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História Zootopia: O Lobo solitário. - " A viagem!"


Escrita por: Dekonado

Notas do Autor


Nem demoreeeeeeeei, mas chegueeeeeeeeeeeeei!

Eae pessoal, beleeeza? Bem, venho aqui dizer que atingimos uma meta de MIL visualizações! Isso me anima muito e me da MUITO ânimo para fazer os próximos capítulos! No momento em que meu amigo Roberto185 me avisou eu desacreditei... Mas assim que olhei com meus olhos... MENIIINO DO CÉÉU! Vou soltar uns rojões!
Sério pessoal, MUITO OBRIGADO a cada um de vocês que me incentivam, a cada compartilhamento (se tiver né?), a cada comentário, sério, isso me anima a fazer o meu trabalho! Tem momentos em que penso em desistir, mas ai eu lembro daquela pessoa que comentou ou viu e essa vontade desaparece! MUITO OBRIGADO mesmo! Vocês são feras! (Para não falar um palavrão!)

E não, o capítulo de 7.000 mil palavras não é para comemorar, eu acabei fazendo e, para ser sincero, não queria que fosse tão longo, pois não tem nada de especial.

O próximo capítulo será apenas da visão do Matheus, mas Judy dará uma aparecida no inicio.
Ah é o povo, quase esqueci: Isso aqui [...] significa que a história continua, porém o autor (eu) não decidiu coloca-la toda! Vai ser importante.

Enfiim, sem mais delongas, aqui está o capítulo! Outras coisas deixo para as Notas Finais.

Capítulo 20 - " A viagem!"


Fanfic / Fanfiction Zootopia: O Lobo solitário. - " A viagem!"

[Avanço de Tempo, Terça – Feira, 4:30 AM, Quebra de Lugar, Apartamento da Judy]

[Judy]

Acordei enquanto meu relógio não parava de apitar, desativei o mesmo e fui fazer minhas necessidades. Botei meu uniforme e disse a mim mesma: “- Vamos lá, novo país, novos costumes, novo... Animais!” – Disse entusiasmada, “- Sei que posso fazer isso, não é Hopps?” – Perguntei para mim mesma.

Sentei-me à mesa que estava fria, abri o armário e peguei um pote para tomar café, às paredes pareciam mais escuras ao invés de estarem monótonas e o chão parecia estar morto.

Lavei a louça, preparei um lanche e quando olhei no relógio já eram 4:50 AM, eu apenas precisava esperar o Nick.  Abri à janela do meu apartamento e vi que os postes ainda estavam ativos e não passava nenhum carro, parecia um cemitério e nem uma mosca sequer dava para ser ouvida nas ruas.

Fiquei olhando à frente do meu apartamento, eu deveria ser à única louca que estaria àquela hora na janela, esperando o “seu” raposo vir lhe buscar. Olhei para as ruas como quem não queria nada.

 

[Quebra de Lugar, Apartamento do Nick, Avanço de Tempo, 4:45 AM]

[Narrador]

 

O apartamento de Nick era meio pequeno, com um papel de parede verde-fraco e alguns móveis como uma cama, fogão e o básico para um aluguel barato.

O celular tocava sem parar em um dos criados mudos, mas como ele estava com tanta preguiça que nem resolveu atender. Levantou-se e viu que era quatro e quarenta e cinco da manhã, (4:45). Arrumou-se e foi buscar Judy, que reclamou da demora. Passaram para resolver os assuntos do carro com o dono e deixariam no DPZ para o recolhimento.

A cidade que antes era ativa estava silencio, ruas pareciam estar frias e com uma densa névoa de neblina, enquanto nem os grilos cantavam.

Judy pareceu um pouco assustada enquanto luzes de postes iluminavam o percurso, ela nunca tinha visto Zootopia assim.

 

Chegaram ao DPZ (Departamento de Polícia de Zootopia) e entraram no DPZ enquanto apenas às portas faziam barulho, havia poucos oficiais de plantão cuidando dele à noite. Percorram os longos corredores, todas as salas de oficina estavam vazias e em um silêncio horrível. Entraram na sala de casos onde estavam alguns animais, como o Grupo de Ana e outros que estavam de Plantão.

 

Nick se sentou na cadeira e Judy ficou de pé, pois à cadeira era enorme para os dois.

 

O Chefe Bogo chegou à sala com seu jeito durão e grosseiro, já que estava às cinco (5) da manhã no DPZ. Ficou de pé na mesa com microfone com um bocado de folhas e uma pasta.

 

"- Lobato e John, caso de desaparecimento no Centro de Zootopia, pra ontem." - Disse Bogo enquanto dois oficiais saiam.

 

"- Frank e Mike, roubo na Praça Saara, prendam o criminoso que já está me dando nos nervos." - Disse e mais dois oficiais saiam.

 

"- Oficiais White, Wilde e Hopps, compareçam em minha sala às sete (7) em ponto." - Disse enquanto tirava outra folha.

 

Os três saíram e andaram até a porta, quando o Chefe se aproximou com a cabeça e sussurrou: "- Só quero vocês na minha sala, ninguém mais deve ir, ouviram?!" - Perguntou sussurrando de lado.

 

Atravessaram até o Centro do DPZ, Judy escrevia uma pequena carta ao Garramansa, até que Ana puxou conversa.

 

"- Hey, por que só nós iremos à sala do Bogo?" - Perguntou Ana enquanto via Judy escrever à carta.

 

"- Não sei, será que pode ser coisa boa?" - Disse Judy escrevendo à carta com uma caneta.

 

"- Boa coisa não pode ser." - Disse Nick olhando de lado para Ana.

 

Judy terminou de escrever à carta e deixou à caneta de lado, virou-se e observou Nick ao lado de Ana que agradeceu novamente à Judy por tê-la salva. Aos poucos, Zootopia ia se tornando viva novamente, alguns roncos de motores já podiam ser ouvidos.

Estavam no meio do DPZ sem ter o que discutir e o que falar, Nick mexia em algumas canetas, quando Ana explicou sobre o caso que estavam.

 

"- Então... Tenho investigado quatro (4) casos de homicídio, todos sem rastro" - Disse Ana tensa enquanto olhava para a dupla. "- Não consegui encontrar nada." - Suspirou decepcionada.

 

"- Mas como assim, sem rastro?" - Perguntou Judy.

 

"- Nada, apenas cortes nas verticais que em contato com a pele..." - Explicou Ana por mais alguns minutos como se fosse alguma profissional no caso. "- Que irrompeu as veias do músculo que falei."

