava exausto em casa, dormia rapidamente e o ciclo se reiniciava novamente. Ficava na câmara falando de projetos de lei, futuras melhoria para a cidade e propostas realmente dinâmicas, contudo eram sempre descartadas pelo político corrupto Lucas T.

 

Os três sempre saíam juntos para irem ao trabalho e a união seria o que manteria todos unidos naquela família com tantas dificuldades. O preço das contas estavam na ponta do lápis e jamais acharia-se emprego facilmente naquela metrópole. Assim que terminaram seu café, ligaram o carro para irem aos seus trabalhos.

 

Ao saírem do quintal com seu antigo e pobre carro, a favela se animava para abrir seus comércios. Estavam indo em direção ao centro.

 

São Paulopia era muito diferente de Zootopia - mesmo que a tal cidade utópica estivesse em construção - por lá, mesmo que mamíferos e presas convivessem juntos, encontravam-se muito distantes de uma harmonia. No centro nervoso, por exemplo, os mamíferos teriam que se cuidar para não serem pisoteados (caso raro, mas que dava anos de prisão) ou serem aproveitados pelo seu tamanho pequeno.

 

Além disso, o racismo e o dinheiro da corrupção tornava-se algo comum e do dia a dia dos cidadãos. Não era difícil encontrar alguém lhe oferecendo nos becos escuros propostas impossíveis de serem pagas. Além de diversos comércios ilegais por praças, no qual consistiam de roubo e venda de itens furtados.

 

O carro prosseguia por uma rodoviária movimentada, na qual se observa muitos carros simples e modestos, mas que serviriam para levar o povo até lá. Poderiam ter optado por um metrô, se não estivesse estilhaçado pelos protestos frequentes. Isso incubido em uma única cidade de selva de pedra: São Paulopia.

 

O papel do pai de Matheus seria realizar uma mudança total na cidadela. Estava trabalhando duro em um projeto de leis que levaria para a câmara no mesmo dia e, assim que aprovada, poderia se candidatar a futuro prefeito da cidade. Sem mais corrupção. Sem mais tantos criminosos na rua.

 

Saíram da rodoviária movimentada e adentraram à cidade. Foram recebidos pelos prédios de concreto de pé e pelas ruas movimentadissíma de predadores e mamíferos. Observar um grande número de pessoas nas calçadas seria relativamente normal, considerando que estavam na parte de empregos mais pobres.

As ruas se tornavam exageradamente largas a chegar na primeira estrada. Eram grandes o suficiente para abrigar vários carros de mamíferos de grande porte e de pequenos mamíferos, além de serem bem instruídas através da pintura branca no chão. Tudo teria que fluir de forma rápida e descomplicadamente. Se todos procuravam chegar em seus trabalhos, as vias não seriam um problema.

 

- Essa é a rádio FM, sua rádio de São Paulo! - Disse um rádio e o apelido da cidade.

 

- Voltamos a nossa programação normal após os conflitos na Inglaterra e o que você acha Marta? - Perguntou um jornalista.

 

- Os conflitos são insistentes, entretanto apostaria que tudo isso será resolvido com uma cidade! - Disse animada a outra.

 

- Mas qual seria?

 

- Quem não escutou sobre essa verdadeira metrópole ainda? - Indagou - É claro que estamos falando de Zootopia! A cidade anda em construção e deve ficar pronta em instantes, temos uma lista enormes de pessoas que reservaram suas moradias por lá!

 

- Interessantíssimo Marta!

 

- Mamãe, por que eles falam de uma cidade nova? - Questionou Matheus com olhar inocente.

 

- Essa cidade será o futuro da humanidade filho. - Respondeu com um sorriso verdadeiro - Se ocorrer certo, todos nós poderemos viver por lá.

 

- Interessante!

 

- Mas aposto que esta cidade não irá ser tão perfeita. - Retrucou o pai - Uma utopia nunca existirá em nosso mundo.

