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História Zootopia: O Lobo solitário. - " O Dia!"


Escrita por: Dekonado

Notas do Autor


[Casa de Dekonado, Hora desconhecida]
[Cling Clang]

"- Hmm... Quem são esses?" - Perguntei para Dekonado enquanto navegava pela sua lista de amizades do Spirit.

"- Esses são meus amigos! Não mexa com eles!" - Disse Dekonado desesperado.

"- Shhhh... Elas estão nervosas e eu não quero ter má resultados." - Disse para ele, "- Hmm, vamos ver... NickPWilde... É, esse tem uma história... ÁlvaroSeA...Roberto185...Gaboliversan...Kazeori... Caramba, você faz amizades com todos eles e não comigo?!" - Disse em um tom indignado enquanto me aproximava com um sorriso.

"- Você nunca será meu amigo!" - Disse ele.

"- Tudo bem... Mas elas não pediram..." - Disse enquanto revelava uma de minhas correntes.

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[Dekonado]

Heeey! Volteeei! (Essa parte não participa da mini história ali em cima! É uma coisa especial.)
Foi aqui que pediriam um especial de 7.000 Palavras? Chegueeeei!

Beeem, sentem-se, peguem seus cafés de São Paulopia, seus pães de queijo de Selvas Gerais (Minas Gerais) e vamos conversar! É algo sério!

Bem amigos, como todos vocês sabem, nós dependemos de vocês para criarmos boas histórias, certo? Dependemos de vocês, leitores, para sermos inspirados! Pode ser que falando vocês não percebam, mas dependemos muito!

E é por isso (e outros motivos) que venho falar à vocês, que preciso da ajuda de vocês! Pois apenas vocês podem mudar isso.

Tenho três amigos, que tem belíssimas histórias! Se chamam NickPWilde, ÁlvaroSeA e Roberto185! Elas contam com uma história única, contada de diferentes maneiras e de formas diversas! Com um bom equilíbrio entre ação, romance e comédia! Então, se vocês derem uma passada por lá, eu peço à todos vocês, que comentem e favoritem caso gostem! Pois como uma sábia coelha disse um dia: " A mudança, começa em nós mesmos." Então, vamos mudar! Vamos incentivar todos nossos bons leitores a fazerem mais histórias!
Agora o por quê? Simples, pois o NickPWilde foi o primeiro cara que eu li a FanFic de Zootopia e me apoiou no Site! Sem contar que ele me inspira a cada dia. Já o Álvaro, foi o primeiro cara que eu li suas Fics e senti algo de diferente nela! Algo inovador. Já o Roberto, é um amigo que tem ótimas ideias e sempre me apoia!

Enfiim, se vocês ainda estão lendo até aqui, só peço à vocês que olhem as Fics deles! De uma chance à eles! Pelo menos um capítulo!

Coisas à esclarecer!

No meio da Fic, aparecerá que dois personagens irão cantar uma música! Recomendo que, quando chegue essa parte, vocês coloquem a música: Ellie Goulding - Love Me Like You Do!

Boa leitura! Peguem suas pipocas, refrigerantes e doces pois o capítulo será longo! Uma recomendação: Tentem imaginar tudo o que eu descrever!
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Capítulo 16 - " O Dia!"


Fanfic / Fanfiction Zootopia: O Lobo solitário. - " O Dia!"

 [Ruas de São Paulopia, 3:25 PM]

[Narrador]

 

E por fim, chegaram à saída do Hospital.

 

“- Tenho uma coisa para te mostrar!” – Disse Rosa animada enquanto puxava Matheus pela mão

 

“- Ei espere ai!” – Disse Matheus para Rosa.

 

"- É algo que talvez você goste!" - Disse Rosa com empolgação.

 

Matheus e Rosa correram até um ponto de ônibus rapidamente, ela parecia muito animada com o que tinha para mostrar. Já eram três e vinte cinco da tarde e o sol estava bem forte, hoje Matheus não iria precisar trabalhar já que era feriado do Servidor Público.

 

[Avanço de Tempo, 3:45 PM, Quebra de Lugar, Favelas de São Paulopia]

 

Matheus e Rosa desceram do ônibus, estavam bem próximos a uma grande e imponente montanha que estava colorindo o horizonte com seu belo verde vivente.

Começaram a andar calmamente em direção à montanha, Rosa pegou na pata de Matheus e ele correspondeu. Estavam ao redor de favelas que eram bem diferentes das do bairro de Matheus... Pareciam um pouco mais pobres, a grande maioria não tinha um "segundo piso", apenas tinham materiais bem ruins em sua estrutura.

Entraram mais adentro da favela e mais à frente, encontraram um "baile", onde estava cheio de carros, da maioria em estado lastimável e vários animais dançando à música, que era "Festa de Favela". O som estava bem alto e Matheus não ouvia nem os próprios pensamentos.

Quase todos que estavam dançando tinham roupas curtas, como Shorts, camisas e dançavam de um jeito... Particular, rebolando suas bundas e quadris ao ritmo da música.

Às ruas das favelas também estavam lotadas de anúncios de políticos, à maioria era de Lucas T, que estava vencendo a eleição. Eles estavam quase saindo das favelas, uma grande floresta estava à frente deles, quando o celular de Rosa tocou.

 

"- Alô? Ah sim, me de um momento." - Disse Rosa enquanto se afastava de Matheus.

 

"- O que foi Rosa?" - Perguntou Matheus enquanto tentava ia em direção à Rosa.

 

"- Da um tempo, por favor?" - Perguntou Rosa enquanto se afastava mais ainda de Matheus.

 

Rosa nunca agiu assim perto de Matheus... Teria acontecido algo? Ela se afastou bem de Matheus e, quando terminou a ligação, voltou empolgada.

 

"- Desculpe a demora, problemas." - Disse Rosa olhando para Matheus.

 

Matheus fitou seus olhos seriamente em Rosa, "- Que tipos de problemas?" - Perguntou Matheus com um tom e olhar sérios.

 

"- Problemas que prefiro não falar." - Retrucou Rosa. "- Você sabe."

 

"- Não Rosa, eu não sei." - Respondeu Matheus, se irritando um pouco. Ele não gostava de quando alguém escondia coisas a ele.

 

"- Tudo bem... Me desculpe." - Desculpou-se Rosa, "- Agora vamos ao que quero te mostrar!" - Disse Rosa enquanto puxava Matheus.

 

Então, Matheus e Rosa entraram na floresta que parecia ter uma mata vasta e densa, com samambaias e mato alto.