 

"- Wow," - Judy se surpreendeu, como se tivesse assistido uma aula de biologia, "- Como sabe tanto?"

 

"- Fiz uma faculdade de medicina." - Ana sorriu.

 

"- E olha onde foi parar." - Nick riu de leve. "- DPZ de Zootopia."

 

Ana parece ter sido atingida por aquilo enquanto retirava seu sorriso, mas Nick não entendeu afinal era uma piada inocente, Judy deu um pequeno pisão na pata de Nick que resmungou.

Ficaram em alguns minutos em silêncio, até que o celular de Judy tocou.

 

[Ligação|ICarrot|Judy]

 

"- Alô?" - Judy perguntou.

 

Uma estranha voz apenas riu macabramente de antemão, quando se pronunciou "- Vocês? Investigar-me?"

 

Judy botou o celular em viva-voz, sabia muito bem de que era aquela voz.

 

"- Nós conseguiremos lhe deter! Você não escapará das grades." - Judy disse com raiva enquanto colocava o celular na bancada da recepção.

 

"- E você não escapará delas... Ah tão bom à inocência..." - A voz disse com prazer.

 

"- Quem é ele?" - Ana andou para perto do celular.

 

Judy explicou tudo para Ana, um estranho ruído de correntes podia ser ouvido ao fundo da ligação, Nick começou a ouvir a ligação com atenção para ver se encontrava novas pistas e Ana parecia estar tensa por algum motivo.

Nick começou a fazer aqueles sinais estranhos com braços e mãos novamente para Judy, como se ela entendesse algo, a voz prosseguiu.

 

"- Shhhh, elas estão falando, conseguem ouvir?" - A voz perguntou enquanto arrastava às correntes. "- Tão lindas..."

 

"- Vai ficar com seu discurso ou vai nos intimidar?" - Nick perguntou se aproximando do celular.

 

"- Depende... Gosto dos dois." - A voz emitiu um tom de felicidade. "- Já pararam para pensar em um louco no poder?"

 

"- Como você?" - Perguntou Ana, Nick sorriu levemente.

 

"- Eu, Louco?" - A voz riu de inicio, "- É bem capaz."

 

"- O Povo não deixaria, eles são espertos." - Disse Judy desacreditando na voz, o povo de Zootopia não colocaria um idiota em um governo de uma cidade, principalmente em uma cidade dividida em biomas artificiais.

 

"- Quem sabe? Shh, elas estão pedindo por atenção... Adeus Juddy Hopps." - A voz disse enquanto arrastava mais correntes e desligava à ligação.

 

[Narrador]

 

"- Que louco!" - Ana disse se distanciando, estonteada pela ligação. "- Quem é que fala em charadas?"

 

"- Não sei Ana, mas certamente ele esconde algo." - Judy disse desligando o celular e botando na calça. "- Precisamos investigar essa ligação."

 

"- Por sorte cenourinha, gravei tudo." - Nick sorriu enquanto tirava o gravador em forma de cenoura de trás dele, "- Esqueceu isso comigo ontem."

 

"- Ótimo!" - Judy sorriu, "- Vamos investigá-la na sala de pastas." - Judy andou até as escadas, acompanhada de Nick e Ana.

 

[Quebra de Lugar, Sala de casos arquivados, Avanço de Tempo, 6:45 PM]

 

Agora, investigariam cada trecho de cada ligação do DPZ, foram até a sala de casos que era gigante como de costume, apenas Ana podia usar tudo com 'perfeição'.

Abriram a porta e havia apenas um oficial investigando o caso que estavam Michael, um rinoceronte de dois metros com um chifre bem pontudo.

 

"- Fala ai Mike!" - Nick sorriu entrando mandando um sinal de 'pistola' com a pata.

 

"- Olá, você deve ser o Nick." - Michael se desconcentrou da pasta que estava estudando e olhou para Nick.

 

"- Eu sou a Judy, "- Disse Judy entrando e olhando para a imensidão da mesa, já que ela era feita sobre medida.

 

"- Então, como vai o caso?" - Ana entrou com tensão em suas palavras e ficou ao lado de Michael que lhe passou à pasta.

 

"- O máximo que eu consegui foi à pasta de um suspeito." - Michael revirou suas palavras em busca de algo, "- Me desculpe."

 

"- Não se preocupe querido, você já fez o suficiente." - Ana fechou à pasta, "- Judy, Nick, este é Michael, acho que não preciso apresentá-lo, não?" - Sorriu em conjunto com suas palavras.

 

"- Não,"- Judy riu discretamente. "- Bem, o que temos ai Ana?" - Perguntou.

 

"- Veja você mesma." - Ana passou à pasta enorme para Judy, já que também era feita sobre medida.

 

Judy estava lendo atenciosamente à pasta, poderiam achar algo de interesse nela. Nick se agachou e começou a ler também enquanto Ana e Michael verificavam outras pastas nos armários.

 

"- Veja isto." - Judy cutucou Nick em seu braço, "- O suspeito tem o nome de Michael Thompson."

 

"- Estranho." - Nick se virou e agachou-se, "- Ouvi histórias dele quando era pequeno." - Nick tentou se relembrar de algo.

 

"- Era um criminoso esperto pelo que diz à pasta." - Judy lia seus antecedentes criminais, "- Grandes roubos a banco, assaltos milionários."

 

"- É claro! Eu o conhecia como Mike!" - Nick olhou para Michael com um olhar brincalhão, "- Michael, roubou e trabalha no DPZ?"

 

Michael riu de antemão, fazendo à mesa tremer um pouco. "- Só não vai me prender, hein!" Retribuiu à brincadeira.

 

"- É sério Nick, ele tinha uma plantação de Creck e Narconha." - Judy pegou uma foto de suposta plantações dentro da pasta e mostrou para Nick. A foto continha uma plantação de dois KMS de droga.

 

"- Acho que ele deve saber muito então." - Ana se agachou perto da dupla, "- Pelo que Mike me disse, ele tinha um laboratório."

 

"- Laboratório?" - Judy perguntou confusa, "- E o que ele fazia?" - Olhou para Ana.

 

“- Drogas é que não é, cenourinha.” – Nick sorriu brincalhão.

 

"- Exatamente" – Ana sorriu para Nick "- Nunca acharam provas, parece que alguém interferiu nos planos." - Ana olhou seriamente para Judy.