 

- Ah Rodrigo, conversamos sobre isto ontem... - Desanimou-se

 

- Eu estou dez anos tentando mudar esta cidade e tudo fora em vão amor...  - Lamentou-se - Se ao menos Lucas T. parasse de interromper meus projetos... - Pararam em frente a um sinal.

 

Lucas T. O temível tigre assustador que dominava seja qual for em seu caminho através de propinas e desvio público. Principal rival de Rodrigo Lobato - Pai de Matheus - sempre contratava e concebia inúmeros problemas à ele, impedindo-o sempre de entrar na prefeitura. Porém existiria uma volta que Rodrigo sempre utilizava. Gravava todas suas conversas e o ameaçava entregar para a Policia Federal. Não iria demorar muito para algo estourar.

 

Assim que o sinal tornara-se verde, penderam o carro para à esquerda, em direção a uma escola pública. O colégio imitava uma aparência corpulenta e rígida, colossal por sinal e com bandeiras da própria São Paulopia. Estacionaram em uma calçada. Matheus saíra do carro com sua mochila colorida.

 

- Adeus filho. - A mãe abaixara o retrovisor e o beijou na testa - Eu te amo. - Sorriu.

 

- Tenha um ótimo dia garotão! - O pai afagou os cabelos do menino.

 

Antes de sua entrada, abraçou com força seus pais - seus joelhos no caso - e desejou o afago e o amor que seu pai e mãe poderiam lhe dar. Eles retribuíram o abraço na frente do colégio antes de se despenderem. O carro dos pais saíra com leveza em suas rodas após o enlace.

 

Pôs-se a caminhar em direção a escola enquanto poucos alunos estavam do lado de fora do colégio. A escola pública nunca seria boa com os constantes desvios de verbas de merenda e de outros materiais, como cadeiras e lousas. Alguns animais, como predadores, dependiam inteiramente de merendas servidas na escola, pois em suas casas a pobreza era extrema.

 

Assim que entrou, a escola permanecera a mesma. Não mudara nada desde o dia anterior. Tudo de concreto, paredes, bancos e janelas com muitas grades, bem como portas e câmeras de segurança. Matheus jamais - por mais que gostasse de estudar - se sentiria confortável naquele lugar. Ser vigiado era uma constante que ele odiava. Optava mais por vigiar algo ou alguém e não o contrário.

 

- Oooh não, um predador! - Disse João, um leão um pouco maior que Matheus acompanhado de um colega zebra. Suas feições eram inteiramente felinas e grosseiras, bem como seus olhos e sobrancelhas. - Por favor, não me mate!

 

- Eu não vou te matar João. - Falou Matheus irritado, não sabia o que era "preconceito". - É ilógico isso cara! - Concentrou-se em João - Desde que eu entrei aqui, insiste em me zoar. Por quê?

 

- Vocês lobos podem ser confiáveis... - João aproximou-se mais - Mas o problema é que confiam apenas um nos outros. - O distraiu enquanto seu colega zebra ia para trás. - Mas não me devore!

 

Matheus bufou, detestava irritações insuportáveis de João e principiava-se a entender preconceito ou racismo. Talvez, fosse alguém  que tivesse algo contra você? Não observou o colega zebra indo para trás e, lhe dando um pisão em sua cauda. Matheus pulou com grande dor em sua cauda, nenhum predador gostava disso. Principalmente porque - se você fosse um - sentiria uma enorme aflição e dor em sua bunda.

 

- Isso não foi nada legal! - Matheus disse com lágrimas nos olhos. Não apelaria à violência.

 

- E eu concordo com ele! - Rober, um pastor alemão com aparências ferozes e orelhas relativamente grandes. - Se fizerem isso novamente, podem apostar que o SCC vai bater na porta de vocês. - Esbravejou - Pensam que são os deuses, não é?

 

- C-calma Rober! Não fala do SCC! - João tremeu de medo - A-a gente para, eu prometo!

 

- Se eu observar vocês MAIS UMA VEZ mexendo com ele...

 

- E-entendemos! - Eles saíram apavorados.