A floresta em si, parecia reservar algo de especial, como uma grande cachoeira ou um templo perdido... Contudo, Matheus ainda permanecia perplexo, não conseguia pensar no que Rosa poderia lhe demonstrar.

Um vento frio passou por entre as árvores fazendo um som peculiar, batendo nos Sinos dos Ventos e fazendo um som agradável. O "batidão" que antes estava de fundo, já estava enfraquecido pela distância.

 

[Quebra de Lugar, Zootopia, Florestas de Tundralândia, Avanço de Tempo, 4:00 PM, Tempo: Frio e Ventania]

 

[Narrador]

 

Nick e Judy já estavam chegando novamente em Tundralândia, desta vez, seria o último dia por lá. Nick desceu do carro junto com a Judy e andaram em direção às Florestas de Tundralândia, iriam se "refugiar" naquela clareira novamente, pois existia um vento inabalável e resistente.

Os dois ficaram bem juntinhos no caminho à clareira, Nick deitado e Judy deitada em seu colo, estavam apenas com o uniforme do DPZ, o que não aquecia muito. O vento continuava a varrer fortemente Tundralândia com incansável força, ruindo por entre às árvores.

 

"- No- Nossa, hoje está mui-muito frio!" - Gaguejou Judy.

 

"- Eu sei, mas devemos ficar juntos." - Disse Nick, "- A não ser que você queira ser uma coelha congelada!" - Completou animadamente.

 

"- Há, há, há, por sor-sorte eu tenho mi-minha raposa." - Disse Judy.

 

Nick soltou um pequeno riso, os dois estavam bem abraçados dentro daquela caverna que antes parecia ameaçadora, já agora, parece uma "pequena casa" para os dois.            

Passaram-se mais alguns minutos os dois receberam uma transmissão de rádio.

 

[Rádio|Judy]

 

"- Oficial Hopps câmbio, quem fala?" - Perguntou Judy botando suas orelhas no rádio.

 

"- Oficial White, Ana. Vocês estão bem?" - Perguntou Ana.

 

"- Estamos por quê?"

 

"- Apenas liguei para saber." - Disse Ana.

 

"- Ana, você sabe que o rádio é apenas para transmissões de emergência ou para pedir algo, não é?" - Disse Judy com o tom mais suave que pôde.

 

"- Eu sei... É que..." - Disse Ana com uma pausa. "- Deixa pra lá. Câmbio desligo." - Disse Ana enquanto desligava.

 

[Narrador]

 

"- Quem era cenourinha?" - Disse Nick enquanto se ajeitava.

 

"- Era Ana, queria saber se nós estávamos bem." - Disse Judy se levantando.

 

"- Ei, não se levante!" - Disse Nick.

 

"- Por quê? Tava gostando de quando eu estava em seu colo?" - Provocou Judy.

 

"- Eu?! Não, claro que não!" - Disse Nick já se levantando rapidamente, "- Por que eu iria gostar?" - Complementou.

 

"-  Sei..." - Disse Judy. "- Agora voltando ao assunto, acho que devemos ir mais afundo de quem matou aquele mamífero." - Disse Judy indo para a entrada da caverna com as patas em seus braços e observando o forte vento.

 

"- Ah Judy, você já se esqueceu do que eu te falei hoje de manhã?" - Perguntou Nick indo ao seu encontro.

 

"- E se isso tiver a ver com o nosso caso?" - Perguntou Judy olhando para Nick seriamente.

 

"- Se isso tem a ver eu não sei cenourinha!" - Disse Nick, "- Mas de uma coisa eu sei, você deve amar o frio, não?" - Ironizou Nick.

 

"- Ora sua raposa malandra! Você sabe que eu passo frio!" - Disse Judy, respondendo a provocação de Nick.

 

"- Será que eu sei?" - Disse Nick.

 

Nick estava apenas distraindo Judy para que ela esquecesse sobre o caso de Ana... Ele realmente não gostava muito dela.

 

"- Agora, chega de brincadeiras!" - Disse Judy, "- Precisamos nos focar no caso do mamífero assassinado." - Continuou.

 

"- Judy, por favor, eu acho que nós não devemos." - Pediu Nick, retirando seu sorriso.

 

"- Nick, enquanto o assassino que matou aquele mamífero estiver impune... Eu não descansarei até achá-lo!" - Disse Judy concentrando seu olhar sério em Nick.

 

"- Tudo bem, cenourinha. Sei de uma coisa que pode te ajudar!" - Disse Nick com um tom agradável.

 

"- O que?"

 

"- Insônia!" - Disse Nick, rindo.

 

"- Há, muito engraçado. Mas agora tive uma idéia! E se entrevistamos possíveis testemunhas?" - Perguntou Judy um pouco animada.

 

"- Excelente idéia, coelha boba!" - Disse Nick.

 

[Quebra de Lugar, Brasilpia, Montanhas de Brasilpia, Avanço de Tempo, 4:05 PM, Tempo: Calor Abafado]

 

[Narrador]

 

"- Venha logo!" - Disse Rosa enquanto subia o alto relevo pelas vinhas.

 

"- Eu estou indo!" - Disse Matheus um pouco cansado, suas (seus pés?) patas estavam o matando.

 

Rosa e Matheus estavam sobre a montanha de São Paulopia, escalando-a. Havia muitas árvores ao redor deles, entretanto o que mais deixava Matheus intrigado era uma pequena trilha, que levava para algum lugar.

Eles passaram por uma linda cachoeira, no qual a água era muito fria, mas Matheus não ligou muito para isso. Até que chegaram a uma grande pedra coberta de vinhas, Rosa escalou rapidamente com Matheus.

 

"- Preparado para a surpresa?" - Perguntou Rosa com um tom eufórico enquanto se agachava e segurava uma grande samambaia. Ao seu lado, estavam grandes árvores.

 

"- Estou." - Disse Matheus enquanto arfava.

 

"- Ai está." - Disse Rosa abrindo as samambaias.

 

Um grande brilho de sol invadiu a visão de Matheus, que ficou com seus olhos semicerrados por um instante, colocando sua pata em seus olhos para se proteger do sol, que já estava se pondo com uma linda coloração laranja-vivente.

Rosa começou a andar lentamente para frente, quando Matheus recuperou sua visão, ficou admirado com o que viu... Uma plataforma de Asa Delta abandonada!

Havia um terreno de tamanho médio e plano, com uma pequena casa ao lado esquerdo e algumas Asas Deltas quebradas.