 

Aparentemente, nas horas vagas Michael Thompson era viciado em drogas, mas não em consumi-las e sim estudá-las, passou boa parte da vida em Zootopia aperfeiçoando-as e compreendendo cada efeito, para que assim, pudesse comprar por menos e vender por mais.

 

"- Quem poderia ter feito isso?" - Judy perguntou tentando analisar mais uma vez à pasta. "- Pelo menos, acharam o culpado disso?"

 

"- Não, mas eu e Mike suspeitamos de um animal, BellWheter." - Ana disse pegando algumas fotos de um laboratório incendiado, "- Investigamos o local durante dias." - Deu-as para Judy.

 

"- BellWheter... Aquela maldita ovelha..." - Michael ficou triste e cabisbaixo.

 

Michael era um animal diferente dos demais, não era durão como um rinoceronte deveria ser nem “delicado” como uma flor. Por causa disto, ele sofria muito preconceito.

 

"- Ela já está na prisão, se acalme." - Ana virou sua atenção para ele.

 

"- Mas... Como?" - Judy perguntou vendo todas às fotos com Nick, que revelavam claras evidências de pelo da BellWheter através de exames de DNA.

 

"-Mas como assim? BellWheter?” - Nick pegou às fotos de Judy, desacreditando.

 

"- Não sabemos, apenas desconfiamos." - Ana se levantou. "- Por fim, acreditamos que Michael Thompson ele seja Cling Clang."

 

"- Hmm, a descrição não bate." - Judy disse decepcionada, "- Clang parece ser louco, enquanto Michael parece calculista." - Deduziu.

 

De fato, Michael Thompson e Cling Clang eram estreitamente ligados a ser à mesma pessoa, já que Clang também é calculista.

Como Michael Thompson morreu ou saiu dos radares de Zootopia, é um completo mistério até mesmo para Michael (do DPZ) e Ana, que estavam no encalço dele há meses.

 

"- Clang? Já pegou intimidade com ele?" - Perguntou Nick, "- Também quero um apelido!" – Nick olhou para Judy.

 

"- Nick já é seu apelido, não é Nicholas?" - Judy fez um sorriso.

 

"- Nicholas? Hahah" - Ana riu enquanto se segurava para não machucar os dois, Mike também riu fazendo quase toda sala tremer.

 

"- Judy!" - Nick fez uma cara de desaprovação.

 

Michael, Ana e Judy continuaram a rir de Nick, que não parava de ficar com cara amarrada devido ao seu "nome" ser revelado.

Viram o horário e já deveriam estar na sala do Chefe Bogo, saíram da sala de casos à passos rápidos, bateram à porta e entraram na sala.

 

[Quebra de Lugar, Sala do Chefe Bogo, 7:01 AM]

 

O trânsito ainda estava cheio, a sala do Chefe recheada de sons de buzinas dos carros quando os três chegaram à sua sala. Havia uma perfeita penumbra que fora formada devido ao sol que já estava nascendo.

"- Preciso falar com vocês seriamente." - Chefe Bogo estava virado para a pequena janela com as mãos nas costas.

 

"- Sim, chefe?" - Judy se sentou em uma das cadeiras, e Nick na outra.

 

"- Vocês devem saber do caso Clang, não é?" - Chefe Bogo se virou e olhou os três.

 

"- Sim chefe, eu já expliquei quase tudo." - Ana estava em pé, atrás da dupla e deu um sorriso.

 

"- Ótimo, não perderei meu precioso tempo dando aulas." - Chefe Bogo se sentou na grande cadeira.

“- Então, como investigaremos o suspeito?” – Perguntou Judy.

“- Como vocês sabem, ele é líder da Facção Segundo Comando da Capital, certo?” – Chefe Bogo olhou para os três, que assentiram.

“- Portanto, talvez seja um caso mais que perigoso para os três, especialmente para você Judy.” – Chefe Bogo olhou preocupado para Judy, “- Se possível, investiguem apenas o Cling Clang, entenderam? O risco de vida é imenso.” – Disse seriamente.

“- Vocês pegarão um helicóptero às sete e meia (7:30), alguma dúvida?” – Chefe Bogo se levantou da cadeira.

 

Judy levantou à pata e disse: “- Mas chefe, quanto a armamento e coletes?”

 

“- Não se preocupem, já conversei com um Delegado da Polícia Militar de Brasilpia.” – Disse Chefe Bogo.

“- E quanto ao salário chefe?” – Nick perguntou fazendo suas brincadeiras.

“- Nick!” – Judy olhou bravamente para Nick.

“- Não Judy, ele tem razão.” – Chefe Bogo olhou para Judy, “- Não estou nem ai para vocês, nem queria cuidar disso agora, mas aqui está a parte de vocês.” – Disse entregando um bolo de dinheiro para a dupla. 

“- Mais alguma dúvida?” – Chefe Bogo já estava ficando impaciente.

“- Não.” – Disseram os três.

“- Ótimo, Wilde e Hopps dispensados” – Ordenou Chefe Bogo e acompanhou Nick e Judy para à porta, antes de Ana sair o Chefe Bogo fechou à porta.

 

“- Sim chefe?” – Perguntou Ana ao olhar para o chefe.

“- Se você tiver UMA baixa durante o comando do pelotão, está fora, ouviu?” – Chefe Bogo já estava estressado com Ana, ele estava segurando a maçaneta e Ana estava ao seu lado.

“- Mas, Chefe... Você sabe que eu preciso do dinheiro para meu pa...” – Ana fora interrompida pelo Chefe.

“- Não ligo para sua família.” – Disse Chefe Bogo grosseiramente. “- Agora, dê o fora.” – Chefe Bogo abriu à porta para Ana.

 

Ana caminhou vagarosamente para a saída, há quatro anos o pai dela havia desenvolvido câncer e ela faria de tudo para conseguir o dinheiro para isso. Apenas por isso estava no DPZ e isso a entristecia muito, embora não demonstrasse isso a todos viu Judy e Nick de pé perto das escadas.

 

“- Algo aconteceu?” – Judy viu sua amiga triste.

“- Não.” – Ana sorriu levemente, “- Vamos, temos um helicóptero para pegar, não?”

“- Ah claro! Nick, me de seu dinheiro!” – Judy estava descendo às escadas com Nick e Ana. “- O dinheiro é diferente de lá é diferente daqui, irei retirar em reais.” – Judy e seu grupo já tinham descido às escadas.