 

Segundo Comando da Capital. Ou mais conhecidos simplesmente por S.C.C. O temível grupo agia por todo o estado de São Paulopia e continham princípios rigorosos para a metrópole em si. Primeiramente, jamais existiria competição entre as bocas de fumo por lá e, caso ocorressem, aconteceria um sangrento tiroteio.

 

Segundo, ninguém roubaria ninguém, principalmente nas comunidades localizadas nos morros. No S.C.C existe uma regra bem simples: Fora pego roubando nas favelas? Se a vítima reclamasse com algum traficante, sua vida estava com as horas contadas. Por um lado, isso era bom, de fato, não incentivava a criminalidade - ainda mais - nos morros. Mas havia outro lado obscuro.

 

Terceiro, o ramo político seria frequentemente visitado e propostas seriam lançadas para políticos, senadores e governadores e até mesmo para a própria PM em troca de dinheiro ou armas. Simples como uma lei em que todos respeitavam.

 

[Avanço de Tempo, 12:30 PM]

Toda metrópole principiava-se a entrar em funcionamento pesado e nervoso. Os cidadãos estavam em seus prédios fazendo todos os seus trabalhos e a cidade operava com eficiência máxima. Advogados andando de um lado para o outro, construtores civis realizando mais obras ou consertando estradas, máquinas de edifícios sendo operadas e etc.

O sinal bateu e ecoou por toda escola, alunos dispensados saiam aos montes de suas salas, incluindo Matheus e Rober deslocando-se de sua sala para à saída. Aquela escola tratava-se tipicamente de uma sala de predadores e mamíferos. A hostilidade jamais seria uma coisa "vil" aos alunos daquela escola. Agressões aos mamíferos e aos predadores, bem como racismo e mortes faziam-se simples - para os alunos - e tristes aos pais.

 

Eles estavam na saída, quando Matheus estranhara... Estava tudo tão movimentado na rua a frente deles, ambulâncias e mais ambulâncias, bem como veículos com luzes piscantes e pouco coloridos da PM passavam descontroladamente na estrada. Aparentavam preocupação com algo.

 

- Pronto, chegaram os policiais. - Rober deu de ombros indo para a calçada - É melhor vocês irem embora mesmo! - Gritou.

 

- Hey, não os trate assim! - Matheus contestou - Sabe que eles estão fazendo o serviço deles? - Segui-o pela calçada.

 

- Assim como o S.C.C faz o deles, então por que é errado? - Perguntou - Eles estão fazendo o serviço deles!

 

- Acontece que é errado Rober. Eles estão quebrando a lei. - Argumentou enquanto paravam à frente de um sinal.

 

- E quando os policiais matam? Por que eles têm o direito de tirar uma vida? - Perguntou - O S.C.C se vira sem eles com suas leis.

 

- Nós precisamos intervir Rober, ou melhor, eles precisam. Estão lá para isso!

 

- Com ou sem policiais, o S.C.C se vira. - Retrucou enquanto o sinal os liberavam e caminhavam para outra calçada, a mochila pesada nas costas o fazia andar meio curvado.

 

- Não Rober, eles não se viram.

 

- Se viram cara! Eu mesmo já os vi! - Anunciou.

 

Discussões e mais discussões por parte dos dois. Não sabiam falar da facção sem ao menos brigarem uma vez. Enquanto Rober achava que o S.C.C se virava com suas leis - melhores que a do governo segundo ele - Matheus era totalmente o contrário disso. Era claro o papel da polícia nesses casos: Assegurar a vida de pessoas que estavam sendo confrontadas e amedrontadas pelo SCC e salvar vidas.

 

Estavam chegando em uma área bem frequentado da grande cidade, a principal rodovia que juntava uma comunidade a cidade. Animais e mais animais caminhavam aos montes com seus ternos pretos impecáveis.

 

Aquela área não seria exatamente algo empresarial ou executivo, entretanto tornava-se a porta de entrada às pessoas pobres que buscavam empregos. Prédios altos e com design arrojado eram meros edifícios comerciais – coisa que contribuía para a cidade – e prédios mais elegantes com estilo contraído e contemporâneo eram apenas apartamentos.