 

"- Wow, o que é isso?" - Perguntou Matheus espantado enquanto andava vagarosamente para frente.

 

"- É uma estação de Asa Delta abandonada." - Disse Rosa. "- Eu descobri isso." - Falou enquanto mexia nas vegetações que cobria à pequena casa.

 

Matheus foi um pouco mais à frente... Logo depois do terreno plano, havia uma linda vista para o Centro de São Paulopia, o edifício Lopan dava para ver de onde eles estavam.

Ele ficou imóvel por alguns minutos, seu olfato apenas estava sentindo o belo cheiro da floresta, já à sua visão estava apenas admirando a linda paisagem enquanto o sol se punha, um vento passou por entre às árvores e Rosa se deu conta que Matheus estava parado à beira da plataforma.

Ela foi de seu encontro, pegou em sua pata e disse:

 

"- Sabe... O mundo pode estar cheio de lugares ruins..." - Disse Rosa, "- Mas em algum lugar, há pessoas boas. Acredite nisto." - Completou Rosa enquanto virava e olhava Matheus.

 

Matheus virou-se também, mas estava sem as palavras certas para a ocasião. Por um instinto, os dois trocaram olhares. Rosa não escutava nada mais a não ser à respiração de Matheus que permanecia inalterável. Já Matheus sentia o belo perfume que Rosa usava e admirava os seus lindos olhos cor de mel.

Eles seguravam suas patas em uma ação aparentemente interminável e prazerosa para ambos, às mãos dos dois estavam suadas devido ao calor intenso da mata fechada.

Isso poderia evoluir para algo mais íntimo... Mas a dor incansável e forte voltara à cabeça de Matheus e a fome lhe incomodou novamente.

Matheus colocou a pata em sua cabeça e fechou seus olhos... Aquela dor não saia de sua cabeça.

 

Rosa, com um olhar delicado disse: "- Matheus... Você está bem?" - Perguntou Rosa.

 

"- Um... Pouquinho." - Disse Matheus, que após falar isto começou a ter uma tontura forte, as vozes que ele ouvia agora estavam distorcidas e rápidas e ele começou a cambalear.

“- Matheus?!” – Perguntou Rosa, um pouco preocupada.

"- Preciso descansar." - Falou Matheus enquanto ia até uma árvore próxima.

 

Matheus deitou-se e encostou próximo a árvore, Rosa veio ao seu encontro e fez o mesmo. Os dois ficaram juntos, Rosa ficou um pouquinho mais abaixo de Matheus, próximo ao peito.

E ali, os dois permaneceram unidos, enquanto o sol se punha e decorava toda a grande cidade de São Paulopia.

 

[Quebra de Lugar, Zootopia, Praça de Tundralândia, Avanço de Tempo, 4:35 PM]

 

[Judy]

 

O clima ainda permanecia forte em Tundralândia, Eu e Nick tínhamos saído das florestas de Tundralândia e já estavamos na Praça de Tundralândia investigando possíveis testemunhas. Nós ficávamos bem juntos, pois aquele vento praticamente me congelava!

Quase todos os mamíferos e predadores que passaram pela praça nas últimas vinte quatro (24) horas foram entrevistados e todos diziam à mesma coisa: Que não sabiam de nenhum hipopótamo que vivia por ali.  Até que um dos entrevistados disse que um casal de idosos que moravam em uma casa próxima dali sabia mais a respeito.

Eu e Nick fomos até a casa, era uma casa modesta e simples, sua base era de pedras, enquanto toda estrutura, até o segundo andar, era feita de uma madeira clara e aparentemente velha. A porta era um pouco mais alta que o tamanho de Nick. Bati à porta e disse:

“- Oficiais do Departamento de Policia de Zootopia! Queremos fazer algumas perguntas!” – Disse animada.

Um lobo aparentemente idoso atendeu a porta, ele já era meio corcunda e utilizava um óculos.

“- Quem é?” – Disse o lobo idoso abrindo a porta.

“- Oficiais do DPZ senhor! Viemos fazer algumas perguntas.” – Disse Nick mostrando seu distintivo enquanto colocava o seu clássico óculos de aviário.

“- Ah, entrem! Eu não estava esperando visitas esta hora.” – Disse o Lobo Idoso enquanto dava espaço para nós entrarmos.

Assim que entramos, era uma casa bem rústica, havia uma escadaria que levava ao segundo andar à esquerda, uma cozinha ao fundo e uma sala à direita, à entrada para a sala continha um arco de madeira.

“- Querem um chá, algo para beber? A lareira já está acessa!” – Disse o Lobo idoso com uma certa dificuldade em sua voz enquanto ia para a sala.

A sala tinha poltronas, objetos bem antigos como relógios de bolsos e fotos e uma grande lareira de pedra que estava acessa no fundo.

“- Não senhor, nós entrevistamos alguns mamíferos e predadores da região e tudo nos levou até a sua casa.” – Expliquei acompanhando-o.

“- À minha casa?” – Disse o Lobo surpreso, “- Mas eu não fiz nada de errado oficiais! A maioria de meu tempo fico aqui com a Maria.” – Completou se sentando em uma velha poltrona, Nick também sentou em uma poltrona confortável.

“- Ei cenourinha, ela é retrátil!” – Disse Nick enquanto mexia em uma alavanca.

“- Nick, não mexa ai!” – Disse.

“- Ah não, não se preocupem, podem se sentir à vontade! Está muito frio lá fora.” – Reconfortou o Lobo.

“- Tudo bem, obrigada.” – Disse sentando ao lado de Nick, que já tinha colocado a poltrona em sua posição original.

“- Entãão, o que vocês querem perguntar?” – Perguntou o lobo.

“- Queremos saber se você conhecesse este mamífero.” – Disse mostrando a foto do hipopótamo com meu ICarrot.

O Lobo idoso aproximou, mexeu em seus óculos e disse com a voz falha: “- Não... Não conheço não.” – Disse o lobo com uma pausa, “- MARIIIIA, VOCÊ CONHECE ALGUM HIPOPÓTAMO?” – Gritou o lobo com cuidado.

À fêmea do Chacal desceu das escadas que faziam ruídos conforme ela descia. À senhora estava com um vestido simples de dona de casa, luvas em suas patas e uma toalha em seu ombro, ela também era um pouco corcunda e se parecia bastante com o Lobo Idoso, já que são da mesma família.

“- Hipopótamo?” – Perguntou enquanto descia, “- Ah, olá, quem são vocês?” – Perguntou a fêmea do Chacal enquanto olhava para mim e para Nick.