“- Quer gastar em mais jóias?” – Disse Nick se lembrando de ontem, “- Olha que eu volto a vender meus Patóles com preços mais caros!” – Nick olhou-a brincando.

“- Há, há, há, muito engraçado.” – Judy deu uma risada irônica, “- Me dê.”

 

Nick deu o dinheiro à Judy que saiu do DPZ, enquanto Ana andava até a recepção acompanhada de Nick.

 

“- Então... Me diga mais sobre você.” – Nick olhou Ana seriamente. “- Sabe, não tivemos tempo para apresentações.” – Deu um sorriso falso.

“- Bem... Agora que você falou...” – Ana mexeu em pequenas canetas na recepção, “- Me chamo Ana White e tenho vinte e dois (22) anos.” – Ana deu um sorriso ao olhar para Nick.

 

Todo o DPZ estava em silêncio, alguns raios de sol caiam e atravessavam o vidro do teto o que fez iluminar a entrada. Garramansa abriu às portas quando viu os dois conversando.

 

“- Oi pessoal!” – Garramansa andava até a recepção.

 

Os três conversavam sobre a carta de Judy que havia enviado, esclarecendo tudo ao Garramansa que já estava com “saudades”.

 

 “- Cheguei pessoal!” – Judy estava já perto dos dois.  “- Tinha um caixa eletrônico perto daqui.” – Deu um sorriso quando viu os três.

Os quatro conversaram durante um tempo até dar à hora necessária, então se despediram do Garramansa e subiram às escadas do DPZ até o Heliponto. Judy já havia pegado suas malas e Ana alertou o resto do grupo.

 

[Quebra de Lugar, Heliponto do DPZ, Avanço de tempo, 7:30 AM]

 

Nick, Judy e todo o pelotão de Ana já estavam subindo o Heliponto, Judy estava bem ansiosa, nunca havia ido para outro país antes e era sua primeira investigação fora do país, seus pais com certeza ficariam orgulhosos dela!

Subiram às escadas e se surpreenderam com o tamanho do helicóptero, era grande demais em comparação com a pequena dupla, havia uma porta traseira gigantesca, quatro janelas cada lado, uma cauda enorme e dois conjuntos de hélices no topo.

 

“- Isso vai ser demais!” – Judy estava pulando de emoção, “- Finalmente, outro país!”

“- Sim.” – Ana sorriu, “- Estive pesquisando e já achei um hotel para nós.”

“- Ei se acalme ai cenourinha, “- Nick sorriu ao lado da dupla, “- A viagem vai ser longa, não?” – Perguntou entrando no helicóptero, através da porta traseira que estava no chão.

 

Chefe Bogo vinha logo atrás, Michael e o resto do pelotão já estavam sentados nas cadeiras traseiras do helicóptero enquanto preparavam os cintos.  Judy e Nick sentaram-se na mesma cadeira já que quase tudo no helicóptero era feito para predadores de grande porte.

 

“- Ei, já volto.” – Nick levantou-se e foi até o banco do piloto.

“- O que ele vai fazer?” – Perguntou Ana.

“- Não sei, mais uma das armações dele.” – Judy deu um sorriso.

Esperaram alguns minutos até que os Alto-falantes falaram: “- Por favor, senhores passageiros, caso o helicóptero seja derrubado usem suas pulseiras de identificação.”

“- O que?” – Ana estava confusa, procurava suas “pulseiras” olhando para os lados.

“- Para que assim, seja mais fácil identificar os corpos.” – Prosseguiu à voz do a              Alto-falante.

“- Ai Nick...” – Judy botou à pata na cara estava um pouco envergonhada, olha o que o Nick trama!

“- Nick?!” – Ana olhou para Judy e desistiu de procurar suas pulseiras.

Michael, que estava ao lado de Ana, riu e disse: “- Já sabia! Esse cara é esperto!”

“- WILDEEEE!!” – Gritou o Chefe Bogo, sua voz estava abafado devido de estar dentro do helicóptero.

 

Alguns sons de “tapas” foram ouvidos antes de Nick sair da porta que dava acesso à sala de controle.

 

“- Ei eiii, é só uma brincadeira!” – Disse Nick enquanto se defendia de alguns tapas. “- Gente, eles não tem senso de humor?” – Perguntou feliz enquanto fechava à porta.

“- É normal?” – Ana olhou para Judy que ainda estava com à pata na cara.

“- Sim...” – Disse Judy um pouco envergonhada, Nick estava se sentando ao lado dela e arrumando seus cintos.

“- Ei cenourinha, vamos lá, se anime!” – Nick se ajeitava na cadeira.

 

Judy tirou à pata da cara, respirou fundo e “perdoou” Nick pela brincadeira. O helicóptero deu partida e às enormes e grandes hélices começaram a girar rapidamente, cortando todo o ar em volta.  O som das buzinas dos carros já não dava mais para serem ouvidas. Chefe Bogo apareceu na porta traseira do helicóptero.

 

Chefe Bogo apareceu na porta traseira do helicóptero para dar as despedidas. “- QUALQUER DÚVIDA, VOCÊS TERÃO RÁDIOS PARA COMUNICAÇÃO!” – Chefe Bogo gritava enquanto um forte vento bagunçava seus pelos e seu cabelo penteado.

“- MAS E O SALÁRIO CHEFE?!” – Nick brincava novamente com o Chefe. 

“- VOCÊ NÃO VAI TER MAIS WILDE!” – Disse o Chefe Bogo, “- AGORA, ADEUS OFICIAIS! FAÇAM O NOME DO DPZ TER HONRA!” – Gritou novamente.

 “- Ei espere, ele está falando sério?” – Nick sussurou nas orelhas de Judy.

A pesada porta traseira do helicóptero começara a se fechar, às luzes brancas do helicóptero se acenderam.

“- TENHO HONRA DE TER VOCÊS OFICIAIS!” – Gritou o Chefe Bogo enquanto a porta se fechava.

A enorme porta fechou-se completamente com um ruído alto, o helicóptero levantou vôo e estava indo diretamente para Brasilpia, parariam para abastecer no Bioma Central (América Central)

 

“- Espero que sim, raposa boba.” – Judy sorriu e olhou para Nick.

 

[Avanço de Tempo, 2:30 PM, Helicóptero do DPZ]

 

O som das hélices que giravam com rapidez era abafado devido às paredes grossas do helicóptero que já sobrevoava o Bioma Central. 

 

“- Ei, o que faremos até lá?” – Nick perguntou se segurando nas alças do cinto.