 

- Entenda como você quiser. – Rober murmurou.

- Bem... Acho que já tenho que ir. – Matheus falou – Adeus Rober. – Estavam à frente da rodoviária.

- Adeus Matheus. – Respondeu – Ei, já percebeu que isso rima? Matheus, adeus... – Sorriu.

 

- Ah Rober... – Revirou os olhos enquanto ria de leve.

 

Pôs-se a percorrer a rodovia que passara mais cedo, buscando nunca invadir ao rumo dos veículos. A rodoviária – naturalmente – seria uma das localizações perigosas de toda São Paulopia, carros movimentavam de um lado para o outro em velocidades altíssimas e perigosas prontas para causar um acidente feio. A taxa de acidentes da metrópole poderia considerar baixa graças aos inúmeros radares que – a cada 5 km – existia uma em cada esquina.

 

Enquanto passava pelo pedágio, observou o número alarmante de pessoas e vendedores em alguns pedágios existentes. Mamíferos e predadores – embora o mais comum fosse predadores – buscavam vender qualquer coisa de lucro, entretanto nunca desse um lucro alarmante.

O mais comum de se achar nas favelas em que o jovem lobo quase alcançara, seriam os predadores. Isso se dava pelas razões lógicas de que os países seguiam.

 

As maiorias das máquinas, empresas – bem como cargos de emprego – seriam moldadas exclusivamentes para mamíferos – nos quais tinham “mais habilidades” do que os predadores.

 

Logo os predadores cuidariam de todo o serviço pesado, como o de policial – visto em Zootopia – ou lixeiros. Geralmente eles continuavam até os diais atuais observados como uma raça inferior, seja pelo trabalho mal renumerado e – com a Reforma da Previdência aprovada, escravo – ou pelo próprio medo das presas serem mortas pelos predadores.

 

O sol abrasador começara a fazer Matheus suar enquanto subia algumas escadas das favelas. A enorme bola de fogo tornava-se muito quente – principalmente de meio dia as três – e o uso de ar condicionado em edifícios era indispensáveis. Chegara acima do morro, suas pernas pareciam parar de tanto andar. Estavam doloridas e fatigadas da viagem. Conseguia, se observar com cuidado, olhar sua escola de onde estava.

 

Sua casa. Bem a frente dele. Era um edifício de dois andares e branco, com uma bela fachada de um sobrado e um quintal aberto, um pouco maior que o esperado.

 

Assim que entrara, a porta rangeu enquanto a luz invadia e sua sombra permanecera interrompendo a iluminação. Em sua frente, a cozinha com duas pilastras em uma arquitetura ornamentada, logo ao lado uma escada com a parede. À esquerda, uma grande sala.

 

Colocou-se a andar em pequenos passos, sem nenhuma pressa. Pensava sobre seus pais... Onde eles estavam? Estranhou aquilo tudo ao ver o relógio.

 

“– 2 horas... ”– Pensou um tanto preocupado –” Será que estão bem?” – Vagueava pelas escadas.

 

Preocupava-se com sua família , era um fato e – provavelmente parte dos lobos – faria de tudo para proteger quem mais amava. Gostava de quando sua mãe lhe afagava os cabelos, dava-lhe uma sensação de segurança enquanto abraçava-lhe. Apreciava ainda mais quando seu pai brincava com ele – raras ocasiões – sentia-se especial e queria seguir uma carreira quase a de seu pai.

 

Enquanto adentrava o quarto, refletia sobre suas idéias mais recentes para uma sociedade melhor e, mesmo com dez anos, poderia formar grandes idéias! Baseava-se nos principais pensadores que existiram no passado como: IaqueSaac Newton, Alcetóteles, Koarla Marx e etc.

 

Provavelmente, tornar-se-ia um grande político, assim como o seu pai tornara-se! Botava suas idéias no papel e, quando entrou no quarto novamente, não era surpresa que papeis estivessem espalhados e uma lixeira cheia de ideais. O quarto era confortável, uma janela grande com grandiosas vistas para a cidade e ao lado, uma cama.