“- Oficiais do DPZ senhora! Viemos fazer algumas perguntas, reconhece este animal?” – Perguntei enquanto mostrava a foto novamente.

“- Este hipopótamo é o seu parceiro de cartas Marcos!” – Disse a Loba surpresa para Marcos (Lobo Idoso)

“- É? Ah, este Mal de Alzheimer viu! Não me lembro de nada.” – Disse Marcos.

Peguei minha caneta em forma de cenoura e comecei a anotar cada fato que eles falavam em seu bloco de notas, enquanto Nick “investigava” a casa.

“- Ele sempre dava umas sumidas quando ganhava um dinheiro, lembra?” – Disse Maria (Loba Idosa)

“- É? Ah, que droga, essa minha cachola nunca funciona!” – Reclamou Marcos.

“- Mas o que ele fazia com o dinheiro?” – Perguntei.

“- Eu não sei, ele ganhava um bom dinheiro no Poker e depois saia!” – Disse Maria enquanto olhava para mim.

“- Uuh, isso aqui são bolinhos?” – Disse Nick surpreso enquanto admirava o forno da cozinha.

“- Nick! Foco no trabalho!” – Reclamei.

“- Isso ai, oficial, são Brownies! Eu compro a mistura, bato e faço!” – Disse Maria enquanto ia até o Nick.

*Ah minha Santa Cenoura* - Pensou Judy enquanto ia até a cozinha com Marcos.

A cozinha era uma cozinha simples e modesta, como uma que se vê em casas de Fazenda. Maria já estava retirando uma fornada quentinha de Brownies do forno, o bafo quente invadiu a cozinha, me aquecendo.

“- Posso comer só um, cenourinha?” – Perguntou Nick enquanto tirava seus óculos e fazia um olhar de raposa abandonada. “- Meu olfato não permitiu não detectar este cheiro maravilhoso!” – Disse Nick enquanto passava seus olhos nos Brownies.

“- Tudo bem, só um!” – Disse.

[Avanço de Tempo, 5:00 PM]

“- Senhora Maria, te conheço há pouco tempo, mas já te considero bastante!” – Disse Nick enquanto terminava de comer o ultimo Brownie que estava recheado de chocolate.

“- Ah que isso! Venham sempre que precisar.” – Disse Maria enquanto colocava à toalha na pia.

“- Muito obrigada senhora, suas respostas foram de extrema ajuda!” – Disse enquanto colocava o último pedaço de Brownie em sua boca.

“- Ei Maria... Quem é este mesmo?” – Perguntou Marcos enquanto pegava um quadro que tinha um lobo bebê.

“- Mas você não se lembra de nada viu? Vai ficar louco deste jeito.” – Disse Maria.

“- Não tem problema. Enlouquecemos juntos.” – Disse Marcos em um tom romântico.

“- Esse ai é o Matheus, já se esqueceu dele? Mora em Brasilpia com a mãe.” – Disse Maria.

“- Onde ele mora mesmo?” – Perguntou Marcos.

“- No sudeste veio! Lá na grande cidade, uma tal de São Paulopie, São Paulopia, sei lá!” – Disse Maria.

Peguei minha caneta e meu bloco de notas novamente, parece que eles conheciam Brasilpia! Então perguntei: “- Nesta tal de São Paulopia, é muito frio?” – Perguntei.

“- Não, pelo menos não da ultima vez que eu fui para lá! Apenas no inverno é um pouco frio, mas nada que chegue a este que vivemos em Tundralândia.” – Disse Maria.

“- Muito obrigada senhora Maria! Isso vai ser de extrema ajuda!” – Agradeci a eles.

“- De nada! Sempre que precisarem, venham aqui!” – Disse Maria.

“- Pode apostar que vamos!” – Disse Nick.

Nos despedimos do casal de idosos, eles pareciam ser bem contentes, mesmo com uma doença tão séria que é o Mal de Alzheimer! Eles me lembravam meu pai e minha mãe que, lembrando disto, preciso ligar para eles em breve!

Eu e Nick estávamos saindo da casa deles, entramos no carro e eu acabei dormindo no banco do passageiro e acordando somente quando tínhamos chegado, Nick desceu do carro e nós andamos até a Caverna da clareira, Nick havia dito que tinha esquecido algo no carro e tinha ido buscar.

“- Aqui está!” – Disse Nick retornando de sua “mini-viagem” com um copo de café nas mãos e seu óculos de aviário.

“- Nicholas Piberius Wilde, eu havia dito que era proibido comprar comida enquanto estávamos em Tundralândia!” – Disse com um pouco de raiva.

“- Ora Judy, eu comprei este café enquanto você estava dormindo!” – Disse Nick se sentando, “ – E alem do mais, é o nosso último em Tundralândia, aproveite.” – Disse enquanto levantava o copo de café para o ar.

“- Eu? Não, nós temos que nos tornar adaptáveis até o dia dois de Novembro!” – Disse se aproximando dele.

“- Quando nós estávamos na academia, nós podíamos comer besteiras, por que quando nós estamos fora dela não podemos?” – Perguntou Nick enquanto bebia seu café, fazendo barulho.

“- Tudo bem... Mas apenas um pouquinho porque estou com frio!” – Disse enquanto me deitava em seu peito, Nick me passou o café e eu bebi um pouco. (Imagem do Capítulo).

Nós estávamos deitados juntos quando o rádio de Nick tocou, ele me passou o café e atendeu.

[Rádio|Nick]

“- Oficial Wilde câmbio, quem está na linha?” – Perguntou Nick com o rádio em suas orelhas.

“- Oficial White câmbio, a autópsia do mamífero que vocês verificaram está pronta.” – Disse Ana.

“- Ana, o caso não é nosso, não temos nada a ver com isso.” – Disse Nick.

“- É que...” – Disse Ana que foi interrompida por mim, pegando o rádio de Nick e colocando seu café no chão.

“- Nós vamos ai Ana, não se preocupe câmbio, desligo.” – Disse.

[Judy]

Tudo bem, Ana pode ser suspeita, mas ela não está pedindo nada de mais! Apenas que nós a ajudemos em um caso que ela não da conta! Não quero deixar ela sozinha no DPZ, como eu já disse antes, sempre procuro fazer o mundo de um lugar melhor.

Nick me olhou com um olhar meio sério, mas apenas ignorei.

“- Vamos ao DPZ.” – Disse com firmeza.

Nick ficou em silêncio por alguns instantes, “- Tudo bem... Você que manda.” – Disse Nick enquanto pegava seu café e ia até o carro.