“- Que tal falarmos de nós?” – Perguntou Michael animado, “- Eu começo!” – Disse chamando à atenção do outro grupo, “- Sou Michael Chifre Feroz, tenho trinta (30) anos.” – Deu um sorriso.

“- Bem, sou só Nick e tenho 23 anos.” – Nick deu um sorriso, mas não revelaria tudo à seu respeito, principalmente com Ana no mesmo lugar com ele. “- Sua vez cenourinha.”

“- Sou Judy Hopps e tenho 24 anos.” – Judy deu um sorriso sincero, “- Venho das Tocas e sempre quis ser a primeira policial!” – Disse olhando para Ana, que também era uma policial.

“- Você me lembra eu quando pequena Judy...” – Disse Ana cabisbaixa. “- Bem... Todos vocês já me conhecem...” – Soltou um riso fraco, “- Mas sou Ana White e tenho 22 anos...” – Disse Ana um pouco triste.  “- Sua vez John.” – Ana olhou para John com um sorriso falso.

“- Só isso? Você tem mais coisa não é Ana?” – Michael falou como se desvendasse o passado de Ana, “- Vamos lá, se solte!”

“- Tudo bem... Ela é meio longa... Então não durmam.” – Ana continuou com seu sorriso falso.

 

[Quebra de Lugar, SiriaLandia, Retrocesso de Tempo, 10 anos atrás]

[Lembrança|Ana]

[Narradora|Ana]

 

Desde que eu era uma pequena menina, adorava brincar de médica ou de judiciária, meu pai seria o suposto bandido e minha mãe a testemunha. Nunca quis mudar muito o mundo com grandes ações... Mas sim com pequenos detalhes.

Morávamos em uma parte humilde de SiriaLandia, tinha doze anos quando comecei a ver tudo o que assolava nosso povo.

Miséria, fome, doenças e sofrimento eram o que tinha por ali, animais morrendo por um pouco de comida enquanto outros passavam por eles como se eles não existissem ou como se fossem invisíveis.

Um morador de rua, um panda, passava de porta em porta com vestes simples e esfarrapadas pedindo alimento. Eu doava tudo o que podia e sempre dava uma panela de arroz.

Até que um dia, ele parou de bater na minha porta, alguns dizem que ele morreu, mas... Creio que ele simplesmente achou um lar.

A vida segue, eles morrem, outros nascem, ficam na miséria e o processo se repetia a cada dia que passava em SiriaLandia.

[...]

[Avanço de Tempo, 5 Anos depois]

 

Depois de três anos com muito suor e esforço consegui traçar uma Faculdade de Medicina.

Praticamente, a Guerra Civil de SiriaLandia começou pelo Presidente Basher al-Assed não querer renunciar pelo poder e ser investigado por corrupção.

Houve vários protestos em todo o país e suspeita de repressão violenta e desumana por parte do governo. Então... O povo, desertores do Exército e até mesmo grupos zislamistas quiseram derrubar Besher Al-Assed do governo.

Eu fazia parte da Fronteira Médica da SiriaLandia, ficava em campo cuidado de feridos em pequenas tendas médicas e faria o que fosse preciso para salvar uma vida.

Tinha achado o homem da minha vida naquele exército, Ruan Makarov, era cidadão da Russiópolis e um Chacal, batalhava pelo nosso país e pela nossa liberdade. Sua expressão era simples e humilde, olhos redondos e um pouco puxados, pêlos brancos como os meus, corpo definido, alto e sempre com um belo peitoral. (Imagem do Capítulo)

Seu sorriso me tirava da realidade e me fazia esquecer àquela guerra, era o único em que eu podia achar refugio contra os terríveis pesadelos que me assombravam nas noites frias. Sua voz me fazia esquecer os gritos de dor dos soldados que eu ouvia todos os dias, das mortes que pairavam sobre meus olhos.

Sempre queria o meu melhor... Ensinava-me a utilizar Rifles de Precisão, mas eu detestava usar armas... Não gostava de ver sangue sobre minhas patas. Ele dizia que... Após sairmos daquela terrível guerra, nos casaríamos e que teríamos lindos filhotes, viveríamos felizes para sempre na Russiópolis.

Mas aprendi que... Às vezes, não temos finais felizes...

 

"- Aconteça o que acontecer... Estarei contigo." - Disse a Voz de meu marido, que era um pouco grave.

 

[...]

 

Estava em uma pequena tenda médica, enquanto sons de bombardeios davam para serem ouvidos ao norte, no centro da cidade que estava em ruínas, ainda buscávamos por sobreviventes.

Já era o pôr do sol quando alguns raios de sol entravam pela janela e iluminavam todos os feridos.  Não havia medicamento suficiente para todos eles, já havia atendido quarenta (40) soldados que haviam ferimentos graves ou leves.

 

"- Calma, você vai ficar bem." - Disse para um elefante ferido que estava em uma cama improvisada.

 

Dei a ele um pouco de Morfina, era o básico que nós tínhamos, iria aliviar a dor, mas pelo o que eu tinha visto era um grave tiro, havia passado pelo pulmão e se alojado no Brônquio Esquerdo.

Já havia estancado o sangramento causado pelo tiro, o que era difícil era o Pulmão.

 

"- E-E-Eu nã-não co-consigo re-respira-rar..." - Disse o ferido com muita dificuldade e com falha na voz.

 

Peguei um aparelho de respiração para ajudá-lo na respiração, eu era a única médica naquela Tenda e teria que atender mais cinco feridos, mas aquele era prioridade.

Tenente do Segundo Batalhão da Equipe Delta, não poderia deixá-lo morrer. Vestia uniforme pesado, com uma farda à esquerda representando o Exército, havia várias ataduras com sangue e infeccionadas.

Peguei um estetoscópio e media sua pulsação do coração... Fraca, sua respiração decaía mais e mais.  Sua respiração se fechava cada vez mais, como um corredor em que as paredes se fechavam lentamente... Ele morria.

Vi o tanque de oxigênio para ver quanto tempo ele havia de respiração... Cinco Minutos. Se eu tivesse às ferramentas necessárias daria para dar mais tempo de vida.

Tirei o estetoscópio de minhas longas orelhas... Suspirei derrotada em um gesto de angústia.

 

"- Cinco Minutos..." - Disse com dor em minhas palavras. "- Cinco Minutos ou menos é o que lhe resta."

 

"- O- o que?!" - Perguntou o Tenente desesperado, "- Não, não pode ser, eu tenho filhotes e uma família!" - Disse se contorcendo.