 

“ – Quem sabe se eu ligar.” – Pensou ao pegar seu pequeno celular, com um pessimismo lhe incomodando.

 

Tentou, tentou e tentou. Todas sucederam em uma caixa postal. Não se conteve com isso e preocupou-se... Gostava muito de sua família – mais ainda de sua mãe – e inquietava-se ainda mais com problemas bestas, como uma demora inesperada ou um contratempo abrupto. Quando via a resolução pensava: “ Por que me preocupei tanto?” Embora, este empecilho jamais estava perto de um “contratempo”.

Seus pensamentos tornaram-se distraídos novamente, quais as razões de se preocupar? Embora, no fundo ainda estivesse com uma preocupação inesgotável... Será que estariam bem?

Seja como for, deitou-se na cama e colocou seus fones para ouvir uma boa música. Selecionou o álbum “Esquillex” – um cantor de música eletrônica com batidas e sons loucos em suas músicas. Gostava da maneira em que as coisas fluíam rapidamente e tão descomplicadas.

Assentava-se tão cansado e nem percebera o tamanho do cansaço que lhe tomara quando subira as escadas. Relaxava aos poucos, mas acabou caindo em um sono profundo, com a música eletrônica batendo de fundo.

[Avanço de Tempo, 5:00 PM]

A cidade se acalmava. Finalmente, após tantas horas de trabalho duro, regressava-se a um centro calmo e de aparências relativamente inofensivas durante a noite, mesmo que, os prédios executivos, empresariais e comerciais ainda permanecem funcionando, à noite São Paulo tomava uma nova cara. Uma cidade de luxo e luxúria, de tratados e dinheiro.

Se a criminalidade durante o dia e comércio ilegal aflorava sobre as manhãs, durante à noitada as taxas se tornavam ainda mais alarmantes. Nunca seria-lhe recomendado sair enquanto as trevas dominavam à noite, pois era o horário em que os criminosos mais se aproveitavam para furtar suas vítimas e até mesmo homicídios ocorriam.

O comércio ilegal – principalmente de drogas – manifestava-se sem medos e sem receios de ser apreendido pela PM na qual era subordinada a fazer vista grossa e não patrulhar determinadas áreas de São Paulopia. Se uma coisa que funcionava naquela cidade, era a corrupção.

Nas favelas, a situação tornava-se mais alarmante. Era neste horário em que ocorriam guerras por bocas – se ocorressem – e tiroteios por drogas e narcóticos. Seja como for, Matheus sempre tomava cuidado com isso, retornava muito cedo para casa.

- BANGARANG! – Gritou uma música em seu fone, fazendo-o acordar assustado. A música prosseguiu novamente em volume alto.

- Oh deus... – Sussurrou desnorteado  - Por quanto tempo dormi? – Perguntou a si mesmo enquanto se remontava aos poucos. Levantou-se e assim ao ver a janela, entrou em pânico.

- Seis horas?! – Indagou – Onde diabos estão eles!? – Desesperou-se um pouco e pôs-se a andar de um lado para o outro.

- Talvez passaram no mercado, isso... – Falava rapidamente e irritado – Por que estão demorando?! – Indagou novamente.

Matheus certamente era o tipo de cara que se estressaria muito facilmente e não obteria a calma novamente tão simplesmente. Assim que se irritava, precisaria de horas e horas para conseguir a tranqüilidade. Em alguns casos – quando menor – se irritava quando as coisas não davam certo para ele e seria capaz de arriscar a criar problemas, não importando de qual tamanho fossem.

Desceu rapidamente as escadas com as patas no corrimão e andou velozmente à sala presumindo a presença de seus pais. Estava errado quando se deparou com o enorme vazio existencial dentro de si e da sala.

A sala era um cômodo grande e de aparências tipicamente rústicas e antigas, feita de madeira antiga e clássica, além de ser conectada a cozinha e as escadas com uma arquitetura ornamentada em suas pilastras. O salário do emprego de seu pai lhe permitia comprar itens valiosos, entretanto não abusava da sorte.