[Quebra de Lugar, São Paulopia, Estação de Asa Delta abandonada, Avanço de Tempo, 5:30 PM]

[Sonho|Matheus]

Matheus, logo após de dormir, teve um sonho em que estava em um grande terreno plano e de gramado verde. Seu olhar estava concentrado no grande horizonte que estava à sua frente e seus ouvidos apreciavam o silêncio de ouro que permaneceu por alguns minutos. Ele andava calmamente pelo terreno, o céu estava com poucas nuvens e não havia nada a não ser a grama.

O imenso terreno verde continha o céu aberto e com poucas nuvens, como se fosse algum lugar afastado da grande cidade. Até que o céu se fechou, se transformando em uma terrível tempestade. Em seu sonho, apareceram Rosa e Rober de seu lado, mas eles estavam como... Estátuas, não reagiam a nada, nem à tempestade que já relampeava com trovões.

A casa de Matheus apareceu à sua frente, o horizonte de grama verde apodreceu se tornando um grande horizonte cinza em conjunto com as nuvens que também eram cinza.  Matheus ficou um pouco assustado, se aproximou de sua casa, vigiando seus passos e quando ele ia tocar à sua porta, a casa ficou em chamas, jogando Matheus para trás.

Quando Matheus recobriu consciência dentro do sonho, percebeu que à sua casa estava em um grande fogaréu, que subia até o segundo andar e parecia tocar as nuvens ao mesmo tempo em que consumiam com voracidade e velocidade a casa de Matheus, que permanecia imóvel diante de tal situação. Seu coração batia rapidamente e sua respiração ficara forte quando ficou ante a grande chama.

Até que uma sombra pôde ser vista, caminhando lentamente em sua direção. Ela parecia arrastar correntes que pareciam ser bem longas, pois rastejavam no chão.

“- Cling Clang... Lá se vão...” – Cantarolava a voz de um jeito macabro enquanto arrastava às correntes.

Matheus levantou-se imediatamente, Rosa e Rober não estavam mais atrás dele e todo o campo que antes era plano, agora se transformara em uma grande cidade. Ele correu para trás, tentando fugir da voz, mas deu de cara com um beco de tijolos sem saída.

“- Cling Clang... A última coisa que você vai...” – Disse a voz enquanto se aproximava ainda mais perto de Matheus, que estava encolhido no beco.

“- Ouvir.” – Disse a voz enquanto soltava um sorriso macabro, de ponta a ponta.

[Narrador]

Matheus acordou desesperadamente, sugando e soltando o ar rapidamente e com o coração em aflição. Quando viu que nada daquilo é real, se traquilizou suspirando fortemente.

“- Que horas são?” – Perguntou Matheus, o por do sol ainda era evidente ao seu lado esquerdo.

“- Cinco e trinta e cinco.” – Disse Rosa que estava no peito de Matheus folheando um livro.

“- Que livro é este?” – Perguntou Matheus enquanto olhava o livro.

“- A vida em um olhar Safira.” – Disse Rosa.

“- Interessante... Depois tenho que ler o livro.” – Disse Matheus enquanto olhava para a esquerda.

Matheus ficou em silêncio por um momento, os grilos já cantavam e o silêncio era calmo. À vista que ele estava tendo do alto da montanha era gratificante, apreciar toda à imensidão que São Paulopia oferecia não era uma tarefa muito fácil de fazer.

“- Sabe... Tive um sonho muito estranho.” – Disse Matheus, observando São Paulopia discretamente.

“- Sonhos podem significar algo.” – Disse Rosa.

“- É... Eu sei.” – Disse Matheus.

“- Matheus... O que você quer para o futuro?” – Perguntou Rosa olhando para Matheus.

“- Meu futuro? . . . Não parece muito promissor.” – Disse Matheus com um pouco de dor nas palavras.

“- Sabe... O ZENEM é na próxima semana...” – Disse Rosa, “- Quem sabe se você não se inscrever?”

“- Bem... Não é uma má idéia, não sou tão ruim na escola!” – Disse Matheus olhando para Rosa. “- Mas meu julgamento é segunda-feira e eu irei preso...” – Completou ficando cabisbaixo.

“- Ei, me ouça! Jogue este pessimismo no lixo, você não vai preso! E irá passar no teste!” – Disse Rosa erguendo a cabeça de Matheus com sua pata. “- Ok?” – Perguntou.

“- Ok.” – Disse Matheus com uma pausa, “- Minha lobinha gênia.” – Disse enquanto revelava um sorriso.

 

O celular de Rosa tocou com a música tema “Ellie Goulding - Love Me Like You Do ”, ela pegou o celular, viu quem era e sussurrou: “- Ele de novo?”

Rosa desligou o celular e encerrou à música que estava tocando.

“- Ei, você pode colocar à música novamente?” – Pediu Matheus, colocando seu olhar em Rosa.

“- Claro!” – Disse Rosa enquanto pegava seu Meatorola e botava à música.

A música começou calmamente, uma brisa leve de vento passou por entre Matheus e rosa. Matheus concentrou sua audição na música, para que pudesse canta - lá.

You're the light, you're the night

You're the color of my blood

You're the cure, you're the pain

You're the only thing I wanna touch

Never knew that it could mean so much, so much

 

You're the fear, I don't care

Cause I've never been so high

Follow me to the dark

Let me take you past our satellites

You can see the world you brought to life, to life

 

Rosa começou a cantar a música com cuidado para não errar às letras, lentamente, ela acertava à composição da música.

 

So love me like you do, lo-lo-love me like you do

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

 

Matheus voltou a cantar.

 

Touch me like you do, to-to-touch me like you do

What are you waiting for?

 

Então, os dois começaram a cantar em conjunto. À delicadeza, simplicidade e inocência acompanhavam.

 

Fading in, fading out

On the edge of paradise

Every inch of your skin is a holy grail I've got to find

Only you can set my heart on fire, on fire

Yeah, I'll let you set the pace

Cause I'm not thinking straight

My head spinning around I can't see clear no more

What are you waiting for?

 

Folhas começaram a se despender da árvore em que estavam escorados, caindo lentamente ao redor deles, enquanto o sol, que estava à esquerda de Matheus, já apagava sua luminosidade e anunciava uma noite fria.

 

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

Touch me like you do, to-to-touch me like you do

What are you waiting for?

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

Touch me like you do, to-to-touch me like you do

What are you waiting for?