 

"- Senhor eu não posso fazer nada... Nem o aparelho iria lhe servir muito, já que a bala está alojada no seu Brônquio Esquerdo." - Disse.

 

"- Mas... M-Ma...-Ma.."- Disse o Tenente com uma pausa. "- Você-Vocês Cha-Chacais só pen-pensam em si mesmo!" - Disse. "- São ladrões imu-imundos! Te ve-vejo no in-inferno!"

Por à minha espécie ter muitas relações com as raposas, praticamente todos levam isso como se nós fossemos ladrões ou imundos. Os chacais têm muito mais relações com roubos do que raposas, que são mais relacionadas à falsidade.

Olhei-o com olhos semicerrados até sua morte que duraram dois minutos, ele se movimentava na cama de sofrimento. Depois de seu último suspiro, suspirei derrotada enquanto uma grave crise de consciência me atingia.

Peguei sua Dog Tag (medalha que tem o nome do combatente) e me apoiei no corpo sem vida dele, quando dois soldados chegaram.

 

"- Outro se foi." - Disse com cansaço na voz e com a cabeça baixa. "- Como nosso Exército pode pensar em não atender os feridos?" – Perguntei, já que algumas vezes entrávamos em conflitos.

"- Ta com problema rouba medicamento." - Disse um dos soldados rindo que era um leopardo. "- Vai, mexe tua bunda pra cá."

 

Coloquei a Dog Tag do tenente no bolso e fui até os Soldados.

 

"- Nosso Exército os trata como se fossem invisíveis..." - Disse olhando nos olhos do soldado.

 

"- Cala a boca." - Disse o soldado leopardo enquanto entrava na tenda.

 

"- Talvez você devesse ser menos grosseiro." - Disse o outro soldado que era um cavalo enquanto acompanhava o leopardo com o olhar.

 

"- Deixe-o... Ele não sabe o que fala." - Disse observando o leopardo.

 

"- Eu não sei? Espera só até saber o que houve." - Disse o soldado leopardo com um sorriso satisfatório.

 

"- O que?" - Perguntei.

 

"- O seu marido... Foi..." - Disse o cavalo.

 

Olhei para o cavalo com olhar de sofrimento misturado com desespero, enquanto segurava à gola suja. Eu praticamente implorava para que ele não falasse à próxima frase.

 

"- Não, por favor." - Disse desesperada, enquanto aquelas vozes ressoavam em minha mente.

 

"- Hahaha, agora vem à melhor parte." - Disse o leopardo rindo. "- Ae, roubaram de tu hein Chacal!"

 

"- Morto." - Terminou o cavalo olhando para baixo.

Eu desabei enquanto segurava para não cair na gola do soldado, minhas patas me seguravam como se fosse a última vez sua camisa suada.

Lágrimas começaram a descer de meu rosto, enquanto eu morria de angústia e sofrimento. Comecei a lembrar daquela voz, dos sorrisos que ele fazia e das brincadeiras bobas que fazíamos nos intervalos.

 

"- E se eu morrer?" - Perguntou à minha voz.

 

"- Te encontrarei no Paraíso." - Disse a voz do meu marido.

 

Sai da gola do soldado cambaleando, sentei-me em uma cadeira e botei minhas patas em minha cara, como se o sofrimento fosse sair.

Lembrei de uma pequena carta que ele havia me enviado:

 

Sempre que bate a solidão

Logo após o por do sol

No meio da escuridão

Você me guia como um farol.

 

Não perca suas esperanças, quando sairmos daqui nós poderemos viver felizes e formar uma família, com lindo Chacalzinhos.

Com amor e saudade: Ruan Makarov.

 

"- Não... Não..." - Disse em meio aos prantos de choro.

 

"- Nós..." - Disse o cavalo.

 

"- Cala a boca." - Disse para apontando o dedo e me levantando.

 

Os dois soldados ficaram surpresos, eles não esperavam isso de mim.

Todo aquele sofrimento que eu sentia tinha se transformado em ódio, um ódio profundo que desejava matar o culpado da Guerra Civil. Ele havia matado meu marido e com, isso me matado também.

O Ódio pela vingança tinha me cegado completamente, eu tinha ficado fora de mim naquele momento.

Fui até o corpo do Tenente com passos rápidos e peguei a seu Rifle de Assalto Heckler e Koch HK416

 

"- Vamos matar esse desgraçado" - Disse com ódio em minhas palavras enquanto recarregava.

 

"- Mas há milhares de tanques inimigos!" - Disse o soldado cavalo.

 

"- Eu disse." – Me virei e olhei para o soldado, "- Vamos MATAR esse DESGRAÇADO." - Disse enquanto franzia minhas sobrancelhas.

 

[Quebra de Lugar, Sala de Interrogação]

 

Depois de alguns anos... Tinha me tornado outro animal. Perdi muitos amigos queridos que me alegravam e vi soldados serem mortos ante meus olhos. Eu tinha sangue em minhas mãos. Eu sabia disto e isso pesava muito em minha consciência. Havia matado animais que... Provavelmente  também tinham uma família.

Mas mais que nunca eu precisava ter coragem e determinação, isso era o que me acordava todas as manhãs e me fazia lutar pela vingança de meu marido. Até que um dia, conseguimos capturar o "suspeito" da Guerra Civil.

 

"- POR QUE VOCÊ NÃO SAIU DO PODER?!" - Gritava enquanto dava um soco da direita para esquerda na cara do Comandante da Guerra Civil, que também era um Chacal com pêlos iguais aos meus (brancos).

Ele apenas soltava alguns resmungos, já que estava com a face e com a boca tampada com panos, ordens de superiores.

Um estranho soldado com um manto que cobria todo seu corpo e sua face era meu superior, muito calado e estranho ele quase não falava nada, mas observava toda à tortura com um sorriso e olhares perturbadores e satisfatórios, não achava que aquele era o líder da Guerra Civil, mas meu superior insistiu.

 

"- EU TE FIZ UMA PERGUNTA DESGRAÇADO!" - Gritei novamente dando um gancho forte com meu punho fechado que colidiu com seu queixo.

 

"- CE NÃO VAI COLABORAR?" - Perguntei tirando uma faca Tática e botando à faca afiada com força em seu joelho, fazendo-o gritar de dor enquanto se contorcia quase sem vida.

 

“- A vida segue, eles morrem, outros nascem, ficam na miséria e o processo se repetia a cada dia.”

 

[...]