- Está tudo bem... Tudo bem. – Falou – É só uma demora! Nada mais. – Tentou sorrir de nervosismo, o qual encontrava-se afetando seu corpo.

O telefone na cômoda de duas pernas tocou. Naturalmente, Matheus continuara nervoso, seus braços pareciam poder desmoronar a qualquer instante de tanto que tremiam. Cogitou não atender, alguma coisa proferia-lhe que tudo daria errado a atender aquele telefone.

Ao andar à passos lentos, sentiu o tapete felpudo preto invadir suas patas macias e deixá-lo confortável no local... Entretanto isso jamais o acalmaria e estava longe de deixá-lo sem seu mal estar.

O aparelho ressoava no salão... O silêncio concebia o seu eco ao telefone que invadia e inundava toda a casa de simples “Triiiim” ao mesmo tempo, as nuvens cinzas e negras apoderavam-se do céu azul que já fora.

- A-alô? – Gaguejou Matheus. – Quem é?

- Boa noite Senhor... Aqui é do Centro Médico de São Paulopia e, creio que ninguém gostaria de receber esta notícia...

Ele sabia. Sabia desde o início o que ocorrera. – Por favor... N-Não me diga isto...

- Infelizmente, temos que informar que o Senhor Rodrigo veio a falecer há algum tempo atrás. E Silvia Lobato está gravemente ferida. – Anunciou a enfermeira.

As lágrimas rolaram em sua face na mesma hora em que sentira a incalculável calada instaladora dentro de seu corpo. Seu pai estava morto e sua mãe gravemente ferida. Nunca mais ouviria aquelas doces palavras de “Eu te amo” que atenuava suas manhãs. Jamais conseguiria perceber o quanto era feliz em meio à miséria. Não presenciaria, nunca mais, um único abraço em família com o afeto de sua mãe e o afago em seus cabelos de seus pais.

Matheus agora era um Ômega. Um lobo solitário


Notas Finais


" Ás vezes, não temos finais felizes." - Autor desconhecido.

Podem abaixar suas armas! Eu já entendi que vocês ficaram tristes, okay?
Me desculpem pessoal, entretanto a proposta da história é justamente o Matheus ser solitário, além da pegada do pai dele ser muito diferente e influenciadora no resto da história.

Quer outras histórias ou até mesmo MELHORES que a minha?

Zootopia 2 Uma aventura de tirar seu fôlego! (NikkiFox) : https://spiritfanfics.com/historia/zootopia-2-uma-aventura-de-tirar-seu-folego-6394823

Zootopia: Um amor quase declarado! (NikkiFox): https://spiritfanfics.com/historia/zootopia-um-amor-quase-declarado-7009710

Zootopia instinto primitivo (Roberto185) : https://spiritfanfics.com/historia/zootopiainstinto-primitivo-7407893

A vida em um olhar Safira: https://spiritfanfics.com/historia/a-vida-em-um-olhar-safira-6581802

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Zootopia a história depois da história: https://spiritfanfics.com/historia/zootopia--a-historia-depois-da-historia-6788139

Lerry e Gary: https://spiritfanfics.com/historia/lerry-e-gary-7014756

Pokemon-escola dos mistérios (interativa): https://spiritfanfics.com/historia/pokemon-escola-dos-misteriosinterativa-6896304

Zootopia: A caçada: https://spiritfanfics.com/historia/zootopia-a-cacada-5627741

Zootopia Colegial: https://spiritfanfics.com/historia/zootopia-colegial-7397687

Essa história abaixo eu recomendo galera! Tem uma escrita que olha... Me conquistou!

Pilares de vidro. (Zootopia): https://spiritfanfics.com/historia/pilares-de-vidro-9186034

Então foi isso pessoal! Gostaram? Comentem! Gostaram mais ainda? Favoritem para conseguir uma possível notificação caso eu lance mais um capítulo.
Não gostaram? Comentem o por quê e eu vos atenderei e melhorar-lhe-ei!

Abraços, água e sombra para vocês, irmãos! - Dekonado.

" - A dor é uma excelente mestra." - Zenyatta.


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