Uma leve brisa de vento começou a acompanhar a música e o sol já estava desaparecendo no horizonte, dando seus últimos raios de sol antes de se por. Matheus e Rosa continuavam focados, em sua bela canção, que teciam com cuidado cada nota e palavra que cantavam, aproximando seus rostos lentamente, já que estavam sob efeito da música.

I'll let you set the pace

Cause I'm not thinking straight

My head spinning around I can't see clear no more

What are you waiting for?

 

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

Touch me like you do, to-to-touch me like you do

What are you waiting for?

 

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

Love me like you do, lo-lo-love me like you do

Touch me like you do, to-to-touch me like you do

What are you waiting for?

[Avanço de Tempo, 6:00 PM]

Assim que Matheus e Rosa terminaram de cantar à música, viram que seus rostos estavam bem próximos, quase em um beijo. Se afastaram um pouco envergonhados, o sol já tinha se posto e apenas às grandes luzes de São Paulopia permaneciam no horizonte.

“- Que horas são?” – Perguntou Matheus novamente enquanto olhava para o horizonte.

“- Seis horas.” – Disse Rosa. “- Precisamos nos arrumar para o cinema!” – Relembrou animada.

“- É mesmo!” – Disse Matheus enquanto levantava.

Assim que Matheus se levantou, ele acabou esquecendo que Rosa estava em seu peito, Rosa acabou caindo no chão.

“- Obrigada!” – Ironizou Rosa.

“- Ah, me desculpe! Quer uma pata (mão)?” – Perguntou Matheus estendendo à pata.

“- Não, obrigada.” – Disse Rosa se levantando. “- Está perdoado.” – Completou.

Os dois saíram da floresta, Matheus agradeceu o passeio e os dois se despediram.

 

[Quebra de Lugar, Zootopia, DPZ, Avanço de Tempo, 6:45 PM]

[Judy]

 

Eu e Nick chegamos ao DPZ e já era bem tarde, entramos e perguntamos ao Garramansa se sabia onde ela estava, entretanto ele fala que ela ainda nem chegou ao DPZ! Nos dirigimos ao refeitório, onde compramos alguns Zalls, Zentos e outros doces para passar o tempo.

“- Ei Judy, não se esqueça que precisamos achar um hotel na Praça Saara.” – Relembrou Nick.

“- Minha cenoura! Você tem razão, vou procurar um hotel agora!” – Disse pegando meu ICarrot e acessando o TriBiomas.

 Nick fez um sorriso que ia de ponta a ponta e um olhar contente. “- Eu já pesquisei para você cenourinha.” – Disse Nick.

“- Ah, muito obrigada Nick!” – Agradeci.

Nick olhou para frente e me deu uma cotovelada em mim, tirei minha atenção dele e vi Ana vinda em nossa direção com o resultado da Autópsia em mãos, ela andava rapidamente.

“- Gente, eu consegui!” – Disse Ana em um tom animado enquanto sentava ao lado de Nick rapidamente e analisava a autópsia.

 

Eu e Nick permanecemos em silêncio, olhei em conjunto com Nick para Ana com olhos semicerrados.

 

“- Ei, o que aconteceu, estão bem?” – Perguntou Ana tirando a felicidade do rosto.

“- Estamos.” – Disse com um tom seco.

“- Tudo bem, ahm os resultados da autópsia são animadores!” – Disse Ana, “- Eu acho que consegui resolver o caso!” – Disse retornando sua expressão de felicidade e seu sorriso.

“- Segundo a autópsia, o sujeito usou uivantes!” – Disse Ana.

 

Eu praticamente saltei de surpresa quando ouvi isso! Troquei minha expressão de investigadora para surpresa no mesmo instante!

 

“- Uivantes?!” – Perguntei surpresa.

“- É, parece que às uivantes ainda estão em Zootopia!” – Concluiu Ana, Nick ainda permanecia em silêncio.

Um frio percorreu minha espinha... As uivantes em Zootopia ainda?! Se isso cair nas mãos de alguma facção, o que será de Zootopia? Todos os animais se tornariam selvagens, até conseguirmos capturar todos e dar à cura, será um longo processo! Fiquei em choque no mesmo momento.

“- Mas... Uma coisa me intriga, há resquícios da cura das Uivantes nele também!” – Disse Ana surpresa, Nick ainda não tirava sua cara de sério.

“- Por quê?” – Perguntei.

“- Não faço idéia, mas tenho uma teoria! O Efeito das uivantes combinada com o antídoto deve ter um novo efeito!” – Disse mais surpresa ainda.

“- Um novo efeito? Precisamos estudar isso!” – Disse animada.

“- É nós podemos ir para o laboratório e...” – Disse Ana que foi interrompida por Nick.

“- Espere ai, nós? O caso é SEU!” – Disse Nick com um tom sério.

Virei meu olhar para o Nick, o que ele estava pensando?!

“- Ana, não o escute el-“ – Disse, contudo foi interrompida por Ana.

“- Não... Ele tem razão...” – Disse Ana com um tom de pesar e se levantando. “- O caso é meu.” – Disse enquanto andava até o laboratório. “ – Boa noite...” – Completou.

Olhei para Nick seriamente que retribuiu o seu olhar, “- Nick, onde você está com a cabeça?!” – Perguntei com um pouco de raiva.

“- Estou apenas tentando nos proteger!” – Se justificou Nick com as patas no uniforme.

“- Você está com ciúmes!” – Disse para o Nick.

“- Eu, com ciúmes? De Ana?! Jamais! Aquela idiota? Ela quer apenas nos usar Judy!” – Disse Nick enquanto se movimentava, “- Ela está se fingindo de coitadinha, de que está resolvendo um caso, mas eu aposto que foi ela mesma que matou aquele hipopótamo!” – Disse Nick com raiva enquanto se levantava.

Eu não queria ir muito longe com essa briga, não queria machucar os sentimentos do Nick como machuquei quando disse do “Fator Biológico”, naquele dia!

“- Se acalme Nick, “- Disse enquanto me levantava e fazia um sinal com as patas. “- Acho que devemos ir para o Hotel.” – Reconfortei.

“- Desculpe Judy, é que aah!” – Disse Nick jogando as patas para cima e se sentando novamente.

“ – Tudo bem Nick... Eu entendo.” – Disse enquanto me sentava no banco e passava à minha pata na cabeça dele. “- Vamos para o Hotel.” – Completei.

Eu entendo o lado do Nick... Por um lado ele quer me proteger, mas nem todos são suspeitos! Ficamos mais alguns momentos em silêncio enquanto eu o acariciava... Depois, nós entramos no carro e dirigimos até o novo Hotel.