[Quebra repentina da Lembrança]

[Mudança de Lugar, Helicóptero do DPZ, Tempo Atual, 4:55 PM]

[Judy]

 

"- Então eu pensei que tínhamos pegado o cara certo, mas..." - Disse Ana botando às patas na cara. "- Não... Não dá pessoal..." - Disse já chorando uma cachoeira de lágrimas.

 

"- Calma Ana... Não chore..." - Perguntei me aproximava e a olhava.

 

Ela continuou chorando, todo o pessoal no helicóptero a olhava em um silêncio perturbador, depois de alguns minutos engoliu o choro com a angústia com certa dificuldade e prosseguiu.

 

"- Então... Vim para Zootopia..." - Disse Ana enquanto fungava "- Sempre pensei que podia fazer à mudança... Mas eu só estraguei tudo." - Disse cabisbaixa. “- Meu pai desenvolveu câncer e estou nessa pelo dinheiro...”

 

Nick cochichou em minhas orelhas "- Judy... Eu acho que aquele não era o comandante..."

 

"- Então isso significa..." - Disse olhando para o Nick. "- Oh minha santa Cenoura... Ana eu... Eu..." - Disse para Ana enquanto a olhava, eu fico muito triste com essas coisas, principalmente com os pais.

 

"- Não... Tudo bem Judy... Eu tento ser feliz hoje." - Disse com um sorriso falso enquanto algumas lágrimas ainda desciam. "- Mas... Eu ainda acho que sou uma tola."

 

"- Não diga isso!" - Disse um pouco brava "- Você não é uma tola e você pode fazer a diferença!" - Disse olhando nos olhos dela que eram castanhos.

 

"- Parece que ela faltou na formatura do DPZ cenourinha." - Disse Nick com um sorriso.

 

"- Agora não Nick!" - Disse olhando o Nick rapidamente, "- Você pode fazer à diferença, não importa qual animal você seja!" - Disse com um tom firme.

 

"- Obrigado Judy... Você e o Nick, esse é o nome né?" - Perguntou.

 

"- Exatamente." - Disse Nick com um sorriso falso.

 

"- Você e o "Nick" têm me tirado da depres..." - Disse Ana, interrompendo a própria fala. "- Digo da tristeza." - Disse com um sorriso fraco. “- Obrigado.”

“- Sempre que precisar, nós estaremos aqui Ana.” – Sorri para ela.

[Quebra de Tempo, Brasilpia, Heliponto da Polícia Militar de São Paulopia, Avanço de Tempo, 6:30 AM]

[Judy]

 

A primeira coisa que eu fiz quando chegamos a São Paulopia foi admirar toda paisagem e o “mar” de edifícios! São Paulopia é uma cidade muito diferente de Zootopia, não há cores tão vibrantes e coloridas, nem biomas artificiais.

Olhava e olhava por minutos e não via algo de tão interessante, apenas prédios e mais prédios, vi o Distrito Ibirapuera, que era um grande parque e quem sabe quando terminasse tudo isso eu não podia levar o Nick lá?

São Paulopia não havia estruturas para mamíferos, muito menos direitos iguais e eram pouquíssimos os que trabalhavam na grande cidade, a maioria ficava no interior como Distrito Vincentino, Praça Santista e outros.

Depois de horas e mais horas que se passaram dentro do helicóptero, eu, Ana e Nick conversávamos sobre assuntos aleatórios, mas eu nunca tocava na “ferida”.

Ana foi uma das primeiras que saiu do helicóptero que pousou no Heliponto, às hélices se acalmaram vagarosamente e pararam de girar com o tempo. A grande porta fora aberta e revelava um homem alto de uniforme da Polícia Militar e era um Leopardo.

 

“- Vocês devem ser os novos oficiais!” – Disse um Leopardo.

 

Eu e Nick tiramos nossos cintos, nos alongamos dentro do helicóptero já que ele era enorme, já que estávamos com tanta preguiça que eu nem sentia minhas próprias patas!

Eu e Nick saímos, Ana e Michael passaram ignorando o leopardo alto que veio nos cumprimentar.

 

“- Prazer, Pedro L.” – Disse o leopardo estendendo a mão e se agachando. “- Serei o novo chefe de vocês.” – Deu um sorriso.

“- Prazer,” – Apertei à mão de Pedro L, “- Sou Juddy Hopps e meu parceiro Nick Wilde.”

 

Pedro L se levantou e parece que se surpreendeu apenas pelo fato de Nick ser uma raposa.

 

“-Bem...” – Pedro L estava sem jeito, “- Olá.” – Disse em um tom seco enquanto não estendia sua pata.

 

Deu às costas e fora em direção às escadas, até parece que ele não queria cumprimentar o Nick! Se for pelo fato dele ser uma raposa, ele vai ouvir e muito!

Pelo o que eu vi e estudei de Leis de Brasilpia, parece que ao invés de Biomas Artificiais, eles tinham duas áreas. Áreas dos Predadores (São Paulopia) e Área Mista (Praça Vincentina, Distrito Santista e outros).

Entramos e descemos até a recepção, era uma de tamanho médio, piso branco quadrado e papel de parede também branco com luzes também brancas, quase tudo era branco. Havia uma anta de recepcionista.

“- Wow, tudo é branco por aqui?” – Nick admirava todo o “cenário” ao seu redor.

“- Sim, raposa.” – Disse Pedro L curtamente, não estava gostando do jeito que ele falava com a gente.

“- Quando começaremos a investigação?” – Perguntei animada, estávamos parados no meio da recepção.

“- Investigação? Uma coelha de pelúcia não deveria se meter nestes assuntos.” – Pedro L olhou para baixo. “- Voltem aqui as dez (10) horas, depois da ronda.” – Pedro L caminhou até um corredor cheio de portas e abriu à porta à esquerda.

“- Ora essa!” – Disse socando o ar, “- Ele está com preconceito pra cima de nós?” – Perguntei já brava.

“- Se acalme Judy, é a primeira vez e todos fazem isso.” – Disse Nick se agachando e falando como se já soubesse no que aquilo iria terminar.

Parei na frente dele e disse, “- Pois bem, não deveriam!”

“- Shh, vamos para a ronda?” – Perguntou Nick com um olhar calmo.

“- Mas o Chefe Bogo nos disse...” – Expliquei, mas fui cortado por Nick.

“- Nos disse para investigar, eu sei.” – Disse Nick abaixando a cabeça, “- Mas vamos primeiro para uma ronda, tudo bem?” – Perguntou erguendo-a

“- Tudo bem.” – Disse decidida.

Saímos da enorme Delegacia e entramos no carro que apenas o Nick podia dirigir, já que o banco era muito alto e eu era muito pequena, eu não conseguia usar nada. O governo deveria pensar em pelo menos investir em coisas para mamíferos.

 

[Quebra de Lugar, Serralheria, Avanço de Tempo, 7:45 PM]

[Judy]

 

Estávamos fazendo uma ronda, recebemos um chamado de rádio de Ana, ela falou que uma suposta serralheria que estava cadastrada no JAP, um programa onde animais de quatorze (14) anos poderia trabalhar, estava sendo investigada por porte de armas ilegais, a pistola estava em uma mesa, segundo Ana.

Deixamos o carro do outro lado da rua, vimos um lobo alto de pêlos azuis e olhos amarelos sair da serralheria, ele parecia meio animado com algo e carregava uma mochila.

Entramos dentro da serralheria que tinha um campo cercado por uma cerca de ferro, uma pequena casa que era onde ficava o chefe e um campo onde havia duas máquinas de carpintaria.

Enquanto andávamos, me senti nanica perto das grandes máquinas e da grande porta, o chefe da serralheria era um chita e perguntamos algo sobre armas em uma mesa, e ele havia negado tudo.

Voltamos a fazer nossas rondas normalmente, ao invés de estarmos investigando o suspeito.

 

 [Quebra de Lugar, Policia Militar de São Paulopia (PMSP), Avanço de tempo, 9:59 PM]

 

Terminada a ronda, eu e Nick andamos para a Delegacia, entramos na sala que havia duas grandes janelas, uma escrivaninha de madeira e alguns armários com arquivos. Pedro L estava sentado e contando um grande bolo de dinheiro. Passaram-se alguns minutos enquanto eu e Nick ficávamos no mesmo lugar apenas olhando ele contar o dinheiro.

 

“- Está boa a contagem?” – Perguntou Nick.

“- Tenho mais dinheiro aqui do que você.” – Pedro disse em um tom de deboche. 

“- Tudo bem...” – Disse Nick que se agachou perto de mim e disse, “- É, parece que ele não ta para brincadeiras.”

“- É óbvio Nick!” – Olhei para o Nick.

“- Aqui está, tenho um caso de roubo de brinquedo, se divirtam.” – Disse Pedro L jogando uma pasta qualquer.

“-  Espera ai! Viemos para este país investigar um Serial Killer! Não ficar em caso de brinquedos! - Disse pulando na cadeira e em seguida na mesa, - Você está fazendo isso só porque eu sou uma coelha e Nick uma raposa?! - Perguntei brava.

“- Você fica tão fofa quando ta irritada, coelhinha.” – Pedro L debochou de mim, enquanto abaixava sua cabeça.

“- Fofa? Fofa?! Você sabia que é descriminação?!” – Perguntei franzindo minhas sobrancelhas e batendo meu pé. “- E eu e meu parceiro temos nome!”

“- Judy, se tem uma coisa que eu aprendi, foi ficar de bico fechado em algumas horas e essa é uma delas!” – Disse Nick rapidamente tentando ser “discreto”.

“- É o seguinte, se acalmem ou os dois estão demitidos, entenderam?” – Perguntou Pedro L grosseiramente.

 

Me calei quando ele falou que eu seria demitida, a ultima coisa que eu quero é ser demitida e estar “presa” em outro país! Ora essa, nem o Bogo era tão grosseiros com nós!

 

“- Você não vai passar impune.” – Disse me aproximando perto de Pedro L, “- Não importa o que faça.” – Semicerrei meus olhos.

“- Tudo bem Judy, vamos?” – Perguntou Nick, “- Ana está esperando nós ali, está veendo?” – Nick apontou para porta de saída.

“- Estou indo, Nick.” – Disse em um tom seco enquanto saia de cima da mesa.

 

Saímos da sala com nosso dinheiro e assim que atravessamos a porta Nick se agachou na enquanto andava e disse: “- Você está louca? Quer perder o seu emprego?!”

“- Eu, louca?! Nick, ele acabou de praticar descriminação, racismo e ainda não nos deixou fazer o que deveríamos! Só isso já deveria ir para cadeia!” – Disse enquanto andava ainda brava.

“- Judy, eu sei disto, mas se tentarmos algo, ele pode virar o jogo contra nós.” – Disse Nick com um suspiro, derrotado. “- Então, vamos para o Hotel que Ana alugou?” – Perguntou abrindo à porta para mim, eu vi que uma chuva leve já estava caindo.

Encarei à chuva por uns instantes, era uma chuva leve e alguns trovões podiam ser ouvidos. Suspirei enquanto andava até um ponto de ônibus, meu dia não foi nem metade do que eu imaginei. Pegamos localização no Zoo-Zap com Ana.


Notas Finais


Woooooooooooooow, meu deus do cééu Beeerg! O QUE QUE HOOOUUUVE?

Coisas à esclarecer!

1- Estou mudando minha forma de enredo, será baseada nos livros: Como Treinar Seu Dragão (Não o filme, o livro mesmo). Me digam o que estão achando! Eu achei bem melhor assim.

2- Agradecimentos especiais vão ao Roberto185 que sugeriu o nome da Rússia. Muito obrigado!

Agora vamos bater um papo? Bem, não sei se conseguirei postar outro capítulo antes do Natal, só o Especial de Natal, queria pelo menos postar o capítulo que o Matheus faz o ZENEM e ai postar o Especial, mas não consegui.

Enfim, o Especial eu estou fazendo, não garanto nada NO dia do Natal. Ah sim eu também já fiz meu vestibular.

Outra coisinha, estou mudando a estrutura das falas e agora serão como eu coloquei acima, também no próximo capítulo eu irei remover os " e deixar apenas os " - " .

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Eu esqueci de alguma história ai acima? Se sim me desculpem, são tantas!

Foi isso pessoal! Espero que tenham gostado, se possível comentem, pois isso me da um esforço do caramba! Gostou mais ainda? Não se esqueçam de colocar nos Favoritos\Biblioteca para sempre receber uma notificação de quando eu postar um novo capítulo, além de me apoiar.

Achou algum erro? Comente para que eu possa evoluir!

Enfim, foi isso! Espero que tenham gostado, se cuidem, Dekonado se despedindo! - Dekonado.

"- Soltem a música, farei com que eles dancem." - Jhin.


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