[Quebra de Lugar, Entrada do Hotel, Praça Saara, Avanço de Tempo, 7:00 PM]

[Judy]

Eu e Nick chegamos à Praça Saara e ainda estava frio por lá, já que nos desertos de dia é quente e logo à noite é frio! Descemos do carro e nos dirigimos ao Hotel.

O Hotel em si não era muito grande, havia três andares, era feito de arenito e com janelas ornamentadas. A entrada também era bem ornamentada.

Entramos no hotel e ele era bem simples por dentro, uma recepção colada à parede à esquerda e uma escada no fim da sala levando para os outros andares.

Nick pediu por um quarto e pegamos um que estava no terceiro andar, nós entramos nos quartos e eram de tamanho médio, o chão era de arenito gelado, à cama era de madeira e ficava no meio da sala, existia uma janela logo acima da cama, um banheiro e alguns criados mudos.

“- Bem... Muito diferente do outro Hotel, não?” – Perguntou Nick enquanto observava o quarto.

“- Sim, mas biomas diferentes, coisas diferentes!” – Disse com empolgação enquanto entrava.

“- O que faremos até dormir cenourinha?” – Perguntou Nick entrando no quarto e acendendo a luz.

 “- Ah não sei Nick, que tal assistirmos um filme no ZooFix?” – Perguntei já pegando o controle da televisão.

“- Excelente idéia! Coelha boba.” – Disse Nick me provocando.

“- Raposa esperta.” – Disse ligando a TV.

 

[Quebra de Lugar, São Paulopia, Casa de Matheus, Avanço de Tempo, 7:10 PM]

[Matheus]

 

Bem... Parece que é hoje, o grande dia! Estava terminando um banho quente, cantando uma música é claro! Sai do banho ainda de toalha e fui escolher minha roupa... Peguei um jeans e uma camisa preta do AD DC com um raio no meio, uma calça jeans bem azul e um tênis all star branco. Logo depois retornei ao banheiro que ainda estava com fumaça, limpei o espelho que estava esfumaçado e penteei meu pêlo, botei um perfume e desci às escadas rapidamente!

“- Aonde você vai animado?” – Perguntou minha mãe que estava deitada no sofá.

“- Vou ir a um encontro com Rosa!” – Disse já pegando as chaves de casa.

“- Nada disso, você vai ficar aqui.” – Disse minha mãe com tom de ordem e olhando de canto para mim.

“- Mãe... Eu vou chegar em casa cedo,” – Disse com uma pausa e um tom para baixo “- Eu prometo.”

“- Tudo bem... Esteja em casa as dez ou dez e meia!” – Disse minha mãe retornando seu olhar para TV.

“- Muuito obrigado!” – Agradeci saindo de casa.

 

 [Quebra de Lugar, Cinema Zoxy D+, Avanço de Tempo, 8:00 PM]

[Matheus]

 

A Lua estava enfeitando toda São Paulopia, e a noite parecia bela, desci perto do cinema Zoxy D+, Rosa já estava na frente do cinema e ele não estava tão movimentado como da última vez! Ela estava com um lindo vestido tomara-que-caia cor de Jade (verde muito forte), com algumas linhas de ornamentação, um batom azul e alguma maquiagem! Ela estava simplesmente magnífica perante meus olhos, fiquei sem ar e sem palavras quando ela se aproximou com passos delicados.

“- Eu estou... Feia?” – Perguntou Rosa olhando para mim.

“- Está... Está incr-incrível!” – Gaguejei.

Nós estávamos bem próximos, ela parecia contente com o encontro, até que Rober e Rafael chegaram.

“- Maniiiiinho! Espero que não se importe, Rosa disse para mim e para o Rafael que ia ter um esquema ai!” – Disse Rober se aproximando, ele estava com calças Jeans (inteiras) e uma camisa com manga, já Rafael, estava vestido com algumas pulseiras, uma camisa com botões e uma calça.

Sério isso? Rober já tinha estragado meu último encontro, agora Rafael? Ele é meio inconveniente, com as conspirações dos Illuminados e “Espirit Fiction”, fiquei sem palavras quando vi os dois.

“- Bem vamos ficar aqui ou vamos assistir a um filme?” – Perguntou Rober esfregando às patas.

“- Eu adoraria ver o filme A culpa é dos Astros!” – Disse Rosa.

“- Vamos ver este.” – Afirmei.

“- Que a culpa é dos astros o que! Vamu ver o Massacre da Quinta Feira Treze!” – Discordou Rober.

“- Dizem que os dois filmes são dos Illuminados! Prefiro um filme mais tranquilo.” – Disse Rafael.

“- Bem, A Culpa dos Astros é tranquilo.” – Disse para Rafael.

“- Então pode ser.” – Disse Rafael.

“- Bem... Vamos ver este, não é Rober?” – Disse já entrando no cinema com o grupo.

“- Tá bom... Pode ser.” – Disse Rober, “- Mas eu quero à pipoca meio a meio!” – Disse Rober já entrando na filha da pipoca.

Eu comprei os ingressos e logo em seguida, Rosa e Rafael entraram comigo dentro da sala de cinema que estava bem fria, passei meu braço pela cintura de Rosa para abraçá-la e ela fez mesmo em mim, ficamos juntos até chegarmos às cadeiras que nós iríamos nos sentar. Às cadeiras ficavam na parte alta da sala, então teríamos uma boa visão do filme, Rober logo chegou com a pipoca de tamanho grande.

 

[Avanço de Tempo, 10:25 PM]

 

O filme estava em seu final, quando a Protagonista principal lê uma carta do namorado, Rosa estava do meu lado esquerdo e a pipoca estava entre às cadeiras.

Fui pegar um pouco de pipoca, mas acabei esbarrando na pata de Rosa, nós nos olhamos ao mesmo tempo.

“- Quero que você saiba que sempre estarei com você.” – Dizia uma das vozes do filme.

“- E que nada irá me impedir, de chegar até isso.

“- Pois você é mais que especial, é à minha paixão.” – Concluiu à voz.

 

"- Rosa... Vo-Você está muito bo-bonita." - Disse para Rosa.

 

Estava tudo muito escuro... Eu apenas conseguia ver com a minha visão (de lobo é claro) os olhos de Rosa que parece que brilhava no escuro em um lindo tom de ouro, acompanhado pelo seu batom cor azul marinho.

“- Obrigada...” – Agradeceu Rosa. “- Eu já falei o quanto você é... Maravilhoso?” – Perguntou Rosa se aproximando.

“- Não...”- Disse me aproximando. “- Mas você... Você é à minha paixão.” – Admiti para Rosa, meu coração batia forte.

“- E você...” – Disse ela se aproximando ainda mais, “- É o meu lobinho.

“- Eu sou e sempre serei Rosa.” – Disse me aproximando mais.

“- Então, nada poderá me parar, pois eu saberei quando eu encontrei à pessoa certa, okay?” – Disse uma das vozes do filme.

O filme passava de fundo, Enquanto eu e Rosa estávamos bem próximos, nossos focinhos estavam quase se encostando e percebi que ela tinha uma mancha de nascença no pescoço, contudo isso não importava, eu respirava rapidamente, parecia que iríamos nos beijar.

Eu estava nervoso, seria minha primeira vez em um beijo, contudo eu ainda admirava aquele lindo rosto, com seus belos pelos que eram revelados de acordo com a iluminação do filme que batia em seu rosto, e seu belo olhar que me encantava e parecia brilhar no escuro em conjunto com seu batom azul-marinho.

E então, pela primeira vez na minha vida, em uma mistura de excitação e amor, eu tomei à iniciativa e beijei Rosa, ela ficou com um rosto surpreso, mas logo fechou seus olhos e aceitou o beijo.

“- Okay” – Disse uma das vozes do filme enquanto nos beijávamos.

Meus lábios se encontravam e se escoravam com o de Rosa que faziam o mesmo, se movimentavam suavemente para a esquerda e à direita, eles se coloriam com o azul-marinho que estava na boca de Rosa e se molhavam por causa da excitação. Todos meus pelos se arrepiaram, aquilo estava sendo indizível (incrível, sem palavras).

Eu ouvia cada batimento cardíaco de Rosa, que parecia estar calmo e suave, batendo a cada segundo que passava. O meu saltava de alegria, batendo muito rápido. Inclinei minha cabeça para a esquerda, com meus olhos fechados, colocando à mão direita de uma forma delicada no rosto de Rosa, enquanto ela passava suas mãos pela minha cintura. Com minha mão esquerda, acariciava-a calmamente e suavemente.

E então, como uma avalanche de recordações, eu vi cada momento que vivi com Rosa passar. Observei todos os momentos que passamos o momento em que eu a conheci, o momento em que ela me defendeu de João, quando ela achou que iria me perder e chorou em meu peito e do momento em que nós cantamos na montanha.

Tudo isto canalizado em um beijo, até que as luzes do cinema se acenderam e o filme acabou, entretanto continuamos nos beijando. Parece que Rober e Rafael estavam vendo à cena, mas não ligava mais para aquele preconceito de espécies.

E então, nos separamos na devida hora. Ficamos nos olhando por alguns minutos, até que Rosa disse:

“- Obrigada Matheus.” – Disse Rosa com um sorriso enquanto saia de sua cadeira.

Fiquei parado observando ela descendo às escadas, Rober veio até mim e disse.

“- Parabéns maninho!” – Disse enquanto pegava o saco de pipoca que ainda estava na metade.

Rafael veio até mim, um pouco desajeitado e disse:

“- ELES OBSERVARAM TUDO! Mas fique na paz irmão.” – Disse com um tom eufórico.

Eu soltei uma pequena risada... Comecei a andar para as escadas enquanto me perdia em meus pensamentos. Aquele tinha sido O DIA! O dia em que tudo deu certo. O Dia em que eu finalmente beijei Rosa e admiti meu amor por ela. O Dia em que... Em que... Eu não tenho palavras para descrever o dia que eu vivi.

A lua ainda enfeitava toda São Paulopia, o transito estava calmo e havia poucos carros nas ruas, enquanto eu, Rosa, Rober e Rafael saímos do cinema. Eu e Rosa estávamos com as patas juntas. Todos ficaram em silêncio até o caminho do ônibus.

Pegamos o ônibus que estava vazio e nos despedimos, andei com Rosa até minha casa de patas (mãos) dadas, eu realmente tinha feito aquilo.

“- Adeus Rosa.” – Disse olhando para ela.

“- Adeus Matheus.” – Disse enquanto me olhava.

Ficamos mais alguns minutos nos admirando, então ela foi embora e eu entrei em minha casa, apesar daquilo ter sido muito bom, acabou! Isso foi surreal, eu me perdia em meus pensamentos enquanto andava até a cozinha, vi minha mãe e falei com ela.

“- Mãe, hoje foi muito especial!” – Disse enquanto jogava minha mochila.

“- Que bom que chegou no horário filho, fico feliz que seu dia tenha sido ótimo!” – Disse minha mãe enquanto me olhava com um sorriso no rosto.

“- Vou te contar desde o inicio o que aconteceu!” – Disse animadamente enquanto me sentava à mesa.

 


Notas Finais


[Cling Clang]

*Observa o Capítulo*

"- Ora... Alguém está sendo um menino mal educado por aqui." - Disse enquanto revelava mais duas correntes. "- Elas querem MUITO brincar com você."

"- Eu fiz isso por eles! Não por você!" - Disse Dekonado com um tom indignado.

"- E elas farão isso por você!" - Disse enquanto jogava uma de minhas correntes.

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[Cling Clang]

Ora, meus leitores já terminaram de ler? Aproveitaram? Pois eu e minhas amigas ODIAMOS este capítulo.
Deem sua opinião sobre o primeiro beijo, eu particularmente não gostei.

Achei algumas histórias que satisfizeram-nas, então, aproveitem.

Zootopia uma Aventura de tirar o seu fôlego! (NickPWilde): https://spiritfanfics.com/historia/zootopia-2-uma-aventura-de-tirar-seu-folego-6394823

Zootopia uma nova história! (Roberto185): https://spiritfanfics.com/historia/zootopia-uma-nova-historia-6427718

A vida por um olhar Safira (ÁlvaroSeA): https://spiritfanfics.com/historia/a-vida-em-um-olhar-safira-6581802

Zootopia a história depois da história (Kazeori): https://spiritfanfics.com/historia/zootopia--a-historia-depois-da-historia-6788139

Zootopia Colegial (Gaboliversan): https://spiritfanfics.com/historia/zootopia-colegial-6629126

Zootopia no universo de Star Wars: https://spiritfanfics.com/historia/zootopia-no-universo-de-star-wars-um-amor-proibido-6893339

Pokemon Escola dos Mistérios: https://spiritfanfics.com/historia/pokemon-escola-dos-misteriosinterativa-6896304

Cling Clang... Lá se vão...


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